Mas o que é que os libaneses têm a ver com a situação ?
O problema é o facto de continuar a haver no sul do Libano, um movimento integrista islâmico chamado Hezbolah, que tem o apoio da Síria, país que nunca deixou de ter influência no Líbano.
O Líbano é um país que até aos anos 30 era maioritariamente cristão.
Depois a população cristã foi-se reduzindo e hoje calcula-se que seja ligeiramente superior a 30%.
O Líbano é uma realidade muito complexa e não podemnos analizar as coisas sob um prisma de Líbano x Israel.
O problema não é Líbano x Israel, o problema é Siria x Israel.
É o principal problema! Se os Israelitas encontrarem razões para atacar a Siria, então eles vão atacar a Siria e neste momento não estou a ver muita gente disponível para ajudar a Siria.
Já não há Saddam Hussein e a Turquia, pode ser um país muçulmano mas não é Árabe e por isso nunca teve grande simpatia pela causa árabe. Aliás, Árabes e Otomanos sempre se odiaram, porque o que salvou o Islão foi o facto de os turcos otomanos se terem convertido antes de esmagarem os árabes.
Os árabes também têm complexos relativamente aos turcos, porque eram subditos do Sultão do império otomano. Para os árabes, os turcos são basicamente europeus, com os quais compartem a religião, e mesmo assim de formas muito diferentes.
Logo, a Siria está sozinha, e é a Siria a fonte dos problemas (pelo menos para os Israelitas).
Parece que cada vez mais o Hamas (sunita) e o Hezbolah (apoiado pelos Xiitas do Irão) parecem estar a encontrar pontos de contacto para possíveis alianças.
Israel quer acabar com essa possibilidade.
Cumprimentos