Plataforma Naval Multifuncional

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Lightning

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Re: Plataforma Naval Multifuncional
« Responder #2010 em: Outubro 25, 2024, 07:55:53 pm »
Space base sub rescue.
 

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Re: Plataforma Naval Multifuncional
« Responder #2011 em: Novembro 02, 2024, 05:36:25 pm »
Não precisa ser "armado".
Basta permitir a operação ou colocação de determinados equipamentos, esses sim com armas ou que interajam com as mesmas, e já temos "outras coisas" que não medir PH's e temperaturas das águas.
Não é, e nunca poderá ser, um navio de guerra. O projecto, o tipo de construção, o preço... não o permitem.
É uma "Bimby" como aqui lhe gostam de chamar que fará o trabalho de Hidrográfico, Auxiliar, Científico, para além de SAR e em caso de catástrofe apoio logístico e médico, ao mesmo tempo que servirá de plataforma de testes para possíveis navios "diferentes" dos atuais e sobretudo equipamentos móveis e estáticos remotamente controlados ou autónomos.
Não me parece má ideia...


Penso que agora que está a ser construido, já não parece má ideia a cada vez mais foristas.
É tipo a evolução da espécie.

Outra função possível, especialmente quando tivermos 4 submarinos, é de navio de resgate de submarinos acidentados.

Nunca foi dito que o navio seria "má ideia". As críticas centram-se em 2 pontos.

A UE disse que financiava um navio hidrográfico, e a Marinha começou a inventar no design do navio, e quase toda a gente aqui dizia desde logo que com tanta invenção, o navio não cabia no orçamento.
Isto confirmou-se, tendo o navio um custo de quase 40 milhões de euros acima do esperado.
A sorte é que o Governo na altura aceitou aumentar a verba (possivelmente retirando dinheiro de outro programa da LPM).

Depois temos a falácia de que estes navios podem substituir fragatas, e que conseguiriam fazê-lo por um custo muito inferior. Quando toda a gente com 2 palmos de testa, percebe que um navio que é uma espécie de mini-LHD, nunca vai substituir fragatas ou contratorpedeiros. De tal forma que nenhum país anda a basear navios combatentes nos seus LHDs.

A aceitação deste navio, seria muito mais fácil se não inventassem tanto.
 
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Re: Plataforma Naval Multifuncional
« Responder #2012 em: Novembro 03, 2024, 10:27:02 pm »
Não precisa ser "armado".
Basta permitir a operação ou colocação de determinados equipamentos, esses sim com armas ou que interajam com as mesmas, e já temos "outras coisas" que não medir PH's e temperaturas das águas.
Não é, e nunca poderá ser, um navio de guerra. O projecto, o tipo de construção, o preço... não o permitem.
É uma "Bimby" como aqui lhe gostam de chamar que fará o trabalho de Hidrográfico, Auxiliar, Científico, para além de SAR e em caso de catástrofe apoio logístico e médico, ao mesmo tempo que servirá de plataforma de testes para possíveis navios "diferentes" dos atuais e sobretudo equipamentos móveis e estáticos remotamente controlados ou autónomos.
Não me parece má ideia...


Penso que agora que está a ser construido, já não parece má ideia a cada vez mais foristas.
É tipo a evolução da espécie.

Outra função possível, especialmente quando tivermos 4 submarinos, é de navio de resgate de submarinos acidentados.

Nunca foi dito que o navio seria "má ideia". As críticas centram-se em 2 pontos.

A UE disse que financiava um navio hidrográfico, e a Marinha começou a inventar no design do navio, e quase toda a gente aqui dizia desde logo que com tanta invenção, o navio não cabia no orçamento.
Isto confirmou-se, tendo o navio um custo de quase 40 milhões de euros acima do esperado.
A sorte é que o Governo na altura aceitou aumentar a verba (possivelmente retirando dinheiro de outro programa da LPM).

Depois temos a falácia de que estes navios podem substituir fragatas, e que conseguiriam fazê-lo por um custo muito inferior. Quando toda a gente com 2 palmos de testa, percebe que um navio que é uma espécie de mini-LHD, nunca vai substituir fragatas ou contratorpedeiros. De tal forma que nenhum país anda a basear navios combatentes nos seus LHDs.

A aceitação deste navio, seria muito mais fácil se não inventassem tanto.
Discordo do penúltimo parágrafo… este tipo de navio, com as devidas alterações de propulsão e construção de padrão militar ao nível de controlo de danos é bem mais adequado que fragatas para controlar o nosso vastíssimo espaço marítimo, incluindo cabos submarinos, e luta ASW em zonas de baixa ameaça aérea ou de superfície, e é exatamente aquilo de que Portugal precisa. Uma versão deste navio com propulsão elétrica, um radar minimamente decente, tipo NS50, um ou dois hélix e dezenas de drones subaquáticos, de superfície e aéreos, um sistema CIWS tipo SeaRAM e quatro tubos para mísseis SSM, seria o ideal para este tipo de missões e custaria cerca de 300 milhões, mais coisa, menos coisa. Três desses, para garantir sempre dois operacionais, e três fragatas para cenários de alta intensidade e missões NATO, mais os quatro SSK, representariam uma frota equilibrada e adequada às nossas necessidades…
 
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CruzSilva

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Re: Plataforma Naval Multifuncional
« Responder #2013 em: Novembro 03, 2024, 10:37:07 pm »
Não precisa ser "armado".
Basta permitir a operação ou colocação de determinados equipamentos, esses sim com armas ou que interajam com as mesmas, e já temos "outras coisas" que não medir PH's e temperaturas das águas.
Não é, e nunca poderá ser, um navio de guerra. O projecto, o tipo de construção, o preço... não o permitem.
É uma "Bimby" como aqui lhe gostam de chamar que fará o trabalho de Hidrográfico, Auxiliar, Científico, para além de SAR e em caso de catástrofe apoio logístico e médico, ao mesmo tempo que servirá de plataforma de testes para possíveis navios "diferentes" dos atuais e sobretudo equipamentos móveis e estáticos remotamente controlados ou autónomos.
Não me parece má ideia...


Penso que agora que está a ser construido, já não parece má ideia a cada vez mais foristas.
É tipo a evolução da espécie.

Outra função possível, especialmente quando tivermos 4 submarinos, é de navio de resgate de submarinos acidentados.

Nunca foi dito que o navio seria "má ideia". As críticas centram-se em 2 pontos.

A UE disse que financiava um navio hidrográfico, e a Marinha começou a inventar no design do navio, e quase toda a gente aqui dizia desde logo que com tanta invenção, o navio não cabia no orçamento.
Isto confirmou-se, tendo o navio um custo de quase 40 milhões de euros acima do esperado.
A sorte é que o Governo na altura aceitou aumentar a verba (possivelmente retirando dinheiro de outro programa da LPM).

Depois temos a falácia de que estes navios podem substituir fragatas, e que conseguiriam fazê-lo por um custo muito inferior. Quando toda a gente com 2 palmos de testa, percebe que um navio que é uma espécie de mini-LHD, nunca vai substituir fragatas ou contratorpedeiros. De tal forma que nenhum país anda a basear navios combatentes nos seus LHDs.

A aceitação deste navio, seria muito mais fácil se não inventassem tanto.
Discordo do penúltimo parágrafo… este tipo de navio, com as devidas alterações de propulsão e construção de padrão militar ao nível de controlo de danos é bem mais adequado que fragatas para controlar o nosso vastíssimo espaço marítimo, incluindo cabos submarinos, e luta ASW em zonas de baixa ameaça aérea ou de superfície, e é exatamente aquilo de que Portugal precisa. Uma versão deste navio com propulsão elétrica, um radar minimamente decente, tipo NS50, um ou dois hélix e dezenas de drones subaquáticos, de superfície e aéreos, um sistema CIWS tipo SeaRAM e quatro tubos para mísseis SSM, seria o ideal para este tipo de missões e custaria cerca de 300 milhões, mais coisa, menos coisa. Três desses, para garantir sempre dois operacionais, e três fragatas para cenários de alta intensidade e missões NATO, mais os quatro SSK, representariam uma frota equilibrada e adequada às nossas necessidades…
Concordo - desde que as actuais factualidades geopolíticas não mudem, o que pode vir a acontecer.
"Homens fortes criam tempos fáceis e tempos fáceis criam homens fracos - homens fracos criam tempos difíceis e tempos difíceis criam homens fortes."
 

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dc

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Re: Plataforma Naval Multifuncional
« Responder #2014 em: Novembro 04, 2024, 05:31:35 pm »
Discordo do penúltimo parágrafo… este tipo de navio, com as devidas alterações de propulsão e construção de padrão militar ao nível de controlo de danos é bem mais adequado que fragatas para controlar o nosso vastíssimo espaço marítimo, incluindo cabos submarinos, e luta ASW em zonas de baixa ameaça aérea ou de superfície, e é exatamente aquilo de que Portugal precisa. Uma versão deste navio com propulsão elétrica, um radar minimamente decente, tipo NS50, um ou dois hélix e dezenas de drones subaquáticos, de superfície e aéreos, um sistema CIWS tipo SeaRAM e quatro tubos para mísseis SSM, seria o ideal para este tipo de missões e custaria cerca de 300 milhões, mais coisa, menos coisa. Três desses, para garantir sempre dois operacionais, e três fragatas para cenários de alta intensidade e missões NATO, mais os quatro SSK, representariam uma frota equilibrada e adequada às nossas necessidades…

Antes de mais, relembro que o CEMA e os seus seguidores, não falam de um "PNM militar" como complemento de fragatas. Falam sim como um substituto por inteiro. Isto faz uma grande diferença.

É altamente improvável que esse navio custe apenas 300 milhões. Um LPD praticamente desarmado, fabricado há 20 anos atrás já custava 300 milhões. Com o custo mais elevado dos sistemas, e com a inflação que aumentou os custos de tudo, apostaria mais num valor a rondar os 450 milhões.
Isto claro, pegando nos 132 milhões base do PNM, que é completamente civil, e não inclui quase nenhum equipamento de valor, e creio que nem doca alagável terá.

Com esse navio, teríamos ainda a questão das contas. É que no preço de uma fragata ASW, já vem incluída a capacidade ASW, nesses hipotéticos 300 milhões (que acredito que seriam mais), não viria a capacidade ASW pois esta seria comprada à parte, isto é, os USV, UUV, os módulos contentorizados, etc. O preço real acaba por ser maior, ou, em alternativa, fica barato simplesmente porque não se compram os módulos, ou compra-se só 1 de cada para inglês ver.

Se, por uma questão de argumento, considerarmos esse valor plausível, temos que nos relembrar que só é possível ao eliminar capacidades que hoje se consideram uma garantia numa fragata, ao mesmo tempo que se parte do pressuposto que serão adquiridas as capacidades/módulos associados aos meios não tripulados que o navio pode controlar/operar (que estando em Portugal, pode nunca acontecer).

Agora as questões que eu tenho:
-Uma Marinha que, nesse exemplo, teria 1 PNM civil, 3 PNM militares (PNM-M), 1 LPD, 2 AOR, e apenas 3 fragatas, 2 submarinos convencionais e 2  submarinos compactos, seria equilibrada? As 3 fragatas terão que ser umas belas fragatas, senão mesmo contratorpedeiros.
-Não será um risco tremendo colocar a missão ASW centrada num conceito "mothership" com limitações defensivas, que faz com que a destruição deste navio elimine por completo a capacidade ASW na área de operação? Haverá um "plano B", caso o navio mãe seja destruído, e que os UUVs e USVs voltem para casa sozinhos, ou prossigam a sua missão controlados por outro meio ou de terra?
-Que tipo de USVs seriam adquiridos? Aqueles compactos (que caibam e sejam transportados no PNM-M), ou um USV de média/grande dimensão (50-100m) com capacidade de navegar pelo Atlântico e com mais espaço para módulos e armamento (e que possam ser comandados por qualquer navio da MGP e não apenas o PNM)?
-O que é que torna essa uma solução mais viável e adequada ao país, ao invés de utilizar USVs de 70/80 metros, configuráveis, que possam ser controlados a partir de terra, por diversos navios e aeronaves?

Quanto a mim, a solução que faz mais sentido, é olhar para os hipotéticos PNM-M como alternativa ao LPD. PNM-M estes que teriam construção militar, alguma capacidade de armamento, drones diversos, doca alagável (USVs, lanchas de desembarque pequenas e/ou uma média, CB-90), e que seja um navio multifunções que possa contribuir tanto para desembarque anfíbio, transporte, navio hospital, ASW, vigilância,  SAR, etc.
A Marinha deveria então ser composta por 4 fragatas modernas, 2 PNM-M, 1 PNM, 4 submarinos convencionais, 10 NPO (com upgrade para receber algum armamento para autodefesa e capacidade para operar UUVs e UAVs), 2 AOR, e 6-10 USVs de média/grande dimensão desenhados para receber módulos contentorizados. O resto das lanchas, navios escola, etc não vale a pena contabilizar aqui. Para mim isto é muito mais equilibrado.
 
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Re: Plataforma Naval Multifuncional
« Responder #2015 em: Novembro 04, 2024, 08:47:51 pm »
Relembro que o que a Marinha quer não é um PNM 2.0, mas sim um navio inteiramente novo. As características já cá foram colocadas repetidamente por mim retiradas de um TIA, com dedo do CEMA.

Pessoalmente já cá disse várias vezes que o mais racional seria adquirir os Crossover ou os MRCVs e colocar os sistemas desenvolvidos pela Marinha ou para a Marinha.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 
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Re: Plataforma Naval Multifuncional
« Responder #2016 em: Novembro 04, 2024, 09:03:27 pm »
Relembro que o que a Marinha quer não é um PNM 2.0, mas sim um navio inteiramente novo. As características já cá foram colocadas repetidamente por mim retiradas de um TIA, com dedo do CEMA.

Pessoalmente já cá disse várias vezes que o mais racional seria adquirir os Crossover ou os MRCVs e colocar os sistemas desenvolvidos pela Marinha ou para a Marinha.

Muitos aqui só acreditaram que a Bimby era real quando viram a foto do cortar do primeiro aço.
Alguns nem assim.
Pensar em futuras Bimbys e como isso pode ser benéfico para Portugal - é problemático.

 
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Re: Plataforma Naval Multifuncional
« Responder #2017 em: Novembro 05, 2024, 12:28:16 am »
Discordo do penúltimo parágrafo… este tipo de navio, com as devidas alterações de propulsão e construção de padrão militar ao nível de controlo de danos é bem mais adequado que fragatas para controlar o nosso vastíssimo espaço marítimo, incluindo cabos submarinos, e luta ASW em zonas de baixa ameaça aérea ou de superfície, e é exatamente aquilo de que Portugal precisa. Uma versão deste navio com propulsão elétrica, um radar minimamente decente, tipo NS50, um ou dois hélix e dezenas de drones subaquáticos, de superfície e aéreos, um sistema CIWS tipo SeaRAM e quatro tubos para mísseis SSM, seria o ideal para este tipo de missões e custaria cerca de 300 milhões, mais coisa, menos coisa. Três desses, para garantir sempre dois operacionais, e três fragatas para cenários de alta intensidade e missões NATO, mais os quatro SSK, representariam uma frota equilibrada e adequada às nossas necessidades…

Antes de mais, relembro que o CEMA e os seus seguidores, não falam de um "PNM militar" como complemento de fragatas. Falam sim como um substituto por inteiro. Isto faz uma grande diferença.

É altamente improvável que esse navio custe apenas 300 milhões. Um LPD praticamente desarmado, fabricado há 20 anos atrás já custava 300 milhões. Com o custo mais elevado dos sistemas, e com a inflação que aumentou os custos de tudo, apostaria mais num valor a rondar os 450 milhões.
Isto claro, pegando nos 132 milhões base do PNM, que é completamente civil, e não inclui quase nenhum equipamento de valor, e creio que nem doca alagável terá.

Com esse navio, teríamos ainda a questão das contas. É que no preço de uma fragata ASW, já vem incluída a capacidade ASW, nesses hipotéticos 300 milhões (que acredito que seriam mais), não viria a capacidade ASW pois esta seria comprada à parte, isto é, os USV, UUV, os módulos contentorizados, etc. O preço real acaba por ser maior, ou, em alternativa, fica barato simplesmente porque não se compram os módulos, ou compra-se só 1 de cada para inglês ver.

Se, por uma questão de argumento, considerarmos esse valor plausível, temos que nos relembrar que só é possível ao eliminar capacidades que hoje se consideram uma garantia numa fragata, ao mesmo tempo que se parte do pressuposto que serão adquiridas as capacidades/módulos associados aos meios não tripulados que o navio pode controlar/operar (que estando em Portugal, pode nunca acontecer).

Agora as questões que eu tenho:
-Uma Marinha que, nesse exemplo, teria 1 PNM civil, 3 PNM militares (PNM-M), 1 LPD, 2 AOR, e apenas 3 fragatas, 2 submarinos convencionais e 2  submarinos compactos, seria equilibrada? As 3 fragatas terão que ser umas belas fragatas, senão mesmo contratorpedeiros.
-Não será um risco tremendo colocar a missão ASW centrada num conceito "mothership" com limitações defensivas, que faz com que a destruição deste navio elimine por completo a capacidade ASW na área de operação? Haverá um "plano B", caso o navio mãe seja destruído, e que os UUVs e USVs voltem para casa sozinhos, ou prossigam a sua missão controlados por outro meio ou de terra?
-Que tipo de USVs seriam adquiridos? Aqueles compactos (que caibam e sejam transportados no PNM-M), ou um USV de média/grande dimensão (50-100m) com capacidade de navegar pelo Atlântico e com mais espaço para módulos e armamento (e que possam ser comandados por qualquer navio da MGP e não apenas o PNM)?
-O que é que torna essa uma solução mais viável e adequada ao país, ao invés de utilizar USVs de 70/80 metros, configuráveis, que possam ser controlados a partir de terra, por diversos navios e aeronaves?

Quanto a mim, a solução que faz mais sentido, é olhar para os hipotéticos PNM-M como alternativa ao LPD. PNM-M estes que teriam construção militar, alguma capacidade de armamento, drones diversos, doca alagável (USVs, lanchas de desembarque pequenas e/ou uma média, CB-90), e que seja um navio multifunções que possa contribuir tanto para desembarque anfíbio, transporte, navio hospital, ASW, vigilância,  SAR, etc.
A Marinha deveria então ser composta por 4 fragatas modernas, 2 PNM-M, 1 PNM, 4 submarinos convencionais, 10 NPO (com upgrade para receber algum armamento para autodefesa e capacidade para operar UUVs e UAVs), 2 AOR, e 6-10 USVs de média/grande dimensão desenhados para receber módulos contentorizados. O resto das lanchas, navios escola, etc não vale a pena contabilizar aqui. Para mim isto é muito mais equilibrado.
A minha visão da Marinha do futuro corresponde quase exatamente ao que descreves no teu último parágrafo, exceto talvez no que diz respeito aos USV XL… e dou de barato que 300 milhões talvez seja pouco. Certamente, quando se adiciona o custo dos UVs, o preço completamente equipado pode ir para uns 500-600 milhões, o que ainda é bem mais barato que o custo de uma fragata é permite cobrir áreas muito mais vastas, quer na vertente de patrulha, quer na vertente de luta ASW.

O que para mim é claro, é que estes navios não serão adequados para operações em cenários de alta intensidade, mesmo que integradas em grupos de batalha NATO. Para isso precisamos de 3-4 fragatas bem equipadas, nomeadamente na vertente AAW (assumindo que a luta ASW no Atlântico ficaria essencialmente a cargo dos PNM-M). Pela relação preço/qualidade, gosto das AH140, como todos aqui sabem, ou então as novas FREMM EVO, mas aí já são questões de preferência individual.
« Última modificação: Novembro 05, 2024, 12:30:23 am por JohnM »
 

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Re: Plataforma Naval Multifuncional
« Responder #2018 em: Novembro 05, 2024, 03:41:32 pm »
Muitos aqui só acreditaram que a Bimby era real quando viram a foto do cortar do primeiro aço.
Alguns nem assim.
Pensar em futuras Bimbys e como isso pode ser benéfico para Portugal - é problemático.

Em que é que futuras Bimbys podem ser benéficas para Portugal de uma forma que uma fragata não será? Se não forem fabricadas em Portugal, não faz diferença nenhuma, se pudessem ser fabricadas em Portugal (uma "bimby" militar), então o país também teria capacidade de produzir fragatas.

O problema das "bimbys" militares, é que não são nada benéficas, ou adequadas, para uma Marinha oceânica com falta de escoltas, nem para cenários de média/alta intensidade. Se calhar são benéficas em tempo de paz, pois podem comportar-se/adaptar-se como navios logísticos, hidrográficos, etc, mas fora isso...

Relembro que o que a Marinha quer não é um PNM 2.0, mas sim um navio inteiramente novo. As características já cá foram colocadas repetidamente por mim retiradas de um TIA, com dedo do CEMA.

Pessoalmente já cá disse várias vezes que o mais racional seria adquirir os Crossover ou os MRCVs e colocar os sistemas desenvolvidos pela Marinha ou para a Marinha.

A Marinha não sabe o que quer. O CEMA já disse tanta coisa, metade delas contradizem o que o próprio disse na entrevista anterior.

Nós sabemos que quando foi apresentado o PNM, o CEMA disse que "no futuro este tipo de navio vai substituir fragatas" e que "seriam muito mais baratos que fragatas". Depois deve ter-se apercebido o quão absurda era a ideia, e lá alterou a ideia para "algo diferente" não especificado, e atirou umas ideias básicas de "mísseis de longo alcance, drones, boa capacidade anti-aérea", sem especificar absolutamente nada.
No país em que os "NPOs têm complexidade de fragata", em que "as BD modernizadas estão ao nível das fragatas dos aliados", "o KC-390 é um cargueiro estratégico" e "a Marinha está preparada para qualquer eventualidade", não há garantias de que não estejamos a falar de Harpoon como "mísseis de longo alcance", VLS de 8 células e 32 ESSM como "boa capacidade anti-aérea" e drones civis e baratos.

Quanto muito, a opção racional seria pegar em 2 conceitos distintos: fragatas + MRCV/Crossover/Absalon (3+3 ou 3+2) ou fragatas + PNM-M (4+2 ou 4+3), com as quantidades a poder variar ligeiramente consoante os custos e capacidades incorporadas em cada tipo de navio. E em qualquer destes casos, é preciso complementar com USV grandes (tipo L-USV, opcionalmente tripulados) com espaço de carga para módulos contentorizados.

A minha visão da Marinha do futuro corresponde quase exatamente ao que descreves no teu último parágrafo, exceto talvez no que diz respeito aos USV XL… e dou de barato que 300 milhões talvez seja pouco. Certamente, quando se adiciona o custo dos UVs, o preço completamente equipado pode ir para uns 500-600 milhões, o que ainda é bem mais barato que o custo de uma fragata é permite cobrir áreas muito mais vastas, quer na vertente de patrulha, quer na vertente de luta ASW.

O que para mim é claro, é que estes navios não serão adequados para operações em cenários de alta intensidade, mesmo que integradas em grupos de batalha NATO. Para isso precisamos de 3-4 fragatas bem equipadas, nomeadamente na vertente AAW (assumindo que a luta ASW no Atlântico ficaria essencialmente a cargo dos PNM-M). Pela relação preço/qualidade, gosto das AH140, como todos aqui sabem, ou então as novas FREMM EVO, mas aí já são questões de preferência individual.

Os USV grandes serão quase obrigatórios para marinhas com poucos navios combatentes, para oferecer mais plataformas para os módulos contentorizados e assim permitir mais capacidade de lançamento de mísseis e outro armamento/equipamento. A Marinha holandesa anda a estudar isso mesmo.

Já o custo de uma fragata depende. Por 500 milhões, ou até menos, consegues uma corveta ou fragata ligeira ASW moderna. Perde em alguns aspectos para o PNM-M exemplificado, como a área de busca e operação de drones diversos (e claro a adaptabilidade enquanto navio logístico/anfíbio/hospital), mas ganha em capacidade de sobrevivência, porque com aquele preço, já inclui canhão, VLS com mísseis AA, SSM, sonar, torpedos e um radar superior ao NS50, e isto com uma guarnição possivelmente inferior. Acabam por não ser comparáveis estes dois tipos de navios, e sim complementares na mesma Marinha.
 
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Re: Plataforma Naval Multifuncional
« Responder #2019 em: Novembro 05, 2024, 05:36:40 pm »
Posso até não concordar. Ainda estou a interpretar a sua proposta final.
Mas pela elevação da discussão, dou-lhe os meus parabéns.

Discordo do penúltimo parágrafo… este tipo de navio, com as devidas alterações de propulsão e construção de padrão militar ao nível de controlo de danos é bem mais adequado que fragatas para controlar o nosso vastíssimo espaço marítimo, incluindo cabos submarinos, e luta ASW em zonas de baixa ameaça aérea ou de superfície, e é exatamente aquilo de que Portugal precisa. Uma versão deste navio com propulsão elétrica, um radar minimamente decente, tipo NS50, um ou dois hélix e dezenas de drones subaquáticos, de superfície e aéreos, um sistema CIWS tipo SeaRAM e quatro tubos para mísseis SSM, seria o ideal para este tipo de missões e custaria cerca de 300 milhões, mais coisa, menos coisa. Três desses, para garantir sempre dois operacionais, e três fragatas para cenários de alta intensidade e missões NATO, mais os quatro SSK, representariam uma frota equilibrada e adequada às nossas necessidades…

Antes de mais, relembro que o CEMA e os seus seguidores, não falam de um "PNM militar" como complemento de fragatas. Falam sim como um substituto por inteiro. Isto faz uma grande diferença.

É altamente improvável que esse navio custe apenas 300 milhões. Um LPD praticamente desarmado, fabricado há 20 anos atrás já custava 300 milhões. Com o custo mais elevado dos sistemas, e com a inflação que aumentou os custos de tudo, apostaria mais num valor a rondar os 450 milhões.
Isto claro, pegando nos 132 milhões base do PNM, que é completamente civil, e não inclui quase nenhum equipamento de valor, e creio que nem doca alagável terá.

Com esse navio, teríamos ainda a questão das contas. É que no preço de uma fragata ASW, já vem incluída a capacidade ASW, nesses hipotéticos 300 milhões (que acredito que seriam mais), não viria a capacidade ASW pois esta seria comprada à parte, isto é, os USV, UUV, os módulos contentorizados, etc. O preço real acaba por ser maior, ou, em alternativa, fica barato simplesmente porque não se compram os módulos, ou compra-se só 1 de cada para inglês ver.

Se, por uma questão de argumento, considerarmos esse valor plausível, temos que nos relembrar que só é possível ao eliminar capacidades que hoje se consideram uma garantia numa fragata, ao mesmo tempo que se parte do pressuposto que serão adquiridas as capacidades/módulos associados aos meios não tripulados que o navio pode controlar/operar (que estando em Portugal, pode nunca acontecer).

Agora as questões que eu tenho:
-Uma Marinha que, nesse exemplo, teria 1 PNM civil, 3 PNM militares (PNM-M), 1 LPD, 2 AOR, e apenas 3 fragatas, 2 submarinos convencionais e 2  submarinos compactos, seria equilibrada? As 3 fragatas terão que ser umas belas fragatas, senão mesmo contratorpedeiros.
-Não será um risco tremendo colocar a missão ASW centrada num conceito "mothership" com limitações defensivas, que faz com que a destruição deste navio elimine por completo a capacidade ASW na área de operação? Haverá um "plano B", caso o navio mãe seja destruído, e que os UUVs e USVs voltem para casa sozinhos, ou prossigam a sua missão controlados por outro meio ou de terra?
-Que tipo de USVs seriam adquiridos? Aqueles compactos (que caibam e sejam transportados no PNM-M), ou um USV de média/grande dimensão (50-100m) com capacidade de navegar pelo Atlântico e com mais espaço para módulos e armamento (e que possam ser comandados por qualquer navio da MGP e não apenas o PNM)?
-O que é que torna essa uma solução mais viável e adequada ao país, ao invés de utilizar USVs de 70/80 metros, configuráveis, que possam ser controlados a partir de terra, por diversos navios e aeronaves?

Quanto a mim, a solução que faz mais sentido, é olhar para os hipotéticos PNM-M como alternativa ao LPD. PNM-M estes que teriam construção militar, alguma capacidade de armamento, drones diversos, doca alagável (USVs, lanchas de desembarque pequenas e/ou uma média, CB-90), e que seja um navio multifunções que possa contribuir tanto para desembarque anfíbio, transporte, navio hospital, ASW, vigilância,  SAR, etc.
A Marinha deveria então ser composta por 4 fragatas modernas, 2 PNM-M, 1 PNM, 4 submarinos convencionais, 10 NPO (com upgrade para receber algum armamento para autodefesa e capacidade para operar UUVs e UAVs), 2 AOR, e 6-10 USVs de média/grande dimensão desenhados para receber módulos contentorizados. O resto das lanchas, navios escola, etc não vale a pena contabilizar aqui. Para mim isto é muito mais equilibrado.
 

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Kalil

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Re: Plataforma Naval Multifuncional
« Responder #2020 em: Novembro 05, 2024, 06:32:51 pm »
Citar
Uma versão deste navio com propulsão elétrica, um radar minimamente decente, tipo NS50, um ou dois hélix e dezenas de drones subaquáticos, de superfície e aéreos, um sistema CIWS tipo SeaRAM e quatro tubos para mísseis SSM, seria o ideal para este tipo de missões e custaria cerca de 300 milhões, mais coisa, menos coisa. Três desses, para garantir sempre dois operacionais, e três fragatas para cenários de alta intensidade e missões NATO, mais os quatro SSK, representariam uma frota equilibrada e adequada às nossas necessidades…

Sem dúvida.
E estamos apenas, a 5 mil milhões de Eur desse equilíbrio, o que traduzindo para anos-investimento na Marinha Portuguesa, são cerca de 47 anos e 5 meses..
 
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joaopeniche

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Re: Plataforma Naval Multifuncional
« Responder #2021 em: Novembro 09, 2024, 10:22:47 pm »
Neste video parece ser o NRP D.João II

Edit:
Afinal e o mistral ship

Uma forma de adicionar armas ao projecto

« Última modificação: Novembro 10, 2024, 03:39:32 pm por joaopeniche »
 
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saabGripen

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Re: Plataforma Naval Multifuncional
« Responder #2022 em: Novembro 14, 2024, 09:42:58 am »

O DOKDO tem 30m de largura.
A BIMBY terá 20m de largura

Com esta reportagem podemos melhor imaginar quais os drones que poderão lá aterrar.

https://www.twz.com/air/gray-eagle-stol-drone-flies-from-south-korean-amphibious-assault-ship
 

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saabGripen

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Re: Plataforma Naval Multifuncional
« Responder #2023 em: Novembro 27, 2024, 10:09:40 pm »
 

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saabGripen

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Re: Plataforma Naval Multifuncional
« Responder #2024 em: Dezembro 02, 2024, 09:23:21 pm »
God Bless the Program of Recuperation and Resilience.


Aquisição de um navio de investigação, polivalente, com plataforma equipada com sensores científicos, para a Região Autónoma da Madeira.

Anúncio de procedimento   Concurso público

ARDITI - Agência Regional para o Desenvolvimento da Investigação, Tecnologia e Inovação   

14.000.000,00 €   25-11-2024


Se os navios forem vendidos a peso, e tendo a Bimby como referência, dá 700 Toneladas.
« Última modificação: Dezembro 02, 2024, 09:28:18 pm por saabGripen »