O pessoal aqui gosta mesmo de dizer mal só porque sim… nos fóruns ingleses, por exemplo, anda tudo maluco com o conceito, já o querem aproveitar para os futuros MRSS e T32… a verdade é que um navio destes tem muito mercado e, bem ou mal, o Picas foi o primeiro a pensar nisso. E quer se queira, quer não, a evolução natural deste desenho é alterar a versão de convés corrido para obedecer a especificações militares, trocar os motores por propulsão elétrica ou híbrida e montá-los em amortecedores e de repente tens uma dos mais poderosos navios ASW do mundo com um ou dois helicópteros médios e pelo menos 6-8 drones de vários tamanho, além de VDS e USV ASW, como o Arcims. E um navio de este tamanho tb tem bastante espaço para montar sistemas CIWS e mísseis anti-navio, se necessário.
Com esses sistemas todos passa logo a outra coisa tipo Crossover, embora estes na casa dos 5 a 6 mil toneladas. É só aumentar a pista para drones e ir até 7 ou 9 mil toneladas. O Crossover tem VLS, peça principal e secundárias, hangar e grande capacidade de logística.
Também a Damen tem Patrulhas oceânicos acimas das 2 mil toneladas com capacidade logística e metem armas dignas de patrulha oceânico. Bem que faziam falta alguns.
Tudo aqui apresentado há muito tempo.
Este não pode armas dessas porque é financiado como navio hidrográfico mais qualquer coisa. Mas outros na "versão combate" não vão ser financiados como este, tal como qualquer outra opção, sejam fragatas ou conceitos Crossover. E sendo assim o problema é o mesmo, a desculpa das verbas,
Então qual a diferença que outro baseado neste, vem trazer ao panorama de combate? Os Drones.
Mas para isso é preciso depois adquirir drones de combate. E esses já existem e, podiam ser adquiridos para as Fragatas atuais melhorando substancialmente a capacidades desses "atrasos de vida", ao serem armados com torpedos e misseis com capacidade anti navio .
Porque não os adquirem? Ou só é valido se for para um navio de conceito vago que alguém decidiu para se inchar?
Outros gostam do conceito. Sim, mas agarram nele e fazem como a Damen. Transformar num navio de combate credível.
A diferença é Só essa.
Agora valorizarem-se de conceitos vagos! Cada um banha-se com o que quiser
Não vamos confundir as coisas. Eu estou a falar de um conceito, contra o qual muitos dos foristas se têm pronunciado. O Pescador está a falar de execução, que é uma coisa totalmente diferente. Alhos e bugalhos… o facto é que eu concordo com a visão da Marinha/CEMA, que para proteger o triângulo estratégico português, precisamos de navios polivalentes com capacidade de vigiar grandes áreas, seja acima ou abaixo de água…para isso, drones são fundamentais. Do que não precisamos é de radares ABM e capacidade para enfrentar salvas de 30 mísseis anti-navio., deixem isso para as fragata adstritas à NATO.
Quanto mais penso nisso, mais gosto deste conceito, em que uma versão militar teria as alterações que referi no post anterior, um radar 4D decente, mas não de topo, algo como um TRS-4D ou um NS 110/200, um sistema de defesa de ponto, tipo SeaRAM, alguns mísseis anti-navio (apenas para poder lidar com algum navio isolado que tivesse sido pre-posicionado antes do abrir de hostilidades) e pouco mais. Um navio desses não deveria custar mais que uns 300-400 milhões, incluindo drones e mísseis, ou seja, podias adquirir 2-3 pelo preço de uma fragata de topo. Alguém me diga o que este cenário tem de errado.
Então esse valores de 300 a 400 M eram dos Crossover. Melhor armados e com muita capacidade logística, maior velocidade e mais leves. Levam menos drones? Bem levam drones VTOL e que hoje se fabricam operando armas e que a Marinha não tem e podia ter 3 ou 4 por cada VdG. Até porque tem falta de helicópteros. E podem operar também lanchas e drones subaquáticos.
Volto a perguntar, se a mais valia são drones, porque não os adquirem para as Fragatas em vez daquelas coisinhas da fnac de 45 minutos de voo, vulgarmente usadas em operações policiais em terra?
Até podiam ampliar as capacidades dos patrulhas oceânicos sem investir grandemente nos já existentes. Bastava ter uns quantos drones de "stock" para usar nos navios onde fossem necessários ao tipo de missão. Um contentor próprio era tipo pequenino hangar e é só baixar o contentor no NPO e siga. Se um NPO tivesse um drone armado com Hellfire por exemplo a operar na GdG. O mesmo drone outro dia podia estar numa Fragata e vice versa.
O que me mete espécie é esse verdadeiro entusiasmo com drones não ser aplicado ao navios existentes e depois virem com um mega lança drones, como se lá fossem colocar uma frota deles. Só se forem da fnac .
E é isso o salva Marinha da Pátria.
E o que acabei de escrever nada tem a ver com a actual Bimby civil com dronezinhos. Deixa-la com esses coisos ou o que quiserem. Mas com o tal conceito bimby para navios de combate, que para fazer sentido tem de ter drones armados também.
Porque é essa a base da filosofia de combater com drones. Estes existirem mesmo e terem essa capacidades de combater. Não brinquedos engraçados.
O navio Turco mostrado tem drones a sério, como um mini porta aviões, mas com a capacidade ofensiva de drones com poder para isso. Isso também custa dinheiro, seja daquele navio adaptado ou outro baseado no conceito Bimby.
Eu vejo esse navio, enquadrado numa escolta como fazem com os porta aviões com um potencial de respeito. Mas tem de ser escoltas a sério. E eles têm.
É esta a questão, não é só um navio portar drones é a capacidade de o projetar onde quiserem, com poder bélico com a sua presença.
"um radar 4D decente, mas não de topo, algo como um TRS-4D ou um NS 110/200, um sistema de defesa de ponto, tipo SeaRAM, alguns mísseis anti-navio (apenas para poder lidar com algum navio isolado"
Então onde fica o disruptivo no assunto das Fragatas? Fazem falta na mesma se a bimby de combate tiver só defesa de ponto. Menos que uma VdG pode ter.
Isto assim desmonta essa treta toda do holístico e disruptivo no paradigma dos futuros navios substitutos de fragatas. Pois pelo apresentado, precisa na mesma de outro navio melhor armado para situações de combate.