« Responder #86 em: Dezembro 21, 2007, 10:46:24 pm »
Polícia belga activa alerta anti-terrorista e detém 14A polícia belga activou hoje um alerta anti-terrorista em Bruxelas, depois de ter abortado um plano de fuga da prisão de um terrorista tunisino vinculado a Al Qaeda e condenado por um atentado frustado contra uma base militar.
O alerta, que vigorará até 02 de Janeiro, foi decretado no dia em que as autoridades detiveram 14 islamistas, entre os quais Malika El Aroud, viúva de Dahmane Abd El Sattarl, um dos assassinos suicidas do comandante afegão Ahmed Sha Masud, líder da resistência afegã contra o regime talibã.
Os 14 detidos são acusados de ajudarem, com armas e explosivos, na fuga do terrorista tunisino Nizar Trabalsi, de 37 anos, condenado em Junho de 2004 a dez anos de prisão na Bélgica, por ter planeado, com outros simpatizantes islamistas, um atentado contra uma base militar belga onde se encontram estacionadas tropas norte-americanas.
O plano de segurança anti-terrorista implica o envio de centenas de polícias para a rede do metro e comboio, aeroporto de Zaventem, centro comerciais e lugares de interesse turístico.
O primeiro-ministro interino belga, Guy Verhofstad, sublinhou que o governo «dispõe de elementos que indicam que se poderá estar a preparar um atentado».
As autoridades escusaram-se a dar mais informações sobre o plano de libertação de Nizar Trabelsi, antigo futebolista profissional que viajou para o Afeganistão, conheceu o líder da Al Qaeda, Osama Bin Laden, e foi detido, no seu apartamento em Bruxelas, dois dias depois dos atentados do 11 de Setembro de 2001 nos Estados Unidos, quando planeava um ataque suicida com explosivos químicos.
Numa entrevista a uma rádio belga, o tunisino confessou que planeava um ataque suicida contra a base militar belga de Kleine Brogel, que alberga cerca de uma centena de militares norte-americanos.
Um juiz de Bruxelas especializado em terrorismo considerou hoje que os 14 islamistas detidos têm «uma visão extremista do Islão e preparavam um plano de fuga com armas e explosivos», que, no entanto, não foram encontrados nas buscas domiciliárias efectuadas.
Apenas foram apreendidos computadores e documentação, cujo conteúdo está a ser analisado.
De origem marroquina, embora com nacionalidade belga, Malika El Aroud organizou, depois da morte do seu marido, a 09 de Setembro de 2001, uma rede de apoio a presos islâmicos, como Nizar Trabelsi.
A mulher foi condenada, em Junho, na Suiça, juntamente com o seu segundo marido, por apoio a grupos terroristas islamistas, através de páginas na Internet que divulgavam declarações de grupos associados à Al Qaeda e mostravam execuções.
Diário Digital / Lusa