A situação na Líbia não é parecida com a situação na Síria, principalmente porque a facção que em teoria estaria mais próxima dos russos, é também a facção que estará mais proxima dos europeus e dos americanos.
Isto ocorre na Cirenaica do general Haftar, que embora seja maior que a outra grande região da Líbia, tem uma população inferior,.
Do outro lado está a Tripolitania, que tem o apoio da Turquia, mas também de alguns países árabes. como o Qatar e - muito importante - a Argelia.
Logo, os russos estão a depender de um regime mais ou menos reconhecido, que vive em grande medida do apoio que lhe é dado por americanos e europeus, através do Egito.
Mais importante são as imagens dos aviões Antonov An-124 na Líbia.
A utilização do An-124 é uma demonstração dos problemas russos na questão do abastecimento da África sub-sahariana.
A Russia terá operacionais, uma mão cheia de An-124 (meia duzia operacionais).
A espinha dorsal da capacidade de transporte estratégico russo , reside em mais de uma centena de Il-76. Ora este avião, para poder percorrer grandes distâncias, tem que operar a apenas uma fração da sua capacidade de transporte máxima, porque tem que trocar carga por combustível.
Isto não impede os russos de abastecer os vários grupos regulares e irregulares em África, mas coloca problemas muito maiores.
Se é verdade que os ucranianos, conseguiram apoiar os ex-rebeldes sírios a derrubar o Hassad, o que acontecerá se apoiarem movimentos anti-governamentais no Chade, Mali, Niger e Rep.Centro-Africana ?