Guerra na Síria

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mafets

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Re: Guerra na Síria
« Responder #165 em: Outubro 05, 2013, 11:58:35 am »
Citação de: "papatango"
Relativamente à questão do ataque químico levado a cabo pelos socialistas de Bashar Al Assad em 21 de Agosto, eu também estou de acordo, como já disse anteriormente, que as provas que existem não seriam aceites em Tribunal, porque se trata de provas circunstânciais e só é possível concluir que foi Bashar que deu a ordem para o ataque químico, quando se somam as circunstâncias e se interpretam os factos conhecidos em conjunção com as circunstâncias.

Ou seja:

Se estivessemos num tribunal, haveria 1% de probabilidades de não ter sido Bashar Al Assad o responsável.
E eu admito que há provavelmente 1% de dúvidas.

Considerando o principio do «In dubio pro reo» teriamos que absolver o Assad, porque não temos uma certeza absolutamente segura de que foi ele e o seu regime que foram responsáveis.

Dito isto, quem soma dois com dois, há muito tempo que já percebeu que Assad mandou matar todas aquelas pessoas, pelas miriades de razões já apontadas, desde o desespero por se ter concluido que tinha acabado a fase de «recuperação» e o palácio continuar ao alcance dos rebeldes, até à identificação de lançamentos por infra-vermelhos, à presença de agentes químicos nas áreas controladas pelos opositores de Assad, até à análise no terreno dos trajetos descritos pelos projeteis.

Sem argumentação, e com um relatório das Nações Unidas que os próprios russos pediram que fosse aguardado, e respeitado, mas que dexou poucas dúvidas sobre a autoria do ataque, a imprensa conspirativa e russa (uma não existe sem a outra) passou a depender unica e exclusivamente das teorias conspirativas e das alegações não provadas sobre a utilização de armas químicas por algum rebelde.

Agora, a questão, já não é que Bashar Al Assad de facto foi o responsável, mas sim o facto alegado de que ocorreram outros ataques anteriormente.

A verdade é que um relatório internacional que os próprios russos afirmavam seria imparcial (antes de o lerem) foi muito claro ao apontar caminhos.
As alegações sobre a utilização de armas quimicas por algum grupo de rebeldes, não foi provada e a única fonte que temos, são os russos, que naturalmente apresentaram provas fornecidas por nada mais nada menos que Bashar Al Assad.

Toda esta história, é demonstrativa do miserável comportamento da máfia russa e dos socialistas sírios neste processo.

Mesmo que fosse verdade (e eu nem sequer digo que não seja, apenas que a probabilidade de ter ocorrido é proporcionalmente inversa à certeza que existe sobre Assad) que ocorreram ataques por parte dos islamitas, a diferença em termos do número de vítimas seria sempre terrível.
Seria sempre maior a responsabilidade de um grupo que controla o aparelho do estado, e que embora de forma ilegitima, se arroga o direito de se chamar governo sírio.

E pessoalmente também acho que deveria haver retaliações sobre os grupos islamitas que tivessem utilizado armas químicas.
Mas quando quando a imprensa russa diz uma coisa, é sempre dificil deixar de considerar que os jornalistas que veiculam as notícias são ameaçados de morte pelos mafiosos e não têm qualquer liberdade para noticiar algo. Ainda mais dificil de dar crédito a meios de comunicação controlados pela Máfia russa, que por sua vez têm como fonte o ditador ao qual estão aliados.

É como pedir às SS qu fizessem um relatório imparcial sobre o que se passou nos campos de concentração.

Discordo totalmente. Por 2 simples razões:

Existem navios espiões (http://en.wikipedia.org/wiki/Spy_ship) na área que monitorizam todas as comunicações civis e militares, bem como as posições das forças em guerra, o armamento que usam e o lançamento de misseis e foguetes (quer a assinatura radar como os próprios sinais rádio).



Além dos navios existem estações de restreio da NATO (http://users.telenet.be/d.rijmenants/en/coldwarsignals.htm) que terão captado esses mesmos sinais (http://en.wikipedia.org/wiki/Signals_intelligence). O mesmo se passando com estação Israelita nos montes Golan (mostrada logo abaixo) e estações móveis.



Depois temos os aviões especificos para a missão ou que o podem fazer.

Por ultimo restam ainda os satélites Elint/Sigint.


POrtanto:
A única forma de os EUA, Russos e companhia não terem dados suficientes sobre os ataques químicos com toda esta panóplia de equipamento seria os Sírios apresentarem um completo silencio de comunicações (radio e telefone), além de fazerem todas as movimentações militares, lançamentos de misseis e rastreio do inimigo a coberto dos sistemas que os espiam ( usando por exemplo interferências, empastelando os radares inimigos, etc), algo que não é possível face ao equipamento militar sírio (de ELINT/SIGINT e de contramedias electrónicas) e muito menos com a situação militar como está (as comunicações militares e politicas teriam todas de ser feitas por mensageiro). Assim, ou os Sirios são muito espertos ou praticante toda a gente está a mentir.



Relativamente às provas substanciais que recolheram no terreno, as partes envolvidas têm os foguetes (alguns com inscrições em russo), as análises de sangue Às vitimas e suposições quanto à localização dos disparos e ao alcance dos foguetes. Mais nada. O resto são suposições que ainda estão por provar e que apontam para maiores probabilidades de cada sistema ter sido usado por uma força específica.
 

NO caso dos foguetes M-14 ainda é possível saber o alcance mínimo ou máximo, agora o UMLACA sendo um sistema só agora visto, apenas se pode especular.

O gás sarin assim como os UMLACA proveniente quase de certeza de lotes governamentais. Mas face À captura e conquista de posições militares de ASSAD não é de todo possível determinar com 100% de certeza que tenham sido as suas forças militares exclusivamente a usar o agente químico.


Assim e resumidamente na minha opinião:

Face ao dados SIGINT/ELINT certamente recolhidos sobre a situação Síria (deixo de fora os dados dos satélites detectores infravermelhos pois tenho dúvidas no eficaz funcionamento dos mesmos), todas as partes tem tido um comportamento miserável sobre tanto os ataques químicos como sobre toda a guerra civil (não são apenas os teóricos da conspiração ou a máfia russa). Poderá no máximo existir uma pequena percentagem de incapacidade de se ter recolhido por esta via próvas suficintes do envolvimento das partes nos ataques químicos, algo que sinceramente não creio.
Assim e mais uma vez são os "Top Secret" e as formas de recolher este tipo de informação (casos Snowden(http://pt.wikipedia.org/wiki/Edward_Snowden) e Wikileks (http://pt.wikipedia.org/wiki/WikiLeaks) a ditar o suposto secretismo e assim a esconder realmente o que se passa no conflito Sírio. Mas na verdade porem trata-se de politica, estratégia e hipocrisia, pois como venho dizendo toda a gente espia, os países usam praticamente o mesmo tipo de equipamento e as informações que conseguem apenas vêm confirmar ou deitar por terras suspeitas que À muito se tem. O caso Sírio é apenas e só um de muitos outros.

"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

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Lusitano89

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Re: Guerra na Síria
« Responder #166 em: Outubro 05, 2013, 04:17:56 pm »
Bashar al-Assad candidato em 2014 se povo o «quiser»


O presidente sírio, Bashar al-Assad, anunciou que vai concorrer à presidência em 2014 se o povo «quiser», enquanto o seu país está mergulhado numa guerra civil e o regime que lidera é acusado de matar civis com armas químicas.O conflito na Síria começou há dois anos e meio depois de uma revolta pacífica reprimida de forma violenta que se transformou numa revolta com o objetivo de derrubar o regime de Assad.

A recusa de Bashar al-Assad em abandonar o poder é o principal obstáculo nas negociações diplomáticas para uma solução política para o conflito que já custou mais de 115 mil mortes e forçou seis milhões de sírios a abandonarem as suas casas.

A oposição apoiada pelos países árabes e ocidentais considera que eventuais negociações de paz devem necessariamente conduzir à saída de Assad, enquanto o regime e os seus aliados, especialmente a Rússia, recusam qualquer condição prévia.

«Se eu sentir que o povo sírio quer que eu seja presidente numa próxima etapa, eu serei candidato», disse Assad numa entrevista ao canal Halk-TV, divulgada na sexta-feira pela agência de notícias oficial Sana.

«Se a resposta for não, eu não o farei», afirmou também, acrescentando que a sua resposta será «mais clara em quatro ou cinco meses». O mandato atual temina em 2014.

Na mesma entrevista, Assad acusou os rebeldes, que ele descreve como «terroristas», de aspirar a criar um «Estado islâmico» na Síria.

Estas declarações acontecem no momento em que o importante grupo jihadista ligado à Al-Qaida, o Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), está a progredir na zona fronteiriça da Turquia, no norte da Síria.

Assad, que raramente discute questões relacionadas com a sua família, negou ainda os rumores sobre a morte de seu irmão Maher, o todo-poderoso líder da Guarda Republicana e da 4 ª Divisão do Exército encarregada da segurança em Damasco.

No terreno, pelo menos 28 pessoas - 20 das milícias pró-regime e oito civis - foram mortas em ataques e combates entre rebeldes e forças do regime nos arredores de al-Metrass, uma aldeia predominantemente sunita na região costeira de Tartous, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Os bombardeamentos pararam depois de «dezenas de jovens», incluindo desertores, se se terem rendido ao exército.

As tropas do regime também bombardearam o bastião rebelde de Moadamiyat al-Cham perto de Damasco, uma das zonas afetadas pelo ataque químico de 21 de agosto.

Lusa
 

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papatango

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Re: Guerra na Síria
« Responder #167 em: Outubro 06, 2013, 12:15:03 am »
Citar
Existem navios espiões na área que monitorizam todas as comunicações civis e militares, bem como as posições das forças em guerra, o armamento que usam e o lançamento de misseis e foguetes (quer a assinatura radar como os próprios sinais rádio)
.
Existem com certeza navios espiões, e eles podem até monitorizar tudo e mais alguma coisa.

Mas você parece partir do principio de que os sírios estão na idade da pedra em termos de comunicações encriptadas.
A maior parte das coisas que se conseguem obter neste campo, são quase sempre comunicações não encriptadas, transmitidas em sinal aberto, ou comunicações telefónicas estabelecidas através de sistemas não seguros.

As coisas no campo da espionagem do espectro radioelectrico não são tão simples quanto possamos pensar. Não é só mandar um navio espião, para saber o que o Assad está a fazer.
Não se esqueça por exemplo, de que os navios espiões estão entre 100 a 200km de Damasco e que entre os navios e a cidade há montanhas que em média têm entre os 1200 e os 1700m de altura, que em alguns casos ultrapassam mesmo os 2000m.

E é por tudo isso que não se podem apresentar provas conclusivas de grande coisa, porque a única coisa que os meios de recolha de informação têm é muitas vezes uma manta de retalhos de dados desconexos que depois têm que ser trabalhados com tempo.

É por isso que demorou muito mais tempo aos alemães para dizerem que havia razões para acreditar que tinha sido o Assad.

Os americanos foram mais rápidos, porque além dos dados que conseguem recolher pelas vias mais convencionais, juntamente com os israelitas, eles têm capacidade para vigiar utilizando os satélites geoestacionários do sistema  SBIRS.
O mais recente satélite do tipo foi lançado em Março deste ano e já está operacional. Os novos satélites conseguem ser ainda mais precisos que os anteriores.

http://www.space.com/20275-missile-defe ... esday.html

Alerto por exemplo para as seguintes passagens:

Citar
Devised in the Cold War to provide warning of intercontinental ballistic missiles launched at the U.S., this national security space project has broadened to cover short-range missiles and threats facing troops on the modern day battlefield.
Citar
Once the system detects a target, it determines the flight trajectory and where a hostile missile will hit, giving warfighters the necessary alert to intercept the weapon as part of the OODA loop (Observe, Orient, Decide and Act). The satellite launching Tuesday will work to expedite that time-critical sequence by identifying faint missiles faster and allowing forces to engage sooner.
In 2011, early-warning surveillance was used "to alert our forces and those of our global partners to nearly 200 missile launches and to report an additional 7,100 special infrared events. And I believe with some of the activity we're seeing around the world even this year, we're seeing an increase in the number of global missile launches," Planeaux said.

Portanto, os americanos tinham a informação disponível segundos após o lançamento e foram os primeiros a tirar conclusões.

Como é mais que evidente, a capacidade que a nova geração de satélites do sistema SBIRS tem é provavelmente um dos segredos mais bem guardados da América. E evidentemente que os adversários dos americanos fariam tudo, mesmo tudo para conseguir informação sobre o sistema.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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mafets

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Re: Guerra na Síria
« Responder #168 em: Outubro 06, 2013, 12:23:23 pm »
Citação de: "papatango"
Citar
Existem navios espiões na área que monitorizam todas as comunicações civis e militares, bem como as posições das forças em guerra, o armamento que usam e o lançamento de misseis e foguetes (quer a assinatura radar como os próprios sinais rádio)
.
Existem com certeza navios espiões, e eles podem até monitorizar tudo e mais alguma coisa.

Mas você parece partir do principio de que os sírios estão na idade da pedra em termos de comunicações encriptadas.
A maior parte das coisas que se conseguem obter neste campo, são quase sempre comunicações não encriptadas, transmitidas em sinal aberto, ou comunicações telefónicas estabelecidas através de sistemas não seguros.

As coisas no campo da espionagem do espectro radioelectrico não são tão simples quanto possamos pensar. Não é só mandar um navio espião, para saber o que o Assad está a fazer.
Não se esqueça por exemplo, de que os navios espiões estão entre 100 a 200km de Damasco e que entre os navios e a cidade há montanhas que em média têm entre os 1200 e os 1700m de altura, que em alguns casos ultrapassam mesmo os 2000m.

E é por tudo isso que não se podem apresentar provas conclusivas de grande coisa, porque a única coisa que os meios de recolha de informação têm é muitas vezes uma manta de retalhos de dados desconexos que depois têm que ser trabalhados com tempo.

É por isso que demorou muito mais tempo aos alemães para dizerem que havia razões para acreditar que tinha sido o Assad.

Os americanos foram mais rápidos, porque além dos dados que conseguem recolher pelas vias mais convencionais, juntamente com os israelitas, eles têm capacidade para vigiar utilizando os satélites geoestacionários do sistema  SBIRS.
O mais recente satélite do tipo foi lançado em Março deste ano e já está operacional. Os novos satélites conseguem ser ainda mais precisos que os anteriores.

http://www.space.com/20275-missile-defe ... esday.html

Alerto por exemplo para as seguintes passagens:

Citar
Devised in the Cold War to provide warning of intercontinental ballistic missiles launched at the U.S., this national security space project has broadened to cover short-range missiles and threats facing troops on the modern day battlefield.
Citar
Once the system detects a target, it determines the flight trajectory and where a hostile missile will hit, giving warfighters the necessary alert to intercept the weapon as part of the OODA loop (Observe, Orient, Decide and Act). The satellite launching Tuesday will work to expedite that time-critical sequence by identifying faint missiles faster and allowing forces to engage sooner.
In 2011, early-warning surveillance was used "to alert our forces and those of our global partners to nearly 200 missile launches and to report an additional 7,100 special infrared events. And I believe with some of the activity we're seeing around the world even this year, we're seeing an increase in the number of global missile launches," Planeaux said.

Portanto, os americanos tinham a informação disponível segundos após o lançamento e foram os primeiros a tirar conclusões.

Como é mais que evidente, a capacidade que a nova geração de satélites do sistema SBIRS tem é provavelmente um dos segredos mais bem guardados da América. E evidentemente que os adversários dos americanos fariam tudo, mesmo tudo para conseguir informação sobre o sistema.

Por alguma razão falei em navios espiões, ESTAÇÕES TERRESTRES, SATELITES e AVIÕES elint/sigint. Com certeza que uma estação no cimo dos Montes Golan não tem essas limitações, o mesmo se passando com satélites e aviões (Atenção porem que uma coisa é Damasco outra completamente diferente são outras áreas onde houve ataques químicos). O sistema de recolha de informações propriamente dito não tem nenhum segredo em termos de explicação teórica mas sim na sua vertente prática pois a maioria dos sistemas de detecção, rastreio e descodificação são ultra secretos.






Independentemente das problemáticas no que concerne à geografia terá sido o navio alemão a detectar comunicações entre o palácio presidêncial e as forças no terreno a propósito do ataque de 21 de Agosto. Terão sido em seguida os franceses a detectar um ataque maciço de aviação síria logo após o ataque químico. Relativamente ao que os americanos detectaram não tenho provas nem qualquer confirmação que o sistema SBIRS detecte o que os americanos dizem (até agora as imagens disponíveis apenas revelam a detecção e seguimento de misseis balísticos) portanto não me pronuncio (até porque os EUA não revelam o que foi).Aliás, a próprio informação que citou não separa misseis de curto alcance de foguetes de artilharia ou artesanais e muito menos define que  7 100 eventos infravermelhos serão estes (não digo que não seja verdade mas apresento-me céptico pois existem informações que até dizem que o Sbirs detecta calor corporal). Continuo também a achar muito estranho que os EUA não possuíam algum meio de Elint/Sigint na área e se estejam  basear completamente no Sbirs e na suas capacidades (que não confirmam a ninguém).  





Acredito que os Russos dessem tudo para saber o sistema SBIRS da mesma forma que no passado mandaram os Norte- Coreanos capturar o USS Pueblo. Já relativamente ao ataque ao USS Liberty feito por Israel apenas prova que o valor destes navios está muito alem das comunicações não encriptadas. Actualmente então com 50 a 100 operadores a bordo munidos de processadores de ultima geração que fazem parte do trabalho em automático o que se fazia em dias passa a ser feito em horas (por exemplo o avanço da ultima década em detecção infravermelho é sobretudo graças aos computadores extremamente potentes que filtram as interferências nas imagens quase totalmente colocando um sistema que desde os anos 50 nunca funcionou bem como imprescindível http://en.wikipedia.org/wiki/Infra-red_search_and_track)





http://pt.wikipedia.org/wiki/SIGINT

http://en.wikipedia.org/wiki/Signals_intelligence_operational_platforms_by_nation

A espionagem ELINT/SIGINT  não é apenas valiosa pelo que consegue capatar  a nível de comunicações mas também por tudo o resto. É por essa razão que os navios espiões russos normalmente acompanham os grupos de porta-aviões americanos e sobretudo os seus testes de misseis, esperando identificar a faixa de operação, modo de transmissão de informações, assinatura radar, entre outras coisas. No caso Sírio (tendo em conta o que Israel faz) apenas os sistemas anti-aéreos de ultima geração russos (que segundo consta ainda não foram entregues totalmente) constituirão um problema. Tudo o resto desde comunicações a faixa de orientação, passando pela assinatura de misseis e foguetes do arsenal Sírio, estará mais que identificado à anos (daí os ataques Israelitas terem alto sucesso e sem baixas). Aliás, actualmente é pouco credível que com os sistemas de recolha existentes e com os microprocessadores de ultima geração, Israelitas, Americanos e Alemães não saibam praticamente na hora até se Assad ressona (então se as capacidade do Sbirs que se encontram nos sites dos teóricos da conspiração forem verdade até sabem quando o homem está na "brincadeira" com a esposa... :mrgreen: )


É também pouco credivel que umas forças armadas que improvisam até sistemas de lançamento de bombas convencionais em helicópteros Mi-8 Hip de repente tenham dado o salto tecnológico e apareçam com sistemas de comunicação ultramoderno, encriptação de dados e guerra electrónica de ultima geração. O mesmo com certeza se passa com os rebeldes.





Por isso continuo a achar que os sistemas Elint/Sigint tanto de russos como ocidentais tem a informação toda (poderá também o Sbirs acrescentar mais informação valiosa, não o nego, embora desconfio do que o sistema pode realmente fazer). Se não o revelam por secretismo ou para não dar certezas à opinião publica sobre o que realmente os Serviços Secretos de cada pais espiam, isso são outros 500. Agora quem se apresenta pronto para ir para a guerra tem de fazer compromissos e não esperar que o publico concorde com uma intervenção militar (com os consequentes custos financeiros e possíveis baixas) com base em suposições e jogos de palavras alicerçados em sistemas que supostamente fazem milagres mas que não se pode revelar pois são "top secret".



Cumprimentos
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Lusitano89

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Re: Guerra na Síria
« Responder #169 em: Outubro 06, 2013, 09:40:27 pm »
Presidente sírio admite erros no início da revolta, em março de 2011


O presidente da Síria, Bashar al-Assad, admitiu, em entrevista publicada hoje no semanário alemão Spiegel, ter cometido «erros» na rebelião iniciada em março de 2011, conflito que provocou mais de 115.000 mortos e milhões de refugiados. «Sempre que haja decisões políticas, os erros acontecem. Em todo o mundo. Nós somos humanos», disse Assad, em resposta à questão se não teria sido errado responder com força aos protestos pacíficos nos primeiros dias da revolta contra a sua família, no poder há 40 anos.

Assad sublinhou que «acontecem erros pessoais», reiterou que «todos cometem erros» e acentuou que «até um presidente os comete».

Porém, ressalvou que, "mesmo que os erros tenham existido, as decisões fundamentais estavam certas".

Interrogado se a oposição armada é o único responsável pelos massacres e se as forças sírias foram inteiramente inocentes, Assad respondeu que "não se pode dizer em absoluto que os rebeldes tiveram 100 por cento de culpa e que os militares tiveram zero".

"A realidade não é preto ou branco, há também zonas de cinzento, mas, basicamente, é correto dizer que nós defendemo-nos", disse, acrescentando que "todos os países têm de enfrentar crimes, que podem estar em qualquer lado, incluindo no exército".

O presidente da Síria voltou a negar ter usado armas químicas contra o seu povo e salientou que o seu Governo está a colaborar com os inspetores da Organização das Nações Unidas (ONU) e com os observadores internacionais no desarmamento.

"Somos muito transparentes. Os observadores podem ir a qualquer sítio. Terão todos os detalhes da parte do Governo", assinalou.

Assad contrariou as afirmações do presidente norte-americano, Barak Obama, de que as forças afetas ao Governo sírio utilizaram armas químicas para matar centenas de pessoas nos subúrbios de Damasco, em agosto.

"É um erro. Não usamos armas químicas", afirmou, indignado com "a imagem que fazem" dele próprio, acusando-o "de matar o próprio povo".

Dizendo que "Obama não apresentou nada além de mentiras", o presidente da Síria acentuou que "não foram apresentadas quaisquer provas".

Os inspetores da ONU que investigaram o ataque de 21 de agosto mencionaram no relatório que foi utilizado gás sarin, mas não apuraram a responsabilidade do uso da arma química.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Guerra na Síria
« Responder #170 em: Outubro 07, 2013, 01:17:26 pm »
Kerry elogia colaboração da Síria na destruição de armas químicas


O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, elogiou hoje o consentimento da Síria que permitiu iniciar em tempo recorde a destruição das armas químicas do país. «O processo começou em prazo recorde e estamos agradecidos à Rússia pela sua cooperação e certamente à Síria pelo seu consentimento» declarou Kerry em conferência de imprensa conjunta com o ministro dos Negóciso Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, ao fim de uma reunião na ilha indonésia de Bali.

«Penso que é extremamente significativo que ontem, domingo, uma semana depois da adopção da resolução (na ONU), tenham sido destruídas armas químicas. Penso que isto honra o regime de Damasco, com toda a franqueza. É um bom começo e nós recebemo-lo favoravelmente», acrescentou.

Os especialistas em desarmamento químico iniciaram no domingo a destruição do arsenal sírio, em aplicação de uma resolução da ONU aprovada depois do ataque químico letal de 21 de Agosto perto de Damasco.

Lavrov afirmou que a Rússia e os Estados Unidos desejam organizar em meados de Novembro uma conferência internacional de paz sobre a Síria, conhecida como Genebra 2, para encontrar uma solução política para o conflito.

A iniciativa da reunião, com representantes do governo sírio e da oposição, tem por meta retomar as bases de um acordo internacional sobre uma transição política na Síria assinado a 30 de Junho de 2012 na cidade suíça, mas nunca aplicado.

Lusa
 

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listadecompras

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Re: Guerra na Síria
« Responder #171 em: Outubro 09, 2013, 07:02:33 pm »
Fico admirado como gente crescida ainda acredita no pai natal. Fontes militates americanas ja admitiram que a unica coisa solida que tem Contra o Assad e a existencia do arsenal quimico da parte do regime. Querer a forca viva culpar o homem pelo ataque do dia 21 e sintoma de agenda politica e falta de honestidade intellectual.
 

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nelson38899

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Re: Guerra na Síria
« Responder #172 em: Outubro 10, 2013, 12:38:07 am »
Citação de: "listadecompras"
Fico admirado como gente crescida ainda acredita no pai natal. Fontes militates americanas ja admitiram que a unica coisa solida que tem Contra o Assad e a existencia do arsenal quimico da parte do regime. Querer a forca viva culpar o homem pelo ataque do dia 21 e sintoma de agenda politica e falta de honestidade intellectual.

Claro que não, eu também acho que os nazis nunca mataram os 6 milhões de judeus, e Estaline foi um santo na terra e Saddam Hussein nunca atacou nenhuma aldeia curda com o mesmo tipo de armas.
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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FoxTroop

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Re: Guerra na Síria
« Responder #173 em: Outubro 11, 2013, 12:22:10 am »
Citação de: "listadecompras"
Fico admirado como gente crescida ainda acredita no pai natal. Fontes militates americanas ja admitiram que a unica coisa solida que tem Contra o Assad e a existencia do arsenal quimico da parte do regime. Querer a forca viva culpar o homem pelo ataque do dia 21 e sintoma de agenda politica e falta de honestidade intellectual.

Não vale a pena. O meu caro não sabe que o "petas&tangas" tem info especial, que nem em sessões fechadas do Congresso e do Senado são passadas?
Não sabe que são segredos tão bem guardados que, para os manter, os USA decidiram voluntariamente sofrer uma das mais pesadas derrotas diplomáticas da sua história e que esse acontecimento precipitou um rearranjo estratégico na zona?
Não sabe que os Congressitas e Senadores americanos que vieram para a CNN falar que não existiam, ou não foram apresentadas, absolutamente nenhumas provas que ligassem o regime aos ataques e toda a argumentação se baseava no "we strongly believe that"?

Ah, meu caro, o poder da idiologice, o poder da idiologice.........
 

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listadecompras

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Re: Guerra na Síria
« Responder #174 em: Outubro 12, 2013, 09:20:01 am »
Carissimo foxtroop

Para mim isto nao e uma questao de ser pro/anti Americano ou pro/anti Russo. E uma questao de integridade moral, de principios.ha limites que nao podemos tolerar. Pelos vistos os corruptos dos russos conseguiram chamar a razao os mentirosos dos americanos.

Por enquanto...

Saudo-o pelos alertas que deixou a navegacao.

Enquanto a corja andar a resmungar loucamente com todo o veneno e um dever nosso repor os factos.

Um abraco
 

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Re: Guerra na Síria
« Responder #175 em: Outubro 12, 2013, 04:21:28 pm »
Citar
Armed opposition groups in Syria killed at least 190 civilians and seized over 200 as hostages during a military offensive that began in rural Latakia governorate on August 4, 2013.Two opposition groups that took part in the offensive, the Islamic State of Iraq and Sham and Jaish al-Muhajireen wal-Ansar, are still holding the hostages, the vast majority women and children.

The findings strongly suggest that the killings, hostage taking, and other abuses rise to the level of war crimes and crimes against humanity

 :arrow: http://www.liveleak.com/view?i=b56_1381495514
Continuam os massacres.
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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Re: Guerra na Síria
« Responder #176 em: Outubro 12, 2013, 08:47:43 pm »

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From left, Abboud, 12, and his brother Deeb, 14, walk with their weapons in Aleppo's Sheikh Saeed neighborhood on Sept. 28. The brothers, both school-going children before the civil war, joined the Free Syrian Army after the deaths of two of their brothers and an uncle in the conflict. Muzaffar Salman / *******
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Lusitano89

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Re: Guerra na Síria
« Responder #177 em: Outubro 15, 2013, 09:35:57 pm »
Rebeldes sírios negam possuir depósitos de armas químicas


A Coligação Nacional síria, que aglutina diversas forças da oposição, assegurou hoje que nenhum dos depósitos com armas químicas na Síria está sob o seu controlo, desmentindo informações divulgadas pela Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAC).   Na segunda-feira a OPAC indicou que um depósito com armas químicas abandonado se encontrava em zona controlada pelos rebeldes sírios e disse aguardar que os peritos possam deslocar-se ao local.

Em comunicado, a Coligação assegurou de novo o seu apoio à missão OPAC-ONU na missão de supervisão do desmantelamento do arsenal químico sírio, mas rejeitou controlar qualquer local com este tipo de armamento.

"Existem depósitos químicos sob controlo do regime que estão cercados pelo Exército Sírio Livre (forças rebeldes), mas não existe qualquer local que permaneça sob controlo das brigadas rebeles", refere o comunicado.

A Coligação e os rebeldes defendem "uma cooperação total com todas as missões internacionais para facilitar o seu trabalho e garantir a sua total proteção", acrescenta a liderança rebelde.

Na segunda-feira o diretor-geral da OPAC, Ahmet Uzumcu, afirmou que os peritos internacionais enviados para a Síria em 01 de outubro já visitaram cinco dos 20 locais suscetíveis de produzirem armas químicas.

Para visitar os 15 restantes os peritos devem atravessar zonas disputadas em combate, e um desses locais, ao abandono, está sob controlo dos rebeldes, acrescentou Uzumcu.

Os inspetores a OPAC e da ONU estão mandatados para a aplicação do acordo sobre a destruição do arsenal químico sírio, na sequência de uma iniciativa diplomática de Moscovo que obteve o apoio unânime do Conselho de Segurança da ONU.

Lusa
 

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Re: Guerra na Síria
« Responder #178 em: Outubro 18, 2013, 07:41:24 pm »
sim, eu sei que e um documentario dum canal russo. um pouco de propaganda, mas muita verdade

 

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HSMW

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Re: Guerra na Síria
« Responder #179 em: Outubro 18, 2013, 09:49:27 pm »
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