Em reposta a:
https://www.forumdefesa.com/forum/index.php?topic=12204.msg370002#msg370002Antes de mais, gostaria de dizer que no passado tive a oportunidade de participar no Fórum Militar Conjunto, mas nunca me inscrevi aqui. Não o fiz, não por mera preguiça, mas simplesmente por pertencer a outra geração e já pouco poder adicionar em qualidade de conteúdo face às novas doutrinas, tecnologias ou ameaças.
Dito isto, tendo eu combatido em alguns teatros operacionais à época do ultramar, olho para esta guerra duma forma diferente, pelos olhos de quem está no terreno, e revejo-me nas palavras do caro LuisPolis.
Para alguns que aqui andam, e que o mais parecido a uma guerra que sabem é por meio de um filme ou jogo, nem me vou dar ao trabalho de me dirigir a eles.
Para os outros que aqui andam e tiveram a oportunidade de servir nas forças armadas nos últimos anos, a percepção é diferente, porque felizmente (com excepções pontuais) nunca participaram numa guerra, nunca foram alvos de uma emboscada, nunca viram os seus irmãos de armas morrer nos seus braços, nem nunca passaram por traumas psicológicos.
Talvez, antes do êxtase perante este tipo de ataques, e mortes de soldados russos, seria bom refletir em algumas perguntas, tais como: Os nossos militares à época do ultramar concordavam (de forma unanime) com o conflito, ou achavam que este só poderia ser resolvido de uma forma efetiva pela via política? O apoio que outros países davam (por mais "insignificante" que fosse, como a Suécia) aos movimentos libertadores, permitiu resolver o conflito, ou só o escalou?
Não condeno quem faz comentários como os utilizadores tenente (ou até mesmo de um certo individuo que se diz no Twitter ter sido sniper nas nossas forças), porque como disse anteriormente, tiveram a felicidade de pertencer a uma geração que não a minha. No entanto, lembrem-se, a vossa felicidade é a mesma que “conselheiros” soviéticos e cubanos tinham ao saber da morte de jovens portugueses.