Segurança Nuclear em Portugal

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Jorge Pereira

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Segurança Nuclear em Portugal
« em: Março 15, 2011, 03:18:18 pm »
A abordagem deste tema toma especial relevância dado os acontecimentos catastróficos que estão a decorrer no Japão.

Vamos separar a questão da segurança da económica, abordada neste tópico:  :arrow: http://www.itn.pt

Neste instituto podemos encontrar o único reactor nuclear de investigação da Península Ibérica, o chamado RPI (Reactor Português de Investigação).

Visita virtual ao reactor:  :arrow: http://www.itn.pt/pt/visvc/pt_visvrpi.htm


Decreto n.º 36/80

Acordo Luso-Espanhol sobre Cooperação em Matéria de Segurança das Instalações Nucleares de Fronteira

Citar
O Governo decreta, nos termos da alínea c) do artigo 200.º da
Constituição, o seguinte:
Artigo único. É aprovado para ratificação o Acordo Luso-Espanhol
sobre Cooperação em Matéria de Segurança das Instalações
Nucleares de Fronteira, assinado em Lisboa em 31 de Março de 1980,
cujos textos em português e espanhol acompanham o presente
decreto.
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 13 de Maio de 1980. -
Francisco Sá Carneiro - Diogo Pinto de Freitas do Amaral.
Assinado em 22 de Maio de 1980.
Publique-se.
O Presidente da República, ANTÓNIO RAMALHO EANES.
Acordo Luso-Espanhol sobre Cooperação em Matéria de Segurança
das Instalações Nucleares de Fronteira
Os Governos de Portugal e Espanha, desejando alargar a cooperação
já existente entre ambos os Países em matéria de energia nuclear e
outros aspectos de interesse mútuo, como são as questões relativas à
segurança nuclear de instalações de fronteira e o intercâmbio de
informações sobre segurança nuclear e protecção radiológica
daquelas instalações que sejam susceptíveis de exercer influência
recíproca nos seus territórios, acordam no seguinte:
ARTIGO 1.º
Para os fins do presente Acordo, estabelecem-se as seguintes
definições:
a) Instalações nucleares são:
Os reactores, com excepção dos que fazem parte de um meio de
transporte; as fábricas de preparação ou fabrico de materiais
nucleares; as fábricas de separação de isótopos de combustíveis
nucleares; as fábricas de tratamento de combustíveis nucleares
irradiados; as instalações para armazenamento de materiais
nucleares, com excepção da armazenagem desses materiais no
decurso de transporte, a menos que tais instalações sejam chamadas
a exercer uma influência desprezável do ponto de vista da segurança
nuclear e protecção radiológica no País Vizinho ou pelo menos assim
o considere o País Construtor.
b) Instalações nucleares de fronteira são:
As instalações nucleares cuja localização esteja situada a uma
distância inferior a 30 km da linha da fronteira entre ambos os
Países, ou qualquer outra distância que internacionalmente se defina
e aceite por ambas as Partes.
c) Autoridades Competentes são:
As que em cada um dos Países estão especificamente investidas da
autoridade para conceder as licenças de localização, construção e
exploração das instalações nucleares.
ARTIGO 2.º
As Autoridades Competentes do País Construtor notificarão as do País
Vizinho dos pedidos de licenças de localização, construção e
exploração das instalações nucleares de fronteira que lhes sejam
apresentadas, sem que tal notificação afecte a relação existente entre
o requerente da licença e as Autoridades Competentes do País
Construtor.
ARTIGO 3.º
As Autoridades Competentes do País Construtor farão as notificações,
acompanhadas da documentação relativa à segurança nuclear e
protecção radiológica da instalação cuja licença se requer, com
antecedência suficiente para permitir que os eventuais comentários e
observações do País Vizinho possam ser tidos em conta pelas
Autoridades Competentes do País Construtor antes de tomar a
decisão correspondente. As Autoridades Competentes do País Vizinho
devem, pelo seu lado, examinar sem demoras a documentação que
receberem.
ARTIGO 4.º
As Autoridades Competentes do País Vizinho deverão fornecer em
tempo útil as informações necessárias à avaliação da localização,
construção ou exploração da instalação que lhes sejam solicitadas
pelo País Construtor, tanto durante o processo de licenciamento como
durante o funcionamento da mesma. As despesas ocasionadas ao
País Vizinho pelo fornecimento destas informações serão
reembolsadas pelo País Construtor com base nos mesmos critérios
que sejam de aplicação no seu território.
ARTIGO 5.º
As Autoridades Competentes de ambos os Países comprometem-se a
estabelecer nos seus territórios os sistemas necessários à detecção
de condições de alarme radioactivo e a informarem-se mutuamente
no caso de o mesmo poder ter repercussões no outro País.
ARTIGO 6.º
Se as Autoridades Competentes de um dos Países tiverem razões
válidas para reclamar no que respeita a questões de segurança
nuclear e protecção radiológica, deverão iniciar-se imediatamente
negociações entre as ditas Autoridades Competentes do País Vizinho.
As Autoridades Competentes de ambos os Países esforçar-se-ão por
concluir as referidas negociações com a brevidade possível.
ARTIGO 7.º
As Autoridades Competentes de ambos os Países comprometem-se a
respeitar as restrições estabelecidas por qualquer das Partes no que
refere ao sigilo das informações e dos documentos fornecidos
relativos a dispositivos, processos técnicos, condições de exploração
e relações comerciais.
ARTIGO 8.º
Os Governos de ambos os Países adoptarão as medidas necessárias
para estabelecer fórmulas de excepção na travessia de fronteira, em
caso de emergência, por agentes devidamente acreditados.
ARTIGO 9.º
Independentemente dos compromissos anteriores, as Autoridades
Competentes do País Construtor manterão informadas as Autoridades
Competentes do País Vizinho sobre as incidências significativas das
demais instalações nucleares que possam afectar o seu território.
ARTIGO 10.º
A responsabilidade civil por danos nucleares reger-se-á pelas
disposições das convenções sobre responsabilidade civil no domínio
da energia nuclear em vigor ratificadas por ambos os Países.
ARTIGO 11.º
Para zelar pelo cumprimento do presente Acordo é criada uma
Comissão Técnica Permanente, constituída paritariamente por
especialistas designados pelas Autoridades Competentes dos dois
Países, não podendo o seu número exceder oito.
A Comissão Técnica Permanente reunir-se-á alternadamente em
Lisboa e Madrid, pelo menos uma vez por ano e,
extraordinariamente, sempre que se justifique, por iniciativa de um
dos Países, no local que se decida de comum acordo.
ARTIGO 12.º
O presente Acordo entrará em vigor na data da troca dos
instrumentos de ratificação.
ARTIGO 13.º
O presente Acordo será válido por um período de dez anos, que se
entenderão tacitamente prorrogados por períodos de cinco anos, a
não ser que um dos Países comunique ao outro a sua intenção de dálo
por terminado com um pré-aviso de um ano.
ARTIGO 14.º
O presente Acordo poderá ser denunciado por qualquer dos Países,
mas a denúncia não produzirá efeitos até um ano após a sua
apresentação.
Em fé do que os representantes do Governo Português e do Governo
Espanhol, devidamente autorizados, assinaram o presente Acordo.
Feito em Lisboa, no dia 31 de Março de 1980, em dois exemplares,
um em português e outro em espanhol, ambos os textos fazendo
igualmente fé.


Centrais Nucleares em Espanha




Citar

Portugal e Espanha realizam simulacro de acidente nuclear


Portugal e Espanha vão realizar dias 2 e 3 de novembro um exercício de simulacro para testar a resposta da Protecção Civil no caso de um acidente nuclear na Central de Almaraz.

Lusa
16:59 Sábado, 2 de Outubro de 2010

Portugal e Espanha vão realizar dias 2 e 3 de novembro um exercício de simulacro para testar a resposta da Protecção Civil no caso de um acidente nuclear na Central de Almaraz (província de Cáceres).

Segundo Rui Esteves, comandante distrital de operações de socorro, trata-se de um primeiro exercício transfronteiriço conjunto que, do lado português, se centrará sobretudo no concelho de Vila Velha de Ródão.

Falando à margem da Conferência Internacional de Protecção Civil -- Risco Tecnológico e Nuclear, que decorre este sábado na Escola Superior Agrária de Castelo Branco, responsável explicou que o simulacro terá por base a ocorrência de um hipotético terramoto que motivará a implementação dos respetivos sistemas de alerta, segurança e emergência de ambos os lados da fronteira.

Fonte

Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






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Vicente de Lisboa

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Re: Segurança Nuclear em Portugal
« Responder #1 em: Março 15, 2011, 06:18:48 pm »
Por outras palavras, corremos os mesmos riscos que um país nuclear de 1º mundo, mas não temos o beneficio.

Soa-me a mau negócio.
 

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Jorge Pereira

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Re: Segurança Nuclear em Portugal
« Responder #2 em: Março 15, 2011, 06:35:18 pm »
Citação de: "Vicente de Lisboa"
Por outras palavras, corremos os mesmos riscos que um país nuclear de 1º mundo, mas não temos o beneficio.

Soa-me a mau negócio.

Não é bem assim, caro Vicente. A central nuclear mais próxima de Portugal, Almaraz, está a 200 quilómetros de distância da fronteira portuguesa. 200 quilómetros são 200 quilómetros. Não é uma distância totalmente segura, mas também não é uma distância totalmente desprezível.

Por outro lado, Portugal terá que começar a pensar seriamente em formas de corroborar a segurança (inspecções conjuntas, etc.) das centrais mais ameaçadora para nós (Almaraz e Burgos).
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






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Jorge Pereira

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Re: Segurança Nuclear em Portugal
« Responder #3 em: Março 15, 2011, 06:39:46 pm »
Citar
Portugal e Espanha têm planos de emergência em caso de acidente nuclear
17h03m

O secretário de Estado da Energia, Carlos Zorrinho, garantiu que Portugal e Espanha possuem sistemas de informação permanente e planos de emergência para um eventual acidente na central nuclear de Almaraz, perto da fronteira entre os dois países.

"Temos sistemas de informação permanente e planos de emergência e de salvaguarda preparados com os espanhóis", afirmou o governante, questionado pela agência Lusa sobre a proximidade da central espanhola de Almaraz, a pouco mais de 100 quilómetros da fronteira com Portugal.

A central nuclear situa-se na província de Cáceres (Espanha), junto ao Rio Tejo, fazendo fronteira com os distritos portugueses de Castelo Branco e Portalegre.

O secretário de Estado da Energia e da Inovação considerou que "o Japão também estava preparado" para um acidente nuclear, e "Portugal estará, pelo menos, tão preparado como o Japão, mas o melhor é que não aconteça".

O Japão, disse, "é uma sociedade extraordinariamente desenvolvida e muito bem preparada e, como se vê, não foi fácil responder à gravidade do problema", depois de várias explosões na central nuclear de Fukushisma, no nordeste do país, que fizeram aumentar os níveis de radiação na região.

Carlos Zorrinho falava à margem de uma audição com entidades regionais, no âmbito da Estratégia Europa 2020 -- Plano Nacional de Reformas, que decorreu hoje na sede da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDRA), em Évora.

Fonte

Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






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nelson38899

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Re: Segurança Nuclear em Portugal
« Responder #4 em: Março 15, 2011, 08:39:27 pm »
Citação de: "Jorge Pereira"
Citação de: "Vicente de Lisboa"
Por outras palavras, corremos os mesmos riscos que um país nuclear de 1º mundo, mas não temos o beneficio.

Soa-me a mau negócio.

Não é bem assim, caro Vicente. A central nuclear mais próxima de Portugal, Almaraz, está a 200 quilómetros de distância da fronteira portuguesa. 200 quilómetros são 200 quilómetros. Não é uma distância totalmente segura, mas também não é uma distância totalmente desprezível.

Por outro lado, Portugal terá que começar a pensar seriamente em formas de corroborar a segurança (inspecções conjuntas, etc.) das centrais mais ameaçadora para nós (Almaraz e Burgos).

Podemos começar por estudar os movimentos dos fluxos do ar e comprar umas ventoinhas gigantes!

quanto à água o melhor será comprar equipamentos capazes de limpar agua radioactiva e fechar as barragens
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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Carlos Rendel

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Re: Segurança Nuclear em Portugal
« Responder #5 em: Março 16, 2011, 12:16:38 am »
Creio haver um ligeiro equívoco nesta discussão.O dado relevante não é a vetustez
    dos ractores nucleares japoneses,pois há regulamentos de segurança extrema-
    mente pormenorizados,aprovados pela ONU,e não me parece que os nipónicos
    brinquem em serviço.Responsável foi um sismo de grau IX (Mercalli) com epicentro
    a curta distância,o tsunami formado,e as sucessivas réplicas.Um reactor nuclear
    moderno,mesmo novo,construído com todas as regras de segurança,e sito no
    epicentro de um sismo de grau IX(Mercalli),alguém imagina o que aconteceria? CR
CR
 

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papatango

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Re: Segurança Nuclear em Portugal
« Responder #6 em: Março 17, 2011, 12:01:59 am »
Nota:
A central nuclear de Almaraz está a cerca de 110km da fronteira, a 153km de Castelo Branco ou de Portalegre
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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manuel liste

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Re: Segurança Nuclear em Portugal
« Responder #7 em: Março 17, 2011, 10:31:56 am »
A central de Burgos (Garoña) vai fechar no 2013.
 

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Jorge Pereira

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Re: Segurança Nuclear em Portugal
« Responder #8 em: Março 17, 2011, 11:35:24 am »
Citação de: "papatango"
Nota:
A central nuclear de Almaraz está a cerca de 110km da fronteira, a 153km de Castelo Branco ou de Portalegre

Correcto papatango. Erro meu de digitação. Troquei o “1” pelo “2”. Obrigado pela correcção.
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






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Jorge Pereira

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Re: Segurança Nuclear em Portugal
« Responder #9 em: Março 21, 2011, 01:24:15 pm »
Citar
Los servicios de inteligencia advierten de que las nucleares españolas son vulnerables

Aseguran que de producirse un ataque terrorista contra una planta sería "devastador"

Los servicios de información antiterrorista (CNI, Policía y Guardia Civil) han advertido en varias ocasiones al Gobierno de la vulnerabilidad de las centrales nucleares ante un posible ataque terrorista y anticipado que de producirse sería el más "devastador". La seguridad interior de estas instalaciones corresponde a las empresas propietarias, está en manos de compañías privadas y las mejoras de los últimos años son insuficientes y mejorables, según informes de inteligencia remitidos al ejecutivo.

Desde el 11-M el Gobierno y el Consejo de Seguridad Nuclear (CSN) han reforzado la seguridad de las centrales nucleares para blindarse ante la amenaza yihadista que las sitúa en el centro de la diana terrorista, pero el talón de Aquiles sigue siendo su sistema de seguridad interior. Una debilidad que casi nadie niega y que reconocen los expertos y mandos consultados.

La última demostración de esta vulnerabilidad quedó patente el pasado 15 de febrero cuando activistas de Greenpeace irrumpieron en la central nuclear de Cofrentes (Valencia), subieron a la torre de refrigeración oeste, de 125 metros de altura, y pintaron la frase "peligro nuclear". "Nosotros solo queríamos pintar, pero si hubieran sido terroristas nadie sabe el daño que habrían causado. Quedó en evidencia la falta de seguridad", asegura Carlos Bravo, de 50 años, dirigente de Greenpeace.

Cuatro guardas jurados de la central, propiedad de Iberdola, y dos perros no lograron impedir que 16 ecologistas vestidos con monos naranjas y cascos sortearan las vallas de seguridad cargando mochilas, escaleras y material de escalada. "Llamé a las 6,32 horas de la mañana a la sala de emergencia del Consejo de Seguridad Nacional para avisar que iban a entrar y que no les confundieran con terroristas, pero en diez minutos ya estaban subidos a la torre", relata Bravo. Greenpeace ha protagonizado asaltos similares en la central de Almaraz (Cáceres), un activista la sobrevoló en parapente sin ser detenido, y en Zorita donde sus activistas desplegaron una pancarta en el cúpula de su reactor.

Fernando Sánchez Gómez, comandante de la Guardia Civil, es el director del Centro Nacional de Protección de Infraestructuras Críticas que coordina y analiza la seguridad en las centrales nucleares. Este organismo creado en 2007 y dependiente del Ministerio del Interior es el que elabora el plan estratégico del sector nuclear y vigila que cada operador privado tenga su propio plan de seguridad. "La seguridad dentro de los recintos corresponde a la empresa privada y la regula el Ministerio de Industria. De las vallas para dentro corresponde a la central. Fuera es nuestra responsabilidad", destaca un portavoz de Interior. "Tenemos que ponernos en el peor escenario y las acciones de Greenpeace demuestran que la seguridad interior de las centrales es insuficiente para proteger una instalación tan delicada", señala un alto mando de la Guardia Civil. En 2004 este servicio asignó 1.682 agentes a un plan de respuesta ante un posible incidente nuclear.

Un cable secreto de la embajada de EE UU en Madrid recogía hace un año otro punto flaco en la seguridad de las centrales nucleares españolas: con su configuración actual "no protegen contra algún trabajador con permisos que quiera organizar un ataque desde dentro de la instalación". La confesión partió de Carlos Torres, consejero para no proliferación del Ministerio de Exteriores, durante una reunión de miembros del Gobierno y del Consejo de Seguridad Nuclear con representantes de la legación diplomática y según el cable "el Gobierno español cada vez está más preocupado sobre cómo defenderse de esta posibilidad". Torres definió como "buenas" las medidas de seguridad física y relató la campaña que ETA mantuvo entre 1977 y 1982 contra la central nuclear de Lemóniz calificándola de "exitosa" y recordando que "los terroristas consiguieron llegar bastante lejos dentro de la instalación".

Las centrales españolas han reforzado sus sistemas de seguridad física y establecido mayores controles para sus trabajadores, pero solamente la central de Cofrentes cuenta con tarjetas de lectura mediante huella digital. Los trabajadores tienen que superar cuatro controles diferentes: en el primero muestran su tarjeta a los guardias de seguridad, en el segundo pasan el control de huella digital, el tercero es un detector de metales y explosivos y el cuarto una nueva identificación. "En las demás centrales el control es solo físico", asegura un técnico consultado. "Es difícil hacer daño en la parte nuclear. La exclusa por las que se accede a la zona de contención está bloqueada por la sala de control y además hay cámaras que lo graban todo", señala un ingeniero de Tecnatom, la empresa que asiste a las centrales.

El CNI investiga a los trabajadores de las centrales nucleares, en especial a algunos especialistas de origen árabe, pero fuentes de la lucha antiterrorista destacan la dificultad de controlar a un colectivo que agrupa a miles de personas. El servicio de inteligencia siguió con especial inquietud el presunto intento de robo de pastillas de uranio en la planta de Enusa en Juzbado (Salamanca) ocurrido en 2007 y todavía sin aclarar. Junto a la verja exterior de esta fábrica apareció un bote con 70 pastillas de dióxido de uranio enriquecido al 4,5%. La empresa pública asegura que en su inventariado no ha detectado diferencias relevantes. El CSN asegura que estas pastillas no sirven para fabricar armas nucleares.

Fonte

Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






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Re: Segurança Nuclear em Portugal
« Responder #10 em: Abril 07, 2011, 06:40:06 pm »
Boa tarde,

É tudo muito bonito, mas, lidamos com Espanha, um vizinho que inspira tudo menos confiança.

Quando Mira Amaral foi ministro do ambiente, ordenou que fossem efectuadas análises regulares ás águas do Tejo. Por mais de uma vez foi detectada radioactividade na água, o que indiciou problemas nas centrais nucleares dos quais Espanha nunca nos notificou.

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Re: Segurança Nuclear em Portugal
« Responder #11 em: Abril 07, 2011, 09:41:18 pm »
Citação de: "Smoke Trails"
Quando Mira Amaral foi ministro do ambiente

Ministro da Indústria e Energia.
 

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Re: Segurança Nuclear em Portugal
« Responder #12 em: Abril 08, 2011, 01:33:05 pm »
Boa tarde,

Obrigado pela correcção!

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Re: Segurança Nuclear em Portugal
« Responder #13 em: Abril 08, 2011, 11:18:48 pm »
Citação de: "Smoke Trails"
Boa tarde,

É tudo muito bonito, mas, lidamos com Espanha, um vizinho que inspira tudo menos confiança.

Quando Mira Amaral foi ministro do ambiente, ordenou que fossem efectuadas análises regulares ás águas do Tejo. Por mais de uma vez foi detectada radioactividade na água, o que indiciou problemas nas centrais nucleares dos quais Espanha nunca nos notificou.

Cumprimentos

Não podia estra mais de acordo consigo, Smoke. Eles inspiram a maior das desconfianças, nunca foram de confiança nem são, e o caso Prestige serviu para dissipar as duvidas de que eles em caso se sintam atrapalhados não têm o minimo problema em mandar o lixo para Portugal. :snipersmile:

Neste caso, não há fragatas que nos valham, a central está plantada no Tejo e a agua corre para o mar, e a fronteira Portuguesa está a uns meros 110 km de Almaraz, e a localização dela naquele lugar não foi casual, em caso de problema os Portugueses que se lixem.

Cumprimentos.
Chamar aos Portugueses ibéricos é 1 insulto enorme, é o mesmo que nos chamar Espanhóis.

A diferença entre as 2 designações, é que a 1ª é a design. Grega, a 2ª é a design. Romana da península.

Mas tanto 1 como outra são sinónimo do domínio da língua, economia e cultura castelhana.

Viva Portugal
 

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Re: Segurança Nuclear em Portugal
« Responder #14 em: Setembro 02, 2019, 10:57:10 am »
Único reactor nuclear português foi desmantelado em segredo em Março



O reactor nuclear da Universidade de Lisboa estava parado desde 11 de Maio de 2016

O único reactor nuclear em Portugal, que foi utilizado durante mais de 50 anos para investigação científica, começou a ser desmantelado em segredo há seis meses, revela o “Público” esta segunda-feira. A operação ocorreu com máximo sigilo e em colaboração com os Estados Unidos.

O urânio e outros produtos reactivos do reactor foram levados, durante uma madrugada de Março, do Campus Tecnológico e Nuclear, na Bobadela, para um navio no Ponto de Apoio Naval de Tróia. Daí, os cerca de 100 quilos de material radioactivo foram transportados para os EUA num navio fretado com esse propósito.

O reactor nuclear da Universidade de Lisboa estava parado desde 11 de Maio de 2016.

O Estado português havia acordado, em 2007, deixar de operar o reactor a 12 de Maio de 2016. Em troca disso, os EUA haviam fornecido o urânio para o núcleo do reactor. Após a data assente, Portugal teria três anos para fazer chegar aos EUA o combustível nuclear utilizado. E foi isso que aconteceu.

Caso Portugal não tivesse cumprido os prazos, teria de encontrar por conta própria uma solução para os resíduos radioactivos.
Somado a isto, no final de Fevereiro de 2016, o reactor tinha sido inspeccionado por peritos da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), que detectaram várias falhas técnicas e recomendaram melhorias – a principal das quais dizia respeito a uma fuga de água na piscina onde estava mergulhado o núcleo do reactor nuclear.

https://expresso.pt/sociedade/2019-09-02-Unico-reator-nuclear-portugues-foi-desmantelado-em-segredo-em-marco

Não é triste que o único reactor nuclear tenha sido desmantelado (quando até foi financiado por alguém que diziam não ter visão nenhuma para o país e ser uma pessoa retrógrada), quando com pouco investimento (até de fundos comunitários), a Universidade de Lisboa podia continuar com uma valência rara e até pensarem em abastecer (a Universidade) e vender energia à rede eléctrica.

Para além disso, perdemos uma importante valência na área nuclear!