Então na sua opinião, as preocupações de alguns portugueses relativo às migrações e até num sentido mais radical na substituição populacional são resultado apenas de paranoia cultural?
Na minha opinião é mais facil defender a teoria da terra plana que essa substituição populacional.
Se há substituição, então quem é que os nossos imigrantes foram substituir ?
E no século XVIII, quem é que substituia quem, quando Lisboa parecia uma cidade africana ?
O que eu estou a dizer, é que quem quiser estudar um pouquinho, conclui que já vimos este mesmo filme várias vezes.
O fim do país, já foi prognosticado em várias ocasiões, e na maioria dos casos, muito, muito piores que as atuais.
Portugal vai durar para sempre ou pode acabar? E se pode acabar, tal como acabaram inúmeras civilizações e nações ao longo da história devemos simplesmente aceitá-lo?
Todos os países podem acabar, mas gostaria de lhe lembrar que se acabar, é porque os portugueses não fazem filhos em quantidade suficiente, sequer para manter a população.
Parece que para muita gente, os putos são uma chatice, dão uma trabalheira danada e ocupam demasiado tempo...
E os que existem são mal educados, desleixados, desatentos e briguentos, porque os papás também são.
Mas o problema são os imigrantes...
Falo por mim, que não tenho por hábito cometer atos ilícitos, mas se calhar já atirei uma beata para o chão ou excedi o limite de velocidade. No entanto acha o povo português pouco honesto ou estará o problema na justiça e nas instituições construídas por uma elite que se encontrou com uma quantidade enorme de poder na mão e mal sabiam ler nem escrever?
Meu caro, o Viriato, foi traido pelos seus colaboradores diretos, porque os mesmos foram corrompidos. O D. Afonso Henriques fartou-se de fazer promessas que nunca cumpriu e obrigou o pobre do Egas Moniz a ir de corda ao pescoço, pedir desculpa ao Rei.
As traições, trapaças, crimes, assassinatos puros e simples, estão na História de Portugal de uma ponta à outra. Nós demos a D.João II o cognome de Principe Perfeito, mas ele foi um assassino que matou os próprios familiares a sangue frio.
O povo vivia a pedir “Tenças” aos reis e a igreja viveu de subsidios durante anos e séculos.
Nos descobrimentos os portugueses eram tão corruptos, que achavam que bastava uma comissão na India para fazer fortuna e viver dos rendimentos.
O Império, viveu da corrupção.
No Brasil os brasileiros (nome que se dá aos portugueses do Brasil) eram tão criminosos, corruptos e ladrões, que o Rei teve que aumentar o imposto real do dizimo, para o quinto, o quinto dos infernos, para conseguir algum dinheiro.
Em África, as levas de imigrantes idos de Trás os Montes para Angola depois da II guerra muncial, eram tratadas pelos portugueses que já lá estavam como escravos e roubavam-nos, exploravam-nos até à exaustão.
Eu podia continuar, e continuar, e continuar e isto não teria fim.
Não meu caro...
A nossa História não é uma coisa bonita, heroica e gloriosa. Ou melhor, também é...
Mas no mesmo do heroismo, estão ladrões, bandidos, assassinos, criminosos, e a pior escória que é possível imaginar.
É o que somos.
E só temos o direito a ser um país e a ter História, se tivermos a coragem de ver as coisas com olhos de ver, sem complexos.
E essa História diz-nos que os portugueses, como outros povos, estão longe de ser um poço de virtudes.
E se é óbvio que não somos, como é que nos podemos queixar dos políticos que nós próprios elegemos ?