Veja lá como fala do Primeiro Ministro de Portugal, eleito democraticamente e pela 2ª vez pelos Portugueses. Para o PM de Portugal é sempre o PM de Portugal seja ele quem for e merece o devido respeito, ou seja um respeito acima do que é normal para outro qualquer cidadão o que não acontece.
Meu filho, em primeiro lugar, aprenda um pouquinho sobre como é que funciona o sistema que defende...
1 - O Primeiro Ministro de Portugal não é eleito pelos portugueses, mas sim pelos deputados no parlamento, os quais fazem parte de listas (uma por cada um dos 22 círculos eleitorais, correspondentes a 18 distritos, 2 regiões autónomas e dois circulos da emigração) os quais, convenientemente, são escolhidos pelas direcções dos partidos.
2 - O respeito que se tem pela figura do Primeiro Ministro, tem que ser dissociável do respeito que poderemos ter pelo cidadão José Sócrates, que é julgado pelos cidadãos pelos seus actos, pelas suas palavras e pelas suas demonstradas intenções.
3 - Nós não podemos de facto julgar José Sócrates nas urnas, pelo que está explicado em 1. Por isso os cidadãos podem e têm o direito de fazer o seu próprio juízo sobre uma figura pública, tendo o direito de discutir no seu círculo de conhecimentos as razões que suportam a opinião que formou.
4 - As razões que suportam a opinião sao mais que conhecidas e começam no escândalo da DREN já por mim referido, o qual constituiu o primeiro alarme público que permitiu aos cidadãos começar a perceber o tipo de gente que rodeava Sócrates.
5 - Podendo - se assim o quisesse - cortar o mal pela raiz, o Primeiro Ministro enviou ao país a mensagem de que favoreceria aqueles que fossem «amigos». Escolheu o caminho que lhe pareceu fácil. Calar, censurar, pressionar de forma ilegítima. Não ficou por alí, prosseguiu de escândalo em escândalo, sem nunca se ter de forma clara limpo da sujeira que ficou do escândalo anterior.
Quando cair, Sócrates não cairá por causa de um facto, um caso ou de escândalo específico.
Cairá com o peso de todo o lixo que foi acumulando no armário e do qual nunca se conseguiu livrar.
E ou eu muito me engano, ou não haverá «boys» suficientes, nem carpetes suficientes neste país, para varrer o lixo que esse senhor aparenta ter escondido.
O lixo, não se esconde com facilidade e não desaparece com petições.
E também não há notícias de que desapareça com ameaças, antes pelo contrário. Aliás, os «boys» têm sido tão inconvenientes que chego a pensar se serão boys de outro partido...
Cumprimentos