O comunismo onde floresce, destrói completamente o país!!!!!!
Conheço muito bem um Engenheiro reformado, que foi forçado a regressar a Portugal em 1975, vindo de Moçambique e ele conta-me com extrema mágoa de ter perdido tudo o que construiu lá (ninguém lhe deu nada). Contava ele que ía de avião ver corridas automóveis em várias localidades Moçambicanas!!!!! O nível de vida em Moçambique e em Angola era muito superior ao português até aos anos 70.
Estamos de acordo com a questão das consequências da implementação de regimes ditatoriais que se baseiam nas loucuras da economia marxista ...
No entanto, eu não conheço seguramente o engenheiro reformado a que alude, o que conheço é uma parte da minha família tio, tia, primos e até os conjuges destes, que se casaram já em Portugal e que vieram todos de Moçambique.
Meu caro...
Os portugueses que viviam em Moçambique tinham normalmente um nível de vida superior ao dos portugueses que viviam em Portugal, isso é absolutamente verdade.
Em muitos aspectos, os portugueses estavam habituados ao nível de vida que tinham em Lourenço Marques, Nampula ou Beira, e quando chegaram a Portugal notaram uma diferença terrível, principalmente porque na maior parte dos casos foram viver para onde ainda tinham familiares ou ainda tinham raizes.
Na maior parte dos casos isso implicava voltarem para terras em tras-os-montes ou fora das principais cidades.
O nivel de vida que grande parte dos portugueses tinha era mais elevado que em Portugal, é verdade.
Eu ainda me lembro do meu tio dizer que depois de almoço íam tomar café à Matola, e se hoje a Matola é um bairro de Maputo, antes do 25 de Abril, era uma vila que ficava a 15km de Lourenço Marques e eles não se preocupavam com combustível...
Mas esta estória do nivel de vida, só é verdadeira, se esquecermos os restantes 95% da população negra de Moçambique, que vivia como na idade da pedra.
Estas estatísticas que afirmam o superior nível de vida dos brancos, só funcionam se apagarmos os negros do mapa.
O que se pagava para ter "pretinhos" a trabalhar em casa, era quase nada. E esta é a conclusão que os meus próprios familiares tiraram.
E sim, também eles vieram praticamente sem nada, meteram a vida deles em três contentores e o que restou foram uma camas, uma arca frigorifica e pouco mais.
É claro que se tentou fazer em Moçambique o que também se tentou fazer em Angola, que foi criar uma elite negra, mas esses eram uma minoria e em Moçambique muito menor que em Angola.
Eu tive contato indireto com a realidade de Moçambique, não o tive da mesma forma com Angola, onde a integração de parte da população negra estava mais avançada, mas mesmo aí, havia divisões baseadas na etnia.
Eu tive oportunidade de estar em Moçambique há mais de 15 anos atrás. E nessa altura o que notei foi que, se Maputo era uma cidade relativamente suja e desarrumada, o resto do país estava pior. E achei também que havia diferenças étnicas que continuavam lá, entre os moçambicanos de Maputo e do sul e os do centro e especialmente do norte.
Entendiam-se em português, porque não falavam a mesma língua e os do sul viam os do norte como uma espécie de sub-gente.
E nem vou falar dos moçambicanos das elites, que tomaram o poder e substituíram os portugueses.
Tudo isto, daria pano para mangas. Mas nós não criámos nenhum paraiso meridional nas nossas antigas colónias.
Podemos te-lo criado para no máximo, 5% da população, mas o resto, estava pelo menos tão mal como hoje.