Saudações guerreiras
Só para esclarecer que há meios aéreos de combate a incêndios a atuar e mPortugal.
O facto de serem poucos nada impede que se baixe os braços. São poucos, mas mais vale um pássaro na mão que dois a voarem. Do pouco que fazem, faz-se alguma coisa. Não querendo voltar á discusão anterior, porque espero já estar arrumada, gostava que o mesmo argumento utilizado por muitos não esclarecidos (espero que o forista The Rebel já não esteja incluído, apesar do direito que lhe assiste de ter sempre dúvidas) que se levantam contra a existência de submarinos em Portugal, por não servirem para apagar fogos, não venham a fazer pressão junto do governo para não se adquirirem mais meios que tornem mais eficaz o combate contra as chamas, porque os resultados que temos não satisfazem.
Em Portugal já se provou que mesmo com meios aéreos não vamos lá! Por isso não vale a pena! Nem sei como ainda vamos contratando aviões ano após ano! É deixar arder. Tanto arde que se extingue.
Tudo certo, percebo o seu ponte de vista. Concordo que fui errante na minha expressão. Também não pretendi ser demagógico mas entendo que o considere assim. No fundo pretendia efectivamente chegar à questão de falta de planeamento (por vezes mais que vontade) e excesso de interesses que me parece existir em Portugal, e talvez tentar perceber o que se pensa que se poderia fazer para alterar isso (se efectivamente alguém concordasse).
Isto tudo é muito simples. Se não manda o governo, mandam outros! Há uma ausência de autoridade e muita falta de sentidos de estado/responsabilidade. Quando não sabem o que hão-de fazer, em vez de penetras, empatam e levam o seu ao fim do mês.
Relativamente a: "Engraçado. Os submarinos têm tanto de proteção civil, como a fragata que foi enviada do continente para socorrer a catástrofe que ocorreu na Madeira há uns meses atrás. Existe um tipo de navio com características militares que tem também uma capacidade incrível de prestar assistência em momentos críticos como as catástrofes naturais. Essa sim, era uma das criticas inteligentes que o sr. deveria fazer, mas poderá eventualmente desconhecer aquilo que acabo de escrever." Desconhecia a questão ainda que não fosse adiantar muito ao que pretendia transmitir e claramente não consegui.
As FA também podem e devem estar ao serviço do interesse público e não somente para a função principal pela qual existe. Tal como na questão dos incêndios, pela falta de mais meios, as FA debatem-se também com os mesmos problemas.
Não foi á toa que mencionei a ausência do tal navio que descrevi e que seria bastante mais útil que a fragata que enviamos para ajudar naquilo que foi possível, depois da tempestade que se abateu na Madeira este ano. Esse navio é utilizado por várias FA e empregue eficazmente fora do âmbito militar, dadas as suas reconhecidas qualidades. Trata-se de um LPD/LHD.
Se ele não existe, não pudemos ajudar com eficácia a população da Madeira. Imagine que na enxurrada era afectado um importante centro hospitalar e o aeroporto encerrado pelo mesmo motivo?
Esse navio tem a capacidade de substituir tudo isso. Porque não o temos? Numa situação de emergência não temos capacidade fora do continente. Não temos a mínima capacidade de nos auto-ajudarmos. Curioso é que este tipo de equipamento só faz sentido em havendo uma Marinha e não uma empresa privada que preste serviços de aluguer. Essa empresa não só ía logo á falência em Portugal como o barco se existisse acabava logo numa das sucatas do Godinho.
Aproveito para lhe acrescentar que consta que efectivamente isso "Já imaginou a ministra dizer assim para os hóspitais: escolham entre máquinas de hemodiálise e encubadoras. Ou uma ou outra, não há dinheiro para mais."
acontece. A última referência sobre uma situação destas prendeu-se com a tentativa de expandir, a partir de Coimbra, o rastreio do cólo do útero a todo o país (no fundo acabar com o rastreio oportunistico e passar a ser organizado, com vantagens e desvantagens, não avançou consta exactamente pelas escolhas que foram dadas).
Já agora … eu sei que (tem que) acontece(r), isso que o sr. diz. Na saúde, tal como noutro sector da sociedade, tem que haver soluções de compromisso, porque os recursos não abundam. Agora nas (FA) o que se passa na redução de recursos ou mesmo ausência temporária
aceitável de recursos, não tem que acontecer. Pode, mas não deve acontecer.
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Só acrescentar que muito invejo a Autoridade de Protecção Civil. Nestes últimos anos tem havido um esforço meritório para um verdadeiro reconhecimento público de uma instituição como aquela.
Dizem que o PM e o PR interromperam as férias para conversar com alguém importante desses lados. Não é todos os dias. Deverá ser o 1º comandante em todo o mundo a que lhe acontece isto.
Só mais uma nota: Estou deveras surpreendido com os investimentos feitos na frota de viaturas (impecável, diga-se de passagem). As viaturas são a gasóleo, estejam descansados. São todas novas e não precisam de manutenção, estejam descansados.
Cump.
PS: Tentei localizar o tópico sobre aviões contra incêndios (beriev/Canadair/outros), mas não consegui. Se alguém conseguir, coloque o link aqui no tópico. Obr.