Caro Luís:
É óbvio que reconheço as virtualidades e capacidades que a arma submarina pode dar a qualquer país com pretenções oceânicas, quer para ataque, quer para dissuasão e interdição do espaço oceânico.
Mas repare:
Quanto a no passado, mediante contrapartidas e ajudas Portugal ter adquirido Dealey's comparticipadas a 50% e Meko-200 a 60%, isso só indica que afinal o desinvestimeto em defesa vem de muito atrás e que não é coisa só do pós 25 de Abril.
Mas independentemente de considerações políticas, o que nos foi dado ou ajudado, dado está.
Pensemos então no futuro.
E assim temos que:
O programa do LPD está em curso, e esperemos que nenhum contratempo acabe por cancelar esse programa.
E ese programa decorrerá das verbas inscritas na LPM que se espera que seja hoje aprovada.
Quanto ao NPO's, o programa, mais ou menos lentamete prossegue, bem como o das 5 LFC.
O Programa dos EH-101 está praticamente concluido e apenas os 2 SIFICAP serão parcialmente comparticipados pela UE.
Espera-se que dentro de 4 anos sejam recepcionados os 10 NH-90 e mais os helis ligeiros para a FAP e Exército.
O programas do PandurII também está em fase de inicio, e recentemente foi assinada a contratação para a compra de 12 aviões C-295.
Espera-se que finalmente hajam boas novas quanto à substituição da G-3 pela G-36, que já é utilizada em forças especiais e até na GNR.
O programa MLU dos F-16 também prossegue, embora se anuncie a venda de 12 dos 40 aparelhos que temos.
E está em curso a aquisição dos P-3 CUP para substituir os velhos P-3P que tínhamos.
E preve-se, embora sem garantias oficiais para já, a aquisição de duas fragatas de usos gerais que substituam as 2
João Belo que nos restamm.
Tudo isso sem ajudas e sem recurso a contrapartidas, como as que referiu, relativamente ao M-60, M-109, etc.
Portanto esses programas decorrem, e também o da construção e compra dos 2 submarinos.
Se em vez desses 2 submarinos, que segundo alguma comunicação social custarão perto de 1.000 milhões de euros, que tal se com essa verba se adquirissem 2 F-310 como as norueguesas e mais um AOR?
Era a minha ideia.
Porque quanto ao resto, nada parece estar em causa e agora, dados o novos tempos, não se prevê que a NATO volte a comparticipar a compra de equipamentos militares de grande monta, como o que aconteceu nos final dos anos 80 (ainda na guera fria) para a aquisição das 3 Meko-200.
Eu consideraria importante que Portugal pudesse contar com 3 submarinos.
Mas se forem apenas dois, acho que o investimento não compensa.
Está aperceber a minha ideia?
Se houvesse dinheiro para tudo, que viessem os submarios e eu preferia 3 em vez de dois.
Mas havendo falta de verbas...
Não esqueça que em 2015 as 3
Vasco da Gama e as 2 fragatas que aí virão (?) já terão 25 anos de idade.
E depois?
