“Sigo pensando que vostede non te nin idea de Historia. Non porque non teña libros, eu teño algúns que aseguran que os extraterrestres viven entre nós, logo vostede pode ter, perfectamente algúns que digan o que vostede escriba no foro.”
Caro Ferrol, então, Oliveira Martins ou Joaquim Veríssimo Serrão, que são historiadores portugueses
não são respeitáveis? Onde é que você coloca
Fernando Rosas, António José Telo, José Freire Antunes, José Hermano Saraiva, Jaime Cortesão?Olhe, à minha frente tenho por exemplo “O império marítimo português 1415-1825” que é de
C.R.Boxer, e nem sequer é português. Os meus livros são destes autores. De facto não tenho nada de Herculano (por enquanto) mas a sua (de Herculano) história, é cada vez mais vista à luz do ambiente que se vivia no século XIX, em que a burguesia Lisboeta, achava que Portugal tinha chegado ao fim, e que por isso não se justificava a existência do país. Hoje sabemos que Portugal, está cá, continua cá, e que, portanto, Herculano tinha muito mais de “Escritor” que de “Historiador”
É que se você acha que os livros que eu tenho, que são de historiadores portugueses (mas não só), não são válidos, então como é que eu hei de interpretar os autores espanhóis?
Sanchez-Albornoz, por exemplo, também pode ter escrito sobre Marcianos. Devemos acreditar em alguma linha do que diz Albornoz? Para mim Albornoz, produz um chorriho de disparates no que respeita a Portugal. Não se aproveita uma, e até um jovem de 15 anos, minimamente conhecedor o consegue desacreditar.
Em quem é que vamos afinal acreditar?
Em historiadores espanhóis que nunca vieram a Portugal e que se limitaram a olhar para o mapa e concluir que os rios peninsulares são horizontais e não verticais?
Em historiadores que não entendem para que é que servem as pontes ?
Em historiadores que nunca estudaram a sociedade portuguesa e que partem do principio de que do outro lado da fronteira é pura e simplesmente a mesma coisa porque o terreno é parecido?
A História, do meu ponto de vista é a interpretação dos factos, não a sua enumeração.
No entanto, talvez fosse interessante dar-me um exemplo para basear a sua afirmação de que não conheço nada de história.
E olhe que eu reconheço que sou apenas um leigo na matéria.
Esto último vai polos nosos estupefactos amigos brasileiros. O que aquí len non é senón unha batalla de papel. Non existen problemas entre os nosos países, nin os haberá, porque Portugal non pode crear problemas a España, nin quere facelo, nin España quere levarse mal co seu mellor veciño.
Ferrol, há uns meses, a questão de Olivença foi levada ao parlamento português. Não havia meio de os nossos políticos falarem do assunto. Para levar uma petição ao parlamento são necessárias 8.000 (oito mil assinaturas reconhecidas, com numero de bilhete de identidade - carteira de identidade para os brasileiros). Para os que dizem que os portugueses que defendem a devolução de Olivença eram só uns quantos gatos pingados, é um bocado difícil de explicar, como é que os quatro gatos, (como normalmente se lhes refere “La Junta de Extremadura” governada pelo Sr. Ibarra (Ein Reich, Ein Volk Ein Fuhrer)

conseguem 8.000 assinaturas.
A única coisa que posso dizer é que aqueles 8.000 não são de facto 8.000, porque eu estou de acordo com a petição e não a assinei. Portanto, há pelo menos 8.001 portugueses que acham que a situação de Olivença é intolerável, do ponto de vista da boa vizinhança entre países, ditos “hermanos”.
A Espanha ganhou, este hábito de esconder e de silenciar, de não falar. Infelizmente, no caso de Olivença, os portugueses têm agido “à espanhola”. Mas mais tarde ou mais cedo o assunto de Olivença vai-se tornar num assunto nacional.
Entende-lo, e entender que Olivença continua a fazer parte de Portugal, mesmo que a sua população seja esmagadoramente estrangeira, é estar no bom caminho para resolver o problema.
A primeira coisa que há a fazer, é aceitar que o problema existe e parar de negar o óbvio, como faz a imprensa e a comunicação social de Madrid (como sempre) de uma forma absurda e desastrada.
Cumprimentos