Tens de dizer isso aos americanos sff...porque na Síria desviam grande parte do petróleo extraído de alguns campos, que estão sob controlo norte-americano.
Não creio que esta questão esteja relacionada com o tema em discussão.
Não há nenhuma guerra na Síria resultado do petroleo.
A produção petrolifera Síria, é absolutamente residual e não conta para absolutamente nada em termos internacionais.
Os americanos, metem-se na questão do petróleo na Síria, não por qualquer questão de geoestratégia, mas apenas para evitar que o petroleo seja utilizado pelos terroristas sírios para vender o petroleo ou troca-lo por armas.
Em cima d racionalidade das guerras por controlo de recursos, há a irracionalidade na cabeça de muitos lideres internacionais. Vladimir Putin será um deles. Ele não funciona com a racionalidade que se esperava e que alguns lhe atribuiam.
Toda a gente dizia que Putin era um jogador de xadrez, extremamente astuto, que atingia sempre os seus objetivos. Hoje, entendemos que Putin estava a jogar Mikado, e tinha conseguido tirar todos os pauzinhos sem mexer nos outros.
A Russia não precisa de recursos, porque os tinham até em demasia. A conquista da Ucrânia é um objetivo imperial, que seria coroado com a vantagem financeira e económica do controlo de recursos ucranianos, nomeadamente o petróleo e o gás natural do mar negro.
Mas o principal objetivo de Putin, era o de se transformar no Czar Vladimir III. Para ele as referências são Pedro o grande e Catarina a grande. Putin acredita que o fim da URSS foi uma catástrofe geopolitica (em certos aspectos ele tem razão, porque foi) e procura recuperar o que foi perdido.
O povo russo vive em grande medida disso. É um povo que vive a pensar no passado e nas glórias do passado.
As ideias imperiais fazem parte da maneira de ser dos russos, a expansão é um objetivo em si.
E quando alguém se opõe à expansão russa, isso é logo visto como um ataque à Russia e um cerco.
Não há na invasão russa à Ucrânia, um objetivo económico, mas sim um objetivo imperial. Se as conquistas imperiais trouxerem vantagem económica tanto melhor.
Já um país regido por regras objetivas e que tenha o desenvolvimento da economia como objetivo, não vai começar guerras por controlo dos recursos, se a guerra ficar mais barata que o custo de aceder às matérias primas.
É isso por exemplo, que leva o Japão para a guerra com os americanos em 1941. O Japão, com o embargo americano e dos países europeus, ficou impossibilitado de aceder a matérias primas vitais. Não as podia comprar nem a muito alto preço, por isso foi para a guerra.
A China, já podia ter atacado Taiwan, mas está a perceber, especialmente com a resposta das democracias na questão da Ucrânia, que o custo da guerra poderia ser muito mais alto, que as vantagens de uma guerra contra Taiwan.