União Europeia

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miguelbud

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Re: União Europeia
« Responder #330 em: Março 18, 2025, 11:30:50 pm »
Os riscos do Rearm Europe de acordo com quem sabe (por razoes de confidencialidade, nao posso divulgar a Instituiçao):

1 - Incertezas sobre o financiamento:

- A emissao conjunta de dívida (€150M) será benéfica para países cujo financiamento seja a taxas mais baixas, MAS os que se conseguem financiar sozinhos com as mesmas taxas nao tiram nenhum partido desta acçao.
- Os outros €650M feitos através da exclusao das contas publicas por 4 anos, nao beneficiam países super endividados, nomeadamente Italia e França, uma vez que o endividamento rapidamente de traduzirá em taxas de financiamento mais altas.
- Destinar parte dos fundos de coesao para a defesa sem especificar os mecnismos pode trazer tumultos sociais.

2 - Utilizar a Defesa como um acelarador da economia europeia é um tiro que pode sair pela cultra
- A transformaçao da industria civil em militar é um processo longo que requer muito investimento publico. Tendo em conta que 2 dos países mais endividados sao também os principais produtores de armas isso levara a uma aumento automatico dos juros.
- Uma grande aumento na produçao pode (na minha opiniao vai de certeza) causar um efeito inflacionário, em especial nas matérias primas, o que afetará as industrias nao-militares.

3 -  O Tempo que demorará
- Há sérias dúvidas se a Europa conseguirá construir armas em economia de escala rapidamente.
- A fragmentaçao da Industria Europeia na Defesa, onde os maiores países produtores produzem os seu proprios equipamentos (todos diferentes uns dos outros).
- Subcapacidade no setor dos metais. Depois de vinte anos a ignorar stocks estratégicos, a UE tornou-se dependente de metais fornecidos fora da Uniao.


 
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Re: União Europeia
« Responder #331 em: Março 19, 2025, 02:41:28 pm »
Turquia excluída dos 150 bilhões da ReArm Europe, posições greco-francesas aprovadas

Em um importante acontecimento para a política de defesa europeia, a União Europeia decidiu excluir os Estados Unidos, o Reino Unido e a Turquia de seu fundo de rearmamento de € 150 bilhões, de acordo com uma reportagem do Financial Times . Esta decisão marca uma mudança clara em direção ao fortalecimento da autonomia de defesa europeia e é uma vitória para a abordagem "Compre Europeu", que a França apoia fortemente.

Esta iniciativa faz parte de um esforço mais amplo da UE para fortalecer suas capacidades de defesa, principalmente após a crescente incerteza sobre o comprometimento dos EUA com a segurança europeia e as tensões geopolíticas causadas pela Rússia. O fundo de 150 mil milhões de euros destina-se a financiar a compra de armas e equipamento militar, com o objetivo de fortalecer a indústria de defesa europeia e reduzir a dependência de países terceiros.

No entanto, a decisão de excluir os EUA, o Reino Unido e a Turquia do processo provocará fortes reações e destacará as diferenças de prioridades entre os estados-membros da UE e seus aliados tradicionais. Vale ressaltar que Israel não foi excluído, portanto é provável que o caminho seja aberto para armas israelenses por meio do Fundo ReArm.

Segundo os termos do fundo, pelo menos 65% do valor das armas deve ser "nacional" - ou seja, produzidas na UE, bem como na Noruega e na Ucrânia , garantindo que os benefícios permaneçam em grande parte dentro do ecossistema europeu. Alternativamente, os países específicos que forem excluídos terão que celebrar acordos de defesa com a UE para serem elegíveis para financiamento. Sistemas em que um terceiro país impõe “controle de uso e fabricação” também são excluídos.

Aqui devemos dizer que a IAI, a principal fabricante de sistemas de armas israelenses, investiu quase 80 milhões. euros para a Intracom Defense grega.

A exclusão dos EUA, Reino Unido e Turquia não foi inesperada, dadas as tensões recentes. Os EUA, embora sejam um parceiro-chave dos países europeus por meio da OTAN, levantaram preocupações com a postura controversa do governo Trump em relação à aliança e à segurança europeia. O Reino Unido, após o Brexit, não faz mais parte da UE e perdeu o acesso direto a tais iniciativas, apesar de sua estreita cooperação com países europeus no setor de defesa. Quanto à Turquia, suas relações tensas com a UE, particularmente em questões como Chipre, a colocam fora do escopo desse financiamento, a menos que assine um acordo especial de defesa com a União.

Espera-se que esta decisão complique as relações com os países excluídos, particularmente o Reino Unido e a Turquia, que têm indústrias de defesa significativas e estão integrados às cadeias de suprimentos europeias. Ao mesmo tempo, alguns estados-membros da UE, como a Alemanha e a Suécia, expressaram reservas, argumentando que excluir aliados como os EUA e o Reino Unido poderia prejudicar a cooperação geral de defesa em um momento em que a velocidade no aprimoramento das capacidades é fundamental.

O próximo período mostrará se essa estratégia conseguirá equilibrar a necessidade de velocidade e a busca pela autossuficiência, em um mundo que está se tornando cada vez mais incerto.

Tradução do google.

 :arrow: https://flight.com.gr/breaking-turkiye-out-of-rearm-eurore/
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Re: União Europeia
« Responder #332 em: Março 19, 2025, 05:26:30 pm »
Os riscos do Rearm Europe de acordo com quem sabe (por razoes de confidencialidade, nao posso divulgar a Instituiçao):

1 - Incertezas sobre o financiamento:

- A emissao conjunta de dívida (€150M) será benéfica para países cujo financiamento seja a taxas mais baixas, MAS os que se conseguem financiar sozinhos com as mesmas taxas nao tiram nenhum partido desta acçao.
- Os outros €650M feitos através da exclusao das contas publicas por 4 anos, nao beneficiam países super endividados, nomeadamente Italia e França, uma vez que o endividamento rapidamente de traduzirá em taxas de financiamento mais altas.
- Destinar parte dos fundos de coesao para a defesa sem especificar os mecnismos pode trazer tumultos sociais.

2 - Utilizar a Defesa como um acelarador da economia europeia é um tiro que pode sair pela cultra
- A transformaçao da industria civil em militar é um processo longo que requer muito investimento publico. Tendo em conta que 2 dos países mais endividados sao também os principais produtores de armas isso levara a uma aumento automatico dos juros.
- Uma grande aumento na produçao pode (na minha opiniao vai de certeza) causar um efeito inflacionário, em especial nas matérias primas, o que afetará as industrias nao-militares.

3 -  O Tempo que demorará
- Há sérias dúvidas se a Europa conseguirá construir armas em economia de escala rapidamente.
- A fragmentaçao da Industria Europeia na Defesa, onde os maiores países produtores produzem os seu proprios equipamentos (todos diferentes uns dos outros).
- Subcapacidade no setor dos metais. Depois de vinte anos a ignorar stocks estratégicos, a UE tornou-se dependente de metais fornecidos fora da Uniao.

É disto que o forum precisa. Este é o tipo de contribuição que trás matéria que vale a pena debater e aprofundar.
Mas continuemos no delirio de muitos aqui que vamos bem.
 
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Re: União Europeia
« Responder #333 em: Março 19, 2025, 05:39:11 pm »
Logo agora que iam chegar charters de equipamento turco
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Re: União Europeia
« Responder #334 em: Março 19, 2025, 05:42:18 pm »
Turquia excluída dos 150 bilhões da ReArm Europe, posições greco-francesas aprovadas

Ora pois, mas a puxarem o tapete aos turcos de novo?
Melhor abandonarem isso de pensar que são europa e unirem-se logo aos BRICS.

 :o
 
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Re: União Europeia
« Responder #335 em: Março 19, 2025, 05:56:27 pm »
Turquia excluída dos 150 bilhões da ReArm Europe, posições greco-francesas aprovadas

Ora pois, mas a puxarem o tapete aos turcos de novo?
Melhor abandonarem isso de pensar que são europa e unirem-se logo aos BRICS.

 :o

Pssst, ninguém acredita nisso por aqui. Um grupo que tem India e a China é porque não é para ser levado a sério.
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Re: União Europeia
« Responder #336 em: Março 19, 2025, 07:11:06 pm »

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Os riscos do Rearm Europe de acordo com quem sabe (por razoes de confidencialidade, nao posso divulgar a Instituiçao):
Algo me diz que já tinhamos discutido estas questões, mas enfim ...

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1 - Incertezas sobre o financiamento:
- A emissao conjunta de dívida (€150M) será benéfica para países cujo financiamento seja a taxas mais baixas, MAS os que se conseguem financiar sozinhos com as mesmas taxas nao tiram nenhum partido desta acçao.
- Os outros €650M feitos através da exclusao das contas publicas por 4 anos, nao beneficiam países super endividados, nomeadamente Italia e França, uma vez que o endividamento rapidamente de traduzirá em taxas de financiamento mais altas.
- Destinar parte dos fundos de coesao para a defesa sem especificar os mecanismos pode trazer tumultos sociais.
As economias de maiores dimensões são as que aqui importam, os países mais pequenos vão ter que decidir a quantidade a comprar...
Uma subida nas taxas de juro, será resultado da politica do Banco Central Europeu. Para alguma coisa existe o banco central europeu...
Que pode haver contestação a compras militares, é uma espécie de segredo de La Palice. Bastava ouvir as perguntas no parlamento do lider da delegação portuguesa do Partido Comunista da Russia.


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2 - Utilizar a Defesa como um acelarador da economia europeia é um tiro que pode sair pela cultra
- A transformaçao da industria civil em militar é um processo longo que requer muito investimento publico. Tendo em conta que 2 dos países mais endividados sao também os principais produtores de armas isso levara a uma aumento automatico dos juros.
- Uma grande aumento na produçao pode (na minha opiniao vai de certeza) causar um efeito inflacionário, em especial nas matérias primas, o que afetará as industrias nao-militares.
Os tiros podem sempre sair pela culatra, especialmente em questões economicas. O aumento dos juros e a inflação, são claramente um argumento para os alemães ouvirem, quando se sabe o que os economistas alemães pensam da inflação...
Os franceses e os alemães a comprarem armas, vão levar a um aumento da taxa diretora do Banco Central Europeu...  :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

É evidentemente de prever um aumento nos preços das matérias primas, no entanto, países como o Canadá estarão seguramente interessados em clientes alternativos ...
Um aumento da produção industrial, também vai requerer mais mão de obra, salarios mais altos, que por sua vez também terão tendencia a aumentar os preços, isso é aparentemente obvio


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3 -  O Tempo que demorará
- Há sérias dúvidas se a Europa conseguirá construir armas em economia de escala rapidamente.
- A fragmentaçao da Industria Europeia na Defesa, onde os maiores países produtores produzem os seu proprios equipamentos (todos diferentes uns dos outros).
- Subcapacidade no setor dos metais. Depois de vinte anos a ignorar stocks estratégicos, a UE tornou-se dependente de metais fornecidos fora da Uniao.

Não há sérias dúvidas coisa nenhuma, isso é uma invenção...
Não há ninguém com cabeça e meio palmo de testa que alguma vez tenha dito que o processo será rápido.
Todos os analistas - sem excepção - são unanimes em lembrar que o processo será sempre muito lento, especialmente o processo de compras comuns, que levará a uma negociação muito complicada, que pode mesmo não dar em nada.

Mas as industrias aeronauticas europeias conseguiram juntar-se para criar a Airbus. E não havia russos a bater à porta.
A dependência europeia de materias exteriores ao continente, é evidente e conhecida, dificilmente alguém não terá já considerado isto ...



Todos estes quesitos  e a afirmação em título (os riscos do rearmamento europeu) levam-nos no entanto a uma questão ...
Se estes são os problemas do rearmamento europeu, então a solução será fazer o quê ?
Obviamente, a solução que nos apresentam, é aquela que também é criticada há anos:


A opção, é não fazer nada.

E claro, aprender a falar russo ...

É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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miguelbud

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Re: União Europeia
« Responder #337 em: Março 19, 2025, 10:16:06 pm »
Sim Papatango, algumas coisas já foram aqui discutidas, mas o relatório do qual tirei esta informaçao é feito numa perspectiva economica e nao militar, embora o tema seja este ultimo. Vamos por partes:

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1 - Incertezas sobre o financiamento:
- A emissao conjunta de dívida (€150M) será benéfica para países cujo financiamento seja a taxas mais baixas, MAS os que se conseguem financiar sozinhos com as mesmas taxas nao tiram nenhum partido desta acçao.
- Os outros €650M feitos através da exclusao das contas publicas por 4 anos, nao beneficiam países super endividados, nomeadamente Italia e França, uma vez que o endividamento rapidamente de traduzirá em taxas de financiamento mais altas.
- Destinar parte dos fundos de coesao para a defesa sem especificar os mecanismos pode trazer tumultos sociais.
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As economias de maiores dimensões são as que aqui importam, os países mais pequenos vão ter que decidir a quantidade a comprar...
Uma subida nas taxas de juro, será resultado da politica do Banco Central Europeu. Para alguma coisa existe o banco central europeu...

- Quando se fala em financiamento, o tamanho dos países é irrelevante. O que interessa é o seu Perfil de Crédito. O Brazil é um país continental, mas financia-se a taxas mais altas do que Portugal que é minusculo em comparaçao. A Alemanha e a Holanda em termos de rating S&P (e seguramente Moody's), sao aqueles que terao melhores taxas de financiamento pois tem o melhor rating possivel (AAA). O rating da França está 3 níveis abaixo com uma perspectiva negativa( Provavelmente vais passar a estar 4), a Italia está 8 niveis abaixo e a Espanha está 5. Aqui tem as 5 maiores economias da Europa (todas com PIB acima de €1T, portanto a Alemanha e Holanda financiam-se a taxas muito baixas, se a emissao de dívida for conjunta, a Holanda (que é sempre do contra) nao vai beneficiar em nada, especialmente se o plano de rearmamento nao contemplar a compra dos misseis americanos que eles vao construir localmente.
- O BCE serve para muita coisa, mas nao controla os juros da dívida soberana, pode "manipular" ao também comprar titulos de dívida, de maneira a aumentar a procura e consequentemente baixando os juros no início da emissao, ou artificialmente baixa-los comprando dívida no mercado secundario. No entanto os mercados é que determinam as taxas, senao toda a gente se financiaria no BCE até este rebentar.
- LEmbro-lhe que os Perfis de Credito sao atribuídos por Agencias de Credito Americanas. A Europa acordou para isto aquando da crise das dívidas soberanas, era o Durao Barroso Presidente da UE, falou-se na criaçao de uma Agencia Europeia, mas depressa voltou a adormecer.

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Mas as industrias aeronauticas europeias conseguiram juntar-se para criar a Airbus. E não havia russos a bater à porta.
???????????? Péssimo exemplo. A criaçao da airbus prendeu-se a necessidade em criar uma aeronave que pudesse competir com a boeing no mercado civil, apesar dos participantes no Consorcio actuarem também no mercado militar. Isto começou, creio no inicio dos anoa 70. So mais tarde é que a Airbus passou para o mercado militar (devido ao seucesso do projecto)  e em 2000 passou a ser a Airbus que hoje conhecemos. Repare que em 2012 a fusao entre a BAE systems e a EADS nao se concretizou.

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Que pode haver contestação a compras militares, é uma espécie de segredo de La Palice. Bastava ouvir as perguntas no parlamento do lider da delegação portuguesa do Partido Comunista da Russia.
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Um aumento da produção industrial, também vai requerer mais mão de obra, salarios mais altos, que por sua vez também terão tendencia a aumentar os preços, isso é aparentemente obvio.
Compras militares em deterimento de proteçao social causarao sempre tumultos, daí o relatório dizer que o risco é o facto de nao haver mecanismos especificados. Que mecanismos poderao ser estes? A UE é composta por estados soberanos onde o nacionalismo é uma realidade e ninguém quer partilhar nada. Para acelarar a produçao fará sentido criar um regime de impostos uniforme para as industrias de armamento europeias dentro da UE? Algo como: os impostos serem os mesmos para todas as empresas que construam armamento, independentemente do país onde sao produzidos e também ajudas estatais para a criaçao de fábricas. Isto permitiria que as empresas pudessem produzir em mais países, beneficiando de mao de obra mais barata (os que produzem armas sao os que pagam melhor), pagando os mesmos impostos que pagariam no seu país; já para nao falar que em caso de conflito, a capacidade de produçao seria muito menos afetada se uma fábrica fosse destruída. Para os países que recebessem essa fábrias, o investimento na defesa através do desvio dos fundos de coesao seria mais justificavel pois isso aumentaria salarios e criaria novos empregos.

Voce já falou aqui da necessidade de na industria de armamento europeia haver fusoes como houve nos EUA. Permita-me discordar, pois anteriormente voce focou um ponto mais interessante que era a integraçao dos diversos equipamentos. Na altura deu o exemplo da torre de um tanque Leopard nao poder substituir a de um tanque frances e até das muniçoes do tanque challenger serem diferentes das dos Leopard, apesar de terem o mesmo calibre; mais recentemente falou dos parafusos serem diferentes a titulo de exemplo.  Isto é o que deve acontecer, pois permite interoperabilidade em caso de conflito e permite manter o orgulho nacional de quem faz os equipamentos. Se é exequível nao sei, mas fusoes no mundo em que vivemos, sao sempre má ideia, no fundo acabam por ser um sinonimo para despedimentos e no final a cultura de uma empresa acaba sempre por prevalecer sobre a estratégia. Um exemplo disso foi a aquisiçao da Mcdonald Douglas pela Boeing, que acabou por virar anedota com o pessoal a dizer que a MC Douglas comprou a Boeing usando o proprio dinheiro da Boeing :mrgreen: O mesmo poderia ser dito da Daimler e Crysler.
 
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Re: União Europeia
« Responder #338 em: Março 20, 2025, 12:36:20 pm »
Dando só uma rápida achega a toda esta questão.

Estou perfeitamente ciente de todas as idiossincrasias nacionais deste conjunto de países que é a UE. Mas, se nem com os Russos "à porta" nos conseguimos, FINALMENTE e por uma vez na vida, entender de forma transversal... Nunca o faremos.
Demorará bastante tempo e será um processo de (di)gestão difícil, mas é o único caminho a percorrer.
 
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