Bem, na altura em que se construíam Pandur em Portugal, a frota nacional ia ser de 260 viaturas. Esta quantidade não só era suficiente para justificar uma fábrica na altura, como é um mercado que tem enorme potencial de exportação. Com a guerra na Ucrânia, e com vários países, nomeadamente ex-colónias, a operar material russo, estamos a falar de um mercado de 400 ou 500 viaturas por substituir (caso estes países aceitassem ceder estas viaturas, para serem dadas à Ucrânia, e recebessem em troca Pandur novos com desconto), e isto sem contar os restantes potenciais clientes.
Também não parece racional, o mesmo país que considera viável fabricar uma dúzia de Super Tucanos, e possivelmente fechar a fábrica logo a seguir pois ninguém anda à procura deste tipo de aeronave, ao mesmo tempo achar que não vale a pena ter uma fábrica para produzir centenas de viaturas blindadas.
Esta oportunidade já passou. Hoje, é mais assim:
-os Fuzos, sem acesso a um LPD/LHD, não precisam de grandes blindados, bastando-lhes um 4x4 blindado.
-para a PA patrulhar bases aéreas, o Pandur é sem dúvida overkill, para isso uma viatura 4x4 blindada servia bem.
Um aumento do número de Pandur, só em 2 cenários:
-reforço da BrigInt, com a aquisição das viaturas Pandur nas versões em falta, nomeadamente SHORAD, PM, etc. (e mesmo neste caso o nº nunca chegaria aos 300)
-numa eventual fusão da BrigIng com a BrigMec, substituir a maioria das variantes do M-113 por Pandur II, ficando os meios de lagartas limitados a Leopard e a um IFV (onde o nº de Pandur talvez se aproximasse dos 350).