Soldado do Futuro

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Mazagão

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Soldado do Futuro
« em: Junho 17, 2006, 01:41:49 pm »
Boa Tarde a todos,

Algo de interessante que vi na Janes:

Future soldier on trial
Darren Lake

 
According to officials, Finmeccanica company Selex Communications (Stand H32) is poised to move forward with the Italian Army’s Soldato Futuro, with a squad-level trial of the system scheduled for the end of July. The company is hopeful that a successful trial will lead to a rapid progression of the project.

As with the majority of soldier modernisation programmes, the main aim of Soldato Futuro is integration of the individual soldier into the network-centric battlefield and Selex is working closely with the Italian armed forces. A number of systems are being proposed for the Italian programme.

A major component of the project is Selex Communications’ Personal Role Radio (PRR). The radio is a further developed version of the PRR that was delivered to the British Army by Selex’s previous incarnation, Marconi-Selenia Communications. Section commanders will receive a personal data assistant and Soldato Futuro is also set to include biometric sensors measuring heart rate and stress levels.

Finmeccancia’s ambition is to market the Italian solution to other NATO members, in particular those smaller nations without the resources to pursue their own soldier modernisation project. Among the countries being targeted by the Italian company are Bulgaria and Slovenia.

Jane's Eurosatory News Briefs Day Two - 13 June 2006



Acho o último parágrafo interessante, Portugal tem algo semelhante ou como sempre espera para ser o último? Neste caso seríamos possivelmente ultrapassados pela Bulgária e Eslovénia  :evil:

Agora toca a ver Portugal jogar.

Cumprimentos
“Commanded by António da Silveira that has a pair of balls stronger than the balls of your canons and that all the Portuguese here have balls and do not fear those who don’t have them”
 

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Leonidas

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« Responder #1 em: Junho 18, 2006, 02:38:40 am »
Saudações guerreiras

Lembro-me de ver na TV uma apresentação do soldado do futuro há volta de 2010. Na altura era ainda Paulo Portas ministro da defesa. Aparecia a imagem de um sargento vestido a rigor, mas nem metade daquilo que a imagem acima sugere de sofisticação.
Lembro-me de falarem em valores, mas não me lembro de quanto. Há, pelo menos, uma quinzena de países a desenvolverem o soldier of the future.

Cumprimentos
 

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Mazagão

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« Responder #2 em: Junho 19, 2006, 01:02:09 am »
Boa noite,

Não me sabe indicar onde possa encontrar mais informção? Será que o projecto ainda existe?

Obrigado e cumprimentos
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Cabeça de Martelo

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« Responder #3 em: Junho 19, 2006, 01:57:47 pm »
Eu estive numa recriação histórica no Convento de Mafra onde o Exército pôs uma pequena exposição sobre o Soldado do Futuro. Parece que eles têm mesmo alguns militares destinados ao desenvolvimento desse projecto. Uma nota curiosa é a utilização de um dispositivo indêntico ao usado nas vias verdes para distinguir os amigos dos inimigos.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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NotePad

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« Responder #4 em: Junho 19, 2006, 02:48:28 pm »
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« Última modificação: Fevereiro 25, 2007, 05:40:34 am por NotePad »
 

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tsahal

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Soldado do Futuro.
« Responder #5 em: Junho 19, 2006, 05:02:37 pm »
Tens algumas fotografias da exposição relativa ao Soldado do Futuro, que possas colocar no Forum?

Obg.
 

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Mazagão

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« Responder #6 em: Junho 19, 2006, 06:48:20 pm »
Sim essa também era a minha pergunta, algumas fotos?

Cumprimentos
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Lancero

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« Responder #7 em: Junho 19, 2006, 06:57:44 pm »
O projecto - que não sei em que ponto está - estava a ser desenvolvido na Escola Prática de Infantaria. No site do Exército - http://www.exercito.pt/portal/exercito/ ... sp?stage=2
(o link não está a dar, vão à pág. do exército, epi, actividades e está lá)

Quando foi apresentado em 2002 foi alvo de fortes críticas - http://www.correiodamanha.pt/noticia.as ... &idCanal=9
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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ricardonunes

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« Responder #8 em: Junho 19, 2006, 07:49:04 pm »
Pelo menos parece que o projecto ainda não "morreu", vamos ter um representante no "Soldier Technology 2006".
http://www.wbresearch.com/soldiertechno ... genda.html
Potius mori quam foedari
 

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Leonidas

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« Responder #9 em: Junho 20, 2006, 12:06:13 am »
Saudações guerreiras

Também andei á procura de algo, mas nada. Não tenho nada nem referências a dar sobre esta matéria. Não consigo ver nada de jeito no site do Exército. Nem uma foto, nem um comentário. Nada mesmo. Só o nome ou designação. Se algum de você conseguir ponham aqui a informação.  

Cumprimentos
 

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Mazagão

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« Responder #10 em: Junho 20, 2006, 12:08:46 am »
Sim de facto não morreu, segundo o pequeno resumo:
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The programme currently receives up to e100,000 per annum in funding and employs a team of 10 from the MoD and 50 more from industry and academic institutions. Future funding is currently being confirmed for the period 2008-2010.


Estive também a ler o artigo do Correio da Manhã, imagino que o projecto evoluio desde 2002, e que na altura foi uma apresentação um pouco apressada!

Obrigado pelos "links",
Cumprimentos.
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Leonidas

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« Responder #11 em: Junho 20, 2006, 12:25:32 am »
Também não consigo ver nada no CM.  :oops: Se for possivel a uma de vós meter o texto para lê-lo agradecia. Mto obr.

Cumprimentos
 

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Mazagão

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« Responder #12 em: Junho 20, 2006, 07:58:04 am »
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SOLDADO DO FUTURO COM ARMAS VELHAS 2002-08-14 - 23:19:00

O soldado do futuro do Exército português mostrou-se ontem em Mafra. Usava uma pistola Walther P38, da Segunda Guerra Mundial, a espingarda era a G-3 da Guerra do Ultramar, as comunicações não eram por rádio mas sim por telemóvel e tinha a via verde da Brisa como sistema de identificação amigo-inimigo.

   
   
Como toque final, envergava o camuflado mas por cima trazia um colete azul claro, a mochila era de modelo escolar, a duas cores, e dispunha de uns óculos de moto presos por elástico. Estava apresentado o “Soldado do Futuro”.



De facto esperava-se mais para o Dia da Infantaria, organizado pela Escola Prática de Infantaria, tanto mais que fora prometida a divulgação do “Soldado do Futuro”. Mas, afinal, nem chega a ser um projecto e a crer pelo que foi mostrado não passará de um sonho.



O combatente do futuro está a ser estudado por norte-americanos, ingleses e franceses e até agora não se chegou a qualquer conclusão. Sabe-se o que é necessário, quais os equipamentos, quais as armas necessárias, mas os custos são de tal forma exorbitantes que não tem havido avanços concretos.



O próprio peso dos vários equipamentos é ainda um handicap, em particular quando se fala da arma, uma vez que o “Soldado do Futuro” terá que dispor ele próprio de uma arma individual que possa também disparar granadas antipessoal e anticarro. E uma arma com essas características é tudo menos leve, além de que o calibre ainda nem está definido.



SEM COMPROMISSOS



Mas a verdade é que o modelo do “Soldado do Futuro” apresentado ontem pelo Exército resulta, segundo documento do Estado-Maior, apenas de “alguns contactos exploratórios” estabelecidos “sem qualquer compromisso”, com algumas empresas, entre as quais a Brisa - a propósito da via verde.



Nada ainda é concreto, nem sequer a inclusão de verbas na Lei de Programação Militar (LPM), até porque, antes de se partir para o “Soldado do Futuro”, teriam talvez que ser preenchidas as lacunas do presente e que ontem foram bem visíveis durante o desfile que percorreu o centro de Mafra.



E a começar pelas armas anticarro, com o obsoleto canhão sem recuo de 106 mm ainda a ser operado pela Escola Prática de Infantaria (EPI). O canhão há muito que não é anticarro, dada a evolução das blindagens, e o próprio disparo provoca uma tal intensidade de luz e fumo que de imediato denuncia a posição ao adversário.



AS ÁREAS URBANAS



O disparo do canhão obriga, igualmente, a elevadas regras de segurança, uma vez que produz um letal jacto de fogo para a retaguarda. É um risco particularmente grande em zonas urbanas, mas a verdade é que a infantaria portuguesa ainda não dispõe de qualquer tipo de lançador de foguetes para usar em áreas edificadas, que permita ao soldado disparar, por exemplo, um roquete de dentro de um edifício sem correr o risco de ficar carbonizado. E esta é uma realidade actual, não futura, tanto assim que a demonstração de capacidades foi feita na “Aldeia do Camões”, uma zona edificada a simular uma povoação.



De facto, o treino para combate em áreas urbanas é das maiores necessidades sentidas pelos militares desde o conflito da Tchetchénia, mas a verdade é que a “Aldeia de Camões” apenas permite o treino no máximo de uma companhia e o seu reduzido espaço limita o treino à infantaria. Quanto a armas combinadas - infantaria e blindados - não há um único espaço em Portugal onde esse treino possa ser efectivado em condições e a verdade é que o combate em zonas urbanas impõe uma perfeita colaboração entre o infante e os blindados. Uma falha nesta capacidade fez os russos perderem milhares de homens durante o primeiro cerco a Grozni, a capital da Tchetchénia.



Não será por acaso que todos os batalhões e agrupamentos portugueses que partem para as missões no exterior têm que passar pela instrução de combate em áreas edificadas, mas a falta de um espaço próprio para a instrução limita em muito essa capacidade. E, no entanto, o comandante da EPI enumerou ontem as dificuldades e variedades de missões que esperam a infantaria portuguesa. (ver caixa "as missões").



AS MISSÕES



GUERRA CLÁSSICA



“Parece cada vez mais improvável, mas não podemos esquecer que a Guerra do Golfo não aconteceu assim há tantos anos e não estamos livres que surja uma nova crise. A crise do Kosovo provou que não basta o emprego da Força Aérea e que é necessário enviar forças terrestres, particularmente infantaria”.



REPRESÁLIAS



“Teremos que ter capacidade para participar em operações de guerra limitada, que mais não são do que conflitos armados em que os objectivos são limitados e que se poderão traduzir na capacidade de exercer represálias, pôr fim a uma crise, extrair nacionais ou impedir o alargamento desse mesmo conflito”.



CIBERGUERRA



“A luta através da fibra óptica não será a única a acontecer no futuro, mas poderá vir a ter uma importância até agora desconhecida. Este tipo de operações não substituirá, seguramente, as formas clássicas de fazer a guerra mas ganhará, certamente, um papel crucial.



APOIO À PAZ



“Muitas destas operações não requerem o emprego da força mas exigem a presença dos meios militares para garantir a distribuição da ajuda humanitária e fazer respeitar o cessar--fogo ou segurança das tropas”.







ARMAMENTO



Não se pode falar de um “Soldado do Futuro” sem abranger a renovação do armamento, condição necessária à capacidade de operação de um militar. Portugal mantém a HK G-3 com o respectivo calibre de 7,62 mm, enquanto toda a NATO há muito adoptou o calibre de 5,56 mm. Aliás, a G-3 já nem sequer é fabricada, mesmo na Alemanha, que no ano passado começou a receber a nova HK G-36, no calibre 5,56 mm. A não renovação do calibre é particularmente crítica no caso de operações combinadas, tendo em conta o tipo de munição, o 5,56, adoptado por todos os países da NATO, obrigando Portugal a manter uma cadeia logística própria sem poder recorrer a aliados. De uma nova espingarda, no entanto, ainda nada se fala, nem mesmo da pistola, que no “Soldado do Futuro” continua a ser a Walther P38 da Segunda Guerra Mundial. No apoio de fogo as lacunas continuam a ser grandes. A metralhadora HK-21 continua a fazer parte da orgânica, uma vez que a sucessora, a MG-3, não existe em número suficiente. Tem sido comum na Aliança a adopção de metralhadoras de calibre 5,56 mm, para facilitar a logística e reduzir o peso do material a transportar, além da guarnição da arma ficar reduzida a um elemento, em vez de dois, mas a infantaria portuguesa mantém-se como nos anos 60. Os lança-roquetes individuais continuam a ser os M-72, provenientes das sobras norte-americanas, e actualmente incapazes de constituir ameaça a qualquer blindado melhor protegido.



TRANSMISSÕES



Não se pode falar do “Soldado do Futuro”, sem abordar, publicamente, o capítulo das transmissões. E aqui as lacunas são bem mais graves do que no capítulo do armamento. De facto, é possível criar equipamentos de comunicações individuais com recurso à indústria nacional e atribuí-los ao combatente, mas constitui um desperdício de recursos se essa renovação tecnológica não tiver seguimento nos escalões acima. E a verdade é que a esse nível Portugal está muito limitado. Nos estados-maiores, nem que seja de batalhão, a tradicional carta topográfica continua a ser o meio habitual de trabalho, quando o habitual em estruturas militares modernas é já o tratamento informático da informação cartográfica. Os sistemas de comando e controlo, comunicações, computadores e informações (o chamado C4i) constituem a base de todo o trabalho de gestão do campo de batalha, permitindo aceder a informação em tempo real que vão do abastecimento de combustível à informação estratégica, relativa, por exemplo, aos riscos de instabilidade numa determinada zona. É nesse ponto que estamos praticamente a zero e nem mesmo nas transmissões tácticas conseguimos avançar. O Exército ainda não dispõe sequer de um rádio que congregue num único elemente o VHF, o UHF e o HF, o que limita fortemente a operação, por exemplo, com aeronaves.

Carlos Varela


http://www.correiodamanha.pt/noticia.asp?id=6008&idCanal=9

Aqui fica,

Cumprimentos
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Luso

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« Responder #13 em: Junho 20, 2006, 12:30:48 pm »
O silêncio cúmplice das chefias é absolutamente escandaloso e indesculpável!
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #14 em: Junho 20, 2006, 05:41:16 pm »
Luso este é um dos muitos programas em desenvolvimento. Como sabem em Portugal ou se especula muito, ou então fica tudo no segredo dos deuses, não percebo a admiração ou/e escândalo com esta situação...já faz parte da tradição castrense.  :wink:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.