Concordaria consigo se as coisas funcionassem conforme estão na Lei. Porque para enganar os putos, todos eles estão lá enganados. Porque é falso que o facto de ser Fuzileiro, Comando, Pára ou Ranger ajude no que seja para ingresso na PSP ou GNR independentemente das qualificações escolares. Quando um tipo com o 12º Ano sai de uma dessas Forças ao fim do seu tempo de contracto, tem exactamente as mesmas possibilidades cá fora, que um com o 9º Ano. Um empregador vai olhar para o currículo do rapaz e vai perguntar-lhe o que é que ele sabe fazer. Depois de o rapaz falar sobre o seu Curso Complementar ou a sua brilhante prestação no Curso de Armas Pesadas o empregador rapidamente lhe dará um trabalho de balde e vassoura na mão. Todos nós sabemos que as valências dadas a esses militares valem zero no mercado de trabalho (talvez exceptuando as empresas de vigilância) e no fim não existe qualquer tipo de requalificação.
Se um sistema de mérito funcionasse dentro das nossas FA's (como aquele que eu vi no US Army e nos US Marines) militares como aquele que eu referi acima estariam agora nas fileiras, ultrapassando muito tó-nhó que chegou a Sargento por ter o 12º Ano e eu não os queria nem para Básicos. Mas isso iria mexer com os instalados, com a terrível praga sugadora de recursos e valores humanos que é a "Antiguidade". Praga essa que tem emperrado de forma quase catastrófica o regular funcionamento da Instituição e leva a um quadro superior inchado e inoperante.
Daí não entender o facto de se exigir o 12º Ano a alguém, cujo destino ao fim de 6 anos (penso que é esse o tempo máximo agora) tem um lugar cativo no IEFP com subsidio de desemprego.