REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS

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Lightning

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #3060 em: Abril 01, 2024, 10:03:14 pm »
Deixando a conversa deprimente para trás. :mrgreen:

Estava a ver o que os franceses andam a fazer, e como já sabemos, eles deixaram praticamente de ter veiculos de lagartas.



Se quisessemos ter unidades "parecidas" com as francesas, CC temos, Jaguar não temos, o mais parecido talvez seja a Pandur com canhão..., VBCI e Griffon também a Pandur, VBMR talvez os Uro Vamtac ST5, VHM não temos tropas de montanha, ainda temos as VBL, tenho dúvidas é o que temos comparável ao PVP e ao VT4, as Toyota Land Cruiser (?).
« Última modificação: Abril 01, 2024, 10:11:29 pm por Lightning »
 

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Kalil

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #3061 em: Abril 01, 2024, 11:46:48 pm »
Deixando a conversa deprimente para trás. :mrgreen:

Estava a ver o que os franceses andam a fazer, e como já sabemos, eles deixaram praticamente de ter veiculos de lagartas.



Se quisessemos ter unidades "parecidas" com as francesas, CC temos, Jaguar não temos, o mais parecido talvez seja a Pandur com canhão..., VBCI e Griffon também a Pandur, VBMR talvez os Uro Vamtac ST5, VHM não temos tropas de montanha, ainda temos as VBL, tenho dúvidas é o que temos comparável ao PVP e ao VT4, as Toyota Land Cruiser (?).

Num exercício meramente teórico, ignorando os números de veículos existentes, não podemos achar razoável assumir o Pandur como substituto do Jaguar, Griffon e VBCI. São veículos com especificidades e capacidades diferentes. Mesmo que a frota estivesse devidamente equipada, e actualmente, nem o sistema de comunicações rádio está a 100%.
O ST5 também não consegue ser exactamente comparavel ao Serval, transporta metade dos infantes.
 
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HSMW

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #3062 em: Abril 02, 2024, 01:47:50 am »

Umas Forças Armadas com um determinado número de militares, conseguem ter muito mais capacidade de combate se lhes for dado o equipamento adequado. Ter 11 militares a operar um M114, é, como se pode ver, um desperdício de "mão-de-obra", quando 9 militares davam para operar 2 HIMARS + 1 veículo municiador. A isto acresce que:
-os militares do M114 têm muito menos chances de sobrevivência que os militares dum sistema moderno com maior alcance;
-por estarem mais próximos da linha da frente, a sustentação logística deste pessoal torna-se muito mais complicada;
-e que o número de militares que o M114 necessita para operar, obriga a um maior esforço logístico, por serem mais "bocas" para alimentar, colocando ainda mais pressão nas unidades logísticas.


A questão central, e que acho que há poucas pessoas dispostas a enfrentar é que a culpa não é só dos políticos, mas das próprias chefias. Toda a gente mente a toda a gente sobre as capacidades reais (e que disso não restem dúvidas), mas suas Altezas Excelsas Senhores Generais de pelotão e meio têm não só 0 interesse em melhorar capacidades, como são eles mesmos uns incapazes - basta ver o caso do Comandante de Brigada que tem problemas mentais.
Aquando da apresentação da SCAR, a grande preocupação do Sr. General Cmdt da EA, onde se realizou a apresentação, era que era uma arma curtita, não ia dar para fazer ordem unida bonita. Quando se demonstrou as AimPoint, dizia o Sr. General que aquelas tretas não serviam para nada, agora iam ter que se andar sempre a comprar pilhas, e homem a sério usa é a mira da arma, se precisar de outra coisa, nem é militar digno do nome.

E deste exemplo, arranjo os necessários. Fale-se de adequar Secções, Pelotões, Companhias ou, Deus nos livre de tal infâmia, Batalhões ou Regimentos às reais necessidades operacionais, cai o Carmo, a Trindade e mais um bocado. Se uma secção de M114 tem 11 militares, uma secção de M777, Himars, Astros II, ou seja só um trabuco, tem que ter 11 militares! Menos que isso é um desprestigio, uma desonra e uma afronta.

E porque esses ramos não estavam dispostos a perder tempo e dinheiro com pessoal que ia lá ficar poucos meses e que nunca iam exercer as especialidades para que eram treinados.

E explicar isso? Há quem ache que um soldado precisa de uma farda, umas botas, uma espingarda e um capacete (e o capacete já é um luxo). Depois é apontar na direção geral do inimigo, e está ganha a guerra. Não é por acaso em que nenhum exercício português as NT ganham sempre. Com supremacia aérea garantida, cadeia logística sem qualquer constrangimento, apoio de artilharia em todos os cm2 sem limite, etc etc.
Por outro lado, há Orions em que nem o reabastecimento de Classe IW foi garantido. Mas também agora a tropa vai à guerra para beber água ou quê? No tempo dos Srs. Generais, era meia tampa de água a dar para 3 dias e 2 duches!

O 12o ano não dá acesso direto ao CFS, hoje em dia o CFS já vai pessoal com frequência universitária. A minha filha já teve vários colegas a chumbar e ainda está no 7o ano.

Antes de acabar o SEN já o CFS e o CFO era só para pessoal voluntário/contratado.

O CFS é com o 12º ano, curso universitário é para o CFO.

Realmente andamos a treinar a nivel companhia, Batalhão, Brigada (?), mas depois na realidade mandamos companhias independentes, e os franceses não, eles treinam já como GTIA/SGTIA, e as suas forças de apoio estão habituadas a apoiar qualquer unidade de combate (infantaria/cavalaria), por isso na operação Serval muita gente ficou surpreendida como é que 3 ou 4 companhias (SGTIAs) vindo cada uma de um canto diferente onde faziam parte de comtingentes maiores (Paras da Costa do Marfim, Legião do Chad, infantaria Mecanizada da França, etc), e originais de Regimentos e Brigadas diferentes, chegam ao Mali e começam imediatamente a operar como se fossem um Batalhão (GTIA) coeso, como se naturalmente fossem o mesmo Batalhão. É uma flexibilidade que não temos, para enviar alguma força para uma FND com pessoal de diferentes Regimentos temos de andar a treinar 6 meses antes para se tornarem uma força coesa.

Esse tempo não é só para a coesão, é para os militares aprenderem a ser tropa  :mrgreen:
Desde saber mexer em rádios, até dar tiro, ou estágios NBQR.

Os comandantes estão praticamente todos a marimbar-se para o encargo operacional.

Andaram durante anos a encher as paradas nos Dias da Unidade com militares de outros Regimentos para parecerem muitos e que estava tudo bem!

O problema é que agora a falta pessoal está a colocar em causa as mordomias!!

Mesmo nas unidades com maior efetivo, começa a faltar o condutor para ir buscar e levar o Coronel a casa todos os dias, tal como os condutores para o CEM, 2º Comandante e General da Brigada ou da Zona Militar. Tal como as Praças para os servir ao almoço!!
E nem no tempo da troika abdicaram disto.

A seguir às mordomias vem a falta de efetivos para fazer a jardinagem e a manutenção das unidades, em que algumas já fazem lembrar bases militares da ex-União Soviética...


Depois os serviços de escala de 24h, em que qualquer chafarica tem de ter 4 ou 5 militares permanentemente empenhados durante esse período.


Porque contratar empresas para esse fim custa dinheiro que tem é de ser gasto em festas, concertos, passeios a cavalo e cerimónias da treta.
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #3063 em: Abril 02, 2024, 01:58:42 am »
Quanto às atividades para jovens e DDN, até os podem conseguir enganar, mas se não forem para uma unidade altamente operacional ou se não tiverem uma qualificação diferenciada, vão é andar de moto-roçadora e carrinho corta-relva todos os dias nas unhas!

Depois vão contar aos amigos que passaram 24h de serviço de Porta de Armas das 09h às 09h, não receberam mais por isso, o jantar foi outra vez abrótea com batatas mal cozidas e o Comandante de Companhia não o deixou tirar a tarde a seguir ao serviço porque o alguém vem visitar o Regimento e é preciso cortar a relva.   

Atualmente a má publicidade feita por quem sai do Exército é o maior entrave ao ingresso!
« Última modificação: Abril 02, 2024, 01:58:55 am por HSMW »
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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #3064 em: Abril 02, 2024, 07:47:51 am »
Citar
Associações preferem valorização da carreira ao regresso do Serviço Militar Obrigatório

https://www.dn.pt/5036890249/associacoes-preferem-valorizacao-da-carreira-ao-regresso-do-servico-militar-obrigatorio/

Seres humanos antes querem ganhar mais do que darem dinheiro para outros.


E novidades!
 
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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #3065 em: Abril 02, 2024, 07:54:28 am »

Não percebi bem essa dos exercícios, queres dizer que as NT ganham sempre não é? Fingindo que temos de tudo em quantidade e qualidade.


Exatamente. Todos os nossos Exercícios estão condenados ao sucesso, não interessa nem a realidade nem mais nada. Ainda há uns dois anos ia levando um processo disciplinar porque introduzi um incidente com 2 baixas no meu pelotão (a 8 praças, um dos maiores do País), e isso podia ter afetado gravemente o exercício  :mrgreen:

E não é inédito FND chumbarem em (várias) CREVAL. O truque é ir reduzindo os parâmetros de avaliação até passarem.

Parece o ensino  nas escolas

::)

Este país assenta na vigarice e na aldrabice
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Anthropos

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #3066 em: Abril 02, 2024, 10:59:31 am »
Deixando a conversa deprimente para trás. :mrgreen:

Estava a ver o que os franceses andam a fazer, e como já sabemos, eles deixaram praticamente de ter veiculos de lagartas.



Se quisessemos ter unidades "parecidas" com as francesas, CC temos, Jaguar não temos, o mais parecido talvez seja a Pandur com canhão..., VBCI e Griffon também a Pandur, VBMR talvez os Uro Vamtac ST5, VHM não temos tropas de montanha, ainda temos as VBL, tenho dúvidas é o que temos comparável ao PVP e ao VT4, as Toyota Land Cruiser (?).

Não me chocaria particularmente, e eu ainda eliminaria os CC, provavelmente. Mas um dos grandes entraves à real reorganização/planeamento/modernização é que os ciclos de planeamento estratégico da DGPDN são muito curtos, salvo erro, a 4 anos (posso estar enganado). Isto significa que não existe um fio condutor a longo prazo.

Junte-se a isso as aquisições de "oportunidade", que embora possam dar alguns meios minimamente decentes, vão comer verbas inicialmente alocadas a outra aquisição, e depois vão implicar constrangimentos quer nas novas aquisições, quer na operação dos próprios meios, por pelo menos trazerem algum tipo de obsolescência (ninguém vende meios baratos por estarem atuais ou nas perfeitas condições).

Ou seja, entre falta de planeamento estratégico, e o aproveitamento de muitas oportunidades que têm potencial para serem nefastas a longo prazo, não há muita margem para alterações realistas ou focadas no essencial.

Citar
Associações preferem valorização da carreira ao regresso do Serviço Militar Obrigatório

https://www.dn.pt/5036890249/associacoes-preferem-valorizacao-da-carreira-ao-regresso-do-servico-militar-obrigatorio/

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E novidades!

A questão não é essa. Antes, ser militar compensava financeiramente, hoje já não. Os salários mais baixos foram subindo (e ainda bem, nada contra, pelo contrário!), mas os intermédios nem mexeram, quase. Por exemplo, o salário das praças subiu quase 300€ (e novamente, não estou a dizer que isso é mau!), mas o de um oficial subalterno subiu uns 100€, se tanto. E por muito que se diga que há Oficiais e Sargentos a mais, isso não é minimamente verdade, há imensa falta de ambos, embora naturalmente menos que praças. Tanto que a média de saídas dos QP do Exército tem sido 1 Oficial e 3 Sargentos por mês. E nas funções mais técnicas tem sido uma verdadeira razia.
Isto não quer dizer que não haja muita mordomia que tem que acabar, claro que sim, mas os salários também têm que fazer face ao aumento do trabalho.



Os comandantes estão praticamente todos a marimbar-se para o encargo operacional.

Andaram durante anos a encher as paradas nos Dias da Unidade com militares de outros Regimentos para parecerem muitos e que estava tudo bem!

O problema é que agora a falta pessoal está a colocar em causa as mordomias!!

Mesmo nas unidades com maior efetivo, começa a faltar o condutor para ir buscar e levar o Coronel a casa todos os dias, tal como os condutores para o CEM, 2º Comandante e General da Brigada ou da Zona Militar. Tal como as Praças para os servir ao almoço!!
E nem no tempo da troika abdicaram disto.

A seguir às mordomias vem a falta de efetivos para fazer a jardinagem e a manutenção das unidades, em que algumas já fazem lembrar bases militares da ex-União Soviética...


Depois os serviços de escala de 24h, em que qualquer chafarica tem de ter 4 ou 5 militares permanentemente empenhados durante esse período.


Porque contratar empresas para esse fim custa dinheiro que tem é de ser gasto em festas, concertos, passeios a cavalo e cerimónias da treta.


Ora aí está o busílis! O CFT proclama sempre que "todos somos recrutadores". Um rapaz que vem para a tropa e a única coisa que faz é servir cafés, cortar relva, cerimónias e serviço de 3 em 3 dias, naturalmente não levará grande incentivo para dizer aos amigos que ser militar é bom, que se sente realizado a servir o País, etc etc.
« Última modificação: Abril 02, 2024, 02:39:40 pm por Anthropos »
 
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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #3067 em: Abril 02, 2024, 05:20:12 pm »
O dinheiro importa. Não vai ser a solução milagrosa, pois sabemos que mesmo países que pagam bem aos militares também tem falta de pessoal.

Mas enquanto ser militar for pior que ir para supermercados e McDonald vai ser sempre a cair.

Por exemplo muitos mecânicos do F-16, que eram sargentos QP despediram-se para ir para a tal empresa holandesa, foram ganhar muito dinheiro, alguns iriam sempre é verdade, mas outros não, se ganhassem mais um pouco já não fariam isso, pois eles também estão a sacrificar estar perto da família, ir para um pais que desconhecem a cultura, a lingua, para ganhar mais uns euros.

Como me disse um sargento, quanto entrou para a tropa em 2000, um praça ganhava 2 ordenados mínimos e um sargento 3, agora um praça ganha o ordenado mínimo e um sargento ganha ordenado mínimo e meio.

Isso aplica-se até aos pilotos, em que um piloto da FAP recebe muito menos do que um qualquer Almirante/General de secretária.
https://zap.aeiou.pt/forca-aerea-tem-quase-metade-dos-pilotos-que-deveria-ter-567038

Alguém se opunha a que o valor mencionado na notícia fosse elevado apra 3000 euros/mês? Ou mesmo 3500, para reduzir ligeiramente a diferença salarial para com a aviação civil?
Determinadas valências precisam de ser valorizadas, nomeadamente aquelas que são mais críticas e que requerem uma formação muito mais prolongada, e não ficar tão dependentes do posto.

Quer dizer nos anos 90 que a malta andava de comboio expresso e à boleia não era longe e agora é??

É um dado conhecido que a competitividade no mercado de trabalho, faz com que pelos valores ganhos, poucos jovens vão querer afastar-se da sua "zona" para trabalhar a 200km de casa (por vezes é muito mais que isto) a ganhar o mesmo que ganhariam numa caixa de supermercado. E existem vários factores da vida de cada um que facilmente fazem com que um jovem opte por ir para um trabalho banal, em vez de ir para as FA.

Citar
a atratividade apoia-se em autonomia financeira e é coisa que os jovens não têm e que as forças armadas nas classes mais baixas não proporcionam.

A atractividade vai depender de cada um e do meio envolvente. Um gajo do Algarve nunca irá sair de lá, para ir para o interior para a tropa. O salário enquanto praça dificilmente será atractivo o suficiente para o gajo abdicar de gajas da sua idade em bikini na praia, por idosas de bigode. A isto acrescenta as horas de viagem de/para casa, já que entre ganhar o salário X no Exército, e ter 2 horas de viagem, ou ganhar virtualmente o mesmo num trabalho "normal" e em 5 minutos estás em casa ou na praia ou num bar, a maioria vai escolher a segunda opção.

Os factores sociais também pesam e muito, tal como os culturais. Em São Jacinto tens apenas os Paras... numa região do país extremamente virada para o mar tanto do ponto de vista geográfico como cultural, onde uma unidade de Fuzileiros se sentiria em casa. Podia até haver no Distrito de Aveiro 10 mil potenciais interessados em ser Fuzileiro, e nem assim se criava lá uma subunidade em São Jacinto (junto com os Paras), sendo preferível forçar qualquer potencial interessado a deslocar-se 200km, ou simplesmente a escolherem outro rumo. O que um estudo demográfico não fazia...

Citar
Quer dizer, existem varias unidades fantasma a consumir recursos de manutenção e sustentação e a via correta era unidades perto de casa....

Não, a via correcta era ter uma reorganização inteligente, em que em vez de teres muitos pequenos regimentos monomissão, tens regimentos maiores, multi-especialidade, localizados em regiões onde faça sentido tanto do ponto de vista prático, demográfico, cultural e estratégico. Um regimento em Faro bem localizado, estaria, na pior das hipóteses, a uns 70 e poucos kms de qualquer canto do Distrito, tendo acesso a uma população de quase meio milhão de pessoas. Em contraste, o RI1 de Beja situa-se no centro de um distrito com menos de 1/3 da população de Faro, e onde compete directamente com a BA11, e é deste RI1 que sai o diminuto destacamento de Faro. Conseguias eliminar o RI1, as messes e o destacamento de Faro, e ter apenas um Regimento (de Infantaria ou de Guarnição) em Faro. Em Beja uma unidade do Exército, só faz sentido se for inserida ao lado/dentro da BA11, e for numa vertente logística ou de defesa aérea (que requerem muito menos pessoal que uma unidade de infantaria).

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Então vamos lá a ver um gajo quer estar perto de casa (dos pais) ou quer ter autonomia financeira ( e para isso ir em missões de 06 meses para o estrangeiro) e ganhar mais algum extra?

Tens pessoal nos paraquedistas que nos 6 anos de contrato, fazem 3 missoes no estrangeiro....por exemplo, achas que esses querem estar perto de casa? Só há duas unidades de paraquedistas para os BiPara...Tomar e S. Jacinto...

Só tens OE em Lamego só tens Comandos na Carregueira....

Pessoas diferentes vão ter vocações diferentes. As forças de elite também não estão famosas de efectivo, e lá porque há malta que entra nestas forças mesmo sendo longe de casa, não quer dizer que todos o façam nem que seja a maioria. Em muitas destas forças, haver uma segunda unidade noutra parte do país, pode ser a diferença entre ter mais 100 ou menos 100 "homens". Com isto, não estou a dizer que se devia criar um CTC novo do zero, estou a dizer que temos grandes regimentos pelo país às moscas, que por serem mono-especialidade nunca vão encher, mas que provavelmente terão espaço para receber uma Companhia de outra especialidade. Se houvesse potencial para se ter uma companhia de Comandos no RI13 ou RI19 com uns 100 homens, seria mau? Estudos demográficos permitiam ter uma ideia do potencial interesse da população de diversas regiões para as FA.

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Nas ilhas o recrutamento resulta porque não os mandam para o contiente (já houveram alturas em que tinhas malta das ilhas a definhar no meio de santa margarida)..agora só vem quem quer.

Lá está, o factor "proximidade a casa".

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De qualquer modo um puto do corvo ir para s. miguel , é no arquipélago mas em voos ainda é uma estafa grande.

Mas a população do Corvo é extremamente reduzida, somas com as Flores, e a população das duas ilhas não chega aos 4000 habitantes, a probabilidade de ter alguém do Corvo a ingressar é muito menor do que alguém de São Miguel.

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Para ter o trabalho ao pé de casa é apostar na GNR, esses é que têm de ser descentralizados para o garante da segurança das populações...e mesmo esses as unidades especiais estão concentradas.

E extingue-se as FA no processo, porque para quê analisar e contemplar todas as variáveis, tentar reorganizar as FA (nomeadamente a disposição geográfica) para evitar que a distância a casa seja um factor tão predominante e ao mesmo tempo acabar com os mini-regimentos e unidades fantasma?

A Força Aérea reativou a Esquadra 752 nos Açores.

E lembro-me de um concurso da Marinha (não sei como ficou) para pessoal servir na região dos Açores.

E pelos vistos a dita esquadra tinha pessoal que se viu deslocalizado do continente para os Açores. O resultado seria completamente diferente se fosse possível ter tal esquadra com a maioria ou mesmo totalidade do pessoal proveniente do arquipélago.
 

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #3068 em: Abril 02, 2024, 07:20:09 pm »
O SMO voltar é tapar o sol com a peneira não há verbas para isso. Além do mais não vai resolver nada, a maioria dos jovens é empurrada para o superior, portanto vai pedir adiamento por motivos de estudo, quando acabarem vão ter um curso superior, logo nem sequer vão ser praças, Os que acabam o 12º ano e não querem seguir estudos, não podem ir para praças, vão directo ao curso de sargentos, então quem vão suas excelências meter a praças?

Se querem ter pessoal devem aceitar alterar o tabu da idade: limite máximo deve ser 35 anos para ingressar nas FA's. Assim como deve haver formação de reservistas até aos 50 anos. Devem ser aceites estrangeiros com nacionalidade portuguesa, mesmo que já tenham servido outras forças.

Também já tinha falado disso, da necessidade de expandir o limite de idades, precisamente por haver muitas especialidades que não têm tantas exigências físicas.

E num caso mais extremo, se depois de terem sido implementadas todas as soluções racionais mesmo assim o efectivo fica aquém do necessário, e antes de forçar um SMO, aí sim podia-se equacionar a criação de uma Legião Estrangeira até um determinado número (digamos 2000) de militares. Isto seria ainda assim bastante diferente do fetiche do PS, que passava por arranjar uns 10 mil estrangeiros como carne para canhão low cost, sendo que neste caso a ideia seria a de ter uma LE para complementar as forças regulares.

Ainda assim, é preciso investir nas FA para que haja equipamento colectivo, individual e munições para sustentar isto tudo. Infelizmente vejo nas chefias e massa política, muito foco na questão da falta de pessoal, e pouco relevo dado às limitações em termos de meios e capacidades reais.

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Estava a ver o que os franceses andam a fazer, e como já sabemos, eles deixaram praticamente de ter veiculos de lagartas.



Se quisessemos ter unidades "parecidas" com as francesas, CC temos, Jaguar não temos, o mais parecido talvez seja a Pandur com canhão..., VBCI e Griffon também a Pandur, VBMR talvez os Uro Vamtac ST5, VHM não temos tropas de montanha, ainda temos as VBL, tenho dúvidas é o que temos comparável ao PVP e ao VT4, as Toyota Land Cruiser (?).

Tecnicamente seria possível, mas primeiro era preciso pensar em fundir a BrigInt e BrigMec numa brigada coesa, mesmo que mantendo os meios de lagartas em Santa Margarida. Dificilmente arranjarão dinheiro para substituir tudo na BrigMec por meios modernos, e vai ser impossível que esta brigada tenha real capacidade de operar de forma independente. Parece-me então que juntar as duas brigadas é a coisa mais lógica a se fazer, ficando os meios de lagartas (Leopard e IFV de lagartas) com mais poder de fogo e melhor protecção, como a "ponta da lança", e os meios de rodas típicos da BrigInt como apoio.

A isto acrescentaria uns Ripsaw M5 (não tripulados) como meio para alternativa para ampliar o poder de fogo (à semelhança do conceito Loyal Wingman para os caças), incluindo versão SHORAD com a torre Skyranger 30.

Agora, mesmo num cenário de fusão, e mesmo comparando mais ou menos com os franceses, era preciso investir bastante nos meios de rodas, porque o que temos não chega.
-Algo na classe do Jaguar seria interessante, mas esse papel podia ser desempenhado a meias entre os IFVs e os Ripsaw.
-Em alternativa aos VBCI e Griffon temos os Pandur, mas era preciso mais quantidade e adquirir as versões em falta. Podia-se optar Pandur 6x6 Evo para o papel dos VBMR, e até podia ser alternativa a adquirir mais Pandur II 8x8 (adquirindo 6x6 nas versões em falta do 8x8). De notar que o Griffon e o VBMR são praticamente MRAPs modernos, em configurações 6x6 e 4x4.
-VHM (BvS10) não temos nada parecido, no entanto podia ser um bom veículo de nicho para operar em terrenos mais difíceis, e ainda por cima é anfíbio. Fazia todo o sentido adquirir uma vintena ou assim.
-Temos VBL, temos ST5 e ainda temos/tínhamos na LPM um programa para compra de, se não estou em erro, 250 veículos blindados 4x4. Falava-se nos L-ATV (aparentemente com custo unitário mais baixo que os ST5), mas não sei como vai esse programa. Em qualquer dos casos, viesse L-ATV ou Vamtac numa versão menos blindada que os ST5, o efeito seria o mesmo, com VBL + ST5 + 4x4 blindado como equivalentes ao PVP + VBAE em França.

Ficaríamos com algo assim:
Leopard, CV-90 (exemplo), Ripsaw M5, Pandur II 8x8, Pandur 6x6 Evo, BvS10, ST5, VBL e L-ATV, sendo que estes últimos 4 não estariam alocados à tal "Brigada Mista".

Existe ainda outra alternativa à falta de APCs. Caso se avançasse com um navio com real capacidade anfíbia (seja ele o JdW, o MPSS 9000 ou o que seja), era necessário um veículo anfíbio, como o ACV (igual ao do USMC), que ao que tudo indica é superior à versão anfíbia do Pandur. Como não fazia qualquer sentido adquirir um veículo completamente novo numa quantidade tão pequena para os Fuzos, fazia sentido que fosse adquirido em maior quantidade e abrangesse o EP para complementar os Pandur.
 

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #3069 em: Abril 02, 2024, 07:55:51 pm »
O SMO voltar é tapar o sol com a peneira não há verbas para isso. Além do mais não vai resolver nada, a maioria dos jovens é empurrada para o superior, portanto vai pedir adiamento por motivos de estudo, quando acabarem vão ter um curso superior, logo nem sequer vão ser praças, Os que acabam o 12º ano e não querem seguir estudos, não podem ir para praças, vão directo ao curso de sargentos, então quem vão suas excelências meter a praças?

Se querem ter pessoal devem aceitar alterar o tabu da idade: limite máximo deve ser 35 anos para ingressar nas FA's. Assim como deve haver formação de reservistas até aos 50 anos. Devem ser aceites estrangeiros com nacionalidade portuguesa, mesmo que já tenham servido outras forças.

Há ai ideias que me parecem boas, aumentar a idade limite, aceitar estrangeiros e termos forças de reservistas treinados.

O SMO total também me parece exagerado, o exército não precisa de mais 80.000 pessoas/ano, só fazer o recenseamento dessa gente toda deve ser um dinheirão, o exército tem um défice de uns 10.000 certo?

Proponho aumento de salários para valores mais "interessantes", ou aproximar das FS, ou aproximar da média europeia (pelo que li, somos mesmo o pais que paga pior aos soldados em toda a UE), algo que faça a opção "militar" não ficar atrás dos supermercados e cadeias de Fast Food.

Se for mesmo preciso um SMO, como não há necessidade de irem todos aqueles milhares de jovens, podiamos por um SMO como condição de ingresso em algo, ou que desse alguma vantagem em certos concursos, como havia antes para a GNR, podia voltar a haver, mas eu até propunha, quem quiser trabalhar para o Estado, função pública, ou ser obrigatório ter feito serviço militar ou (se mesmo assim for demasiado), quem tiver feito serviço militar ter uma valorização no concurso por isso.

Mas algumas dessas coisas já existem agora, por isso não será tão apelativo como pensei.
https://ciofe.dgrdn.gov.pt/informacao/regulamento-de-incentivos.html
 

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Charlie Jaguar

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #3070 em: Abril 03, 2024, 03:36:56 pm »
Citar
Gouveia e Melo rejeita antigo Serviço Militar Obrigatório e pede "nova resposta" consensual

https://www.dn.pt/1756020823/gouveia-e-melo-rejeita-antigo-servico-militar-obrigatorio-e-pede-nova-resposta-consensual/
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 

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dc

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #3071 em: Abril 03, 2024, 03:38:55 pm »
Existem vários patamares de medidas a ser implementadas.
Num primeiro patamar tens as questões remuneratórias, da idade, estrangeiros com nacionalidade portuguesa e, claro, da condições dentro das unidades e da qualidade dos meios/equipamentos usados (ainda existe uma grande diferença entre uma pessoa se candidatar para operar numa fragata com 35 anos, e operar numa fragata moderna, ou entre um condutor para um M-113 com blindagem de esferovite, para um CV-90 com protecção a sério).

Num segundo patamar, tens as questões da progressão da carreira (inclusive quando saem das FA para o mercado civil, onde uma indústria de Defesa mais robusta podia cativar o interesse de muitos), e as questões geográficas (proximidade a "casa") onde aplicáveis.

Num terceiro patamar, a criação de uma Legião Estrangeira com uns 2000 elementos e uma maior "militarização" da GNR (incluindo a participação em exercícios militares com as FA, treino de armas mais abrangente, treino com determinados veículos, formação para criação de posições/barreiras defensivas, etc).

E só num quarto patamar, SMO nos seus vários módulos.

Poderei ter-me esquecido de alguma medida que não me ocorreu entretanto, mas assim por alto fica assim.
Não contei com uma reserva por ser uma medida demasiado óbvia e implementada em praticamente todo o lado, portanto devia ser uma não-questão, mesmo que tivesse que se rever bem o seu conceito para que ninguém seja forçado a largar tudo para fazer as suas funções de reservista. Joguem com a disponibilidade das pessoas e dêem prioridade a quem estiver desempregado durante um determinado período.
Agora, uma reserva também exige que se crie uma reserva... de equipamento. Teres um condutor de Leopard na reserva, mas quando ele volta não há Leopards (ou qualquer outra coisa parecida) suficientes para conduzir, é um desperdício.


O SMO não vai resolver nada, porque um SMO para ser eficaz, requer que tudo o resto esteja em bom funcionamento. Teria de haver uma forte capacidade logística para o sustentar (em tempo de paz e sobretudo em tempo de guerra), era preciso adquirir mais equipamento, mais munições, mais tudo apenas para sustentar este pessoal extra, para no fim se gastar um balúrdio e acabar com pessoal mal preparado, enquanto as restantes vertentes das FA continuam a carecer de investimento.

O que nós precisamos, é de um "war game" como fazem noutros países, mas desta feita que comparasse umas Forças Armadas Portuguesas mal equipadas mas com SMO (50 a 80 mil militares) vs as FA bem equipadas com os "apenas" 32 mil militares (35 mil com sorte) que é suposto, e ver quem ganhava num confronto entre os dois. Só relembrar que bastava que as FA de 32 mil tivessem acesso generalizado a equipamento moderno de visão noturna, que enrabavam as de 80 mil. Um oponente com uma vintena de Apaches dava uma vassourada no EP com SMO, por falta de capacidade anti-aérea e por falta de meios que, sem ser o Leopard, consigam resistir aos disparos de 30mm. Do lado do Apache, até podiam fazer um "Challenge" do tipo "destruir todo o EP sem usar mísseis", e teriam elevadas chances de sucesso.  :mrgreen:
 

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Cabeça de Martelo

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #3072 em: Abril 03, 2024, 04:13:50 pm »
Gouveia e Melo rejeita antigo Serviço Militar Obrigatório e pede “nova resposta”
Depois da polémica com um artigo de opinião no Expresso, Gouveia e Melo esclarece que rejeita um regresso aos moldes antigos do Serviço Militar Obrigatório e defende uma “nova resposta” consensual.
Lusa
3 de Abril de 2024, 13:17


Gouveia e Melo rejeita antigo Serviço Militar Obrigatório e pede “nova resposta”
Henrique Gouveia e Melo, chefe do Estado-Maior da Armada, rejeitou esta quarta-feira, os modelos antigos do Serviço Militar Obrigatório, que vigorou até 2004. Defende uma "nova resposta" consensual entre o poder político e a sociedade para mobilizar população em situações limite.

https://www.publico.pt/2024/04/03/sociedade/noticia/gouveia-melo-rejeita-antigo-servico-militar-obrigatorio-pede-nova-resposta-2085750
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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P44

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"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 
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PTWolf

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #3074 em: Abril 03, 2024, 08:04:27 pm »
Ui....


https://executivedigest.sapo.pt/noticias/alemanha-franca-e-polonia-deixam-apelo-para-o-rearmamento-massivo-da-europa/

Atendendo à real possibilidade do Trump ganhar nos EUA, só isso já devia estar a fazer a Europa dar corda aos sapatos....

Já nós por cá veremos o que sucede e como este governo se vai posicionar relativamente às FA