Estou para ver se quando for para adquirir caças, fragatas e afins se vai olhar para os concorrentes e adquirir "a nova tecnologia" e se receberá as mesmas desculpas e facilitismos que o 390 tem recebido. Todos sabemos que, por 900 milhões, muita coisa se endireitava nas FA portuguesas, e neste momento gastar esse valor em aeronaves meramente de transporte, é absurdo.
Pensemos um pouco, com 900 milhões, numa fase em que pouco ou nada se investe nas forças armadas, dava para 5 ou 6 aparelhos em segunda-mão, livrando a FAP do problema do MLU dos C-130 que vai ter que ser feito porque os KC só vêm daqui a 3/4 anos se tudo correr bem, e sobrava bastante dinheiro para substituir os Epsilon e/ou Alpha Jet, e facilmente ainda sobrava dinheiro para comprar os ditos helis de evacuação. Isto tudo enquanto o 390 tinha tempo de amadurecer, o preço tinha tempo de estabilizar e acabaríamos por o comprar com todas as correcções necessárias a problemas que possam aparecer entretanto.
Por isso é que eu digo, pagar 900 milhões no imediato é absurdo para o nosso orçamento, e entre as ideias propostas, de uma aquisição inicial de apenas 3 aeronaves, faziam mais sentido do que isto. 1000 milhões por dois submarinos topo de gama, que representam não só um salto qualitativo gigante face aos anteriores como um meio de dissuasão sem par nas nossas forças armadas, foi um escândalo.
Espero que corra tudo bem com o 390, agora que o comprámos, porque se algo der para o torto, vamos pagar bem caro.