Como são apenas para os "atiradores especiais" ("designated marksman") e não devemos ter muitas secções com esta valência... estou a partir do principio que será ao nível de secção (que fica com 2 calibres) e que só a BRR e algumas unidades da BLI irão ter a capacidade...
Já agora: o que obriga o irmos passar a ter uma ML de 5,56mm...? Vai haver alterações de doutrina / treino?
Quanto muito as 7,62 deverão ser distribuídas á razão de uma máximo duas por pelotão com uma equipa, dois homens com esse armamento, não estou a ver serem distribuídas de outra maneira, se fossem distribuídas pelas secções de atiradores lá teríamos o problemas de dois calibres.
Repara que as ML, ou as SAW, das secções de atiradores vão ser de 5,56, o mesmo calibre das armas individuais, e as MM, de 7.62 ficarão agrupadas nas CAC, as companhias de apoio de fogos, AKA as " Pesadas " dos batalhões, que além das MM terão as restantes armas colectivas, os ACar e os Morteiros + pesados.
A ML (julgo que oficialmente é ML, mas o site da revista warrior esgotou a banda!) de 7,62mm não ficam distribuídas a nível de pelotão...? Estou de facto curioso sobre alterações à organização.
Organicamente penso que não, os PelAt apenas terão como armas de apoio as ML, as Minimi 5,56, nas suas secções, o que não impede que, sempre que for necessário aumento do poder de fogo para determinada missão/situação, se possa reforçar o dito PelAt com as MM, as Minimi 7,62, alocadas ao pel de acompanhamento.
Agora voltando ao AtEsp, que terá a sua SCAR H distribuída, pelo que tenho estado a ler, parece-me que o que disse não se irá concretizar a nível de pelotão, como aliás acontece no Exército Espanhol, mas entre nós, a futura doutrina implica que se tenha uma 7,62 a nível de secção de atiradores:
Desta forma, Sousa (2016) destaca a proposta efetuada ao Comando do Exército Português, compreendendo a aquisição de uma arma calibre 7.62mm NATO para um AtEsp por SecAt. Em relação a testes de possíveis armamentos, refere que o atual grupo de trabalho apenas elabora as especificações técnicas para a arma, necessárias para um concurso a ser efetuado posteriormente para a aquisição da mesma, sendo que até ao momento apenas assistiram a demonstrações de armamento por parte da respetiva indústria.
Em relação ao levantamento das necessidades, Sousa (2016) indica que para além dos estudos anteriormente referidos, entre outros, existe um representante de cada Brigada do Exército Português, de modo a recolher os inputs das respetivas unidades através dos
mesmos.
Moura (2016) aponta como solução para a integração de AtEsp, a mesma referida por Sousa (2016), destacando que numa operação ofensiva/defensiva seria razoável possuir uma parelha por unidade escalão Pelotão. No entanto, realça que nas operações de estabilização as tarefas são tipicamente efetuadas ao escalão Secção, justificando assim que o ideal seria a integração de um AtEsp por SecAt, fazendo face a todas as tipologias de operações.
Em relação à tipologia de armamento a utilizar pelo AtEsp defende que face à especificidade das tarefas a executar, tiro direto a distâncias superiores aos restantes elementos da sua unidade, este AtEsp deverá utilizar uma arma de calibre 7.62mm. No entanto, defende que caso os restantes atiradores operem armamento de calibre 5.56mm, o AtEsp deverá manter também
a sua arma deste calibre de forma a poder operá-la como os demais elementos. ( será que vai acontecer, pergunto eu Ten )
Face ao descrito anteriormente podemos verificar que “o AtEsp emprega fogos diretos entre o alcance prático de um atirador e a distância a partir da qual opera um sniper, podendo ser empregue em todas as tipologias de operações, realizadas pelas unidades de
Infantaria” como descrito na hipótese n.º 2.
O AtEsp é um elemento com a capacidade de empregar fogos diretos precisos a médias distâncias, ou seja, atuando entre o alcance prático para um atirador e a distância a partir da qual são empregues fogos diretos por snipers. Este deverá ser integrado preferencialmente ao escalão Secção, tendo como missão atuar como um elemento de manobra da SecAt e como missão secundária o emprego de fogos diretos de precisão.
https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/15158/1/342_Pinto_TIA.pdfEste PDF é um excelente documento elaborado por alguns oficiais quando na AM, e revela que quem o escreveu percebe da poda !!
Abraços