Eu acho que é um erro não ter interesse nessa capacidade. Qualquer grupo terrorista com acesso a baterias AA russas, consegue interditar por completo o espaço aéreo a aeronaves portuguesas. Se tivermos que evacuar cidadãos nacionais num país por via aérea, mas um grupo opositor possuir baterias AA decentes, como fazes? Rezas que nenhum míssil atinja um KC, C130, Merlin ou o que seja? Ou envias forças especiais para território hostil para destruir as ditas baterias? Quanto muito funciona como dissuasor, e neste aspecto nada como ficar em pé de igualdade com os aliados e outros países vizinhos.
Dc, para além da diplomacia portuguesa ser reconhecida pela sua excelência (e é sempre a primeira "arma" a entrar em acção), o nosso país é considerado quase globalmente como pacífico, amigável e respeitador das convenções internacionais, daí que poucos estejam a ver uma situação dessas acontecer, por muito que em teoria seja obviamente possível. Fazendo parte da NATO, UE, UEO e ONU, muito dificilmente numa circunstância dessas verias Portugal a tomar a atitude de um ataque unilateral; seria sempre algo em coordenação com organizações, aliados e parceiros - tipo a NRF -, e nesse caso outros mais bem equipados e treinados se chegariam à frente já que, a bem da verdade, se agora nem sequer o Bérrio temos para transportar Fuzileiros e Zebros, a nossa capacidade expedicionária é extremamente diminuta. Normalmente é mais "boots on the ground" apoiados por meios de terceiros como se vê na RCA, por exemplo.
A Força Aérea, e por conseguinte as nossas Forças Armadas, estão cientes das suas capacidades, possibilidades e limitações; para empregar meios e homens em situações e cenários como aquele que promoveste, tudo teria de ser muito bem pensado. C-130H e C-295M podem operar com meios passivos e activos de autodefesa (RWR, LWR, CMDS e pod ECM), e o futuro KC-390 em princípio ainda mais bem preparado para um cenário desses virá; Merlin não os meto ao barulho pois infelizmente os 4 CSAR não estão preparados para cenários exigentes de alta intensidade por falta da totalidade de equipamento, de actualização do mesmo e de treino e qualificação das suas tripulações (daí esta novela toda do heli de evacuação). Quanto aos F-16 MLU, estando atribuídos à NRF têm obrigatoriamente de estar preparados para entrar em combate a qualquer momento, seja ar-ar ou ar-solo, e para isso a FAP tem o essencial, nem mais, nem menos.
Quando disse que a FAP não tem interesse na missão SEAD é apenas pelo simples facto de ter consciência que não está devidamente equipada, treinada e qualificada para uma missão tão exigente e perigosa como essa, e tem conhecimento e noção que há outros no seio da Aliança Atlântica que se especializaram nisso há várias décadas e por conseguinte são mais indicados para cumpri-la. Em guerra, num conflito, tudo será válido, mas não é esse o caso. Expores um F-16AM com 2 JDAM de 2000lbs face a um sistema AA de última geração, mesmo com o ALQ-131, RWR digital, chaff & flare e lições (e destreza) de um instrutor graduado no FWIT a trabalharem, pode muito bem não ser o suficiente quando ainda por cima o piloto não pode contar com sistemas como o PIDS ou MILDS, e armas como a JSOW ou JASSM.
Só para finalizar em relação ao HARM quero corrigir algo que ontem aqui escrevi: os F-16AM/BM MLU Block 20 conseguem integrar o AGM-88 desde a OFP M2, e o HTS (HARM Targeting System) AN/ASQ-213 a partir da M4.2 (Tape esta que vem permitir igualmente o uso em simultâneo do HTS na estação 5L e do Sniper na 5R).
M1 tape
Development of the M1-tape went through four phases of Flight Test Tapes (FTT). In each of these test tapes, other performances where met, including:
FTT-1 tape
Radar performance evaluation
FTT-2 tape
Weapon modes Air-Air and Air-Ground testing
Navigation (INS and GPS)
Basic MMC core functions integration
FTT-3 tape
Datalink
IFF interrogation
Horizontal Situation Display
DTS integration
Cockpit color screen implementation
FTT-4 tape
"Clean-up" tape (intended as correction to imperfections found in earlier phases)
After the M1 tape, the M2 tape followed in 2000, M3 tape in 2003, M4 tape in 2005, M5 tape in 2008 and M6 tape in 2011. All these tapes incorporate other features, including:
M2 tape
Automatic Target Hand-off System (ATHS)
Integration of anti radiation (AGM-88) missile capability
Integration of target designator system
Further implementation of the Digital Terrain System
M3 tape
Integration of the Link-16 system
Integration of capability for GPS controlled weapons (GBU30/32)
Introduction of Helmet Mounted/Cueing Sight
Introduction of NVG compatible helmets
M4 tape
From this tape onwards the first release was already a subrelease starting at MX.1
M4.1 tape
Introduction of advanced short-range missile, as a replacement for the current Sidewinder (AIM-9X, IRIS-T)
Integration of advanced Link-16 functions
Integration of SNIPER targeting pods
M4.2 tape
Integration of the latest HARM Targeting System (HTS) and its R7 software
Integration of SNIPER targeting pod and its S3 software (capable of cataloguing, storing and relaying target images using the Link 16 data-link. M4.2 gives the capability to use the HTS and Sniper ATP on the same aircraft)
This tape was the first common software for USAF CCIP upgraded block 40/50 airframes.
M4.3 tape
"Clean-up" tape (intended as correction to imperfections found in earlier phases)
M5 tape
M5.1 tape
Integration of capability for stand-off weapons (AGM-154)
Introduction of more advanced A/G weapons (EGBU-12)
Introduction of advanced Stores Management System and Joint Mission Planning System
Introduction of an improved GPS/INS system (more accurate and jamming proof)
Introduction of new Link-16 message standards to improve interoperability between different aircraft types
Installation of AN/ARC-210 VHF radios to enable radio contact with FAC’s on the ground
M5.2 tape
"Clean-up" tape (intended as correction to imperfections found in earlier phases)
M6 tape
M6.1 tape
Improved IFF system (Mode 5 waveform with better distinction between friendly and enemy aircraft)
Introduction of AIM-120D missile (two-way datalink, improved navigation and High-Angle Off-Boresight capabilities, a doubled range)
Introduction of more advanced A/G weapons (GBU-39 SDB, GBU-54 LJDAM)
Integration of improved Link-16 functions with net-centric capability
Integration of a new Universal Armament Interface to standardize communication between the aircraft and the weapons, illuminating the need for new OPF tapes with every new weapon system
M6.2 tape
"Clean-up" tape (intended as correction to imperfections found in earlier phases)
Included minor updates like Auto GCAS capability nearly eliminating Controlled Flight Into Terrain (CFIT) accidents, a leading cause of F-16 loss of pilot and aircraft accidents.
M6.5 tape
From this tape onwards there will be a difference between the European numbering sequence and the US. Funding for the M-tapes was extended through the years up untill number M6. The normal succession would mean an M7 would be next. This will be the case for the US (with their F-16s lasting untill well into the 2030s). Since the European F-16s are much older and reaching the end of their lifespan (2020-2030) it was difficult to convince them to extend funding for more updates to the F-16s. Specifically the Netherlands and Norway weren't eager since they already opted to replace the F-16 with the F-35 with fleet introduction starting in 2019 and F-16 phase out around 2024). Much of the updates found in tape M6.5 will be the same as tape M7.
Rectification of some earlier weapon integration shortcomings
Integration of new weapons (JASSM, JDAM, EGBU-12, SDB, AIM-120D and AIM-9X)
Integration of advanced racks (BRU-69), pylons, adapters and the UAI (ensuring nuclear surety and compatibility)
Update of the Link-16 protocol
Upgrade of the AN/AAQ-14 interface software
Update of the AN/ALR-56M system
Update of the GPS system
Quanto ao resto, os Penguin são antiquados apesar de ser sempre uma mais valia e os Harpoon podem ser usados nos nossos Fs? Tenho ideia de ler algures que só os Block 20 de Taiwan os usam.
Qualquer míssil anti-navio seria uma arma válida para os F-16 dada a nossa posição geográfica, fosse ele o Penguin, o Harpoon ou o futuro JSM. O AGM-84 pode ser empregue no Fighting Falcon a partir do Block 20, que é como quem diz a partir do MLU.
Para além da falta óbvia de um míssil ar-ar HOBS, seja ele o X-Ray ou IRIS-T, a não existência pelo menos da JSOW, SDB e sistemas avançados de alerta e sobrevivência da aeronave como o PIDS/PIDS+, relegam cada vez mais os F-16 nacionais para operações de rectaguarda no futuro. Por exemplo em relação ao PIDS+ da companhia dinamarquesa Terma, Portugal foi o único membro da EPAF que não o adoptou, porquê? Porque somos mais inteligentes que todos os outros ou para poupar umas massas como infelizmente é costume?
https://www.terma.com/press/news-2017/missile-warning-and-3d-audioanr-for-belgian-defence-f-16/