Timor-Leste e a Austrália

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Doações de Portugal
« Responder #15 em: Maio 14, 2004, 05:10:20 am »
Citando Fabio G.
"Portugal ofereceu alguns jipes, e poderia também oferecer algumas Chaimites e algum navio patrulha, e armas ligeiras que sejam substituidas".

O Governo Portugês vai doar mais do que alguns jipes. A maior parte do material que está a ser usado pelas forças da Marinha e do Exército que se encontra actualmente em Timor (o designado EASTBATT) será doado e não são só os jipes. Julgo que Portugal será o país que vai doar mais material.

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Fábio G.

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« Responder #16 em: Maio 19, 2004, 01:27:06 pm »
DN:

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Lisboa quer continuar líder no apoio a Timor
EDUARDO MASCARENHAS EM DÍLI
Portugal já doou à República Democrática de Timor-Leste cerca de 300 milhões de euros (incluindo as verbas da cooperação técnico-militar) desde a independência deste país, e pretende continuar a ocupar o primeiro lugar no apoio internacional a este novo Estado, disse ao DN uma fonte da delegação da secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Manuela Franco, que efectua uma visita oficial a Díli.

Manuela Franco deslocou-se a Timor para representar o Governo português nas cerimónias do final do actual mandato da ONU, segundo aniversário da independência do país e Conferência de Doadores.

Nesta conferência disse, ontem, que a solidariedade para com o povo de Timor reúne a unanimidade do povo português, e recordou aos demais parceiros de desenvolvimento local a assinatura, em Janeiro último, do Programa Indicativo de Cooperação, válido para o triénio 2004/2006, destinado ao financiamento de intervenções nas áreas da educação e reintrodução da língua portuguesa, formação de quadros da administração pública e apoio ao desenvolvimento económico e social.

Austrália e Japão são os dois outros países que, imediatamente após Portugal, mais apoiam o de-senvolvimento de Timor-Leste.

O programa indicativo mencionado pela secretária de Estado prevê ainda o apoio directo ao Orçamento de Estado timorense, até 2005, num total de 7,4 milhões de euros, dos quais 4,9 milhões foram já investidos por Portugal. Antes de terminar a sua visita oficial de cinco dias a Timor-Leste, Manuela Franco assiste à assinatura do plano anual de cooperação, que contempla um pacote financeiro de 27,5 milhões de euros.

 

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Investimento
« Responder #17 em: Maio 23, 2004, 03:34:49 am »
Citação da Lusa
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Timor-Leste: CGD e Timor Telecom inauguram novo conceito de atendimento público

 
Díli, 22 Mai (Lusa) - A Caixa Geral de Depósitos (CGD) e a Timor Telecom, empresas de capital português, inauguraram hoje em Timor-Leste um novo conceito de atendimento público que permite realizar operações bancárias e de telecomunicações no mesmo espaço físico.

O espaço, localizado em Gleno, no distrito de Ermera, resulta no primeiro passo de um ambicioso programa da CGD e da Timor Telecom de levar directamente os seus serviços comerciais e de atendimento público ao interior de Timor-Leste.

A prazo, o objectivo é cobrir todas as capitais dos 13 distritos timorenses.

Desta maneira, as duas empresas desenvolvem sinergias e diminuem os custos directos de produção.

Na cerimónia de hoje, que contou com a presença do primeiro- ministro Mari Alkatiri, foi inaugurado um edifício construído de raiz, com áreas técnicas de energia e de telecomunicações, e um espaço comercial conjunto.

Esta área funcionará como um balcão bancário e uma loja de telecomunicações.

Enquanto a CGD é uma empresa de capital português, a Timor Telecom é controlada pela operadora Portugal Telecom, que gere desde 01 de Março 2003 os serviços de telecomunicações em Timor-Leste.

O contrato de concessão é válido por 15 anos, e terminado este período as infra-estruturas, equipamentos e outros activos serão transferidos para o governo timorense.

EL.

Lusa/Fim
 


É bom sinal para o povo Timorense estas demonstrações de confiança no futuro. São necessários investimentos, pois além de contribuirem para o incremento da economia, revelam garantia de estabilidade contribuindo para o sentimento de seguridade das pessoas.
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Fábio G.

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« Responder #18 em: Maio 28, 2004, 11:29:01 am »
O desejado petróleo timorense.

DN

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«O petróleo faz toda a diferença em Timor»
EDUARDO MASCARENHAS
Timor-Leste enfrenta um problema grave relativamente à exploração de um dos seus principais recursos naturais: o petróleo. O diferendo com a Austrália prolonga-se, sem solução à vista. Portugal poderá ser intermediário?

A posição portuguesa tem sido a de que Timor é um Estado soberano, que se entende com a Austrália directamente. Seguimos a evolução da situação mas não interferimos.

Mas a dificuldade de obtenção de receitas através da exploração de todos os recursos petrolíferos que reclama para si não poderá colocar em causa a formação do Estado timorense?

Há vários recursos petrolíferos. Há uma parte do petróleo cujos rendimentos Timor começará a receber em 2007, e existem querelas sobre a fronteira marítima e outras jazidas de petróleo que não estão na zona conjunta. O problema da delimitação da fronteira marítima coloca-se porque as costas são demasiado próximas para que seja possível respeitar os limites normalmente estabelecidos. Como sucede aliás em muitos outros casos, haverá que chegar a um acordo para se saber onde passa a linha média. Subsistem aqui aspectos do Direito do Mar que acompanhamos, mas sem interferir entre Timor e a Austrália. Claro que o petróleo faz toda a diferença em Timor, mas isso, por si só, não coloca em causa a viabilidade do Estado.

Por outras palavras, a formação de quadros é também essencial...

Timor precisa, evidentemente de todos os recursos. Esteve ocupado durante mais de duas décadas, e embora tivesse recebido da Indonésia algumas infra-estruturas, viu as energias da sua população consumidas no «jogo» constante dos indonésios entre a sedução para a integração e a simultânea repressão. Agora, com a independência, Timor depara-se com uma situação de ausência de quadros e de algumas infra-estruturas essenciais ao seu desenvolvimento.

De que forma vai Portugal cooperar na formação dos novos quadros timorenses?

Estamos já a cooperar na formação de técnicos na área da justiça e também na formação de dezenas de professores que estão a reaprender português. Ainda agora encontrei em Timor vários que esqueceram o português, porque tinham medo de falar a língua durante a ocupação indonésia. Há que ter presente que uma língua que tenha literatura, que tenha práticas, que seja veicular, que permita estudar, que permita formação, quer em Timor quer em Portugal, que permita criar condições de educação razoáveis, abre espaços na construção de uma identidade com o novo Estado.

A parceria estratégica com Portugal permite a Timor o espaço de que necessita para afirmar a sua identidade?

A aliança e a parceria estratégica que Timor estabelece com Portugal é também para este novo país uma ajuda, um espaço específico, para lhe permitir afirmar a sua personalidade como Estado-Nação, nos termos em que entende exactamente que o quer fazer.

O Governo timorense terá, de facto, condições para assegurar uma gestão eficiente dos fundos internacionais?

Penso que sim. Timor tem a boa fortuna de contar com uma liderança muito empenhada, constituída por pessoas que fizeram a resistência e a luta pela independência nacional. São pessoas muito empenhadas em criar condições de soberania, em construir um Estado que não fique refém de outras potências, outros equilíbrios, ou outras instâncias de ajuda. Estão muito interessados em recolher a ajuda internacional para a utilizar de acordo com as suas prioridades. Também me parecem muito interessados em promover um desenvolvimento efectivo e condições de vida à população de Timor, que é extremamente pobre. Estou convencida de que há condições de boa governação em Timor e de que o Governo está ciente de que o facto de recorrer à ajuda internacional o sujeita a um controlo muito apertado. Timor pode ter mais problemas em afirmar-se tal qual deseja, como Estado soberano, consoante os meios de que disponha, estará talvez mais tempo dependente da ajuda internacional, sem poder avançar com tanta rapidez, mas é o percurso que Timor percorre agora. Como quer!

DN-José Carlos Carvalho
 

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« Responder #19 em: Maio 28, 2004, 11:31:25 am »
Outra noticia da "exploração" por parte da Austrália.

DN

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Austrália recebe dez para dar apenas um
E. M.
A Austrália é, após Portugal, o país que mais ajudas financeiras canaliza para Timor-Leste. Mas, com a exploração do petróleo do mar de Timor, já recebeu dez vezes mais do que deu aos timorenses desde 1999, revela um relatório da organização não governamental OXFAM.

Este cenário assenta na disputa sobre a definição de fronteiras marítimas, numa zona com reservas de petróleo e gás avaliadas em vários milhares de milhões de dólares, que os timorenses reclamam e que os australianos exploram ao abrigo de um acordo temporário.

O Governo timorense, segundo constatou o DN em Díli, insiste na necessidade de delimitação da fronteira e renegociação do acordo temporário que permite o acesso da Austrália a dois terços das jazidas do mar de Timor.

A primeira ronda de negociações realizou-se há um mês em Díli. O Governo timorense pretendia conferir uma sequência mensal às conversações, para acelerar o encontro de uma solução, mas conseguiu apenas a marcação de uma nova reunião para Setembro. Com o tempo a seu favor, a Austrália sustenta que apenas tem disponibilidade para negociar uma vez por semestre.

Cada dia de atraso na exploração dos seus recursos petrolíferos pode significar para Timor-Leste um prejuízo superior a meio milhão de dólares. A sua população conhece uma situação difícil, com quatro em cada dez habitantes a viverem abaixo do limiar de pobreza, uma taxa de analfabetismo superior a 50% e uma mortalidade infantil ainda muito elevada. Apesar deste cenário, segundo o documento da OXFAM, a Austrália ganhou mais de 700 mil dólares por dia (584 mil euros ou cerca de 117 mil contos na antiga moeda portuguesa), graças às reservas de gás e petróleo situadas na zona do mar de Timor em disputa.

Nas celebrações do segundo aniversário da independência de Timor-Leste, o Presidente Xanana Gusmão advertiu que «vamos continuar a forjar melhores relações com a Austrália, mas não sacrificaremos os nossos interesses a esse objectivo.» Timor, disse ao DN, Ramos-Horta, pondera a hipótese de solicitar mediação internacional.

 

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Rui Elias

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Sobre as relações de Timor com o exterior
« Responder #20 em: Junho 07, 2004, 11:31:07 am »
Talvez para não ficar demasiado dependente da Austrália, e para que evite ser condenado a uma espécie de satélite ou protectorado australiano na zona se explique o abraço de Xanana ao candidato presidencial, o general Wiranto, o que chocou muita gente, mas que eu julguei ter compreendido, e também a recente deslocação a Lisboa do antigo ministro de Suarto, Ali Alatas, com a presença de Ramos Horta e de Ana Gomes.

Timor, já que Portugal é pequeno e está longe, tem que jogar em dois tabuleiros.

É um pouco com a opção de Portugal manter uma relação atlantica, desde tempos históricos, porque de outro modo seria "engolido" pela Espanha.

E para não fica a ser um quintal da Austrália, Timor-Leste enconsta-se estratégicamente à Indonésia.

É natrural na relação entre estados.

E a propósito, já repararam que a Austrália se está a armar à grande :wink: ?
 

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« Responder #21 em: Abril 30, 2005, 03:27:41 am »
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Timor: definição de fronteira marítima com Austrália adiada 50 a 100 anos

A fronteira marítima entre a Austrália e Timor-Leste será fixada somente a partir de 2055, no âmbito de um pré-acordo alcançado hoje em Díli e que deverá ser formalizado dentro de duas semanas em Brisbane, na Austrália.

Na pior das hipóteses, a fronteira poderá ficar definida apenas em 2105.

A suspensão do traçado definitivo vai permitir que os dois países partilhem as receitas decorrentes da exploração das jazidas de gás natural e petróleo no Mar de Timor.

Com base no pré-acordo alcançado em Díli, Timor-Leste receberá entre 2 mil milhões a 5 mil milhões de dólares, além das receitas resultantes da área conjunta de exploração com a Austrália.

Aquela verba será paga enquanto os poços petrolíferos em causa foram comercialmente rentáveis, período que os especialistas calculam possa variar entre os 30 a 40 anos.

Os chefes das diplomacias dos dois países já se pronunciaram sobre este pré-acordo, tendo o ministro timorense, José Ramos-Horta, destacado os «avanços significativos alcançados».

«A postura construtiva adoptada nestas negociações culminou em progressos muito positivos para a resolução da disputa do Mar de Timor. Os dois países inauguram assim uma nova era nas relações bilaterais e na cooperação económica», acrescentou José Ramos- Horta.

Por seu turno, o ministro dos Negócios Estrangeiros australiano, Alexander Downer, salientou que persistem alguns pormenores por acertar, mas manifestou- se esperançado em que na próxima ronda negocial, marcada para 11 de Maio em Brisbane, Austrália, o acordo seja formalizado.

A disputa sobre o Mar de Timor começou a ser negociada há um ano em Díli e o pré-acordo hoje alcançado coroa a «solução criativa» proposta pelo primeiro-ministro de Timor-Leste, Mari Alkatiri, para desbloquear o impasse que persistia e que impedia a exploração dos riquíssimos recursos minerais existentes no mar de Timor.

A argumentação de Díli assenta no Direito Internacional Marítimo, que regulamenta a demarcação das fronteiras marítimas a partir de uma linha intermédia das zonas costeiras dos dois países, enquanto a Austrália prefere relevar as excepções à legislação internacional, que sustentam que a fronteira poderá ser fixada a partir das plataformas continentais.

A posição de Timor-Leste coloca naturalmente a linha intermédia entre os cerca de 500 quilómetros que separam as duas costas, enquanto o traçado defendido pela Austrália coloca a fronteira nalguns pontos a pouco mais de 80 quilómetros das praias timorenses.

Diário Digital / Lusa

29-04-2005
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« Responder #22 em: Janeiro 20, 2006, 09:45:18 am »
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Indonésia considerada culpada de crimes contra a humanidade em Timor-Leste

Publico
19.01.2006 - 13h12  
 
A Indonésia foi considerada culpada de crimes contra a humanidade durante os anos de ocupação de Timor-Leste, ao longo dos quais se calcula que tenham morrido mais de 180 mil civis. Um relatório de várias organizações de defesa dos direitos humanos, publicado hoje na imprensa australiana, refere atrocidades como privação de alimentos, tortura e violência sexual.

A política indonésia em relação a Timor-Leste causou a morte a milhares de pessoas (entre 84 e 183 mil, entre 1975 e 1999), ou um terço da população total, afirma o relatório elaborado pela Comissão de Apuramento, Verdade e Reconciliação (CAVR) sobre as atrocidades cometidas durante os anos de ocupação.

O relatório será apresentado amanhã pelo Presidente timorense, Xanana Gusmão, em Nova Iorque, ao secretário-geral da ONU, Kofi Annan.

Mais de 90 por cento das vítimas acabaram por morrer devido à fome e às doenças, indica o documento, do qual o jornal "The Australian" obteve uma cópia. As forças de segurança indonésias "decidiram conscientemente utilizar a privação de alimentos como uma arma de guerra". "A imposição intencional de condições de vida que não podiam ser suportadas por dezenas de milhares de timorenses equivale a um extermínio que configura um crime contra a humanidade", avança ainda o documento.

De 18.600 crimes ou desaparecimentos relatados em Timor-Leste durante a ocupação, a polícia e o Exército indonésio foram considerados culpados em 70 por cento dos casos. O relato detalha ainda a forma como os soldados indonésios utilizaram napalm e armas químicas para envenenar os alimentos ou as reservas alimentares de Verão, em 1975, durante a invasão da antiga colónia portuguesa, que se tornou independente em 2002.

O relatório foi redigido a partir de testemunhos de oito mil pessoas e de notas do Exército indonésio e dos serviços secretos de vários países.

O documento dá ainda conta de milhares de execuções sumárias, torturas, casos de vítimas queimadas e enterradas vivas e mutilações genitais. Milhares de mulheres foram violadas e agredidas sexualmente durante a ocupação.

A Indonésia ocupou Timor-Leste em 1976, com a conivência de grandes potências como os Estados Unidos da América e a vizinha Austrália. Mas a brutalidade da ocupação indonésia e a sua guerra contra o movimento separatista, a Fretilin, provocou uma onda de solidariedade na comunidade internacional, que acabou por levar à realização de um referendo para a independência, em 1999, no qual a população se manifestou a favor da libertação da tutela indonésia.
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« Responder #23 em: Janeiro 20, 2006, 09:49:37 am »
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Austrália e Timor Leste assinaram dia 12 passado um acordo de partilha das receitas de exploração petrolífera sobre uma área disputada no mar de Timor. O acordo surge após intensas negociações, que duraram quase dois anos, e só foi possível depois de ter sido adiada, por um período de 40 a 50 anos, a demarcação da fronteira marítima entre os dois países.

"Todos ficam a ganhar com esta solução", disse José Ramos Horta, depois de, juntamente com o seu homólogo australiano, Alexander Dow-ner, ter assinado o documento. O acordo prevê que cada parte receba 50% dos lucros provenientes de uma dos maiores reservas de petróleo e gás natural da região, a Greater Sunrise - avaliada em 30 mil milhões de dólares (25 mil milhões de euros). O acordo sobre a Zona Conjunta de Desenvolvimento Petrolífero, no qual 90% das receitas revertem a favor de Díli, mantém-se.

"A exploração das reservas da Greater Sunrise e os lucros suplementares deste acordo vão ajudar ao desenvolvimento e prosperidade de Timor-Leste", referiu Downer em comunicado. O país, que conseguiu a independência da Indonésia em 2002, é considerado um dos mais pobres da Ásia - estando ainda muito dependente das ajudas estrangeiras.

Adiada ficou a delimitação da fronteira marítima. A Austrália insiste em considerar a linha acordada na década de 1970 com a Indonésia, referente aos limites da plataforma continental, mas isso colocaria a maioria dos recursos naturais de Timor sob domínio australiano. Dili defende que a fronteira se situe a meio dos 600 quilómetros de oceano que separam os dois países.

O facto deste debate ter sido adiado pelo menos 40 anos é um dos factores que está a gerar mais contestação em Timor-Leste. As dioceses de Díli e Baucau e várias organizações não-governamentais timorenses criticaram a assinatura do acordo, referindo que antes de mais se devia ter estabelecido a linha de fronteira, revela a agência Lusa. Os três maiores partidos da oposição contestaram a partilha de receitas, considerando que "em nada serve os interesses do país e do povo", e apelaram a uma "condenação pública".

O acordo "contribui para o esforço da soberania", defendeu o primeiro-ministro timorense na véspera da assinatura. Mari Alkatiri explicou ainda que vai agora avançar para as "negociações para a instalação do gasoduto e da refinaria em Timor-Leste", acrescentando que "há candidatos para fazer isso".

Fonte: DN
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« Responder #24 em: Janeiro 31, 2006, 04:46:22 pm »
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Antes da invasão em 1975, a Indonésia disse a Portugal para pacificar e continuar a administrar Timor. Depois da invasão, já nos anos 80, a Indonésia propôs devolver Timor a Portugal, na condição de que não déssemos a independência nem que os comunistas tivessem algum poder. Portugal, mais uma vez não aceitou.

Só vos digo é que um dia que se abram os arquivos do MNE e das Nações Unidas, há muita coisa explosiva para ser revelada sobre este assunto, e muitos doutoramentos honoris causa para serem retirados a um determinado político português.

JQT


Para mim, isso é uma surpresa completa.

Terá sido mesmo assim?

Não haverá especulação?     :?
 

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superbuzzmetal

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« Responder #25 em: Março 05, 2006, 07:28:04 pm »
Caro Jqt poderia dizer em que fontes é que se baseou para escrever um comentário tão explosivo ?
Peace through superior firepower.