Mesmo sabendo com antecedência do lançamento de mísseis, existem outros meios mais práticos que podem ser posicionados para responder à ameaça, nomeadamente caças a jacto com muito maior payload de mísseis ar-ar, melhor performance (velocidade) e com radar, ao mesmo tempo que se torna possível posicionar defesas aéreas (em várias camadas) entre a ameaça e o alvo. De notar que a eficácia do uso de aeronaves para abater mísseis de cruzeiro, de forma consistente, só ocorre quando é possível ter capacidade de alerta antecipado, como aeronaves AEW.
A isto acresce que, mesmo sabendo que vão ser lançados os mísseis a partir de bombardeiros, não se sabe o ponto de lançamento, além de que os mísseis de cruzeiro podem tomar uma rota não linear, precisamente para evitar as defesas adversárias que estejam entre si e o alvo.
Conclusão, sim, é possível abater um míssil de cruzeiro recorrendo a um turboprop. Mas dado que tal só aconteceria em condições ideais e excepcionais, não pode ser visto como uma solução eficaz. Para abater drones lentos fazia um pouco mais de sentido, mas mesmo assim não é prático, e para isso, até um helicóptero serve.
Com isto, no cenário da Ucrânia e até mesmo para outros países que não tenham orçamento ou pessoal infinito, existem meios muito mais adequados e eficazes.