Dúvida: o Preço do Petróleo

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lurker

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« Responder #15 em: Maio 06, 2008, 10:16:49 pm »
Caro P44,
claro que conta.
Estava apenas a apontar que aquele valor estava errado por um factor de quase 2.

Contudo, não quero que lhe falte nada pelo que aqui fica um gráfico que mostra o preço do Brent em USD, EUR e a evolução do EUR face ao USD.
Este foi compilado por este vosso humilde escriba a partir dos spot prices do Brent disponíveis em [1] e a taxa de câmbio interbancária disponivel em [2]



[1] http://tonto.eia.doe.gov/dnav/pet/xls/P ... T_S1_D.xls
[2] http://www.oanda.com/convert/fxhistory

PS: Se alguém tiver interessado, posso colocar a folha de cálculol a partir do qual criei o gráfico online.
 

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P44

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« Responder #16 em: Maio 07, 2008, 10:35:11 am »
:wink: obrigado lurker, pelas informações
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Luso

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« Responder #17 em: Maio 25, 2008, 12:42:43 pm »
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Jorge Pereira

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« Responder #18 em: Maio 28, 2008, 06:13:29 am »
Citação de: "Luso"
Estes democratas... :roll:

http://www.youtube.com/watch?v=PUaY3LhJ-IQ

Mais uma acha para essa fogueira:

Citar

Por que não nacionalizar?

Mário , Crespo, Jornalista

Se o mercado não consegue disciplinar os preços, os lucros nem o selvático prendar dos recursos empresariais com os vencimentos multimilionários dos executivos, então por que não nacionalizar os petróleos e tentar outros modelos? Quem proferiu este revolucionário comentário foi Maxine Waters, Democrata da Califórnia, durante o inquérito conduzido pelo Congresso, em Washington, às cinco maiores petrolíferas americanas. Face à escalada socialmente suicidária dos preços dos combustíveis, o órgão legislativo americano convocou os presidentes para saber que lucros tinham tido e que rendimentos é que pessoalmente cada um deles auferia. Os números revelados deixaram os senadores da Comissão de Energia e Comércio boquiabertos. Desde os 40 mil milhões de dólares de lucro da Exxon no ano passado, ao milhão de euros mensais do ordenado base do chefe Executivo da Conoco-Phillips, às cifras igualmente astronómicas da Chevron, da Shell e da BP América. Esta constatação do falhanço calamitoso do mecanismo comercial, quando encarada no caso português, ainda é mais gritante. Digam o que disserem, o que se está a passar aqui nada tem a ver com as leis de oferta e procura e tem tudo a ver com a ausência de mercado onde esses princípios pudessem funcionar.

Se na América há cinco grandes empresas que ainda forçam o mercado a ter preços diferentes, em Portugal há uma única que compra, refina, distribui e vende. É altura de fazer a pergunta de Maxine Waters, traduzindo-a para português corrente

- Se o país nada ganhou com a privatização da Galp e se estamos a ser destruídos como nação pela desalmada política de preços que a única refinadora nacional pratica, porquê insistir neste modelo? Enunciemos a mesma pergunta noutros termos

- Quem é que tem vindo sistematicamente a ganhar nestes nove anos de privatização da Galp, que alienaram um bem que já foi exclusivamente público? Os espanhóis da Iberdrola, os italianos da ENI e os parceiros da Amorim Energia certamente que sim. O consumidor português garantidamente que não. Perdeu ontem, perde hoje e vai perder mais amanhã. Mas levemos a questão mais longe houve algum ganho de eficiência ou produtividade real que se reflectisse no bem-estar nacional com esta alienação da petrolífera? A resposta é angustiantemente negativa. A dívida pública ainda lá está, maior do que nunca, e o preço dos combustíveis em Portugal é, de facto, o pior da Europa. Nesta fase já não interessa questionar se o que estamos a pagar em excesso na bomba se deve ao que os executivos da Galp ganham, ou se compram mal o petróleo que refinam ou se estão a distribuir dividendos a prestamistas que exigem aos executivos o seu constante "quinhão de carne" à custa do que já falta em casa de muitos portugueses. Nesta fase, é um desígnio nacional exigir ao Governo que as centenas de milhões de lucros declarados pela Galp Energia entrem na formação de preços ao consumidor. Se o modelo falhou, por que não nacionalizar como sugeriu a congressista Waters? Aqui nacionalizar não seria uma atitude ideológica.

Seria, antes, um recurso de sobrevivência, porque é um absurdo viver nesta ilusão de que temos um mercado aberto com um único fornecedor. Se o Governo de Sócrates insiste agora num purismo incongruente para o Serviço Nacional Saúde, correndo com os existentes players privados e bloqueando a entrada de novos agentes, por que é que mantém este anacronismo bizarro na distribuição de um bem que é tão essencial como o pão ou a água? Como alguém já disse, o melhor negócio do Mundo é uma petrolífera bem gerida, o segundo melhor é uma petrolífera mal gerida. Na verdade, o negócio dos petróleos em Portugal, pelas cotações, continua a ser bom. Só que o país está exangue. Há fome em Portugal e vai haver mais. O negócio, esse, vai de vento em popa para o Conselho de Administração da Galp, para os accionistas, para Hugo Chávez e José Eduardo dos Santos. Mas para mais ninguém. A maioria de nós vive demasiado longe da fronteira espanhola para se poder ir lá abastecer.

Mário Crespo escreve no JN, semanalmente, às segundas-feiras  
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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P44

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« Responder #19 em: Maio 28, 2008, 02:11:48 pm »
o Mário Crespo está coberto de razão!
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« Responder #20 em: Junho 11, 2008, 01:59:34 pm »
Citar
OPEP
Sem especulação o barril estaria a 70 dólares

Chakib Khelil, presidente em exercício da Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP), diz que a oferta de crude supera actualmente a procura no mercado mundial.
21:41 | Segunda-feira, 9 de Jun de 2008

                  

   
 

O presidente em exercício da Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP), o argelino Chakib Khelil, afirmou hoje que sem a especulação, o barril de petróleo custaria provavelmente 70 dólares.  
 
"Não há problemas de oferta e procura. O preço do barril seria de 70 dólares se não houvesse uma bolha causada pela especulação", declarou aos jornalistas Chakib Khelil, à margem dos trabalhos da II Cimeira Luso Argelina.  
 
Khelil, que é também ministro da Energia e Minas da Argélia, explicou que a oferta de crude supera actualmente a procura no mercado mundial, onde o barril atingiu na sexta-feira o preço histórico de 139 dólares nos negócios com futuros da Bolsa de Nova Iorque.  
 
Acrescentou que para este elevado preço contribuem a debilidade do dólar causada pela crise económica dos Estados Unidos e "tensões geopolíticas", numa referência à hostilidade latente entre Israel e o Irão pelo programa nuclear de Teerão.  


http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stori ... ies/341535
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lurker

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« Responder #21 em: Junho 11, 2008, 02:10:52 pm »
Leia-se: fo***se, nós vamos continuar a aproveitar a especulação. :)
 

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MERLIN

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« Responder #22 em: Julho 09, 2008, 09:10:53 am »
Ja repararam que o preço do baril baixou para os 135 dollars (quase menos 10 en 1 semana), mas o preço na bomba não baixou!!!
E esta hein....
cumptos
"Se serviste a patria e ela te foi ingrata, tu fizestes o que devias, ela o que costuma"
Padrea Antonio Vieira
 

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oultimoespiao

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« Responder #23 em: Julho 10, 2008, 02:24:02 am »
Citação de: "MERLIN"
Ja repararam que o preço do baril baixou para os 135 dollars (quase menos 10 en 1 semana), mas o preço na bomba não baixou!!!
E esta hein....
cumptos


e voce acha que se fosse uma empresa publica e preco baixava? E em cima tinha o defice publico a aumentar porque ia dar milhoes de prejuizo que tinhao que ser cobertos pelo estado! ou seja todos nos!

Nada e melhor para a humanidade neste momento do que ter o petroleo caro
 

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raphael

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« Responder #24 em: Julho 10, 2008, 06:32:36 am »
O petróleo poderá eventualmente baixar um pouco, mas não vai ser significativo, vai manter-se sempre num patamar elevado.
O que advém de bom disto em Portugal vai contribuir para o MAI dizer, ah e tal baixaram os acidentes, pudera o pessoal não tem dinheiro para a gota...
Agora mais a sério estes preços inflaccionados seja pela especulação, seja pelo escassez futura ou não, vai potenciar e acelerar a pesquisa e desenvolvimento de soluções, entenda-se combustíveis aternativos mais eficientes e motores com outras tecnologias, baixando o preço de aquisição dos mesmos a um curto prazo. Não conta o biocombustível porque não faz sentido ir buscar ao que comemos para rolar de carro...
Sejam híbridos, sejam a hidrogeneo, sejam a electricidade.
Um abraço
Raphael
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oultimoespiao

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« Responder #25 em: Julho 10, 2008, 05:10:57 pm »
Citação de: "raphael"
O petróleo poderá eventualmente baixar um pouco, mas não vai ser significativo, vai manter-se sempre num patamar elevado.
O que advém de bom disto em Portugal vai contribuir para o MAI dizer, ah e tal baixaram os acidentes, pudera o pessoal não tem dinheiro para a gota...
Agora mais a sério estes preços inflaccionados seja pela especulação, seja pelo escassez futura ou não, vai potenciar e acelerar a pesquisa e desenvolvimento de soluções, entenda-se combustíveis aternativos mais eficientes e motores com outras tecnologias, baixando o preço de aquisição dos mesmos a um curto prazo. Não conta o biocombustível porque não faz sentido ir buscar ao que comemos para rolar de carro...
Sejam híbridos, sejam a hidrogeneo, sejam a electricidade.


Exacto