Tensão em Timor Leste

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Marauder

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« Responder #90 em: Junho 02, 2006, 07:12:19 pm »
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Timor: Sidney enviou missão a Lisboa, Portugal não cede comando
A Austrália enviou esta sexta-feira uma missão a Lisboa para discutir o comando das forças em Timor-Leste, mas Portugal reiterou que não aceita subordinar a GNR ao comando de militares estrangeiros, disse hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros português.

«Portugal não aceitou, não aceita nem aceitará nunca que a GNR fique subordinada ao comando operacional de um militar estrangeiro. (...) Tal é a nossa posição e, como posição de princípio, ela é inegociável», disse Freitas do Amaral numa conferência de imprensa em Lisboa.

«Contudo, posso acrescentar-vos que em reunião realizada hoje de manhã neste Ministério, com uma missão australiana enviada para o efeito, ficou bem esclarecida a nossa posição, que não é de modo nenhum contra a Austrália, pois seria a mesmo com qualquer outro país», disse Freitas do Amaral.

A razão, explicou, é uma questão de soberania: «Portugal tem mais de oito séculos e meio de independência nacional e não aceita que forças militares suas sejam comandadas por militares estrangeiros», a menos que se trate da «situação única» de uma força formada e assumida como força da ONU.

Segundo explicou, a missão australiana, composta por um general e por um segundo elemento, foi enviada a Lisboa para esclarecimentos de Lisboa sobre a adenda ao acordo entre Portugal e Timor-Leste, assinada quinta-feira, estipulando que a GNR tem um comando próprio, independentemente de quaisquer outros acordos celebrados com países terceiros.

«O pretexto da reunião era discutir aspectos técnicos de coordenação das forças no terreno, mas rapidamente se percebeu que o problema era de facto uma tentativa de nos convencer a aceitar o comando unificado nas mãos do general australiano», disse.

Participaram nessa reunião, do lado português, a directora-geral dos Assuntos Multilaterais do MNE, embaixadora Margarida Figueiredo, e oficiais da GNR.

Questionado sobre se o envio da GNR esteve alguma vez em causa, Freitas do Amaral afirmou que não.

«Enquanto esperávamos (pela assinatura da adenda) ponderámos todas as hipóteses», explicou, referindo nomeadamente a possibilidade de «demorar o envio da GNR», «enviar a força portuguesa para uma localidade próxima e aguardar» ou «mantê-la acantonada até à resolução» do problema.

Todavia, segundo o ministro, chegou-se à conclusão, ainda antes da assinatura da adenda, que «politicamente não era adequado, nem perante a opinião pública portuguesa, nem sobretudo, perante o povo timorense, que aguarda ansiosamente a chegada da GNR (…), adiar ou suspender o envio da GNR e a chegada da GNR a território timorense».

Diário Digital / Lusa

02-06-2006 17:56:23


de:
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... ews=230647

Aussies GO HOME!!
 

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papatango

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« Responder #91 em: Junho 02, 2006, 09:21:02 pm »
Citação de: "Ministério dos Negócios Estrangeiros"
A razão, explicou, é uma questão de soberania: «Portugal tem mais de oito séculos e meio de independência nacional e não aceita que forças militares suas sejam comandadas por militares estrangeiros», a menos que se trate da «situação única» de uma força formada e assumida como força da ONU.

De repente acordaram e lembrara-se da história  :shock:

Confesso que gostaria de saber o ponto de vista australiano sobre essa delegação...

= = =

De qualquer forma, a questão do atraso, não está directamente ligada com esta questão. Presentemente a justificação oficial, é de que a empresa com sede no Reino Unido, não cumpriu com os prazos estabelecidos.

É a justificação oficial, embora eu creia que ninguém se vai preocupar em verificar a veracidade da alegação.
As autorizações pendentes não são para sobrevôo, mas sim para aterragem para as escalas, no Barein e em Singapura.

Os aviões deverão dirigir-se para Baucau e não para Díli. Ao que consta a confusão com os aeroportos será da empresa aérea, mas confesso que continuo a achar que toda a história está mal contada.

A preparação antecipada de coisas deste tipo, ultrapassaría (parcialmente) o problema, dado não podermos ter meios próprios para enviar tropas para lugares tão longinquos.

Esperemos para verificar se partem mesmo às 23:00.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Marauder

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« Responder #92 em: Junho 02, 2006, 10:34:07 pm »
Uma foto dos...GOE?

  Portuguese police officers stand at a government warehouse after it was looted, in Dili, East Timor, Friday, June 2, 2006. Around 1000 people, waiting for government food handouts, raided government warehouses in East Timor's capital on Friday, stealing computers, office chairs and anything else they could find, when they discovered the warehouse they had been standing in front of for hours was empty. (AP Photo/Firdia Lisnawati)

http://www.militaryphotos.net/forums/sh ... hp?t=82648

Mais ao fundo da página 2 fotos dos GNR em Belém..

---------------------
HMAS Kanimbla em Dili na segunda página.
Montes de fotos de australianos/neo-zelandenses e alguns malaios na página.

Como Timor-Leste está a fazer rolar tinta, todos os dias neste fórum surge fotos de lá..
 

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fgomes

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« Responder #93 em: Junho 02, 2006, 10:51:51 pm »
Tenho a sensação que mais uma vez fomos apanhados com a mão nas calças, completamente impreparados. Depois a potência regional na zona é a Austrália, quer gostemos ou não e para variar no no MNE Freitas do Amaral com o sentido da oportunidade que lhe conhecemos, resolveu por-se em bicos de pés e falar grosso aos media sobre a Austrália.
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #94 em: Junho 03, 2006, 10:53:59 am »
Eu até gostei!  :roll:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Get_It

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« Responder #95 em: Junho 04, 2006, 04:41:13 am »
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Tudo a postos para a GNR
A destruição de vários edifícios públicos nos últimos dias e a presença de tropas australianas um pouco por toda a cidade ‘empurraram’ a GNR para o Hotel Díli 2001, um complexo turístico à saída da capital timorense, com vista para o mar, uma discoteca, um bar e até um ginásio.

Mordomias de que os 127 militares – que aterraram em Baucau domingo de manhã, mas em Lisboa eram 23h18 de sábado – não vão poder usufruir. “A nossa prioridade é começar a trabalhar”, garante o capitão Gonçalo Carvalho, comandante da companhia. Sábado, centenas de timorenses já esperavam junto à pista pela chegada dos militares portugueses, e esta manhã são esperados muitos mais.

Leandro Almeida, 48 anos, é dos que permanece em Díli, mais por impossibilidade de sair do que por vontade de ficar. “Se pudesse, se tivesse dinheiro, ia para o estrangeiro.” Em cinco minutos, pergunta três vezes quando chegam os polícias portugueses e lamenta a atitude dos soldados australianos. “Eles andam por aí, mas não fazem nada, ficam a ver. Com a GNR vai ser diferente. O timorense tem tanto medo como respeito por eles.”, diz. Tal é a expectativa que algumas centenas de timorenses aguardavam já no sábado no aeroporto de Baucau, por ter corrido o boato de que chegaria o avião de Portugal.

A poucas horas de ter os homens em patrulha nas ruas de Díli, o capitão Gonçalo Carvalho sabe que a expectativa é maior do que nunca e que, para muitos timorenses, a GNR é a solução de todos os problemas. Será um estímulo ou há o risco de desiludir a população? “É claro que funciona como um estímulo, mas o pessoal já está motivado. Conheço-os bem e a única coisa que lhes será pedido é que trabalhem como fazem em Portugal. Quando for para jogar à bola com os miúdos, vão jogar. Mas quando for preciso repor a ordem, será isso que vão fazer”, diz. Por agora, sentado na esplanada, protegido do sol, o comandante da companhia da GNR tem vista privilegiada para o pátio. A meio da próxima semana, os táxis e os carros civis vão desaparecer, dando lugar a viaturas militares. A polícia portuguesa vai contar com seis blindados semelhantes aos utilizados no Iraque, mas com algumas adaptações para “optimizar o transporte de pessoal”. Seis carrinhas de ordem pública, cinco jipes e três ‘pickups’ completam o parque automóvel.

(...)

EUA DISPOSTOS A AJUDAR

Os EUA estão dispostos a dar maior assistência militar às tropas internacionais destacadas em Timor, declarou Donald Rumsfeld.

(Continua...)
Fonte: http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=203984&idselect=9&idCanal=9&p=200


Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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Lampuka

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« Responder #96 em: Junho 04, 2006, 12:08:10 pm »
Não sei porquê, mas tenho um mau pressentimento quanto a esta missão, principalmente na relação que a GNR terá no terreno com os australianos. Outra coisa que ainda não consegui perceber é a relação destes com os rebeldes ou até a sua "participação" nos actos que se passaram nas últimas semanas.
João Pereira
 

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pedro

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« Responder #97 em: Junho 04, 2006, 01:18:30 pm »
Se esses Australianos pensam que sao os maiores e que tem o apoio dos EUA entao esperem que se se metem com Portugal vao ver o que que e bom.
Cumprimentos
 

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Marauder

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« Responder #98 em: Junho 04, 2006, 09:58:06 pm »
Ai estes portugueses...sempre na mesma...fáceis na crítica..raros a falar bem....pois..foi com muito orgulho que eu li a seguinte notícia...penso que o sentimento deveria ser mútuo..aparentemente os velhos do Restelo já não falam desta notícia..

Espero que os políticos se lembrem disto..Portugal tem ligações especiais com algumas partes do mundo..e deve..quando assim for necessário (e pedido) ajudar os nossos "irmãos"..

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Timor-Leste: População grita vivas a Portugal e à GNR
Os timorenses receberam hoje com gritos efusivos, bandeiras e cachecóis de Portugal os 120 militares da GNR que chegavam ao bairro Kuluhun, na entrada em Díli, uma recepção que revela a confiança da população nos agentes portugueses.

Na ponte de Becora, jovens e velhos, os primeiros com bandeiras e gritos de Viva a Portugal, os outros em palmas e animação, acolheram a coluna que partiu ao início da tarde de hoje de Baucau, 120 quilómetros a leste de Díli.

À semelhança do que já tinha ocorrido na passagem por Manatuto e Metinaro, no caminho para a capital, também em Díli a população ladeava as ruas, saudando os militares.

Espantados, sem perceber o que se passava, seis soldados australianos, em patrulha na zona, param para ver a coluna passar e um deles, em dúvida, perguntou ao timorense mais próximo: «o que é isto?».

«São os soldados de Portugal», disse o jovem, em inglês.

Maria da Piedade, bebé ao colo, furou a multidão, e conseguiu aproximar-se o suficiente de um dos carros da coluna para entregar a um militar português um ramo de «bungha», uma flor rosa tradicional de Timor-Leste.

E emocionada disse: «estou muito alegre porque os soldados de Portugal estão agora em Díli. Agora vai haver paz».

De trás, mais flores caíam sobre as carrinhas da coluna, formada por viaturas da cooperação portuguesa, camiões de caixa aberta carregados com o equipamento da GNR e carros e motas de timorenses que se juntaram na entrada em Díli.

Vítor, de seis anos, uma das dezenas de crianças que se juntaram à festa, traduzia outro sentimento que ecoa em Kuluhun: «estou contente porque gosto muito de Portugal».

Manuel de Sousa, funcionário do Ministério da Saúde quis falar aos jornalistas, dizer que está «muito contente» e que «até hoje a segurança em Díli não estava garantida».

«Com a chegada da GNR tenho a certeza que todos vão voltar para casa», afirma.

E, com a certeza que os seus mais de 50 anos lhe conferem, pediu que os militares portugueses não sejam como os australianos, «serenos e meigos», mas tenham antes «uma atitude mais dura e severa».

«Duríssima mesmo. Estas lutas pelas cadeiras do poder deixam o povo em cheque», acrescentou um outro timorense, dentes vermelhos do betel.

Eduardo, por seu lado, explicou a esperança que a população de Díli deposita na chegada dos efectivos portugueses, não tanto pela eventual dureza da sua acção, mas antes porque «conhecem muito bem o país e, por mais grave que seja o problema, vão ajudar a resolve-lo».

O acolhimento em Díli traduz o entusiasmo que domina todas as conversas na cidade.

Residentes, governantes e expatriados juntam-se na expectativa de que a chegada do contingente português possa fazer regressar a Díli, sem policiamento há quase duas semanas, a segurança suficiente para que as dezenas de milhares de desalojados possam voltar às suas casas.

Uma situação que, na opinião do major Paulo Soares, da GNR no terreno, «eleva os patamares de responsabilidade» da equipa de militares portugueses agora no terreno.

«Sentimos de facto essa ansiedade e uma enorme expectativa quanto à nossa chegada», disse à agência Lusa.

«Mas este é um contingente com muita experiência, quer ao nível de missões aqui em Timor-Leste, quer no Iraque. São militares habituados a lidar com este tipo de situações e que actuarão sempre dentro da sua capacidade técnica e operacional, e independentemente das ansiedades e das expectativas», frisou.

Ainda que grande parte do equipamento dos militares portugueses não esteja ainda no terreno, Paulo Soares garantiu que a partir do momento em que chegar a Díli, e ainda que esteja em fase de instalação, o contingente terá «capacidade de actuação».

«Não lhe posso dizer se será numa actuação com os 120 ou com um grupo mais reduzido, mas está preparado para actuar de imediato», frisou.

Esta é a segunda vez que a equipa de operações especiais da GNR actua em Timor-Leste, depois de uma missão de dimensão idêntica ter estado no terreno entre Fevereiro de 2000 e Junho de 2002.

Os militares portugueses estão em Timor-Leste na sequência de um pedido formalizado pelas autoridades timorenses a Portugal, Austrália, Nova Zelândia e Malásia para o envio de forças militares e policiais para apoiar na restauração da lei e ordem em Díli.

Nos últimos meses, Timor-Leste tem vivido os seus piores momentos de tensão, instabilidade e violência desde que se tornou independente, há quatro anos, na sequencia da eclosão de uma crise político-militar que tem sido marcada por divisões no seio das Forças Armadas e da Polícia Nacional, e elevada tensão política.

Diário Digital / Lusa

04-06-2006 10:05:00


de:
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... ews=230806
 

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superbuzzmetal

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« Responder #99 em: Junho 05, 2006, 12:40:45 pm »
Decidi anunciar a chegada da gnr a timor no militaryphotos para contrariar alguns australianos mais casmurros que tem a mania que só eles é que ajudam timor leste.


http://www.militaryphotos.net/forums/showthread.php?t=82826
Peace through superior firepower.
 

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Marauder

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« Responder #100 em: Junho 05, 2006, 04:08:34 pm »
Mais algumas fotos dos GNR em Timor:

 http://www.militaryphotos.net/forums/sh ... hp?t=82837
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #101 em: Junho 06, 2006, 02:53:41 pm »
Vi no no telejornal que os veiculos já vão a caminho. Afinal eles sempre vão levar as Ivecos blindadas!  :wink:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Marauder

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« Responder #102 em: Junho 06, 2006, 02:59:29 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Vi no no telejornal que os veiculos já vão a caminho. Afinal eles sempre vão levar as Ivecos blindadas!  :wink:

Citação de: "PereiraMarques"
Lista de viaturas a enviar segundo a SIC Notícias:
6 VBTP Iveco
6 Carrinhas Mercedes (daquelas com uma grade no vidro da frente)
4 Jipes
3 Pick-ups


Sim..devem chegar lá esta sexta-feira segundo os média.
 

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superbuzzmetal

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« Responder #103 em: Junho 07, 2006, 01:00:50 pm »
Citação de: "superbuzzmetal"
Decidi anunciar a chegada da gnr a timor no militaryphotos para contrariar alguns australianos mais casmurros que tem a mania que só eles é que ajudam timor leste.


http://www.militaryphotos.net/forums/showthread.php?t=82826


E a discussão aquece com a entrada em cena de papatango  :Tanque:
Parece que há alegações que os gnr era um bocado para o racistas para alguns elementos das tropas australianas, alguém confirma essas histórias ?
Peace through superior firepower.
 

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Luso

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« Responder #104 em: Junho 07, 2006, 05:32:27 pm »
O nosso querido :mrgreen: Papatango é o Ohio PT?
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...