Acho que no geral até concordamos com o mesmo, como eu disse, não tenho conhecimento de quanto tem um pilav de pagar (até porque há factores que variam de pessoa para pessoa, quantos anos já serviu, os cursos que têm, etc), mas deve ser mais de 50 ou 60 mil pois sei de um capitão médico que pagou 100 mil para sair, mecânicos que pagaram 30 mil, mas se as contas estão mal feitas, façam-nas melhor, isso é certo.
Sim os militares renunciam livremente a certos direitos que o comum cidadão têm, mas deve poder mudar de ideias acho eu. Sempre ouve militares do QP a querer sair, uma altura inscreviam-se em partidos políticos, nem que fosse lá para o fim da lista, aí até estavam a usar uma das "limitações" de ser militar em seu benefício, é que nenhum militar no activo pode exercer actividade política, então esses militares passavam automaticamente à reserva, saiam sem pagar nada.
Também tens os que se fazem de maluquinhos, sempre enfiados na psiquiatria para ver se são considerados incapazes para o serviço. Tens os que metem o ramo militar em tribunal como a notícia a seguir, é sobre a GNR, mas serve de exemplo
https://www.publico.pt/2005/06/03/jornal/comando-da-gnr-processado-por-cabos-que-se-sentem-prejudicados-na-carreira-23847Sim o mercado define quase tudo no mercado de trabalho, senão os enfermeiros ficavam cá todos em vez de ir para o Reino Unido.
O grande problema nos pilotos é que antes saia um de longe a longe, agora é bem mais.
Também existe alguns militares QP que saiem por outras razões, aos 18 ou 20 anos a vida está duma maneira, mas aos 30 ou 40 pode não estar como seria o rumo normal, pode acontecer algo que vire a vida do avesso, desde o que arranjou uma namorada estrangeira podre de rica que paga para o rapaz sair, a mulher que arranjou um bom emprego noutro país então a família toda se muda, um recebeu uma grande herança de uma velhota que não tinha filhos.
Os jovens de agora são diferentes dos de 1980, agora é comum ouvir dizer "sou europeu" ou "sou do mundo", é essa a mentalidade geral.
Para mim o problema aqui não é tanto o dinheiro, mas sim a FAP ficar sem pilotos, por isso referi que a solução deverá passar pelos Pil com contractos de longa duração para ver se ficam dos 20 aos 40 anos, por aí.