Artilharia do Exército

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Miguel

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« Responder #60 em: Fevereiro 23, 2007, 09:36:48 am »
Ricardo
Le mortier rayé tracté de 120 mm Mle F1 est une arme lourde à tir vertical équipant en double dotation l'ensemble des régiments d'artillerie canon et lance-roquettes multiples (LRM).

O Morteiro de 120mm Modelo F1 é uma arma pesada de tiro vertical, que equipa os Regimentos de Artilharia, equipados com canhoes ou lança roquets LRM

Na pratica isto quer dizer que um Regimento Artilharia é equipado assim:

4 Batarias de Bocas de Fogo com 8 Obuseiros ou 8 Morteiros cada bataria

Os franceses utilizam o sistema quartenario, para permitir uma rotaçao permanente de uma bataria ou companhia no ultramar, isso significa que fica permanente a força de combate do Regimento com 3 Batarias ou Companhias operacionais alem das unidades de apoio.


Bem eu julgo que nos podiamos, equipar a nossa artilharia assim:

GAC da Brigada Reacçao Rapida, com 18 Morteiros 120mm (3 batarias)
GAC da Brigada Intervençao,com os 18 M119 de 105mm
GAC da Brigada Mecanizada com 18 M109 de 155mm

Penso que as unidades de infantaria devem ficar apenas com morteiros de 81mm e 60mm.
 

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zecouves

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« Responder #61 em: Fevereiro 23, 2007, 02:15:31 pm »
Sobre novos desafios do apoio de fogos, "encalhei" neste artigo, muito interessante: http://www.rainews24.rai.it/ran24/inchi ... /FEMAG.pdf

Prognósticos para o futuro da artilharia só no fim do jogo ... http://usacac.leavenworth.army.mil/cac/ ... /tracy.pdf

Quanto à artilharia francesa e os seus morteiros pesados encontrei a confirmação em: http://www.rama3.terre.defense.gouv.fr/ ... on_b2.html

Este processo de equipamento de unidades de artilharia com morteiros pesados está a acontecer noutros paises da NATO?
 

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TazMonster

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Artilharia, morteiros e etc
« Responder #62 em: Fevereiro 23, 2007, 11:56:38 pm »
No nosso exercito os morteiros estão na Infantaria e na Cavalaria.
Não existem GAC (Grupo de Artilharia de Campanha) de morteiros.
Os morteiros pesados (107mm, na BrigMec ou 120mm nas Un da BRR ou BrigInt) estão organizados em pelotões de morteiros pesados de 4 armas, na CAC dos Batalhões. As CAt têm 3 morteiros médios (81mm).
No futuro, com os morteiros de carregamento automático (Ex. AMOS e NEMO) o emprego táctico e técnico destas armas vai ficar muito parecido com o da artilharia, fazendo com que pode-se haver uma passagem destes para a artilharia.

Quanto à diferença entre Obus e peça.
Obus - Comprimento do tubo inferior a 30 calibres (mais orientado para o tiro curvo e com velocidades iniciais menores, normalmente <1000m/s)
Peça - Comprimento do tubo >30 calibres e velocidades iniciais >1000m/s. (normalmente orientadas para tiro tenso).

Actualmente há a tendencia para se designarem por Obuses todas as armas de AC (com o comprimento do tubo cada vez maior), por estas manterem uma velocidade inicial relativamente baixa quando comparadas com as peças.
Taz
 

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Leonidas

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« Responder #63 em: Fevereiro 24, 2007, 11:20:15 am »
Saudações guerreiras

É verdade que para os morteiros dispararem têm que assentar em chão nivelado?

Cumprimentos
 

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ricardonunes

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« Responder #64 em: Fevereiro 24, 2007, 12:25:40 pm »
Potius mori quam foedari
 

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Yosy

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« Responder #65 em: Fevereiro 24, 2007, 12:36:25 pm »
Citação de: "Leonidas"
Saudações guerreiras

É verdade que para os morteiros dispararem têm que assentar em chão nivelado?

Cumprimentos


Não necessáriamente. Os melhores operadores de morteiros conseguem atingir alvos quase por instinto.
 

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Leonidas

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« Responder #66 em: Fevereiro 24, 2007, 01:39:51 pm »
Muito obrigado a ambos

Cumprimentos
 

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Miguel

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« Responder #67 em: Fevereiro 26, 2007, 05:30:53 pm »
A Belgica passou igualmente a utilizar morteiros de 120mm nas suas Batarias de Artilharia.

Deviamos constituir 2 grupos de artilharia campanha cada com 6 Light Gun numa bataria pesada e 2 batarias ligeiras com morteiros de 120mm.

Assim ficavam a BRR e BriInt cada com o seu GAC.

A missao dos light gun, seria o tiro na profundidade e contra bataria, ficando as batarias de morteiros pesados para apoio fogo das unidades da brigada.

Os Batalhoes Infantaria e Paras, ficam esses com os morteiros de 81mm num pelotao.
 

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TazMonster

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« Responder #68 em: Fevereiro 26, 2007, 08:11:17 pm »
Citação de: "Yosy"
Citação de: "Leonidas"
Saudações guerreiras

É verdade que para os morteiros dispararem têm que assentar em chão nivelado?

Cumprimentos

Não necessáriamente. Os melhores operadores de morteiros conseguem atingir alvos quase por instinto.


Yosy

Acredite que o instinto nada tem a ver com a precisão.

A arma deve estar o mais nivelada possivél, pois esse é um factor essencial para que as pontarias sejam as mais correctas (vou-me escusar a falar de conceitos como, planos de pontaria e planos de tiro, para o pessoal não ficar com a cabeça a andar a roda).
E acreditem... mais vale um pouco mais devagar e no lugar certo do que depressa e mal.
Taz
 

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Yosy

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« Responder #69 em: Fevereiro 26, 2007, 08:20:34 pm »
Citação de: "TazMonster"
Citação de: "Yosy"
Citação de: "Leonidas"
Saudações guerreiras

É verdade que para os morteiros dispararem têm que assentar em chão nivelado?

Cumprimentos

Não necessáriamente. Os melhores operadores de morteiros conseguem atingir alvos quase por instinto.

Yosy

Acredite que o instinto nada tem a ver com a precisão.

A arma deve estar o mais nivelada possivél, pois esse é um factor essencial para que as pontarias sejam as mais correctas (vou-me escusar a falar de conceitos como, planos de pontaria e planos de tiro, para o pessoal não ficar com a cabeça a andar a roda).
E acreditem... mais vale um pouco mais devagar e no lugar certo do que depressa e mal.


Tem toda a razão, eu não nego isso, mas a experiência também conta.
 

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ricardonunes

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« Responder #70 em: Fevereiro 28, 2007, 03:48:13 pm »
Será que são boas noticias, ou não passam disso  :?:

Citar
O Exército não é o responsável pela organização da defesa aérea. Essa é a responsabilidade primária da Força Aérea. A responsabilidade do Exército recai sobre a colaboração com a Força Aérea na protecção de áreas e pontos sensíveis do Território Nacional, por intermédio de meios SHORAD e HIMAD, assim como das suas forças e instalações.

De acordo com as Missões Específicas das Forças Armadas, a Missão Específica do Exército é a de “Colaborar na defesa antiaérea de muito baixa e baixa altitude, de áreas e pontos sensíveis do Território Nacional”. Para tal, o Exército deve dispor de meios SHORAD orgânicos, para a protecção das suas Brigadas Independentes e de um Grupo de Artilharia Antiaérea com a responsabilidade de garantir a defesa antiaérea a baixas e muito baixas altitudes de instalações, tanto na zona avançada como na área de retaguarda, assegurar a defesa antiaérea de instalações e infra-estruturas essenciais ao esforço nacional de guerra, assim como colaborar nas operações de defesa aérea com outros Ramos das Forças Armadas, nomeadamente com a Força Aérea.

No que diz respeito aos sistemas HIMAD, não está prevista a sua aquisição, apesar de haver quem defenda a sua existência para a protecção do Corpo de Batalha “A protecção do Corpo de Batalha exige meios SHORAD/HIMAD idênticos aos necessários para a defesa de pontos e zonas sensíveis do Território Nacional” (BORGES, 1998)[53].

É, de certo modo, despropositado julgar-se que é possível a aquisição de toda a panóplia dos sistemas de armas, detecção, localização, comando e controlo, pois são conhecidas as dificuldades orçamentais para esta área. Em sintonia com esta realidade, o RAAA1 tem vindo a desenvolver estudos no domínio da viabilidade da aquisição de novos equipamentos, uma vez que tem a responsabilidade de unidade de ensino na vertente da Artilharia Antiaérea e de subcomissão Técnica da Arma no programa de reequipamento em Portugal.

A adopção dos sistemas SHORAD, não reflecte a preferência doutrinária, mas torna-se cada vez mais uma referência na definição das unidades de Artilharia Antiaérea em Portugal.

Embora possível o emprego destes sistemas contra armas de destruição maciça, isto requer um posicionamento no terreno muito próximo da área controlada pelo Inimigo. Melhorias ao nível do alcance destes sistemas de armas bem como dos seus sistemas de detecção e localização, permitirão um posicionamento menos vulnerável e fora do alcance da Artilharia Inimiga.

Actualmente, o Exército Português não apresenta condições para fazer face às novas ameaças (mísseis cruzeiro, UAV’s e aeronaves de asa fixa de ultima geração). Os sistemas de armas existentes sofrem de desactualização e falta de manutenção. As restrições económicas conduzem a isso mesmo. No entanto, a Lei de Programação Militar (LPM) 5/22 prevê a aquisição de novos sistemas SHORAD, devendo esta ser executada de forma integrada e tendo em conta a interoperabilidade com os restantes ramos das Forças Armadas.

Na Proposta de Revisão da LPM, constava a aquisição de sistemas do tipo Linebacker que se destinam a suprimir as falhas, mais que evidentes, no sistema de defesa antiaérea, vindo substituir o ultrapassado sistema Chaparral da Brigada Mecanizada até 2014. Este sistema, para além de garantir uma protecção antiaérea mais eficaz da Força, integra-se com muito maior facilidade nas operações da manobra, típicas de uma unidade mecanizada.

Para a Brigada de Intervenção, está prevista[54] a aquisição de sistemas do tipo Avenger até 2012, visto tratar-se da unidade que irá responder com maior frequência aos compromissos internacionais, logo terá de usufruir de uma Artilharia Antiaérea suficientemente credível, quanto mais não seja pela sua função dissuasora. Para 2007 ainda está prevista a aquisição do radar Sentinel (3D), que contribuirá fortemente para alargar o espectro de actuação dos sistemas de armas.

Para a BAAA das Forças de Apoio Geral, está prevista a constituição de Pelotões equipados com sistemas do tipo Avenger e de Pelotões MANPAD[55], capazes de responder aos pedidos de reforço endereçados a esta unidade.

Brevemente entrará ao serviço o recentemente adquirido radar P-STAR (2D), e posteriormente, prevê-se a aquisição do radar Sentinel[56].

Todos os sistemas que forem substituídos pelos mais modernos, serão colocados nas respectivas BAAA dos Agrupamentos de defesa territorial dos Açores e Madeira, complementando o sistema canhão existente.

Apesar da aquisição de sistemas HIMAD não está prevista na LPM não se pode concluir, como foi visto anteriormente, que a escolha destes é menos importante. Muito pelo contrário. São as dificuldades orçamentais que limitam a escolha e “ditam” os sistemas preferenciais a serem adquiridos, conduzindo a que a prioridade dada aos meios HIMAD será inferior à dos meios SHORAD. Apesar deste facto, não se deverá descurar a formação dos quadros nestes sistemas para que, numa hipotética situação de crise ou conflito, se possam erguer este tipo de unidades, contribuindo de forma decisiva para dissuasão da eventual ameaça.  

Espera-se que com a aquisição destes novos sistemas de armas e vigilância, a capacidade de defesa antiaérea aumente exponencialmente, materializando a defesa eficaz das novas unidades do Exército Português, embora sem esquecer que “só uma defesa combinada com sistemas SHORAD e HIMAD garante uma protecção adequada, permitindo que reciprocamente as limitações de um sistema sejam colmatadas pelas possibilidades do outro sistema” (TCor Art Benrós, 2005)[57]



Revista de Artilharia on-line
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Luso

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« Responder #71 em: Fevereiro 28, 2007, 05:00:22 pm »
Se o artigo é de 2005, é como o Ricardo sugere: não passa disso.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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« Responder #72 em: Março 01, 2007, 05:14:15 am »
Mas acaba por ser interessante, apesar de datar de 2005.

Citar
...conduzindo a que a prioridade dada aos meios HIMAD será inferior à dos meios SHORAD. Apesar deste facto, não se deverá descurar a formação dos quadros nestes sistemas para que, numa hipotética situação de crise ou conflito, se possam erguer este tipo de unidades, contribuindo de forma decisiva para dissuasão da eventual ameaça.


Este excerto poderá explicar de certa forma a presença em alguns manuscristos do sistema Hawk nas FAs Portuguesas, por exemplo.


Cumptos
A realidade não alimenta fóruns....
 

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typhonman

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« Responder #73 em: Março 01, 2007, 07:38:44 pm »
O sistema linebacker são misseis Stinger ou estou errado?
 

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Spectral

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« Responder #74 em: Março 01, 2007, 07:44:42 pm »
É o sistema Avenger montado num Bradley.
Foram todos retirados recentemente ao serviço e convertidos para Bradleys normais.

http://www.defenseindustrydaily.com/2006/11/the-us-armys-bradley-remanufacture-program-updated/index.php
I hope that you accept Nature as It is - absurd.

R.P. Feynman