Seja bem-vindo Miguel Sá.
Foram todas pagas.
No caso das corvetas, foram mesmo um projecto originalmente português, pensadas para navio de patrulha das águas nas ex províncias ultramarinas.
= = =
A outra verdade, é que nós não temos mercado" suficiente para justificar o investimento astronómico necessário para a construção de uma classe de navios de guerra.
Veja bem:
Se você tiver, por exemplo, €1200 milhões para gastar em navios e lhe derem duas opções:
Opção 1 :
Compra de três fragatas por 400 milhões cada uma (
total €1400 milhoes)
Opção 2 :
Projecto de investigação de sistemas para a nova fragata: €300 milhões
Projecto de uma nova fragata: € 300 milhões
Custo básico de fabrico de uma fragatas (incluindo electrónica e armamento): 400 milhões (
total € 1000 milhões)
O que é que você escolhe?
Quando o dinheiro é pouco, é normal optar pela melhor relação entre custo e benefício.
Há década e meia atrás, Portugal pagou 40% das três Vasco da Gama. Agora teremos que pagar 100% dos futuros navios.
A verdade é que Portugal raramente investiu em aquisições militares, porque os portugueses acham que só se devem fabricar armas quando estamos em guerra.
Até pessoas com responsabilidades politicas aparecem na TV a dizer que devemos deixar de pagar submarinos para pagar pensões de reforma que fazem mais falta.
Não nos podemos queixar das vistas curtas dos políticos, quando é a maior parte dos cidadãos que é (em Democracia) responsável pela situação.
Logo, o fabrico em Portugal de fragatas, sería um desperdicio de dinheiro. Nós não temos dimensão para o fazer. Mesmo a Italia e a França se envolvem em parcerias para a construção de projectos como as FREMM e as HORIZON, e a Holanda, é (sempre foi) um caso à parte, além de ter uma economia que é mais de duas vezes a nossa.
Logo, o lógico, é efectivamente comprar no mercado internacional, como o fizeram os noruegueses, que até têm tradição no fabrico de navios, mas que concluiram que nos seus estaleiros a construção de fragatas seria demasiado cara, os gregos, que têm uma marinha muito maior que a nossa, os Sul Africanos, que dominam várias técnologias no campo militar (ao contrário de Portugal) e por aí fora.
Cumprimentos
Cumprimentos