Ministro Jaime Silva defende aposta na floresta

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Marauder

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Ministro Jaime Silva defende aposta na floresta
« em: Março 20, 2006, 02:08:08 pm »
Em seguimento da outra notícia..

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Ministro Jaime Silva defende aposta na floresta

O ministro da Agricultura, Jaime Silva, salientou hoje a necessidade de Portugal fazer uma forte aposta nos recursos florestais para que a área agrícola nacional seja competitiva quando terminarem os subsídios comunitários.

 

O ministro comentava um estudo da Universidade de Évora hoje divulgado pelo jornal Público, que refere que «80% da mancha agrícola [em Portugal] vai ter dificuldades de sobrevivência quando diminuírem os apoios comunitários que agora a sustentam, a partir de 2013».
O estudo indica que «dois terços dos produtos agrícolas portugueses, se for garantida a sua competitividade, podem sobreviver sem os apoios comunitários, mas estes ocupam apenas 20% da superfície agrícola».

«O estudo hoje divulgado não é uma surpresa. Vem confirmar o que já sabíamos e a sua divulgação é vantajosa porque estamos a discutir qual é a política agrícola para os próximos sete anos», referiu Jaime Silva.

O ministro considerou que «não houve coragem até agora de dizer que existe uma agricultura competitiva e outra que não», sublinhando que «para que isso seja invertido» será preciso «apostar na diversidade».

«Temos sete anos para dar sustentabilidade e competitividade a esses 20% e decididamente temos que apostar na floresta», acrescentou o ministro.

Questionado sobre como é que 80% da área agrícola portuguesa pode tornar-se mais competitiva, o ministro respondeu que pode ser feita uma aposta forte nos recursos florestais e na atracção de investimento para a floresta.

Além disso, acrescentou, poderá haver o pagamento de subsídios específicos ao pequeno agricultor.

«Temos de ver ou de olhar para a floresta como uma prioridade», realçou.

Jaime Silva falava hoje antes de uma conferência de imprensa sobre a prevenção de fogos florestais realizada na embaixada dos Estados Unidos, numa organização do Ministério da Agricultura e da Fundação Luso- Americana.

Diário Digital / Lusa
 

de:
http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_d ... news=64776

Que se plante mais arvores já que a madeira é necessária para a carreira da India!!!! :D  D.Dinis..aonde andas?
 

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Marauder

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(sem assunto)
« Responder #1 em: Março 22, 2006, 01:05:22 am »
Na continuação do tema das florestas portuguesas..

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Floresta: produção económica anual está avaliada em 1.200 M€

O documento governamental com a versão preliminar da estratégia florestal nacional, divulgado esta terça-feira, indica que a floresta portuguesa tem uma produção económica anual estimada em 1,2 mil milhões de euros.




Apresentado com a presença do ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, Jaime Silva, o texto pormenoriza que para aquele valor contribuem a comercialização dos produtos da floresta, como os serviços ambientais e sociais que esta presta.

O Instituto Nacional de Estatística quantifica em 113 mil empregos directos, ou 2,0% do total, os gerados pelo sector florestal.

O documento menciona vários estudos sobre a valia da floresta.

Aquela estimativa dos 1,2 mil milhões de euros resulta da consideração do valor de uso dos produtos tradicionais (madeira, cortiça e resina) e de outros, tanto de uso directo, como indirecto, que normalmente não são contabilizados.

Dos de uso directo são mencionados os produtos não lenhosos, como frutos, cogumelos e plantas aromáticas, a caça e o recreio.

Dos de uso indirecto, apontam-se a protecção dos solos e os recursos hídricos, o sequestro de carbono e a protecção da paisagem e da biodiversidade.

A produção e as exportações florestais têm sido intermediadas pela indústria.

Salienta-se o «acréscimo notável» no valor acrescentado da fileira da pasta de papel, devido à integração vertical [concentração de actividades diferentes na mesma entidade, como acrescentar a produção de papel à da pasta], e a sustentação da produção nas fileiras da serração e cortiça.

Apesar da redução do número de serrações, que passou de 732 em 1998 para 290 em 2005, o volume de vendas do mobiliário manteve-se.

A estas actividades, junta-se um conjunto de outros de expressão mais local, como a caça e o turismo associado, ou a pesca nas águas interiores.

A absorção de dióxido de carbono é outra função da floresta que o documento põe em realce.

Diário Digital / Lusa

21-03-2006 19:31:00

de:
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... ews=220273
 

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emarques

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« Responder #2 em: Março 22, 2006, 03:01:18 am »
Então se a floresta neste país não tivesse aquela tendência desagradável para pegar fogo, aí é que aquilo produzia.
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

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Marauder

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« Responder #3 em: Março 22, 2006, 02:49:34 pm »
Citação de: "emarques"
Então se a floresta neste país não tivesse aquela tendência desagradável para pegar fogo, aí é que aquilo produzia.


Grande verdade....os donos dos terrenos até ficam chateados e tudo quando isso acontece....então os do Algarve...."Olha que chato...parece que vou ser tristemente obrigado a vender o terreno a 1 projecto imobiliário"

 :evil:
 

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komet

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« Responder #4 em: Março 22, 2006, 05:02:53 pm »
Essa de se poder vender os terrenos depois de arrasados pelo fogo é praticamente uma lei de incentivo ao incêndio... enfim.
"History is always written by who wins the war..."
 

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PereiraMarques

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« Responder #5 em: Março 22, 2006, 06:12:18 pm »
Vender podem sempre vender a alteração do uso do solo (neste caso passar de solo rural ou silvo-pastoril para urbano) é que não pode ser alterada no espaço de 10 anos...

Decreto-Lei n.º 327/90 de 22 de Outubro
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Artigo 1.° (Modificado)

1-Nos terrenos com povoamentos florestais percorridos por incêndios, não incluídos em espaços classificados em planos municipais de ordenamento do território como urbanos, urbanizáveis ou industriais, ficam proibidas, pelo prazo de 10 anos, as seguintes acções :

a) A realização de novas construções ou a demolição de quaisquer edificações ou construções
;

b) O estabelecimento de quaisquer novas actividades agrícolas, industriais, turísticas ou outras que possam ter um impacte ambiental negativo;

c) A substituição de espécies florestais por outras, técnica e ecologicamente desadequadas;

d) O lançamento de águas residuais industriais ou de uso doméstico ou quaisquer outros efluentes líquidos poluentes;

e) O campismo fora de locais destinados a esse fim.

Fonte: http://www.diramb.gov.pt/data/basedoc/T ... 4_0001.htm