CM: Exército deve dois anos de alimentos

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PereiraMarques

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CM: Exército deve dois anos de alimentos
« em: Outubro 31, 2006, 11:50:21 am »
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Exército deve dois anos de alimentos

Os quatro estabelecimentos da Manutenção Militar, que abastecem os quartéis do Exército, incluindo pára-quedistas, de bens alimentares, devem centenas de milhar de euros aos fornecedores alimentares.
 
O Ministério da Defesa Nacional reconheceu ontem ao CM a existência de uma “dívida” da manutenção militar. Não perca todos os pormenores, em exclusivo, no CM desta terça-feira.
 

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JoseMFernandes

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(sem assunto)
« Responder #1 em: Outubro 31, 2006, 01:18:24 pm »
Com os m/cumprimentos para   PereiraMarques pela oportunidade do assunto e porque entretanto já está disponível um texto mais completo:

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Os quatro estabelecimentos da Manutenção Militar, que abastecem os quartéis do Exército, incluindo pára-quedistas, de bens alimentares, devem centenas de milhar de euros aos fornecedores alimentares. O Ministério da Defesa Nacional reconheceu ontem ao CM a existência de uma “dívida” da manutenção militar, sem, contudo, quantificar quer o tempo do atrasos quer o valor em causa.

 O CM apurou, no entanto, que os atrasos nos pagamentos “a dezenas de fornecedores atingem os 28 meses e que o valor em dívida é da ordem dos largos milhares de euros”, de acordo com fonte do sector.

“A última vez que recebi foi em 2004”, confessou ao CM um fornecedor, a braços com dívidas a familiares e a bancos. Mesmo assim, “tenho de continuar a pagar o IVA e os restantes impostos porque senão nem sequer sou aceite nos concursos”, explicou, manifestando a sua indignação com a “injustiça”.

Os atrasos que atingem os 28 meses estão a deixar alguns fornecedores em situações dramáticas, tendo- -se mesmo registado casos em “que as pessoas tiveram de recorrer ao tribunal para receber”, de acordo com a mesma fonte.

Atrasos nos pagamentos sempre se registaram “mas nos últimos anos têm-se vindo a agravar”, sublinhou, apesar da redacção do contrato constar um prazo de “90 dias”. Num dos casos, a dívida atinge os 200 mil euros, mas há empresários que têm pagamentos em atraso de valores muito superiores”.

Invariavelmente, a manutenção militar responde que “não tem verbas”, explicou. Neste momento, segundo fonte oficial do Ministério da Defesa, “está em estudo, sob proposta do Exército, uma forma de resolver o problema”.

Os quatro estabelecimentos da Manutenção Militar (Lisboa, Entroncamento, Porto e Évora) são responsáveis pela distribuição da alimentação aos quartéis e, consequentemente, aos militares ali instalados.

Muitos fornecedores distribuem quatro ou cinco tipos de produtos diferentes – alguns deles há dezenas de anos –, mas muitos são especializados. Ou seja, vendem apenas frutas, hortaliças ou carne, entre outros produtos alimentares.

NÚMERO (2004)

21965 - É o efectivo do Exército antes do fim do Serviço Obrigatório.

2915 - O número de oficiais no Quadro Permanente do Exército.

4190 - Militares no Exército com o posto de sargento.

14860 - Militares estão em regime de contrato no Exército

7520 - É o efectivo da Força Aérea antes do fim do Serviço Obrigatório.

2380 - Sargentos estão a cumprir serviço na Força Aérea.

10340 - O efectivo da Marinha antes do fim do Serviço Obrigatório.


Lamentávelmente este 'sistema' de dívidas a fornecedores ( até 28 meses ? :?)  tal como alguns 'atrasos' de salários no sector privado, é   inegável e vergonhosamente típico em Portugal. E infelizmente, não parece ter  tendência a ser erradicado de vez...mas na verdade todos temos uma ideia das razões!!!
 

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ricardonunes

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« Responder #2 em: Outubro 31, 2006, 08:06:06 pm »
Tenho ideia que as unidades que são fornecidas pela MM, pagam esses bens.
Sendo verdade como é que vem dizer que não têm dinheiro para pagar aos fornecedores?
Se eu estiver enganado, corrijam.
Potius mori quam foedari
 

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TOMKAT

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(sem assunto)
« Responder #3 em: Novembro 06, 2006, 02:05:18 am »
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Exército sem dinheiro para pagar combustíveis

Ocontrato de abastecimento de combustíveis às Forças Armadas e ao Ministério da Defesa poderá ser posto em causa se entretanto não for liquidada uma dívida no valor de cerca de dois milhões de euros e que tem origem no não pagamento do fornecimento de combustíveis ao Exército, um valor em dívida desde o início do ano.

Em causa está um contrato com a Galp Energia, que a empresa já avisou poder vir a denunciar se entretanto não se vir ressarcida do valor em causa, acumulado desde o início do ano. A Galp recusou comentar a situação, alegando, de acordo com uma fonte oficial, "não comentar relações com os clientes". Porém, o JN tem conhecimento da existência de reuniões oficiais entre o Ministério da Defesa (MDN), a Manutenção Militar e a Galp para estudar a possibilidade de um pagamento faseado.

Ministério confirma dívida

O MDN, por sua vez, confirmou ao JN a existência da dívida, embora sem a quantificar, mas, em contrapartida, adiantou estar a "tentar encontrar uma solução financeira a curto prazo". O MDN confirmou ainda que na origem dos valores em débito está o abastecimento de combustíveis ao Exército, cuja dívida foi contraída "pela Manutenção Militar", a entidade pública com quem o Exército contrata os fornecimentos de géneros e combustíveis.

A situação é completamente diferente quer na Marinha quer na Força Aérea, em que a área responsável pela logística dos estados-maiores dos ramos assume directamente o processo de aquisição e pagamento sem intermediários.

No entanto, as consequências da denúncia do contrato por parte da Galp, com o consequente acréscimo de custos - já que não está em causa o corte no fornecimento dos combustíveis -, poderão vir a atingir não apenas o Exército mas também a Marinha e a Força Aérea.

É que o contrato com a Galp foi assinado pela Central de Compras do Ministério da Defesa, um organismo criado quando Paulo Portas era ministro da Defesa. O objectivo da Central de Compras era estabelecer um sistema de aquisições conjunto, quer para combustíveis quer para outros artigos, para os três ramos das Forças Armadas, de forma a reduzir as despesas. Um processo que, apesar deste percalço, tem vindo a dar bons resultados, segundo adiantaram ao JN fontes militares.

No entanto, se os contratos para os combustíveis são feitos para o conjunto da Marinha, Exército e Força Aérea já a facturação, ou seja o pagamento ao fornecedor, é da responsabilidade de cada ramo, com datas precisas de pagamento, que sistematicamente não têm vinda a ser respeitadas pelo organismo público que faz as compras para Exército.

* Com Ricardo David Lopes


Autonomia

As dívidas contraídas pela Manutenção Militar - enquadrada na categoria de estabelecimento fabril - para abastecer o Exército são já habituais há vários anos. A Manutenção tem personalidade jurídica e autonomia administrativa e financeira, mas a Lei Orgânica do Exército diz que os estabelecimentos fabris "estão sujeitos aos poderes de direcção e fiscalização" do ramo. O Exército tem solicitado aos Governos a resolução deste problema.

http://jn.sapo.pt/2006/11/06/nacional/exercito_dinheiro_para_pagar_combust.html


 :roll:
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

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papatango

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« Responder #4 em: Novembro 08, 2006, 10:39:59 pm »
Dizia eu que a Brigada Mecanizada não tem capacidade para chegar ao Algarve :mrgreen:
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...