. Nunca conseguiram incorporar no conceito de nação a realidade de que uma parte do país não se reconhece nesse mesmo país (uma solução estilo Quebec por exemplo).
Como ?
Mas...
Você viu os resultados das eleições ucranianas ?
Reparou contra quem ele ganhou a segunda volta ?
Reparou que quem elege o atual presidente ucraniano é a Ucrânia de lingua russa ?
Tudo correcto. O problema está em que a história recompensa a projecção da realidade que é feita pelas minorias ruidosas (se estas conseguirem passar a sua mensagem). Na Ucrania essas minorias fazem passar a mensagem com muita eficiência para os seus receptores.
Qualquer conflito resume-se ao que está na nossa cabeça e ao que está na cabeça do adversário. Só isso.
Ignorar tal facto é por si uma desgraça.
Quem tem a responsabilidade de tomar decisões estratégicas tem que ter isso em conta, caso contrário não está a fazer o seu trabalho.
Os Ucranianos ignoraram as ditas minorias e os Russos acreditaram nelas (já houve malta a colocar no fórum problemas com o FSB por causa das informações por exemplo) e agora estamos na fase de aparecerem heŕóis, mártires e vítimas e toda a desgraça que é ver um país a desaparecer.
O mesmo exercício pode ser feito, para a outra parte, oura vejamos a sua estratégia de controle dos estados que fazem fronteira falhou, na Ucrânia:
- os políticos por si apoiados perdem influencia sobre o provo da Ucrânia,
- a intervenção na politica interna da Ucrânia , tem um efeito contrario, empurrando a mesma para o ocidente
- o presidente com o seu apoio, cai e foge do pais, mesmo quando recorreu a força desmedida ( o que não aconteceu na Bielorrússia)
- a estratégia de manter o presidente por si apoiado, empurra anda mais a Ucrânia ( como outros estados) para a UE, e Nato
- perde o controlo das politicas internas ou externa da Ucrânia,
- permite que seja eleito um não politico, que ganha as eleições prometendo aproximação a UE
- perdendo toda a sua influencia na Ucrânia.
Falhado a sua estratégia, passa usar uma das ultimas "armas" inicia uma campanha militar ora vejamos como tem corrido
- campanha militar que não tem corrido particular bem,
- obriga a distribuição de um pais na sua fronteira, com todas as implicações que isso terá
- ganha um odio durante gerações do pais invadido no qual nunca terá paz
- destrói em 15 dias a sua própria economia
- destrói uma relação com o resto da europa, que vinha sendo construída a cerca de 20 anos,
- e veremos que convulsões internas, terá num futuro próximo.
Numa coisa, pode-se já reconhecer que o kremlim falhou numa das vertentes da sua estratégia, veremos se pesou o custo da tentativa de correção dessa falha, ou se avaliou bem o ocidente.