A questão é que ao eliminar-se a renda dos quartéis do orçamento, é menos uma forma que o Governo teria para manipular a % que se gasta com a defesa, para depois apresentar à NATO. Se iriam arranjar outra maneira? Provavelmente, com este Governo não é de esperar outra coisa, mas se calhar já teriam um pouco mais de trabalho para inventar.
Um regimento que recebe muito pouca gente, por estar situado numa região com muito pouca densidade populacional, e que já tem que competir com uma Base Aérea ali ao lado, na perspectiva dos candidatos. Fazia muito mais sentido das duas uma:
-ou manter-se o RI, mas inserido dentro da BA, que tem espaço de sobra, tanto para os albergar como para treinar
-ou transformar-se noutro tipo de unidade (Regimento de Transportes ou RAAA por exemplo), especialidades que requerem muito menos pessoal para funcionar quando comparadas com uma unidade de infantaria. Unidade esta igualmente inserida na BA11.
Em contraste, Faro, com o triplo da população, e uma densidade populacional ainda maior, faz muito mais sentido que tenha lá um verdadeiro Regimento de Infantaria. Hoje Faro não dá muita gente às FA, porque nenhum jovem, no seu perfeito juízo, vai preferir sair do "paraíso turístico", para ir para o interior para ser militar e ganhar o mesmo que ganharia no McDonalds. Sabemos que o factor casa já pesa muito, imagine-se quando moras numa zona como o Algarve.