Relação Unidades do Exército face à ultima reestruturação

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Cabeça de Martelo

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« Responder #45 em: Dezembro 07, 2006, 11:05:42 am »
Citação de: "sturzas"
Viva:

Penso que as nomenclaturas, dadas às unidades, são um mero pro-forma. O que na minha opinião, deverá ser equacionado, pensado, e utilizado (numa forma pratica e organizacional) é a utilização dos meios (humanos e materiais), que permitam às unidades desempenharem a sua missão, num contexto próprio.

Chamarem "Quartel de Cavalaria" ao RC4 - (onde prestei serviço entre 1996-1999), na minha opinião, tem a ver com o sentido pratico e operacional, que essa unidade poderá desempenhar. Acho que o nome se deve ao facto de passarmos a ter 37 LEOPARD 2 em detrimento dos 59 M60A3 (dados do anuário de estatística do exército 2004).

A Brigada Mecanizada, desde 2005 (muito embora no site do exército, se mantenha a organização de 1997), utiliza uma estrutura operacional tipo NRF5 - NATO REACTION FORCE 5. Deixou de ter uma composição orgânica baseada em batalhões de infantaria mecanizada, grupo de carros de combate, grupo de artilharia e batalhão de apoio e serviços, para passar a ter AGRUPAMENTOS MECANIZADOS.



Como podem ver, nesta imagem (publicada em Diário da Repúblia, e no Forum Defesa, também :roll:

Citando: Essa tenderá a ser a nossa força expedicionária, e a nossa capacidade de transporte (com um NavPol) deverá ser capaz de colocar uma unidade desse tipo, junto com uma unidade para função de reconhecimento/exploração/patrulha e outra unidade com destacamentos de várias especialidades para apoio logístico.

Por aquilo que acima escrevi, acho que a função dos Carros de Comabate é mesmo a defesa do território... mesmo que só com 37...

Os tanques, não são para a defesa do território, onde aliás teriam relativamente pouca utilidade, embora tenham alguma. Num país como Portugal, os tanques são acima de tudo armas defensivas para apoiar a infantaria e não armas pesadas para atacar tanques adversários.

Cumprimentos


 :G-Ok: Sturzas acabaste de colocar o post mais informativo dos últimos tempos! Um muito obrigado pelas informações, acho que já deu para perceber um pouco mais desta temática.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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papatango

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« Responder #46 em: Dezembro 07, 2006, 02:41:47 pm »
Citação de: "Sturzas"
Papatango:

Então Portugal com uma força expedicionária, utilizando carros de combate!!!! Até os Canadianos se viram à rasca para os meter no Afeganistão, quanto mais nós que não possuimos qualquer tipo de estrutura logística (tirando os caminhos de ferro), e mesmo que a venhamos a ter (NPL), penso que mais facilmente do ponto de vista político-estratágico-económico embarcaremos ou os "páras", ou os "comandos" ou as VBR Pandur, do que os Carros de Combate. Rolling Eyes

Essa tenderá a ser a nossa força expedicionária, e a nossa capacidade de transporte (com um NavPol) deverá ser capaz de colocar uma unidade desse tipo, junto com uma unidade para função de reconhecimento/exploração/patrulha e outra unidade com destacamentos de várias especialidades para apoio logístico.

Citar
Os tanques, não são para a defesa do território, onde aliás teriam relativamente pouca utilidade, embora tenham alguma. Num país como Portugal, os tanques são acima de tudo armas defensivas para apoiar a infantaria e não armas pesadas para atacar tanques adversários

Por aquilo que acima escrevi, acho que a função dos Carros de Comabate é mesmo a defesa do território... mesmo que só com 37...



Caro Sturzas:

Em primeiro lugar, o Afeganistão não tem costa marítima, e a complicação em colocar forças blindadas no Afeganistão tem a ver com isso. O Irão não deixa passar nem uma agulha e o Paquistão não aceita a passagem de colunas blindadas pelo seu território.

Logo, o caso não é exactamente exemplificativo.

A "deriva" expedicionária dos exércitos não é uma invenção minha, é uma exigência da realidade em que nos inserimos.

Ninguém acredita que o país possa ser defendido com tanques nos dias de hoje, como não acreditava nos anos 40 ou nos anos 50.
Aliás, nos anos 50 e posteriormente, nem sequer se cogitava de forma séria a utilização de tanques em Portugal, uma vez que se considerava que a Europa teria que ser defendida na Alemanha ou na França e também na Itália (para onde estavam destinadas as nossas forças).

Nos dias de hoje, não há razões para temer ataques directos ao nosso território (excepto nos casos discutidos noutros tópicos do fórum) e nesse caso, o nosso único potêncial adversário, dispõe de uma superioridade táctica enorme, que tornaria os tanques uma arma total e absolutamente irrelevantes.

Eles seriam alvos fáceis (sitting ducks) de uma força de helicópteros anti-tanque, que tería o controlo total do ar, dado a nossa pujante Força Aérea de quatro F-16MLU, provavelmente ser abatida nas primeiras seis horas de qualquer conflito.

A nossa capacidade de defesa reside na possibilidade de barrar uma avançada em zonas montanhosas, onde os tanques são ainda menos eficientes.

A mais eficiente arma de defesa anti-tanque é neste momento o míssil tipo RPG-x (de 7 a 29, conforme os modelos). Isso foi provado no Líbano, onde até um movimento islâmico partidário conseguiu opor-se com consideráveis sucessos a uma das mais poderosas forças de tanques do mundo.

= = =

Portugal tem capacidade para projectar uma força do escalão esquadrão, ou seja, algumas companhias.

O que não temos é capacidade para desenvolver operações de forma autonoma, mas a criação da arma blindada provavelmente nem prevê essa possibilidade.

O que Portugal pode desenvolver, é uma força de intervenção que permita ao país ter em termos internacionais uma representatividade maior que a que até ao momento tem tido, e que tem obrigado Portugal a praticamente só contribuir com forças especiais, que são na sua maioria poucas portanto sem uma papel preponderante ou relevante.

Para lhe dar um exemplo, Portugal poderia (se tivesse tal força operacional) colaborar no Líbano enviando uma força com essas características. Um navio como o NavPol, mesmo a versão do Rotterdam/Galicia feito para transportar o Leopard-IIA6, pode de facto transportar os tanques e desembarca-los numa praia ou num porto, lugar a partir do qual se poderá colocar à disposição de um comando internacional.

Pessoalmente estou de acordo com este tipo de aproximação ao problema.
Nós não temos nem teremos capacidade para ter as forças blindadas suficientes para garantir a defesa do território contra uma invasão convencional, mas podemos ter uma força pequena mas moderna, e portanto extremamente operacional, que pode ser enviada para qualquer lugar do mundo em relativamente pouco tempo.

O numero de 37 carros é aliás indicativo desse objectivo, porque há sempre veículos em revisões e manutenção e parte deles têm forçosamente que ser destacados para formação. Portanto, dos 37, pelo menos 12 não vão estar disponíveis para enviar para lado nenhum. Logo, sobram 25, e é desses que se escolhem os 12 ou 16 melhorzinhos.

Todos os países europeus têm planos para desenvolver este tipo de forças, e isto faz para não só das necessidades da NATO, como também dos planos para a criação de forças conjuntas da União Europeia.

O Leopard-II, é o carro de combate padrão de muitos países europeus, e o apoio logístico pode assim ser compartilhado em operações internacionais. Só em operações internacionais a eventual futura operação do Leopard-IIA6 fará sentido.

A arma blindada em Portugal, nunca teve qualquer utilidade e serviu apenas para as paradas militares (quando os tanques não avariam no meio da parada claro).
Desde os Valentine nos anos 40, que serviram como mensagem de força para a oposição interna, até aos M-47 que só serviram para tentar evitar o 25 de Abril de 1974, os carros de combate portugueses nunca tiveram qualquer utilidade prática.

O único caso efectivo de utilização com alguma relevância, aliás já aqui discutido com o próprio mentor da ideia, foi a utilização dos tanques leves M5 em Angola (Elefante Dum Dum), mas mesmo aí, embora o autor defenda e argumente em favor daquela ideia, também reconheceu, neste mesmo fórum, que a utilização de maiores numeros de carros poderia ter levado o inimigo a alterar as suas operações de forma a contrariar os tanques M5 (mas isso é outra história) .

Mas também há que lembrar que há sempre no exército quem se recuse a aceitar as mudanças e acredite na necessidade de mais tanques e mais carros de combate para a "guerra convencional" que não vai chegar nunca.

A ideia de forças blindadas com pelotões de tanques, acompanhados pela sua escolta de infantaria em veículos de combate de infantaria a avançar por grandes planicies de encontro a forças equivalentes do inimigo, é uma ideia tão romântica e desactualizada, como os comentários a "Dogfights" entre F-16 e MiG-29.

O único exército que ainda tem capacidade para fazer isso, é o americano, e mesmo aí, provavelmente porque no deserto as operaçções são mais faceis de coordenar e gerir.

Logo, a possibilidade de Portugal ter planos para ter alguma capacidade para projectar uma unidade do tipo esquadrão/companhia e forças de apoio não pode ser descartada.

De outra forma o numero de 37 tanques não faria grande sentido, porque nesse caso a sua utilidade seria apenas como meio blindado de apoio à infantaria, e isso implicaria necessáriamente a sua atribuição a unidades de defesa do território e não a unidades móveis.

Embora isso também seja outra coisa (e as conversãs são como as cerejas :mrgreen: )

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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PereiraMarques

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« Responder #47 em: Dezembro 07, 2006, 06:50:11 pm »
Apenas para confirmar o que já se sabia...

Citar
Dia da Brigada de Reacção Rápida
 
TCOR M. Silva Machado
 
Assinalou‑se em Tancos em 29 de Setembro, nas instalações da ex‑Base Aérea Nº 3, o “Dia da Brigada de Reacção Rápida”. Trata‑se da primeira vez que esta data é assinalada, dada a criação recente desta grande unidade do Exército, constituída na sequência da extinção do Comando das Tropas Aerotransportadas decorrente do processo de “transformação” do Exército.
 
A 29 de Setembro, dia de S. Miguel Arcanjo, padroeiro universal dos pára‑quedistas, comemorava‑se desde a transferência das Tropas Pára‑quedistas da Força Aérea para o Exército, em 1 de Janeiro de 1994, o dia festivo do Comando das Tropas Aerotransportadas e da Brigada Aerotransportada Independente (BAI).
 
A BRR manteve ainda as armas (vulgo “brasão”) da BAI o mesmo acontecendo com as unidades que actualmente dela dependem: O Regimento de Infantaria Nº 3 (Beja), o Regimento de Infantaria Nº 10 (em S. Jacinto e desde 1994 designado Área Militar de S. Jacinto), o Regimento de Infantaria Nº 15 (Tomar), o Centro de Tropas de Operações Especiais (em Lamego, anteriormente designado Centro de Instrução de Operações Especiais), o Centro de Tropas Comando (em Mafra) e a Unidade de Aviação Ligeira do Exército (em Tancos, na ex‑Base Aérea Nº 3 e anteriormente designada Grupo de Aviação Ligeira do Exército).

Fonte: http://www.revistamilitar.pt/modules/ar ... php?id=142

E então a ETP?
 

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Miguel

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« Responder #48 em: Dezembro 07, 2006, 07:08:53 pm »
Papatango

Temos armamento Anti Tanques e Anti Blindados, muito mais sofisticado que os RPG

Temos em fartura:

Misseis TOW
Misseis Milan
Canhoes Sem Recuo Carl Gustav M2 e M3
Lança Roquetes LAW

Acredite que temos o necessario para derrotar uma Divisao Blindada com 300 LeopardsII ou T80 :wink:

Depois temos lançadores AA Chaparral e Stingers para reduzir a capacidade aérea de um eventual inimigo.

A verdadeira carencia que temos é uma organizaçao do Exército muito pessima a meu ver.
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #49 em: Dezembro 07, 2006, 07:27:59 pm »
Citação de: "PereiraMarques"
Apenas para confirmar o que já se sabia...

Citar
Dia da Brigada de Reacção Rápida
 
TCOR M. Silva Machado
 
Assinalou‑se em Tancos em 29 de Setembro, nas instalações da ex‑Base Aérea Nº 3, o “Dia da Brigada de Reacção Rápida”. Trata‑se da primeira vez que esta data é assinalada, dada a criação recente desta grande unidade do Exército, constituída na sequência da extinção do Comando das Tropas Aerotransportadas decorrente do processo de “transformação” do Exército.
 
A 29 de Setembro, dia de S. Miguel Arcanjo, padroeiro universal dos pára‑quedistas, comemorava‑se desde a transferência das Tropas Pára‑quedistas da Força Aérea para o Exército, em 1 de Janeiro de 1994, o dia festivo do Comando das Tropas Aerotransportadas e da Brigada Aerotransportada Independente (BAI).
 
A BRR manteve ainda as armas (vulgo “brasão”) da BAI o mesmo acontecendo com as unidades que actualmente dela dependem: O Regimento de Infantaria Nº 3 (Beja), o Regimento de Infantaria Nº 10 (em S. Jacinto e desde 1994 designado Área Militar de S. Jacinto), o Regimento de Infantaria Nº 15 (Tomar), o Centro de Tropas de Operações Especiais (em Lamego, anteriormente designado Centro de Instrução de Operações Especiais), o Centro de Tropas Comando (em Mafra) e a Unidade de Aviação Ligeira do Exército (em Tancos, na ex‑Base Aérea Nº 3 e anteriormente designada Grupo de Aviação Ligeira do Exército).
Fonte: http://www.revistamilitar.pt/modules/ar ... php?id=142

E então a ETP?


Provavelmente foi um lapso...
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Bravo Two Zero

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« Responder #50 em: Dezembro 07, 2006, 07:49:25 pm »
Citação de: "Miguel"
Papatango

Temos armamento Anti Tanques e Anti Blindados, muito mais sofisticado que os RPG

Temos em fartura:

Misseis TOW
Misseis Milan
Canhoes Sem Recuo Carl Gustav M2 e M3
Lança Roquetes LAW

Acredite que temos o necessario para derrotar uma Divisao Blindada com 300 LeopardsII ou T80 :wink:

Depois temos lançadores AA Chaparral e Stingers para reduzir a capacidade aéréa de um eventual innimigo.

A verdadeira carencia que temos é uma organizaçao do Exército muito pessima a meu ver.


Era bom, era.............................
Não são assim tantos os TOW e os Milan..........os LAW de pouco servem contra um carro de combate moderno.
E quanto à capacidade de defesa aérea é melhor nem falar.......
"Há vários tipos de Estado,  o Estado comunista, o Estado Capitalista! E há o Estado a que chegámos!" - Salgueiro Maia
 

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Yosy

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« Responder #51 em: Dezembro 07, 2006, 07:49:29 pm »
Organização IDEAL do nosso Exército (com ajuda do Miguel):

 - fim das escolas práticas (toda a instrução é dada dentro da unidade - assim poupam-se custos e ganha-se melhor qualidade)

- reduzir a estrutura apenas para regimentos

Armas:

* RAA1 = Duas batarias operacionais com Stingers + Bataria instruçao e BCs

* RA4= Duas Batarias com 9 obuseiros cada + BInstruçao+BCS

* Extinçao do RA5

Brigada Reacçao Rapida

Regimento Operaçoes Especiais

Regimento Comandos

RIPara 10

RIPara 15

RApoio AT

Regimento Aviaçao Ligeira

Brigada Ligeira (prefiro este nome que Bri Int)

Regimento Cavalaria 6

RI13

RI14

RI19

Regimento Artilharia 4

Regimento Apoio Servicios na antiga EPS

Brigada Mecanizada no Campo Militar de Sta Margarida

Forças Apoio Geral

RAA1 defesa aéréa

REngenharia 1 um unico verdadeiro regimento em vez de 3 unidades espalhadas, portanto extinçao do RE3 e EPE

Regimento transmissoes, extinçao da EPTM e do CISM

Regimento Lanceiros 2

Regimento Tranportes

Regimento Material

ORBAT da BriMec

1 Regimento Cavalaria

3 Regimentos Infantaria

1 Regimento Artilharia

1 Regimento Apoio Servicios
assim o RAA1 apoia as 3 Brigadas
 

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Lightning

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« Responder #52 em: Dezembro 07, 2006, 07:57:08 pm »
Para mim não é nada ideal.
Então temos 2 regimentos de para-quedistas mas como não existe uma escola separada passariamos a ter 2 escolas de paraquedistas em cada regimento à semelhança do que acontece com os Comandos e Operações Especiais.
Na minha opinião a Brigada de Intervenção a mudar de nome teria que ser Brigada Motorizada, Brigada de Infantaria Motorizada ou algo semelhante já que será infantaria equipada com os Pandur, uma Brigada Ligeira só possui infantaria.
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #53 em: Dezembro 09, 2006, 10:39:07 am »
Citação de: "Yosy"
Organização IDEAL do nosso Exército (com ajuda do Miguel):

 - fim das escolas práticas (toda a instrução é dada dentro da unidade - assim poupam-se custos e ganha-se melhor qualidade)

- reduzir a estrutura apenas para regimentos

Armas:

* RAA1 = Duas batarias operacionais com Stingers + Bataria instruçao e BCs

* RA4= Duas Batarias com 9 obuseiros cada + BInstruçao+BCS

* Extinçao do RA5

Brigada Reacçao Rapida

Regimento Operaçoes Especiais

Regimento Comandos

RIPara 10

RIPara 15

RApoio AT

Regimento Aviaçao Ligeira

Brigada Ligeira (prefiro este nome que Bri Int)

Regimento Cavalaria 6

RI13

RI14

RI19

Regimento Artilharia 4

Regimento Apoio Servicios na antiga EPS

Brigada Mecanizada no Campo Militar de Sta Margarida

Forças Apoio Geral

RAA1 defesa aéréa

REngenharia 1 um unico verdadeiro regimento em vez de 3 unidades espalhadas, portanto extinçao do RE3 e EPE

Regimento transmissoes, extinçao da EPTM e do CISM

Regimento Lanceiros 2

Regimento Tranportes

Regimento Material

ORBAT da BriMec

1 Regimento Cavalaria

3 Regimentos Infantaria

1 Regimento Artilharia

1 Regimento Apoio Servicios
assim o RAA1 apoia as 3 Brigadas


Yosy, as Escolas das diversas Armas têm uma função muito importante, ou seja, formar os militares das diversas armas. No passado falou-se em criar uma Escola Inter-Armas em Santa Margarida. Eu sou um grande defensor desse projecto, já que era uma forma de rentabilizar os nossos recursos e desactivar toda uma série de unidades que só servem mesmo para isso e pouco mais. O que é a ETP, o CTC, o CTOE ou a Escola de Fuzileiros?! São na prática Escolas de formação tal como a EPI, EPC, EPA, etc. Acabar com a ETP seria na prática acabar com os Pára-quedistas.

Em relação às unidades, já percebi que há muitas pessoas fixadas nos Regimentos. Reconheço a importância no passado dessas unidades, mas por exemplo nos Pára-quedistas as unidades operacionais foram na maior parte da sua história Batalhões e não Regimentos. Se fosse para criar algo do género teria que ser um "Super Regimento" que albergar-se os 2 BIParas. Na verdade ficaria um tanto ou quanto semelhante com o antigo Regimento de Comandos que também era formado por dois batalhões operacionais e as restantes subunidades. Pessoalmente acho que é mais importante sabermos como é que estão as nossas unidades operacionais, se têm o equipamento e se têm o orçamento necessário para fazerem os seus treinos decentemente, do que a sua designação.
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Yosy

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« Responder #54 em: Dezembro 10, 2006, 12:18:43 am »
Bem visto Lightning - ficamos assim com um Regimento de Páraquedistas.


Cabeça de Martelo TODA a formação seria dada dentro das unidades. Como tal seria uma formação muito mais prática e virada para as operações que as unidades iriam desenvolver (o pessoal da intendência precisa de saber mais de umas coisas do que de outras, do que o pessoal dos carros de combate, por exemplo). É claro que deverá existir sempre um mínimo comum a todas as unidades.
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #55 em: Dezembro 10, 2006, 12:08:13 pm »
Yosy, tu precisas das Escolas e dos Centros porque são essas escolas que formam os militares das várias armas. Por exemplo, depois de 4 anos a estudar na Academia, os cadetes vão para as Escolas Práticas de cada Arma para fazerem o Tirocínio. Ou seja têm um ano para terem uma formação totalmente vocacionada para a vertente prática e também vão aprender a dar instrução. Assim todos os cadetes da Arma de Infantaria passam pela EPI, tal como os da Arma de Cavalaria passam pela EPC…desta forma todos têm a mesma formação teórico-prática e todos estão em igualdade de circunstâncias. Imagina um cadete que vai tirar o tirocínio para o Regimento de Guarnição nº2, esse militar vai ter menos meios e pior formação do que um que for para a Brigada Mecanizada, onde tem tanto o espaço físico como os meios necessários para fazer um bom tirocínio. Se me quiseres dizer que é necessário uma Escola Prática Inter-Armas como já foi defendido por alguns oficiais do Exército…concordo em pleno. Agora acabar pura e simplesmente com as escolas e centros de formação, é impossível. Como é que tu ias dar cursos de Pára-quedismo em São Jacinto, Tomar, Tancos, Beja…Só uma escola central pode dar esses cursos de natureza aeroterrestre com qualidade, é por isso que em qualquer país no mundo as Escolas/Centros de Pára-quedismo são únicas para os 3 ramos das Forças Armadas. Numa altura em que se quer unificar serviços não se pode ir fazer o inverso.
Tu falaste que fizeste esse plano com ajuda do Miguel, pois bem em França os Regimentos têm realmente uma Companhia de Instrução, no entanto não te esqueças que a eles têm a École des Troupes Aéroportées, onde há mais de 50 anos de formam os Pára-quedistas Franceses (dos três ramos das forças Armadas). Tu podes ter algo do género ao nível da recruta e mesmo da especialidade, mas vais sempre necessitar de Escolas Centrais para formares os graduados. Os Pára-quedistas são formados na ETP, os Fuzileiros na Escola de Fuzileiros, os Comandos no CTC, os Rangers no CTOE, etc. O que liga os Fuzos entre si? O facto de serem “os filhos da Escola”, são assim que se designam é a mística deles está intrinsecamente ligado à Escola, tiras-lhes isso e ficas com uma unidade sem o que de mais precioso tem, o Espírito de Corpo.

Assim sendo os Regimentos do Exército “normal” podem até ter uma companhia de instrução para criar um certo espírito de corpo dentro dessas unidades, mas nas unidades de elite isso seria um perfeito suicídio. O mesmo se passa com os graduados que precisam de ser formados nas Escolas das suas respectivas Armas. Elas são vitais para termos graduados bens instruídos e para o evoluir das técnicas e táticas de cada Arma.

PS: não leves este texto como um ataque pessoal, eu simplesmente acho que o futuro é numa escola Inter-Armas para combater os bairrismos e as quintas dentro do Exército e não o oposto.
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Lightning

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« Responder #56 em: Dezembro 10, 2006, 10:41:53 pm »
Na Força Aérea só existem duas escolas, a Academia da Força Aérea para oficiais do quadro permanente e o CFMTFA (Centro de Formação Militar e Técnica da Força Aérea) que forma oficiais contratados, sargentos e praças de todas as especialidades.
 

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Yosy

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« Responder #57 em: Dezembro 10, 2006, 10:58:54 pm »
Cabeça, acho que não estás a perceber - eu defendo o fim das escolas práticas, não o fim das escolas ponto. É claro que os fuzileiros manteriam a sua escola, os páras a deles, etc - mas isso seria uma parte integrante da unidade e só por lá passariam os futuro fuzos, páras, etc. Não haveria EPI para ninguém porque todos teriam a formação dentro das futuras unidades que iriam integrar.
 

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sturzas

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« Responder #58 em: Dezembro 11, 2006, 02:02:29 am »
Viva a todos:

Penso que a criação de uma escola "inter-armas" no Exército Português, dada a estrutura orgânica existente, não é aconselhável. Penso que se deve manter o principio criado, de formação técnica-específica, na escola relacionada com esse tipo de Arma. A escola Pratica de Infantaria, por exemplo, deve aperfeiçoar, treinar e preprarar, não só oficiais, mas também sargentos e praças, na área específica de infantaria, que é diferente da cavalaria e da artilharia; eve no entanto existir (e existe) um inter-câmbio a nível de formação entre todas as escolas práticas.. Existe a formação teórica, e desta forma, a formação técnico-practica, deve-se manter nas unidades pertencentes à mesma arma.

Dado que a formação específica de armas é só por si diferente, penso que estas unidades de instrução, devem manter-se autónomas, pelas características das Armas, mas também defendo, que essas mesmas unidades consigam ter um mínimo de operacionalidade, caso seja necessário. Um exemplo disso, é a Escola Prática de Engenharia,  que além de dar formação e especialização técnica, mantém operacional uma unidade de escalão companhia para defesa NBQ (a única, aliás no Exército Português).

Se este vector, formação-equipamento, conseguir agrupar características operacionais, melhor ainda. No que toca à formação de forças especiais e/ou forças de operacões especiais, na minha óptica nada melhor do que os instrutores, para serem forças operacionais, logo dar o nome de Escola de Tropas de Operações Especiais, a uma unidade de especialização técnica e operacional, não me escandaliza. Desta forma terei que concordar com o "Hummer Head" e discordar com o "Yosy". Reparem o que era ter um Tenente-Coronel ou Coronel a comandar a "Escola de Formação de Operações Especiais" e mais um Tenente-Coronel, ou Coronel, a comandar a "Unidade Operacional de Operações Especiais).

O que importa e, num contexto prático, é que todas as informações de comando e organização operacional, sejam dadas e recebidas de forma directa. Vejam o caso da BRR. Têm "Comandos", "Rangers" e "Páras", sob um mesmo comando operacional, mas nenhuma destas forças, dadas as suas características "suis-generis", dispensa da sua capacidade de formação, treino e instrução, que é a mesma.

Inclusivamente, acho mais rentável, manter uma EPI-Escola Prática de Infantaria, que me dê formação específica em infantaria mecanizada (Brigada Mecanizada) e que consiga dar formação em Infantaria Blindada Motorizada (Brigada de Intervenção) do que criar duas sub-unidades nestas duas Brigadas para esta formação. Acreditem que a formação, não seria tão homogénea. Relativamente à formação especifíca ela existe no Exército Português, tal como em qualquer exército, e em todas as sub-unidades, existem exercícios pontuais de escalão companhia/pelotão, que esses sim, proporcionam uma maior afinidade, entre a formação e o desempenho prático.

O que devemos considerar é o reequipamento e reestruturação, no ponto de vista de comando, porque aí sim existem muitam verbas que são mal empregues.

Cumprimentos
NA PAZ E NA VIDA... QUE RESERVA TÃO CALMA E TRANQUILA... MAS SE OUVIRES O TROAR DA GUERRA... ENTÃO IMITA O TIGRE...
 

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Artic Fusion

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« Responder #59 em: Março 02, 2007, 12:38:25 pm »
Inciei um artigo sobre a BRR (também estou a considerar as outras brigadas) na wikipedia.

http://en.wikipedia.org/wiki/Portuguese ... on_Brigade

Estejam á vontade para corrigir ou acrescentar algo.