Eu diria que o eurofighter virá dos stocks britânicos.
Pelo que me disseram a NATO vai criar um novo conceito de batlegroup, em que as forças armadas portuguesas decidiram-se juntar aos birtanicos, enquanto os espanhois se irão juntar aos italianos e os franceses aos Belgas e os Holandeses à Alemanha.
Já tinha dado uma ideia semelhante antes. Não usei a expressão Battlegroups, mas referi que podiam ser criadas Divisões/"Regiões"/Blocos dentro da NATO/UE, com base na disposição geográfica dos países.
Um bloco Escandinavo, um bloco do Atlântico, um bloco Mediterrânico, um bloco Bálticos/Polónia, um bloco Leste.
No entanto isto é extremamente difícil de conseguir, pois era necessário mudar muita coisa em diversos países para haver real interoperabilidade.
Mesmo nos exemplos dados, existem contradições. Por exemplo, na componente terrestre, a Bélgica tem mais em comum com a França, enquanto que na componente aérea e naval tem mais em comum com a Holanda. Fica complicado.
O que poderia vir a acontecer, era uma maior proximidade ramo a ramo. Por exemplo, o Exército Belga aproximar-se mais do Francês, a Marinha Belga aproximar-se mais da Holandesa, e a Força Aerea Belga, por operar em ambos os domínios, apoiar ambos.
Tal como podia ser criado um bloco central entre Alemanha, França, Bélgica e Holanda, e dentro deste bloco aproximar diferentes ramos/unidades de cada país caso a caso.
Dentro deste bloco, os F-35 belgas encaixavam que nem uma luva para tapar o buraco da falta de caças furtivos no AdA.
No caso português que é o que nos importa...
Formar um bloco com o RU só fazia sentido na perspectiva da MGP, onde bastava substituir as fragatas actuais por fragatas compatíveis com as deles, e estava assegurado um bom grau de compatibilidade. A nível do Exército não faz grande sentido, pois não partilhamos "terra" com eles, nem temos nada em comum. A nível de Exércitos faria mais sentido maior interoperabilidade com Espanha. E novamente, a FAP serve de joker.
O mais indicado seria formar um bloco Atlântico, com Portugal, Espanha, Reino Unido e possivelmente Dinamarca (Gronelândia).
Mesmo sem a Dinamarca, claramente o foco é o Atlântico.
Daria foco a navios compatíveis com os britânicos e espanhóis, nomeadamente em termos de CMS, sensores e armamento. O objectivo é que fragatas portuguesas fossem capazes de complementar ou render navios britânicos ou espanhóis num Carrier Group ou Amphibious Group por exemplo.
Nas forças terrestres, fazia sentido uma maior ligação ao Exército Espanhol. Mas dada a dificuldade de uniformizar tanta coisa, também se podia simplificar o processo, e simplesmente exigir que cada país contribua com X brigadas ou Y batalhões. Tal como se podia alocar cada brigada/unidade terrestre, de acordo com o que faz sentido em termos de doutrina e tipologia de meios.
Ex: BrigMec (com pelo menos um Batalhão completo) para operar em conjunto com unidades equivalentes espanholas. A BrigInt por exemplo reforçar a Infanteria de Marina ou unidades Dragon 8x8. Os Fuzileiros operarem em conjunto com os Royal Marines. Etc.
As Forças Aéreas, lá está, são o joker. Consegues facilmente alocar uma esquadra de transporte para apoiar componente terrestre, e uma esquadra de MPA para apoiar a componente naval.
No meio disto, continua a não fazer sentido adquirir Typhoons. Dentro desta "divisão" Portugal/Espanha/RU, não fazem falta mais Typhoons, fazem falta caças furtivos. Portugal optar por F-35A (e quiçá B, caso este "battlegroup" fosse levado a sério, para operar em PAs britânicos ou espanhóis) é o que faz mais sentido.