Combate a fogos pela F.A.P.

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Charlie Jaguar

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #300 em: Junho 09, 2016, 11:37:34 am »
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O Ministério da Administração Interna chumbou a concentração na Força Aérea de meios aéreos do Estado para o combate aos fogos e emergência médica, uma medida que tinha sido preparada pelo anterior Executivo, soube o JN.

A Força Aérea (FAP) estava disponível para receber os meios, mas com reforço dos recursos humanos e materiais, uma vez que as despesas iriam aumentar. A titular do Ministério, Constança Cunha de Sousa, recusou, não obstante a transferência representar uma redução de custos para o ministério e continuar sem se saber quando estará a frota de Kamov toda pronta para operar. Dos cinco hélis pesados apenas voam três, o que já obrigou o MAI, em 2015, a recorrer ao aluguer de aeronaves a privados para suprir a lacuna.



Leia mais: Governo tira Força Aérea do combate a fogos http://www.jn.pt/nacional/interior/governo-tira-forca-aerea-do-combate-a-fogos-5218740.html#ixzz4B4mkhI1Z
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Governo Tira Força Aérea do Combate a Fogos
JN
Por Sofia Resende - Junho 9, 2016
 
MAI rejeita pagar despesas com frota à Força Aérea. Estado obrigado a contratar aeronaves privadas para suprir falhas dos Kamov.

O Ministério da Administração Interna chumbou a concentração na Força Aérea de meios aéreos do Estado para o combate aos fogos e emergência médica, uma medida que tinha sido preparada pelo anterior Executivo, soube o JN. A Força Aérea (FAP) estava disponível para receber os meios, mas com reforço dos recursos humanos e materiais, uma vez que as despesas iriam aumentar. A titular do Ministério, Constança Cunha de Sousa, recusou, não obstante a transferência representar uma redução de custos para o ministério e continuar sem se saber quando estará a frota de Kamov toda pronta para operar. Dos cinco hélis pesados apenas voam três, o que já obrigou o MAI, em 2015, a recorrer ao aluguer de aeronaves a privados para suprir a lacuna.

Este ano, voltou a acontecer o mesmo. E a situação poderá repetir-se no próximo ano, pois as previsões governamentais apontam apenas para mais um Kamov pronto em 2017. Os cursos não são conhecidos, mas a hora de voo de uma aeronave similar ao Kamov não será inferior a 4 mil euros e a reparação dos dois hélis avariados custa oito milhões.

A concentração tinha sido pensada pelo anterior Governo para conseguir uma melhor gestão financeira das frotas, maior transparência, fazer subir a taxa de utilização e evitar novos processos judiciais, alguns a decorrerem como processos-crime, outros civis, envolvendo milhões em indemnizações. A conclusão tinha surgido também com a extinção da EMA, criada por António Costa, depois de se verificar que a gestão da frota tinha sido deficiente.

Uma vez que a frota de combate aos fogos é apenas usada de junho a setembro, ficando o restante do tempo praticamente parada, com a passagem da gestão e operação para a FAP poderia ser dado mais uso às aeronaves, os caros e problemáticos Kamov e os três ligeiros Ecureuil B3.

O projeto não seria de aplicação imediata, uma vez que há contratos a decorrer com a Everjets, que ganhou a gestão e operação da frota dos Kamov, até 2019, por 48 milhões. Mas a junção formal seria um primeiro passo, uma vez que são necessários pelo menos dois anos para treino e certificação e pilotos e mecânicos, segundo salientaram fontes militares.

O processo foi lançado pelo anterior ministro da Defesa, Aguiar Branco, que mandou fazer um estudo de viabilização à Força Aérea, em acordo com a anterior ministra da Administração Interna, Anabela Rodrigues. Foi nomeado um grupo de trabalho, onde entravam elementos da FAP, do MAI e Proteção Civil e do Ministério da Saúde. O estudo ficou pronto em setembro, mas a nova ministra Constança Cunha de Sousa quis manter a atual situação. Contactado pelo JN, o MAI justificou que “atendendo à posição da Força Aérea Portuguesa”, que não considera a hipótese de assumir a operação e manutenção dos Kamov, “não pretende alterar o atual modelo de gestão de meios aéreos.”


Enfim...  ::)
« Última modificação: Junho 09, 2016, 11:42:54 am por Charlie Jaguar »
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 

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mafets

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #301 em: Junho 09, 2016, 02:15:34 pm »
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O Ministério da Administração Interna chumbou a concentração na Força Aérea de meios aéreos do Estado para o combate aos fogos e emergência médica, uma medida que tinha sido preparada pelo anterior Executivo, soube o JN.

A Força Aérea (FAP) estava disponível para receber os meios, mas com reforço dos recursos humanos e materiais, uma vez que as despesas iriam aumentar. A titular do Ministério, Constança Cunha de Sousa, recusou, não obstante a transferência representar uma redução de custos para o ministério e continuar sem se saber quando estará a frota de Kamov toda pronta para operar. Dos cinco hélis pesados apenas voam três, o que já obrigou o MAI, em 2015, a recorrer ao aluguer de aeronaves a privados para suprir a lacuna.



Leia mais: Governo tira Força Aérea do combate a fogos http://www.jn.pt/nacional/interior/governo-tira-forca-aerea-do-combate-a-fogos-5218740.html#ixzz4B4mkhI1Z
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Governo Tira Força Aérea do Combate a Fogos
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Por Sofia Resende - Junho 9, 2016
 
MAI rejeita pagar despesas com frota à Força Aérea. Estado obrigado a contratar aeronaves privadas para suprir falhas dos Kamov.

O Ministério da Administração Interna chumbou a concentração na Força Aérea de meios aéreos do Estado para o combate aos fogos e emergência médica, uma medida que tinha sido preparada pelo anterior Executivo, soube o JN. A Força Aérea (FAP) estava disponível para receber os meios, mas com reforço dos recursos humanos e materiais, uma vez que as despesas iriam aumentar. A titular do Ministério, Constança Cunha de Sousa, recusou, não obstante a transferência representar uma redução de custos para o ministério e continuar sem se saber quando estará a frota de Kamov toda pronta para operar. Dos cinco hélis pesados apenas voam três, o que já obrigou o MAI, em 2015, a recorrer ao aluguer de aeronaves a privados para suprir a lacuna.

Este ano, voltou a acontecer o mesmo. E a situação poderá repetir-se no próximo ano, pois as previsões governamentais apontam apenas para mais um Kamov pronto em 2017. Os cursos não são conhecidos, mas a hora de voo de uma aeronave similar ao Kamov não será inferior a 4 mil euros e a reparação dos dois hélis avariados custa oito milhões.

A concentração tinha sido pensada pelo anterior Governo para conseguir uma melhor gestão financeira das frotas, maior transparência, fazer subir a taxa de utilização e evitar novos processos judiciais, alguns a decorrerem como processos-crime, outros civis, envolvendo milhões em indemnizações. A conclusão tinha surgido também com a extinção da EMA, criada por António Costa, depois de se verificar que a gestão da frota tinha sido deficiente.

Uma vez que a frota de combate aos fogos é apenas usada de junho a setembro, ficando o restante do tempo praticamente parada, com a passagem da gestão e operação para a FAP poderia ser dado mais uso às aeronaves, os caros e problemáticos Kamov e os três ligeiros Ecureuil B3.

O projeto não seria de aplicação imediata, uma vez que há contratos a decorrer com a Everjets, que ganhou a gestão e operação da frota dos Kamov, até 2019, por 48 milhões. Mas a junção formal seria um primeiro passo, uma vez que são necessários pelo menos dois anos para treino e certificação e pilotos e mecânicos, segundo salientaram fontes militares.

O processo foi lançado pelo anterior ministro da Defesa, Aguiar Branco, que mandou fazer um estudo de viabilização à Força Aérea, em acordo com a anterior ministra da Administração Interna, Anabela Rodrigues. Foi nomeado um grupo de trabalho, onde entravam elementos da FAP, do MAI e Proteção Civil e do Ministério da Saúde. O estudo ficou pronto em setembro, mas a nova ministra Constança Cunha de Sousa quis manter a atual situação. Contactado pelo JN, o MAI justificou que “atendendo à posição da Força Aérea Portuguesa”, que não considera a hipótese de assumir a operação e manutenção dos Kamov, “não pretende alterar o atual modelo de gestão de meios aéreos.”


Enfim...  ::)
E o que eu chamo de jornalismo criativo.  Ou seja se o  anterior governo adjudicou um contrato de 46 milhões para a manutenção dos meios aéreos da ANPC, nomeadamente os Kamov em 2015 à everjets à um ano e por um período de 4 anos como é que estava a preparar a transferência dos meios para a FAP?
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http://www.segurancaonline.com/noticias/detalhes.php?id=2927  http://portocanal.sapo.pt/noticia/51143/
Mas já agora, a denuncia de contrato do PSD/CDS com a anterior heliportugal, já vai em 22 milhões a mais do valor contratualizado e pode não ficar por aqui. É que dá denunciar contratos blindados e agora pelos vistos deveria-se continuar  ::)
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http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2015-12-05-Presidente-da-Heliportugal-exige-177-milhoes-de-euros-a-Miguel-Macedo-e-ao-Estado
E já assim deixo as recomendações do TC (a partir da pag. 75) sobre os meios aéreos da ANPC, que pelos vistos face ao contrato de 4 anos celebrado com a erverjets, pessou ao lado (o tal que está a ser investigado por suspeitas de corrupção http://observador.pt/2015/11/05/miguel-macedo-investigado-devido-concurso-milionario-helicopteros-do-estado/    ...  :P
Citar
http://www.tcontas.pt/pt/actos/rel_auditoria/2015/2s/audit-dgtc-rel010-2015-2s.pdf
E por fim, quantos foram governos que deixaram por exemplo apodrecer os MAFFs dos C130 no Montijo, sem sequer os colocar no dispositivo nem que fosse em altura de emergência?

Não iam também ser adquiridos mais meios aéreos?  Ai, este jornalismo português. Só fala de um terço do que deve ( se fosse mauzinho até dizia que existia aqui um naco de política   ::) )... ;)
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http://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/governo_autoriza_compra_de_meios_aereos_para_combate_a_fogos_no_valor_de_1714_milhoes.html
Acho bem que se equaciona a FAP num papel mais activo no combate a incêndios, mas sem contratos denunciados que lesem o contribuinte e dotando a Força Aérea de capacidade real não virtual. Esta brincadeira só de contratos de manutenção ascende a qualquer coisa como 120 milhões de euros com a Heliportugal a pedir  mais 177 milhões. E a FAP tem a modernização dos C130, substituição dos Al III e Alpha para 2018, além de falta de meios físicos e humanos num orçamento que anda sempre a baixar. Presentes envenenados nesta altura não.



Cumprimentos

P.S. Não deixa de ser curioso o estudo do Tio Aguiar e o timming da encomenda do referido estudo. O mesmo MD que após assumir a pasta da defesa sondou o na altura o CEMFA sobre o assunto, sendo-lhe referido a necessidade de mais meios e obviamente formação. Durante os 3 anos seguintes "esqueceu-se", por que será que em 2015 voltou a carga, até num ano em que o amigo do MAI assinou novo contrato por 4 anos?  :P ;D
« Última modificação: Junho 09, 2016, 02:39:08 pm por mafets »
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #302 em: Junho 09, 2016, 04:10:33 pm »
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O Ministério da Administração Interna chumbou a concentração na Força Aérea de meios aéreos do Estado para o combate aos fogos e emergência médica, uma medida que tinha sido preparada pelo anterior Executivo, soube o JN.

A Força Aérea (FAP) estava disponível para receber os meios, mas com reforço dos recursos humanos e materiais, uma vez que as despesas iriam aumentar. A titular do Ministério, Constança Cunha de Sousa, recusou, não obstante a transferência representar uma redução de custos para o ministério e continuar sem se saber quando estará a frota de Kamov toda pronta para operar. Dos cinco hélis pesados apenas voam três, o que já obrigou o MAI, em 2015, a recorrer ao aluguer de aeronaves a privados para suprir a lacuna.



Leia mais: Governo tira Força Aérea do combate a fogos http://www.jn.pt/nacional/interior/governo-tira-forca-aerea-do-combate-a-fogos-5218740.html#ixzz4B4mkhI1Z
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O Ministério da Administração Interna chumbou a concentração na Força Aérea de meios aéreos do Estado para o combate aos fogos e emergência médica, uma medida que tinha sido preparada pelo anterior Executivo, soube o JN. A Força Aérea (FAP) estava disponível para receber os meios, mas com reforço dos recursos humanos e materiais, uma vez que as despesas iriam aumentar. A titular do Ministério, Constança Cunha de Sousa, recusou, não obstante a transferência representar uma redução de custos para o ministério e continuar sem se saber quando estará a frota de Kamov toda pronta para operar. Dos cinco hélis pesados apenas voam três, o que já obrigou o MAI, em 2015, a recorrer ao aluguer de aeronaves a privados para suprir a lacuna.

Este ano, voltou a acontecer o mesmo. E a situação poderá repetir-se no próximo ano, pois as previsões governamentais apontam apenas para mais um Kamov pronto em 2017. Os cursos não são conhecidos, mas a hora de voo de uma aeronave similar ao Kamov não será inferior a 4 mil euros e a reparação dos dois hélis avariados custa oito milhões.

A concentração tinha sido pensada pelo anterior Governo para conseguir uma melhor gestão financeira das frotas, maior transparência, fazer subir a taxa de utilização e evitar novos processos judiciais, alguns a decorrerem como processos-crime, outros civis, envolvendo milhões em indemnizações. A conclusão tinha surgido também com a extinção da EMA, criada por António Costa, depois de se verificar que a gestão da frota tinha sido deficiente.

Uma vez que a frota de combate aos fogos é apenas usada de junho a setembro, ficando o restante do tempo praticamente parada, com a passagem da gestão e operação para a FAP poderia ser dado mais uso às aeronaves, os caros e problemáticos Kamov e os três ligeiros Ecureuil B3.

O projeto não seria de aplicação imediata, uma vez que há contratos a decorrer com a Everjets, que ganhou a gestão e operação da frota dos Kamov, até 2019, por 48 milhões. Mas a junção formal seria um primeiro passo, uma vez que são necessários pelo menos dois anos para treino e certificação e pilotos e mecânicos, segundo salientaram fontes militares.

O processo foi lançado pelo anterior ministro da Defesa, Aguiar Branco, que mandou fazer um estudo de viabilização à Força Aérea, em acordo com a anterior ministra da Administração Interna, Anabela Rodrigues. Foi nomeado um grupo de trabalho, onde entravam elementos da FAP, do MAI e Proteção Civil e do Ministério da Saúde. O estudo ficou pronto em setembro, mas a nova ministra Constança Cunha de Sousa quis manter a atual situação. Contactado pelo JN, o MAI justificou que “atendendo à posição da Força Aérea Portuguesa”, que não considera a hipótese de assumir a operação e manutenção dos Kamov, “não pretende alterar o atual modelo de gestão de meios aéreos.”


Enfim...  ::)
E o que eu chamo de jornalismo criativo.  Ou seja se o  anterior governo adjudicou um contrato de 46 milhões para a manutenção dos meios aéreos da ANPC, nomeadamente os Kamov em 2015 à everjets à um ano e por um período de 4 anos como é que estava a preparar a transferência dos meios para a FAP?
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http://www.segurancaonline.com/noticias/detalhes.php?id=2927  http://portocanal.sapo.pt/noticia/51143/
Mas já agora, a denuncia de contrato do PSD/CDS com a anterior heliportugal, já vai em 22 milhões a mais do valor contratualizado e pode não ficar por aqui. É que dá denunciar contratos blindados e agora pelos vistos deveria-se continuar  ::)
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http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2015-12-05-Presidente-da-Heliportugal-exige-177-milhoes-de-euros-a-Miguel-Macedo-e-ao-Estado
E já assim deixo as recomendações do TC (a partir da pag. 75) sobre os meios aéreos da ANPC, que pelos vistos face ao contrato de 4 anos celebrado com a erverjets, pessou ao lado (o tal que está a ser investigado por suspeitas de corrupção http://observador.pt/2015/11/05/miguel-macedo-investigado-devido-concurso-milionario-helicopteros-do-estado/    ...  :P
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http://www.tcontas.pt/pt/actos/rel_auditoria/2015/2s/audit-dgtc-rel010-2015-2s.pdf
E por fim, quantos foram governos que deixaram por exemplo apodrecer os MAFFs dos C130 no Montijo, sem sequer os colocar no dispositivo nem que fosse em altura de emergência?

Não iam também ser adquiridos mais meios aéreos?  Ai, este jornalismo português. Só fala de um terço do que deve ( se fosse mauzinho até dizia que existia aqui um naco de política   ::) )... ;)
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http://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/governo_autoriza_compra_de_meios_aereos_para_combate_a_fogos_no_valor_de_1714_milhoes.html
Acho bem que se equaciona a FAP num papel mais activo no combate a incêndios, mas sem contratos denunciados que lesem o contribuinte e dotando a Força Aérea de capacidade real não virtual. Esta brincadeira só de contratos de manutenção ascende a qualquer coisa como 120 milhões de euros com a Heliportugal a pedir  mais 177 milhões. E a FAP tem a modernização dos C130, substituição dos Al III e Alpha para 2018, além de falta de meios físicos e humanos num orçamento que anda sempre a baixar. Presentes envenenados nesta altura não.



Cumprimentos

P.S. Não deixa de ser curioso o estudo do Tio Aguiar e o timming da encomenda do referido estudo. O mesmo MD que após assumir a pasta da defesa sondou o na altura o CEMFA sobre o assunto, sendo-lhe referido a necessidade de mais meios e obviamente formação. Durante os 3 anos seguintes "esqueceu-se", por que será que em 2015 voltou a carga, até num ano em que o amigo do MAI assinou novo contrato por 4 anos?  :P ;D

E já agora mais uma acha para a fogueira onde andam o raio dos dois CL215/415, que estariam operacionais, o ano passado, para o combate dos incêndios  florestais ????? :conf: :conf:

https://www.publico.pt/sociedade/noticia/governo-vai-comprar-dois-canadair-e-equipamento-de-11-milhoes-para-bombeiros-1626259








Estas fotos foram tiradas por mim, na antiga plataforma DELTA,  já há uns anos quando tivemos em LIS um CL215 para demonstração de capacidades, mas, pelo que sucedeu, deu em NADA !!!


Este país anda mesmo a ser desgovernado por uma cambada de politicozecos de pacotilha !!!!  :2gunsfiring: :2gunsfiring: :2gunsfiring: :N-icon-Gun: :N-icon-Gun: :N-icon-Gun:

Cumprimentos
« Última modificação: Junho 09, 2016, 04:35:23 pm por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 
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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #303 em: Junho 09, 2016, 07:12:49 pm »
Mais depressa vamos ver a busca e salvamento a ser privatizada do que a FAP a executar combate aos incêndios ou o MAI a ter Canadair.

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #304 em: Junho 09, 2016, 07:44:01 pm »
Os Kamov afinal que têm? Foram sabotados? Há muito que geram celeuma, é por executarem bem demais as suas funções?
 

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mafets

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #305 em: Junho 09, 2016, 09:31:27 pm »
Os Kamov afinal que têm? Foram sabotados? Há muito que geram celeuma, é por executarem bem demais as suas funções?
Os Kamov têm em parte o mesmo problema dos Eh101 no inicio, ou seja: os contratos de manutenção, motorização e peças com os fornecedores não foram assinados ( http://www.passarodeferro.com/2013/09/frota-portuguesa-eh101-de-novo-com.html ) para poupar uns cobres (também houve problemas com a certificação, já para não falar de toda a novela EMA  http://veraoverdeorg.blogspot.pt/2007/08/s-ontem-ema-pediu-cerificao-junto-do.html) e tentou-se remediar com uma situação tipicamente portuguesa: O desenrasca (que neste caso também permitiu a muita gente meter dinheiro ao bolso com a manutenção e concursos para a mesma). Deu buraco. Fossem os devidos contratos assinados e passa-se para uma instituição mais idónea e haveriam de voar tão bem como agora os Merlin (ou outros Kamov um pouco por todo o lado).  ;)



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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #306 em: Junho 10, 2016, 03:39:32 pm »
Os Kamov afinal que têm? Foram sabotados? Há muito que geram celeuma, é por executarem bem demais as suas funções?

Penso que ninguém põe em causa a capacidade dos Kamov no combate à incêndios, são melhores que qualquer aparelho que a FAP adaptasse.

O problema é o esbanjar de dinheiro na gestão e manutenção dos aparelhos pela EMA/Proteccao Civil e empresas privadas e ser a Força Aérea e fazer essa parte.

Mas a Força Aérea não pode obrigar o MAI a aceitar a sua proposta, mesmo sendo mais barata lolol, não querem, não querem.
« Última modificação: Junho 10, 2016, 03:41:43 pm por Lightning »
 

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mafets

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #307 em: Junho 11, 2016, 02:59:36 pm »
Apesar de ser de 2011,  está plenamente actualizado à realidade de 2016 (mais coisa menos coisa, exepto com mais de cerca de 100 milhões gastos entretanto e mais 177 milhões pedidos em tribunal e que nós ainda podemos ter de vir a pagar...  ;D ;) ::) :P
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Uma das primeiras intervenções do novel Ministro da Defesa (MDN), efectuada numa visita à Força Aérea (FA), foi a de perspectivar o regresso daquele Ramo militar ao combate aos incêndios florestais (IF).

A ideia é boa, apesar de requentada, e mereceu desde logo – e bem – um alerta do respectivo Chefe de Estado Maior, lembrando que tal desiderato não seria viável de um dia para o outro.


Como as pessoas em Portugal têm a memória curta por esquecimento ou conveniência, vamos tentar dilucidar, sucintamente, todo este imbróglio. Porque de um imbróglio se trata, apesar da aparente candura das palavras ministeriais.

O Governo tinha adquirido, em 1982, equipamentos com o acrónimo “MAFFS”, que foram adaptados aos aviões C-130, e que permitiam largar sobre os incêndios uma quantidade apreciável de uma calda retardante. Custaram, na altura, cerca de 200.000 contos.

Para além disto, na “época dos fogos” distribuíam-se pelo país meia dúzia de helicópteros AL III, que ficavam em alerta aos incêndios. Estes helicópteros tinham uma capacidade muito reduzida de actuação, pois apenas podiam transportar equipas até cinco elementos e largar um pequeno balde de água sobre o fogo.

Com o agravamento anual do número de fogos e área ardida, cada vez foi necessário alugar mais hélis e aviões a empresas privadas, o que gerou um negócio de muitos milhões.

Em 1997, durante o governo do Eng. Guterres, o Secretário de Estado da Administração Interna, Armando Vara, decidiu (presume-se que com o assentimento do MDN), retirar a FA do combate e prevenção aos IF. Tal decisão abriu o caminho para se vir a adquirir, mais tarde, meios aéreos para esta missão, que foram colocados na dependência do MAI.

Salvo melhor opinião, as principais razões que levaram à alteração da política governamental não têm nada a ver com a argumentação aduzida, ou tem pouco a ver. As razões, creio, radicam-se na “luta de capelinhas”; na proeminência que o MAI passou a ter sobre a Defesa; na paranóia em querer afastar os militares de tudo o que não tivesse exclusivamente a ver com a vida nos quartéis, substituindo-os por “boys e girls” – uma pecha insaciável dos partidos – e, também porque nos negócios a efectuar, a FA a Armada e o Exército não terem por hábito pagar comissões ou horas extraordinárias. Senão não teriam feito o disparate que fizeram que é sempre pago pelo contribuinte.

Tudo, aliás, tem resultado num desastre: os fogos não param, a legislação não é adequada, não há prevenção, há muitos acidentes com os bombeiros (os poucos que se apresentam dos cerca de 30.000 inscritos…), etc. Não se sabendo o que fazer com o que restava dos Guardas Florestais, nem como os enquadrar, resolveu-se incorporá-los na GNR que, por ser um corpo militar, é pau para toda a obra; e até se inventou um grupo especial de intervenção contra os fogos, dentro daquela corporação, cuja missão nada tem a ver com isto.

Em contrapartida nada se fez para reforçar os sapadores bombeiros que são os únicos profissionais em apagar fogos, em todo este âmbito…

Ora se tivesse havido boa mente na apreciação da situação, o que deveria ter sido feito era ter aumentado os meios da FA (já que eram insuficientes…) e, ou, dotá-la de meios apropriados que pudessem ser aproveitados noutro tipo de missões, de modo a rentabilizá-los todo o ano. Manter-se-ia, deste modo, os meios aéreos sob comando e controle centralizado (sem embargo da descentralização da execução), a serem operados por quem sabe e tem experiência e capacidade de os operar e manter.

Mas não, decidiu-se pegar no dinheiro – que pelos vistos nunca faltou no MAI – e ir-se inventar a pólvora, pois no nosso desgraçado país os últimos 30 anos têm sido um farró! E o “negócio dos Incêndios” lá continuou de vento em popa.

Constituiu-se mais um dos inúmeros grupos de trabalho (GT), que pulularam no país, como cogumelos, para se equacionar a coisa. As conclusões deste GT foram entregues, em 6 de Setembro de 2005 e daqui surgiu a EMA, Empresa de Meios Aéreos (de capitais públicos), na dependência do MAI.

Do plano inicial fazia parte a compra de hélis ligeiros (quatro) e pesados (seis) e aviões pesados (quatro). Mas continuava a advogar-se o aluguer de 20 (!) hélis e 14 (!) aviões ligeiros e médios. Afinal…

Só para se ter uma ideia da insanidade em que se caiu, em 2010 chegaram a operar, em simultâneo, 56 meios aéreos, o que representa 40% da totalidade das aeronaves do inventário da FA!

Acabou-se por só se adquirir os helicópteros, um negócio atribulado com a Rússia (os Kamov) e, ainda os AS350B3, da Eurocopter (tudo cerca de 54-56 Milhões de euros), e já não se adquiriram os aviões por não haver dinheiro. Os hélis chegaram entre Junho de 2007 e Março de 2008.

O intermediário foi a empresa Heli Portugal, a quem foi adjudicado, também, por cinco anos, a manutenção das aeronaves, o que vale 16 M euros/ano.

A chefia da FA ainda fez uma proposta, em finais de 2004, avançando com a ideia de uma esquadra de aviões tipo Canadair (oito a 10), de multiuso. Este avião tem a vantagem de já ter dado boas provas e ser operado por Marrocos, Espanha, França, Itália e Grécia, podendo-se equacionar uma futura “poole“ destes meios. Ficou, ainda, em aberto a hipótese de reconfiguração dos 10 SA 330 Puma existentes e em desactivação, mas aproveitáveis, apesar de não serem os ideais. Hoje estão à venda e não se lhes encontra comprador.

Não deixa de ser curioso notar, contudo, que a chefia da FA, entre 1997 e 2000, não se ter mostrado nada interessada na questão dos IF, nem nos “Canadair”.

A FA, com realismo militar, mas com falta de “perspicácia” política, sempre foi dizendo que necessitava de cinco anos para tudo estar operacional, o que logo foi aproveitado pelos políticos, como óbice pela falta de celeridade. Menos, certamente, por preocupação com os fogos, mas por estarem sempre de olho nas próximas eleições e no papelinho do voto…


É claro que a proposta ficou na gaveta da política e só não temos a certeza do grau de assertividade com que esta dama foi defendida. E devia tê-lo sido, não só pela FA mas pelo Conselho de Chefes.

E, assim, se avançou para a organização de uma empresa para operar helicópteros num organismo que sabia rigorosamente nada sobre tal “negócio”. O Estado Português tem destas coisas e é, como se sabe, rico.


Faltava agora decidir sobre o dispositivo, isto é, onde estacionar os meios. A Autoridade Nacional de Protecção Civil pretendia meios colocados em Loulé e S. Comba Dão (e outros locais) mas, para além disto, era necessária uma base central.

O MAI António Costa, ainda tentou colocá-los na antiga base de Tancos (que tem todas as infra-estruturas, espaço e está despido de meios aéreos, e para isso reuniu com os Chefes do Exército e da FA. A reunião correu mal (para variar), e nenhum acordo foi atingido.

Resultado, foi-se gastar uma nota gorda (cerca de 15M euros), a fazer uma “base” no aeródromo municipal de Ponte de Sor (a 50 km de Tancos…), que foi completamente remodelado.

Como houve dificuldades, no inicio, em recrutar pilotos para os “Kamov”, a EMA foi generosa e passou a oferecer 6000 euros/mês a um comandante, fora as alcavalas. Afinal só não há dinheiro é para os hélis dos Ramos, nem para aumentar o risco de voo dos pilotos militares… Para já não falar nos diferentes pesos e medidas, que o mesmo patrão (o Estado), usa para com os seus servidores.

Como ninguém, aparentemente, explicou com algum detalhe aos senhores do MAI, que operar meios aéreos não é propriamente o mesmo que colocar uma asa num carro de bombeiros, os custos da empresa não mais pararam de derrapar e o passivo já ultrapassa os 40 milhões, se é que se podem acreditar nas contas que por aí correm. Tentou-se,” in extremis” impor quotas de horas de voo à GNR, PSP, ANPC, SEF, IMTT, etc., o que tem gerado uma apreciável confusão.

E agora ninguém sabe o que fazer. Daí o anzol lançado pelo MDN.

A desintonia e os desencontros, entre MDN, MAI, bem como entre as principais entidades que têm andado ligadas a esta problemática, têm sido a regra

Os incêndios, esses, continuam a surgir por geração espontânea e fazem o seu percurso placidamente.

Deve ser das alterações climáticas.

http://novoadamastor.blogspot.pt/2011/08/mdn-mai-incendios-e-asneiras-escusadas.html

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #308 em: Junho 12, 2016, 03:04:46 am »
Como diz o mafets, e muito bem, o artigo é de 2011 mas está super actualizado, como se tivesse sido escrito hoje. Esta estória dos incêndios é uma palhaçada completa — aliás, sempre foi assim no pós 25 de Abril!

Não se compram meios porque existe sempre a eterna desculpa de que a prevenção é mais eficaz e barata (uma evidência de La Palice), mas depois nem se investe na prevenção nem se adquirem meios. Fica tudo no limbo, alugam-se meios temporários, os amigos fazem uns cobres e 'tá-se' bem.

Os países vizinhos, com características geográficas e climáticas semelhantes dispõem dos tais meios mas, obviamente, que estão todos errados, porque a malta é que sabe. Desde o início dos anos 80 — há mais de 40 anos, portanto — que ouço falar na aquisição dos famosos Canadair (porra, a empresa fabricante até já mudou de nome!) mas, por enquanto, nada.

Que se lixe tudo com um F muito grande, porque o que interessa é a bola. Viva a Selecção Nacional!
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miguelbud

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #309 em: Junho 14, 2016, 12:12:35 pm »
Está uma petiçao a decorrer para a FAP tornar a combater fogos.

http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=P2013N70630
 

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #310 em: Junho 16, 2016, 03:32:18 am »
A questão dos C130 e pertinente e deve fazer confusão a muita gente.
A questão que se deve colocar não deve ser, porque nao se usam se ate foram comprados os kit's?
mas sim: Porque gastaram dinheiro nisso se todo o planeamento operacional de combate a incendeos em Portugal esta feito de forma a que o uso do C130 seja inutil ou impossível?

Em portugal combate-se incendeos florestais principalmente  atacando diretamente a frente de fogo  o C130 não pode fazer isso!
O C130 tal como outros meios pesados são usados para combate indireto, para  proteger  e consolidar linhas de contenção abertas ou limpas de vegetação pelos homens e maquinas no terreno!  algo que por varias razões não é feito em Portugal .
primeiro porque a geografia e complicada,  com exceçao do alentejo não vejo nenhum local onde isso podesse ser realizado e depois porque nao ha equipamento.
Combater um incendeo no modelo atual e incluir um C130 pra "despejar agua em cima do fogo,  era a mesma coisa que fazer carpet bomming a uma cidade, com os nossos soldados la em baixo a lutar rua a rua , casa a casa, não dá!
Se ate os canadair fazem estragos imaginem um C130.
Para o seu uso teriamos que reformular toda a estrategia de combate a incendeos, algo que não foi feito, muito pelo contrário, continuou-se a investir no combate direto. 
 

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mafets

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #311 em: Junho 16, 2016, 12:29:50 pm »
A questão dos C130 e pertinente e deve fazer confusão a muita gente.
A questão que se deve colocar não deve ser, porque nao se usam se ate foram comprados os kit's?
mas sim: Porque gastaram dinheiro nisso se todo o planeamento operacional de combate a incendeos em Portugal esta feito de forma a que o uso do C130 seja inutil ou impossível?

Em portugal combate-se incendeos florestais principalmente  atacando diretamente a frente de fogo  o C130 não pode fazer isso!
O C130 tal como outros meios pesados são usados para combate indireto, para  proteger  e consolidar linhas de contenção abertas ou limpas de vegetação pelos homens e maquinas no terreno!  algo que por varias razões não é feito em Portugal .
primeiro porque a geografia e complicada,  com exceçao do alentejo não vejo nenhum local onde isso podesse ser realizado e depois porque nao ha equipamento.
Combater um incendeo no modelo atual e incluir um C130 pra "despejar agua em cima do fogo,  era a mesma coisa que fazer carpet bomming a uma cidade, com os nossos soldados la em baixo a lutar rua a rua , casa a casa, não dá!
Se ate os canadair fazem estragos imaginem um C130.
Para o seu uso teriamos que reformular toda a estrategia de combate a incendeos, algo que não foi feito, muito pelo contrário, continuou-se a investir no combate direto.
Até faz sentido face não apenas ao que está aqui exposto mas também ao número de Aeronaves e tripulações que para a realidade portuguesa é claramente reduzido (embora a partir do momento que foram adquiridos considero um crime que tenham sido deixados apodrecer pelo poder político já que a FAP foi mantendo os MAFFS até poder). Agora, Portugal  teve/tem o AL II, Puma e Al III, e foram mais unidades que 5/6 C130H.  ;)




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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #312 em: Junho 16, 2016, 03:47:43 pm »
Está uma petiçao a decorrer para a FAP tornar a combater fogos.

http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=P2013N70630

Com que meios?
Um abraço
Raphael
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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #313 em: Junho 16, 2016, 03:53:16 pm »

Até faz sentido face não apenas ao que está aqui exposto mas também ao número de Aeronaves e tripulações que para a realidade portuguesa é claramente reduzido (embora a partir do momento que foram adquiridos considero um crime que tenham sido deixados apodrecer pelo poder político já que a FAP foi mantendo os MAFFS até poder). Agora, Portugal  teve/tem o AL II, Puma e Al III, e foram mais unidades que 5/6 C130H.  ;)

Cumprimentos

O problema atual é que essas frotas referidas já não equacionáveis para esse fim.
Um abraço
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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #314 em: Junho 16, 2016, 08:39:03 pm »

Até faz sentido face não apenas ao que está aqui exposto mas também ao número de Aeronaves e tripulações que para a realidade portuguesa é claramente reduzido (embora a partir do momento que foram adquiridos considero um crime que tenham sido deixados apodrecer pelo poder político já que a FAP foi mantendo os MAFFS até poder). Agora, Portugal  teve/tem o AL II, Puma e Al III, e foram mais unidades que 5/6 C130H.  ;)

Cumprimentos

O problema atual é que essas frotas referidas já não equacionáveis para esse fim.
Correcto, agora não faz sentido. Mas estou a referir-me à  altura que os MAFFS foram adquiridos para os C130H, quantos destes helicópteros estavam em serviço? Inclusive um lote de Al II que vieram da Alemanha (da BGS, a qual sempre fez combate a incêndios com os seus helicopteros)  em 1984 para a GNR (e rapidamente foram vendidos), e porque nunca entraram no combate efectivo aos Incêndios?

http://altimagem.blogspot.pt/2014/01/93-sud-aviation-se-3130-alouette-ii.html

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Fire fighting - Portugal 2005





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« Última modificação: Junho 16, 2016, 09:37:31 pm por mafets »
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