Concordo com tudo, excepto o LPD, além da evacuação dos cidadãos nacionais em eventuais crises, há sempre o apoio aos arquipélagos, para não se andar a fazer figuras tristes com os NPO de grua.
Mas será preciso algo imenso?
Na linha daquilo que outras soluções que são racionais e com outras valências e colmatam outras faltas, não seriam suficiente?
Realmente aquilo que é feito com o NPO é quase ridículo, nessa matéria em em todas, mas não existe só o 8 e o 80.
O Crossover não tem potencial para resolver isso e ainda manter projectão de força na ZEE?
Ou algum outro projecto melhor dimensionado a realidade nacional que um mega navio?
Eu entretanto acrescentei no texto inicial, que houve quem estivesse contra a compra de submarinos em detrimento no grande navio. Então acrescento aqui. Generais e não só.
Quem esteve em contacto com a "sopa" de políticos/empresas/ e altas patentes em palop, sabe até onde vão interesses acima dos Nacionais. E daí algumas das opções visíveis .
E quem está atento a politica externa também "advinha".
Exacto, para desembarcar pacotes de leite e botijas de gás, não precisas de um LPD de quase 180 metros e 17 mil toneladas e uma guarnição de 140 marinheiros. Uma qualquer LST de 100 metros, com uma pequena guarnição de 30 e poucos elementos, resolve esse problema. Da mesma forma que uma LST o faz, um Crossover ou um Absalon também, sendo que estes últimos são navios de combate, com valências logísticas e/ou anfíbias.
Já a Marinha, se tivesse 2 Absalon ou Crossover, para substituir as VdG (a 3ª substituía-se pela Van Speijk por exemplo), não só ganhava fragatas mais modernas, como teria 2 navios com capacidades anfíbias/logísticas/ajuda humanitária, conseguindo ter sempre um disponível para qualquer eventualidade, mesmo que o outro tivesse em manutenção ou missão NATO.
Continuo a pensar que ter o LPD não implica de maneira nenhuma a redução de fragatas, o objetivo da Marinha sempre foi desde à duas décadas para cá ter 5 fragatas e o LPD, só não temos pelos políticos que temos tido á frente deste país que têm sempre travado o investimento e pelas chefias andarem sempre á espera de que o LPD seja novo construído com os requisitos que queriam, agora penso que já viram que terá de ser em segunda mão ou nunca haverá nada. Vejo que tudo dependerá dos governos que vamos ter se o poder político quiser reduzir de 5 para 3 ou 2 fragatas vai reduzir tenhamos LPD ou não, aliás o LPD é um investimento de custo de aquisição reduzido comparado com as fragatas ou o programa dos NPO, são 150M não é por Investir esse valor que vão reduzir o número de fragatas, só existirá redução de fragatas se o poder poder político insistir nisso.
Para mim o reduzir o número de fragatas é inadmissível e impossível, para mim isso não pode acontecer, sou apoiante de ter LPD ou em alternativa o Crossover 139 também me parece um projeto muito interessante e poderia ser a alternativa, agora a Marinha e as suas chefias têm de fazer força e pressão sobre estas necessidades não podem abdicar do que é necessário para manter a Marinha no nível mínimo para defender a soberania nacional e cumprir os compromissos NATO.
Há duas décadas, falava-se que era necessário ter 6 a 7 fragatas, mais o LPD, mais o AOR e na altura até se planeavam 3 Tridente. Entretanto o nível de ambição foi reduzindo, tal como o orçamento e a vontade de investir, tal como as fileiras, que também têm ficado mais "descascadas".
A conversa de passarmos a ter 2 ou 3 fragatas, já é algo que não seria surpreendente, se permitisse ter o grandioso LPD. Já na altura do Siroco (que podíamos ter comprado por 80 milhões penso eu), dizia-se que para arranjar dinheiro, era preciso ou reduzir as fragatas, ou não modernizar uma delas, ou fazer upgrades mais leves às VdG, e coisas desse género. Sempre houve um sentimento de "trade-off", ou LPD ou fragatas.
Hoje não vejo isso de forma muito diferente, pois não é só os 150 milhões para comprar o navio, é ter pessoal para o guarnecer, mais as fragatas, e ainda dinheiro para a sua manutenção (que hoje nem chega para a frota actual) e operação. E mesmo na Marinha, não se vê ninguém preocupado com o estado das fragatas.
Pois até me esquecia da questão efetivos e manutenção para a bisarma dos mares.
Não que esteja contra um navio desses numa Marinha razoavelmente dimensionada, mas não é o caso.
Transformar a Marinha em entidade de socorro e, nem me vou mais repetir, na tal outra essência bem à vista.
Faz falta sem dúvida alguma navios combatentes, e nenhum meganavio cheio de potencial de desembarque( !!!??), muda nada ou resolve essa necessidade.
Faz falta um navio de apoio dimensionado as necessidades Nacionais, não outras.
Dispensar valores quando estão tão poucos disponíveis , por muito baixos que sejam e que mais tarde daqui a 15 ou 20 anos voltam a ser necessários no caso de lago usado. Se daqui a 15 não houver dinheiro para fragatas a sério( não EPC) é que será um problema.
Crossover ou um LPD de outra dimensão mais...nacional, existem soluções mostardas aqui no Fórum. É uma questão de depois saber se também há fragatas que acompanham.
Também avaliar se o "dois em um" depois poupa nem que seja no decorrer da sua vida útil.
Efetivos, manutenção, versatilidade do uso, capacidades de fazer com menos cascos. Pode ser tudo avaliado.
Importante é focar no especto que acho principal, Soberania e claro compromisso NATO.
A pergunta 10 NPO aparece com frequência e faz sentido ser feita. Para quê? Se não podem sequer substituir algo como as EPC ou sequer corvetas.
Fazia mais sentido reduzir o numero dos oceânicos, fazer outros algo mais pequenos costeiros mas com capacidade de permanência e poupar para equipa-los convenientemente à sua função e dar atenção devida aos navios verdadeiramente com capacidade combatente, que estão nas lonas.
Ou então uma frota de salvados, sei lá.
Para adiar a coisa uns 15 anos e depois aí, arrastar mais 10 anos a falar de substituir a sucata que existir na altura. Isto indo por esse caminho. Se for tudo em segunda mão volta tudo ao mesmo daqui a 15 anos.
Não está fácil. Seria, se metessem na cabeça que não há tempo a perder na encomenda desses meios. Aliás, já tarda, pagando a prestações ou abrindo já a bolsa impreterivelmente(como faz inevitavelmente quem tem de pagar impostos, senão alguém os vai buscar).
Como dizem quando pagam impreterivelmente ao Novo Banco.
É uma questão de Soberania e ponto.