Economia nacional

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Daniel

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Re: Economia nacional
« Responder #300 em: Setembro 16, 2020, 03:12:21 pm »
“HÁ UMA GRANDE DESCONEXÃO ENTRE VONTADE POLÍTICA E EXECUÇÃO”, AFIRMA COSTA SILVA
https://tvi24.iol.pt/economia/plano-estrategico/ha-uma-grande-desconexao-entre-vontade-politica-e-execucao-afirma-costa-silva
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Gestor que traçou a visão estratégica para o plano da recuperação económica falou esta quarta-feira no parlamento, admitindo que o plano "não é de ação"O gestor ANTÓNIO COSTA SILVA disse esta quarta-feira, no parlamento, que o plano que traçou a pedido do Governo com a VISÃO ESTRATÉGIA PARA O PAÍS “não é de ação”, admitindo existir “uma grande desconexão entre vontade política e execução”.

Costa Silva respondia assim a críticas do PSD sobre a capacidade de executar o plano, durante uma audição na comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação sobre o documento "Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica de Portugal 2020/2030", realizada a pedido do PS.

[O PSD] SUSCITA UM PROBLEMA QUE FAZ PARTE DA MINHA PERPLEXIDADE: À MEDIDA QUE FUI DESENVOLVENDO O PLANO E O CONTACTO COM OS VÁRIOS ORGANISMOS, COM OS VÁRIOS POLOS DA ADMINISTRAÇÃO, VI QUE HÁ UMA GRANDE VONTADE A NÍVEL POLÍTICO DE FAZER COISAS, MAS QUANDO SE DESCE NO SISTEMA HÁ DE FACTO UMA GRANDE INCAPACIDADE DE CONVERTER OS PLANOS EM REALIDADE”, afirmou Costa Silva.

Para o professor universitário, “há uma desconexão muito grande entre a vontade política e a capacidade de execução”, pelo que defende o rejuvenescimento e a qualificação da administração pública.
 

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Re: Economia nacional
« Responder #301 em: Setembro 29, 2020, 04:57:27 pm »
O ultimatum americano

Não há dúvidas de que temos de cuidar da nossa soberania e da nossa segurança. Estas não podem estar desligadas da soberania e segurança da UE e dos EUA.

O embaixador americano em Lisboa, George Glass, numa entrevista ao Expresso, lançou um ultimatum. Portugal tem “de escolher entre os aliados e os chineses.” A opção pelos aliados implica o afastamento da Huawei da nova rede 5G e a não adjudicação do novo terminal do porto de Sines a uma empresa chinesa. Lançou também avisos sobre possíveis sanções em resultado da aquisição de 30% do capital da maior construtura portuguesa, a Mota-Engil, pelo conglomerado chinês, CCCC.

Estas ameaças do embaixador americano são mais um reflexo da “guerra fria tecnológica” entre os EUA e a China. Nos últimos anos, a China tornou mais notórias as suas ambições hegemónicas. A China é o maior exportador mundial e, em paridades de poder de compra, é a maior economia do globo. É um gigante com 1,4 mil milhões de habitantes e está na linha da frente da investigação e da inovação tecnológica em áreas como a inteligência artificial, o 5G, as energias renováveis ou o aeroespacial. A hegemonia dos EUA está em risco. Sentem-se ameaçados.

Não foram só os EUA a sentirem-se ameaçados pela ascensão meteórica da China no tabuleiro geopolítico mundial. Nos últimos anos, vários países europeus – e a própria União Europeia – manifestaram a sua preocupação com o investimento chinês em sectores considerados essenciais ou estratégicos para a sua segurança e soberania.

Desde 2014, a China aumentou significativamente o investimento na Europa. Empresas de áreas tecnológicas e infraestruturas críticas foram alvos importantes dos investidores chineses. Na primeira vaga de compras, destacou-se a aquisição de empresas como a REN e a EDP, em Portugal, e do principal porto grego, o porto de Pireu. A aflição financeira dos dois países resgatados pela troika tornou-os mais vulneráveis nos processos de alienação daqueles ativos estratégicos. Importa lembrar que a privatização daquelas entidades fazia parte dos memorandos de entendimento assinados com o Fundo Monetário Internacional, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu. Nessa altura, a venda de ativos em sectores críticos para a soberania de países como Portugal ou a Grécia não incomodou os países do centro da Europa.

O caso mudou de figura quando se começou a associar a estratégia chinesa de aquisição de ativos à transferência de tecnologia. O momento de viragem foi, provavelmente, em 2016, com a compra pelos chineses da empresa alemã Kuka, um dos líderes mundiais na robótica. Em 2017, a Comissão Europeia, então liderada por Jean-Claude Juncker, dava sinais de inquietação e avançou com uma proposta. Pretendia passar a emitir pareceres não vinculativos sobre as compras de ativos por Estados estrangeiros que pudessem pôr em causa a segurança europeia. Portugal foi um dos países que se opuseram a esta proposta. Compreende-se a posição do Governo de António Costa. O investimento chinês, também no sector imobiliário através dos vistos gold, continuava a ser muito importante para a capitalização da economia portuguesa.

Nas últimas décadas, a Alemanha foi um dos grandes beneficiários do comércio internacional com a China. Enquanto a concorrência chinesa se fez sentir apenas sobre os sectores de baixa e média tecnologia – prejudicando economias como a portuguesa -, a Alemanha e os EUA desvalorizaram os efeitos negativos das relações comerciais com a China. Os próprios suecos estavam muito satisfeitos com a aquisição da Volvo, em 2010, pelos chineses. Afinal de contas, os chineses permitiram que tudo continuasse na Suécia, isto é, o carro elétrico continuou a ser desenvolvido na Suécia. Porém, convém não esquecer que toda a essa tecnologia passou a ser propriedade dos chineses.

Hoje, a China é uma ameaça à soberania industrial e tecnológica dos EUA e da Europa. Na sua estratégia industrial 2030, a Alemanha tem como lema o Made in Germany e a autonomia tecnológica como um dos seus objetivos. Também o programa Next Generation EU para a recuperação europeia tem como um dos princípios reforçar a autonomia da Europa em áreas consideradas estratégicas.

A perda de liderança tecnológica é um risco real para a soberania da Europa e os EUA. Sendo a China, por assim dizer, o challenger, os riscos para o Ocidente são maiores por dois motivos principais. Primeiro, o investimento e a atividade das empresas chinesas confundem-se com o Estado. As grandes empresas são um prolongamento do Estado chinês, não existem como entidades autónomas – esta é uma das especificidades do “capitalismo” chinês. Segundo, no centro dos recentes confrontos estão gigantes tecnológicos chineses, gigantes cujo acesso privilegiado a informação pode pôr em causa a segurança dos países ocidentais. Todos estes riscos são amplificados pela natureza totalitária do regime chinês.

Para combater aqueles riscos, os EUA têm recorrido a medidas, no mínimo, originais. Foi o que aconteceu no caso da rede social TikTok. A presidência americana obrigou a empresa proprietária chinesa a vender 20% do capital a uma empresa americana. A Oracle ficará responsável por controlar a utilização de dados daquela rede social.

Em relação à Huawei, os EUA mostraram nos últimos meses a sua determinação em limitar a expansão do maior fornecedor mundial de equipamento para redes móveis. Os receios de que as redes da Huawei possam permitir acesso a informação com carácter confidencial e relevante para a segurança nacional dos EUA não são de agora. Em maio deste ano, os EUA impuseram restrições à venda de componentes à Huawei produzidos por empresas americanas. Com a chegada da rede 5G, os EUA têm “aconselhado” os seus aliados a não utilizarem equipamentos daquela empresa chinesa.

Em Outubro, o governo português apresentará as regras para o leilão para a nova rede 5G. Esta discussão tem estado presente em vários países europeus. A opção parecia ir no sentido de limitar o acesso da empresa chinesa às antenas, afastando-a do coração da rede.  No entanto, nos últimos meses, muitos países optaram por excluir os equipamentos da Huawei das novas redes 5G. O Reino Unido, a França, a Austrália, Singapura ou o Canadá avançaram nesse sentido. Tal como Portugal, a Alemanha só anunciará a decisão nos próximos meses.

Para além de um aliado histórico, os Estados Unidos, em 2019, foram o quinto principal cliente das exportações de bens (5% das exportações totais) e de viagens e turismo (7% das receitas totais). Por outro lado, a China representa apenas 1% das vendas de bens portugueses ao estrangeiro e a Ásia como um todo representa apenas 3% das vendas de viagens e turismo (dados da Pordata).

Não há dúvidas de que temos de cuidar da nossa relação com os EUA. Também não há dúvidas de que temos de cuidar da nossa soberania e da nossa segurança. Estas não podem estar desligadas da soberania e segurança da UE e dos EUA. Para que todos estes interesses se conjuguem, é necessário que, ao contrário do que aconteceu no tempo da troika, os nossos aliados não nos falhem.

https://observador.pt/opiniao/o-ultimatum-americano/
 
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Re: Economia nacional
« Responder #302 em: Outubro 01, 2020, 02:55:16 pm »
Bial investe 110 milhões em nova filial de biotecnologia nos EUA

Farmacêutica portuguesa investe 110 milhões em centro de inovação em Boston dedicado à doença de Parkinson e na aquisição de programas de investigação a empresa norte-americana na mesma área.

A Bial vai reforçar a presença no mercado norte-americano com a abertura de um centro de biotecnologia dedicado à doença de Parkinson. Chama-se “Bial Biotech Investments” e está localizado em Cambridge, nos arredores de Boston. Simultaneamente, a farmacêutica portuguesa comprou os direitos mundiais de três novos programas de investigação à empresa norte-americana Lysosomal Therapeutics. No total, o investimento feito pela farmacêutica portuguesa no país supera os 110 milhões de euros.

“A nossa entrada nos EUA com a criação da Bial Biotech, e a aquisição destes promissores compostos, é um passo decisivo para a concretização da nossa missão de contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas em todo o mundo”, diz António Portela, presidente executivo da Bial, em comunicado.

“O desenvolvimento deste centro de investigação nos EUA é um marco de enorme relevância. Estamos a investir em ciência e em investigação, e agora estamos presentes num dos mais importantes hubs de investigação mundiais numa das áreas mais promissoras da medicina”, explica António Portela, esta quinta-feira, num encontro com os jornalistas via Zoom.

Com o objetivo de desenvolver essas terapias, a farmacêutica portuguesa adquiriu também os direitos mundiais dos programas de investigação na área do Parkinson à companhia norte-americana Lysosomal Therapeutics, que irá integrar a equipa de investigação da empresa portuguesa.

O Bial Biotech estará focado no desenvolvimento de terapias para mutações genéticas associadas à doença de Parkinson e será liderado por Peter Lansbury, professor de neurologia na Harvard Medical School e especialista na doença geneticamente determinada. António Portela revelou que esta equipa de investigação da Lysosomal Therapeutics será constituída “por seis investigadores”.

“Estamos muito satisfeitos com esta integração na Bial”, refere Kees Been, antigo CEO da Lysosomal Therapeutics e agora CEO da Bial Biotech. “Estamos confiantes de que com o compromisso e os recursos da Bial conseguiremos dar um novo impulso aos nossos programas de investigação dirigidos ao tratamento personalizado dos pacientes com doença de Parkinson geneticamente determinada”, conta o CEO da Bial Biotech, citado em comunicado.

De acordo com a Bial, com esta aquisição, a farmacêutica está a expandir o seu pipeline, nomeadamente com a integração de compostos da área das neurociências já em fase de desenvolvimento clínico, concretamente para a doença de Parkinson, onde a farmacêutica portuguesa já atua.

Para o presidente da Bial, os compostos adquiridos “têm como princípio da sua investigação a análise genética, uma vertente nova para nós. O composto em fase mais avançada, e que tem agora o nome de código ‘BIA 28-6156/LTI-291’, apresenta um mecanismo de ação inovador e tem potencial para ser o primeiro fármaco modificador da doença de Parkinson. Completou a fase I de ensaios clínicos e deverá entrar em fase II em 2021. Passamos do tratamento sintomático para uma intervenção nos mecanismos da doença, o que representa para BIAL um desafio enorme”.

O valor global da operação anunciada esta quinta-feira poderá atingir os 130 milhões de dólares (equivalente a cerca de 110 milhões de euros). A empresa clarifica que o “montante estará dependente do cumprimento de diversas metas, decorrentes do desenvolvimento e aprovação das moléculas adquiridas”.

Mais de 20% da faturação anual da Bial destina-se à Investigação e Desenvolvimento. Face a esta aposta em investigação, a Bial foi a segunda empresa portuguesa com maior investimento em I&D, cerca de 54 milhões de euros, ocupando a 395ª posição no ranking das 1.000 empresas europeias.

https://eco.sapo.pt/2020/10/01/bial-investe-110-milhoes-em-nova-filial-de-biotecnologia-nos-eua/
 
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Re: Economia nacional
« Responder #303 em: Outubro 01, 2020, 03:29:42 pm »
Dívida pública subiu em agosto para recorde de 267,1 mil milhões de euros

O valor absoluto da dívida pública em agosto (267,114 mil milhões de euros) é o mais alto desde o início da série divulgada pelo Banco de Portugal (que se inicia em 1995).

https://observador.pt/2020/10/01/divida-publica-subiu-em-agosto-para-recorde-de-2671-mil-milhoes-de-euros/

Devemos ficar bastante preocupados!!!!! Quase 270 mil milhões de euros de dívida que vai continuar a subir e além disso ouvimos:
- Aumento de salários;
- Nacionalização da TAP (os accionistas privados estão a sair todos, até os portugueses);
- Mais pontes;
- TGV;
- Plano nacional para o Hidrogénio;
........

O Leão ainda não percebeu que as receitas do Estado caíram e vão continuar em baixo (enquanto a economia não recuperar)?
O Centeno percebeu bem e pôs-se ao fresco!!!!!!
Em Dezembro de 2015 a dívida pública era de 231 mil milhões, já vai em 270!!!!!!!
Será que este governo tem alguém que saiba fazer contas!?!?
« Última modificação: Outubro 01, 2020, 03:35:55 pm por Viajante »
 
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Re: Economia nacional
« Responder #304 em: Outubro 06, 2020, 11:11:09 am »
Portugal cobra mais de 4.300 taxas às empresas. Só a Agência Portuguesa do Ambiente é responsável por 600

Portugal subiu, em nove anos, da 16.ª para a 11.ª posição entre os Estados-Membros da União Europeia em matéria de peso dos impostos no volume de negócios das empresas, representando em 2017 20%, foi hoje anunciado.



O trabalho, realizado pelas consultoras EY e Sérvulo para a Confederação Empresarial de Portugal (CIP), a partir de um cálculo do peso da carga fiscal das empresas considerando os impostos pagos sobre o volume de negócios, mostra que “em 2017, Portugal ocupava a 11.ª posição entre os Estados-Membros da EU 27, representando os impostos 20% do volume de negócios das empresas.

Em 2008, Portugal ocupava a 16.ª posição tendo entretanto subido no ranking, apresentando a 5.ª maior subida, adiantou a CIP, num comunicado.

De acordo com a CIP, “entre 2008 e 2017, apenas oito países registaram subidas neste indicador, tendo-se, na verdade, registado uma redução da carga fiscal nos restantes 19 países”, lê-se na mesma nota.

“A estas conclusões, cabe acrescentar que, embora a tributação clássica (IRC, IRS, IVA, IMI e IMT) continue a constituir a principal origem de receita fiscal, verifica-se uma progressiva deslocação da tributação tradicional para um modelo tributário assente numa multiplicidade de figuras tributárias, nomeadamente, taxas e contribuições”, indicou a CIP.

A organização recordou que o “sistema fiscal tem vindo a focar-se em determinados setores de atividade económica que se presume serem dotados de maior capacidade tributária quando comparado com outros”, apontando a contribuição sobre o setor bancário como “a primeira das contribuições de âmbito setorial a surgir no ordenamento jurídico português e que deu o mote a figuras semelhantes que se seguiram”.

Segundo o estudo, “foi possível concluir pela cobrança total de mais de 4.300 taxas, das quais 2.900 se revelam da competência das entidades analisadas no âmbito da Administração Central do Estado e 600, unicamente, da competência da Agência Portuguesa do Ambiente, I.P., o que reflete a dimensão da realidade em causa”.

O estudo encontrou “diversas dificuldades” no “processo de recolha de informação” como “a falta de transparência sobre as taxas cobradas, a dificuldade para identificação da base legal aplicável (não sendo, por vezes, possível a sua determinação), a falta de uniformização e consequente dispersão e incompletude da informação, a complexidade da estrutura de cobrança e alocação de receita das taxas, a competência cumulativa de diversas entidades sobre diferentes aspetos de uma mesma taxa, e, inclusivamente, tornou-se evidente o desconhecimento, por parte de algumas entidades, de parte das taxas cobradas por si próprias”, indicou a CIP.

De acordo com o documento, verifica-se uma redução no peso da receita de IRC em função do PIB (Produto Interno Bruto) que é, “no entanto, a tendência verificada na maioria dos países, tendo o rácio subido em apenas 7 dos 27 países da UE. De entre os países que registaram um decréscimo no indicador, Portugal foi o 3.º com menos nível de descida”, concluiu o estudo.

Segundo os dados compilados pelos autores, em 2018 “Portugal apresentou receita referente a impostos sobre o rendimento das empresas correspondente a 3,3% do PIB, peso que decresceu em 0,2 pp [pontos percentuais] entre 2007 e 2018”. No mesmo ano, a receita fiscal foi na ordem dos 37,1% do PIB, sendo que entre 2007 e 2018, verificou-se uma subida de 2,1 pp neste rácio. O IVA registou de subida de 8,2% em 2007 para 8,7% em 2018.

https://24.sapo.pt/economia/artigos/portugal-em-11-o-lugar-no-ranking-de-impostos-sobre-empresas-na-europa

4 300 taxas e taxinhas cobradas às empresas é capaz de ser de mais, não? As empresas entregarem ao estado 20% de tudo o que facturam é obra!!!! Não é do lucro de uma empresa, é do total facturado!!!!!!
 

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Re: Economia nacional
« Responder #305 em: Outubro 13, 2020, 08:58:03 pm »


Vamos lá para mais 20 anos de atraso!!!!  :bang:
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Re: Economia nacional
« Responder #307 em: Outubro 22, 2020, 10:07:18 am »
PNI - Programa Nacional de Investimentos 2030

Foi apresentado o PNI de 2021 até 2030 (obviamente a contar com os fundos comunitários e o programa de recuperação do Dr. António Costa Silva): https://www.portugal.gov.pt/pt/gc21/comunicacao/documento?i=programa-nacional-de-investimentos-2030

Nesta década, o Estado propôem-se a investir 22 mil milhões de euros!!!!!!!!

Vá lá, tomou a decisão que eu já defendi aqui: https://www.forumdefesa.com/forum/index.php?topic=12735.270
Ou seja, em vez de gastar a preços actuais uns 15 mil milhões de euros no TGV de bitola europeia, aposta no que eu defendi, o aproveitamento do que já existe com bitola ibérica (ou seja, que pode ser utilizada com todos os comboios que nós já temos) e que vai permitir circular a velocidades até 300Km/h. Esta solução contempla para já a ligação de Lisboa ao Porto, ou seja, bem mais comedido como os planos do passado e investindo muito menos que no TGV, com um investimento estimado de 4 500 milhões de euros.
É uma solução menos ambiciosa, uma vez que não aposta sobretudo na ligação à Europa (mesmo assim disponibiliza 200 milhões), mas é muito mais barata e racional, ao trazer melhorias para tudo o que já temos neste momento (comboios actuais, permitindo diminuir tempos de deslocação), sem investirmos em comboios que apenas circulam numa linha exclusiva (TGV).

https://www.publico.pt/2020/10/22/economia/noticia/linha-alta-velocidade-vai-ligar-lisboa-porto-1h15m-1936153

Nos metros de Lisboa e Porto, vão ser investidos 2 000 milhões de euros: https://www.jn.pt/nacional/bazuca-de-dois-mil-milhoes-para-metros-do-porto-e-de-lisboa-12948579.html?target=conteudo_fechado

Restantes investimentos:
Rodovia: 1 625 milhões

No Programa Marítimo-Portuário, estão previstos investimentos de 2 500 milhões de euros, a investir principalmente em:
- Porto de Sines = 940 milhões
- Porto de Lisboa = 665 milhões
- Porto de Leixões = 379 milhões
- Porto de Setúbal = 124 milhões
- Porto de Aveiro = 113 milhões

Sector Aeroportuário:
- Expansão do Aeroporto de Lisboa (2ª Fase) = 507 milhões
- Restantes investimentos = 200 milhões

Para a Água está previsto um investimento de 1 500 milhões de euros.

Gestão de resíduos = 350 milhões

Protecção do litoral = 720 milhões

Recursos hídricos = 570 milhões

Recursos Marinhos = 300 milhões

Energia:
- Redes (energia eléctrica, gás e GNL marítimo) = 1 630 milhões
- Reforço da produção = 1 800 milhões
- Eficiência da Energia = 1 500 milhões

Regadio = 750 milhões
« Última modificação: Outubro 22, 2020, 10:31:11 am por Viajante »
 
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Re: Economia nacional
« Responder #308 em: Outubro 22, 2020, 12:51:45 pm »
6 de julho de 1999....

"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: Economia nacional
« Responder #309 em: Outubro 22, 2020, 02:07:28 pm »
6 de julho de 1999....



As promessas dos políticos valem o que valem.....
No entanto há uma diferença (longe de mim defender os vígaros que nos governam), até 2030 não há nenhum TGV, o que vai ser feito é a melhoria das linhas actuais, que vão passar a beneficiar toda a circulação, até de mercadorias, e permitir circular a 300Km/h (mais ou menos o limite para considerarmos um TGV ou apenas, como é o nosso caso, uma linha de alta velocidade, sem ser o TGV).

Resumindo, não vamos ter TGV, o que vamos ter é linhas melhores que vão permitir os comboios circularem mais rapidamente e também a aquisição de comboios mais rápidos.
Relembro que a CP já tem vários comboios que podem circular a 220/230Km/h, o que não temos é linhas para essa velocidade.

Como não somos ricos para investir numa infraestrutura toda nova de raiz, acho que sim senhor, faz mais sentido pensarmos só em alta velocidade (250 a 300Km/h), com linhas que todos os comboios podem utilizar, sem gastarmos pelo menos o triplo para termos linhas que só permitem circular comboios com bitola europeia e de alta velocidade!!!!!!

Ou seja, em vez de gastarmos 15 mil milhões, faz mais sentido gastarmos apenas 4,5 mil milhões e ficamos na mesma bem servidos. 300Km/h não chegam para o nosso país? Queremos 500Km/h e gastarmos o triplo a duplicarmos as infraestruturas!?!?
 
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Re: Economia nacional
« Responder #310 em: Outubro 24, 2020, 12:03:43 pm »
PNI - Programa Nacional de Investimentos 2030

Foi apresentado o PNI de 2021 até 2030 (obviamente a contar com os fundos comunitários e o programa de recuperação do Dr. António Costa Silva): https://www.portugal.gov.pt/pt/gc21/comunicacao/documento?i=programa-nacional-de-investimentos-2030

Nesta década, o Estado propôem-se a investir 22 mil milhões de euros!!!!!!!!

Vá lá, tomou a decisão que eu já defendi aqui: https://www.forumdefesa.com/forum/index.php?topic=12735.270
Ou seja, em vez de gastar a preços actuais uns 15 mil milhões de euros no TGV de bitola europeia, aposta no que eu defendi, o aproveitamento do que já existe com bitola ibérica (ou seja, que pode ser utilizada com todos os comboios que nós já temos) e que vai permitir circular a velocidades até 300Km/h. Esta solução contempla para já a ligação de Lisboa ao Porto, ou seja, bem mais comedido como os planos do passado e investindo muito menos que no TGV, com um investimento estimado de 4 500 milhões de euros.
É uma solução menos ambiciosa, uma vez que não aposta sobretudo na ligação à Europa (mesmo assim disponibiliza 200 milhões), mas é muito mais barata e racional, ao trazer melhorias para tudo o que já temos neste momento (comboios actuais, permitindo diminuir tempos de deslocação), sem investirmos em comboios que apenas circulam numa linha exclusiva (TGV).

https://www.publico.pt/2020/10/22/economia/noticia/linha-alta-velocidade-vai-ligar-lisboa-porto-1h15m-1936153

Nos metros de Lisboa e Porto, vão ser investidos 2 000 milhões de euros: https://www.jn.pt/nacional/bazuca-de-dois-mil-milhoes-para-metros-do-porto-e-de-lisboa-12948579.html?target=conteudo_fechado

Restantes investimentos:
Rodovia: 1 625 milhões

No Programa Marítimo-Portuário, estão previstos investimentos de 2 500 milhões de euros, a investir principalmente em:
- Porto de Sines = 940 milhões
- Porto de Lisboa = 665 milhões
- Porto de Leixões = 379 milhões
- Porto de Setúbal = 124 milhões
- Porto de Aveiro = 113 milhões

Sector Aeroportuário:
- Expansão do Aeroporto de Lisboa (2ª Fase) = 507 milhões
- Restantes investimentos = 200 milhões

Para a Água está previsto um investimento de 1 500 milhões de euros.

Gestão de resíduos = 350 milhões

Protecção do litoral = 720 milhões

Recursos hídricos = 570 milhões

Recursos Marinhos = 300 milhões

Energia:
- Redes (energia eléctrica, gás e GNL marítimo) = 1 630 milhões
- Reforço da produção = 1 800 milhões
- Eficiência da Energia = 1 500 milhões

Regadio = 750 milhões

Construção de LPD e AOR em Viana nada ?
 

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Re: Economia nacional
« Responder #311 em: Outubro 24, 2020, 03:05:23 pm »
PNI - Programa Nacional de Investimentos 2030

Foi apresentado o PNI de 2021 até 2030 (obviamente a contar com os fundos comunitários e o programa de recuperação do Dr. António Costa Silva): https://www.portugal.gov.pt/pt/gc21/comunicacao/documento?i=programa-nacional-de-investimentos-2030

Nesta década, o Estado propôem-se a investir 22 mil milhões de euros!!!!!!!!

Vá lá, tomou a decisão que eu já defendi aqui: https://www.forumdefesa.com/forum/index.php?topic=12735.270
Ou seja, em vez de gastar a preços actuais uns 15 mil milhões de euros no TGV de bitola europeia, aposta no que eu defendi, o aproveitamento do que já existe com bitola ibérica (ou seja, que pode ser utilizada com todos os comboios que nós já temos) e que vai permitir circular a velocidades até 300Km/h. Esta solução contempla para já a ligação de Lisboa ao Porto, ou seja, bem mais comedido como os planos do passado e investindo muito menos que no TGV, com um investimento estimado de 4 500 milhões de euros.
É uma solução menos ambiciosa, uma vez que não aposta sobretudo na ligação à Europa (mesmo assim disponibiliza 200 milhões), mas é muito mais barata e racional, ao trazer melhorias para tudo o que já temos neste momento (comboios actuais, permitindo diminuir tempos de deslocação), sem investirmos em comboios que apenas circulam numa linha exclusiva (TGV).

https://www.publico.pt/2020/10/22/economia/noticia/linha-alta-velocidade-vai-ligar-lisboa-porto-1h15m-1936153

Nos metros de Lisboa e Porto, vão ser investidos 2 000 milhões de euros: https://www.jn.pt/nacional/bazuca-de-dois-mil-milhoes-para-metros-do-porto-e-de-lisboa-12948579.html?target=conteudo_fechado

Restantes investimentos:
Rodovia: 1 625 milhões

No Programa Marítimo-Portuário, estão previstos investimentos de 2 500 milhões de euros, a investir principalmente em:
- Porto de Sines = 940 milhões
- Porto de Lisboa = 665 milhões
- Porto de Leixões = 379 milhões
- Porto de Setúbal = 124 milhões
- Porto de Aveiro = 113 milhões

Sector Aeroportuário:
- Expansão do Aeroporto de Lisboa (2ª Fase) = 507 milhões
- Restantes investimentos = 200 milhões

Para a Água está previsto um investimento de 1 500 milhões de euros.

Gestão de resíduos = 350 milhões

Protecção do litoral = 720 milhões

Recursos hídricos = 570 milhões

Recursos Marinhos = 300 milhões

Energia:
- Redes (energia eléctrica, gás e GNL marítimo) = 1 630 milhões
- Reforço da produção = 1 800 milhões
- Eficiência da Energia = 1 500 milhões

Regadio = 750 milhões

Construção de LPD e AOR em Viana nada ?

Nada de nada, mas, quanto a mim, agora seria o tempo certo, mais que indicado, para se investir nas FFAA, e começar a construir/fabricar internamente, todo o tipo de equipamentos que fossemos capazes de fabricar, deste modo, investindo não só nas FFAA, mas e também, nas nossas empresas produtoras de tais equipamentos, criando mais postos de trabalho e fomentando a nossa economia, mas devo ser só eu que vejo esta oportunidade, devo ser ignorante e Burro !!!! :bang:

Abraços
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 
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Re: Economia nacional
« Responder #312 em: Outubro 24, 2020, 04:48:17 pm »
Estive em Viana no fim-de-semana passado (vou ver se tenho tempo de colocar aqui algumas fotos). A West Sea estava a trabalhar a todo o vapor e também já estavam a aprofundar a entrada do Porto (umas 10 ou 12 dragas!!!!!!!), para permitir construir e reparar navios de muito maior calado e dimensão, e lançá-los à água em qualquer altura, mas NPO não vi nenhum!!!!

Um senhor idoso esteve a explicar-me os pormenores da dragagem que demora imenso, por causa das rochas que "cimentam" a entrada do Porto e só permitia o estaleiro lançar navios com a praia mar. Esteve também a dizer-me que a West Sea vai ter uma rampa/estrutura (não sei o termo técnico), para lançar os navios directamente no mar!
 
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Re: Economia nacional
« Responder #313 em: Outubro 24, 2020, 04:57:13 pm »
É normal, afinal os NPO já foram todos construídos. Agora se queres ver mais NPO em Viana, o governo tem que se chegar à frente e fazer novo contrato.

Em relação às obras (2018):

West Sea investe 26 milhões de Euros

Estudo de impacto ambiental deu luz verde ao aprofundamento do canal de acesso e da bacia de manobra dos estaleiros e a construção da nova doca seca.

O projeto foi feito com base num navio modelo  de 200 metros 36 de boca e 7 de calado. O custo do aprofundamento será de 15 milhões de Euros.

Será essa a futura capacidade do estaleiro que até aqui estava limitada a 180 metros 28 de boca e 5 de calado.

Para além do aprofundamento,  a atual bacia de aprestamento vai ser transformada em doca seca. Num investimento de 11 milhões de euros para  poder conter navios com as dimensões referidas acima.

O estudo de impacto econômico  as novas capacidades do estaleiro ditam um aumento da faturação anual de 90 milhões de euros e a criação de mais 400 postos de trabalho

Todos os anos os Estaleiros recusavam  pedidos de reparação de dezenas de navios por não terem capacidade para os acolher nas suas instalações.

PS: Esta obra era pedida há décadas pelo Estaleiro, sem nunca ter sido atendida por nenhum governo. Foi preciso privatizar para alguém por mãos á obra!
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: Economia nacional
« Responder #314 em: Outubro 26, 2020, 10:48:10 am »
Allianz compra 75% da Galp Gás Natural Distribuição por 368 milhões

A operação ficou fechada por 368milhões de euros. A Galp Gás Natural Distribuição detém nove empresas regionais de distribuição de gás natural em Portugal.



A Galp vendeu 75% da Galp Gás Natural Distribuição (GGND) à Allianz Capital Partners, anunciou hoje a empresa.

A energética anunciou que “acordou com a Allianz Capital Partners, em nome das companhias de seguro da Allianz e da Allianz European Infrastructure Fund, a venda de 75,01% da sua participação na
Galp Gás Natural Distribuição, S.A. (GGND), atualmente de 77,5%”.

A Allianz Capital Partners é a gestora de fundos de private equity do grupo segurador alemão. A companhia detém mais ativos em Portugal: a central solar Ourika, com 46 megawatts de potência, em Ourique, distrito de Beja.

A GGND detém nove empresas regionais de distribuição de gás natural em Portugal.

A operação ficou fechada por 368 milhões de euros, com o valor implícito (EV) para 100% da GGND é de 1,2 mil milhões de euros, equivalente a um múltiplo EV de cerca de 13 vezes sobre o EBITDA estimado para 2020″.

“Esta transação está sujeita às aprovações regulatórias usuais e à obtenção de consentimentos de terceiros, sendo a sua conclusão esperada para o primeiro trimestre de 2021”, segundo a empresa.

Tal como o Jornal Económico tinha revelado a 16 de outubro, o Bank of America Merrill Lynch tinha recebido três propostas vinculativas para a venda desta participação que a Galp Energia detém na Galp Gás Natural Distribuição (GGND), incluindo a da Allianz.

Os restantes 22,5% da GGND são detidos pelos japoneses da Marubeni que entraram na empresa em 2016.

https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/allianz-compra-75-da-galp-gas-natural-distribuicao-654890