Questão é que o Mistral é um navio relativamente simples, e é sim desarmado e lento, isso é indiscutivel. Alguns aqui superestimam demais a forças da europa ocidental e subestimam as forças russas,
Nós aqui não superestimamos nada nem ninguém.
Ocorre, que você não deve ter percebido que são os russos que estão compradores de um sistema da Europa Ocidental, e não a Europa Ocidental que compra equipamentos russos...
Um sistema não é nem mais nem menos protegidos e mesmo os russos não construiram armamentos especiais nos seus navios de apoio logistico.
Se você verificar o armamento dos LPD da classe
IVAN ROGOV russos, eles apenas estão armados com mísseis SA-N-4 e com dois canhões de 76mm, porque se trata de navios que têm que encalhar na praia para desembarcar.
Os conceitos ocidentais são diferentes dos russos e a verdade é que são os russos que estão a tentar copiar os ocidentais e não o contrário.
Se os «Mistral» fosse assim tão simples, porque é que os russos querem uma coisa dessas ?
Serão estúpidos ?
Ou ao contrários perceberam que é melhor esquecer muitas das suas antigas tácticas, que pura e simplesmente não funcionam e dependem do dispêndio intensivo de muitos homens e que levam a grande numero de mortos ?
A França é apenas um país europeu, a quem a Russia desde os tempos do império adquire navios. Aliás França e Itália são as duas principais fontes de sistemas russos durante o século XX. É uma tradição russa adquirir sistemas de países europeus vistos como secundários.
O problema global poderá ser outro entendedo-se com a aceitação por parte dos russos, que os seus (russos) problemas economicos e sociais, são muito mais parecidos com os do resto da Europa.
Muitos analistas afirmam claramente que primeiro havia BRICS (Brazil, Russia, India, China, South Africa). Depois perceberam que a África do Sul não tinha dimensão e então passaram a BRIC.
Mas agora já há quem fale apenas nos BIC, deixando a Rússia de fora.
A Russia é um Império Europeu, que atingiu o seu ponto de expansão máxima com a União Soviética, assim como os restantes impérios europeus já atingiram os seus pontos máximos (Portugal durante o século XVI, a Espanha com Carlos V e Filipe II, a Inglaterra no século XIX, a França com Napoleão e a Alemanha com Hitler).
Os Russos querem um lugar na Europa, mas ainda não aceitaram que esse lugar não será um lugar de chefia.
Quando os russos entenderem isso, haverá menos problemas. Parte dos russos acham que esse é o caminho.