Coreia do Norte

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André

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« Responder #45 em: Junho 10, 2009, 12:51:30 am »
É também de referir que a Coreia do Norte para a China é mais um incomodo do que um aliado ...  :wink:

 

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André

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« Responder #46 em: Junho 10, 2009, 01:30:05 am »
As hipóteses de negociar com a Coreia do Norte
Alexandre Reis Rodrigues
 
 
Embora seguindo um percurso sinuoso, negando um dia o que tinha prometido no dia anterior e falhando prazos a que se tinha obrigado, a Coreia do Norte já negociou alguns aspectos importantes do seu programa nuclear. Encerrou o reactor de Yongbyon, desmantelou a respectiva torre de arrefecimento e forneceu 5000 páginas de documentação sobre o seu programa nuclear. Como contrapartida, recebeu importantes ajudas e o levantamento de sanções que os EUA lhe impunham ao abrigo do “Trading with the Enemy Act”, designadamente a sua retirada da lista de países apoiantes do terrorismo internacional. Nunca aceitou, porém, discutir o seu estatuto de potência nuclear.

Foi o resultado do acordo assinado em Fevereiro de 2007, ao fim de quase quatro anos de negociações no âmbito do Grupo dos Seis. Embora então considerado um progresso importante, nunca ninguém viu nele qualquer indício de que a Coreia do Norte se poderia ter aproximado de um eventual compromisso de abandono do projecto de construção de um arsenal nuclear.

Aliás, sabia-se que se esse tema fosse expressamente incluído nas conversações então em curso, a possibilidade de qualquer entendimento abrangente teria “morrido” imediatamente aí, sem qualquer avanço. Excluindo-o, conseguiu-se ao menos o encerramento do reactor nuclear, o que, em termos práticos, significou que a disponibilidade de plutónio para a construção de armas nucleares passasse a ficar limitada à existente, ou seja, ao necessário para construir seis a oito bombas, segundo as estimativas americanas.

Foi, portanto, um acordo limitado; não conseguiu o objectivo principal dos EUA e dos seus parceiros no Grupo dos Seis (China, Rússia, Japão e Coreia do Sul) de levar a Coreia do Norte a desistir do estatuto de potência nuclear, que reclamava desde 2006, por altura do primeiro teste, e que agora confirmou, de uma forma mais credível, com o teste de Maio passado.

Resta saber se Obama conseguirá ser mais eficaz do que foi Clinton e Bush em levar a Coreia do Norte a abandonar as suas ambições. Clinton falhou redondamente com a iniciativa do “Agreed Framework”. Bush, apesar de ter seguido um caminho substancialmente diferente, só parcialmente foi bem-sucedido, como vimos acima. Obama veio agora com uma promessa de abertura ao diálogo, com um primeiro passo dado pela Secretária de Estado, ao declarar que estava a considerar muito seriamente uma visita a Pyongyang.

Mas contrariamente às expectativas de aproveitamento desta abertura para iniciar um relacionamento com os EUA como pretendem - de igual para igual - Kim Jong responde com a realização de um teste com um míssil de longo alcance em Abril, com o teste nuclear de Maio, seguido imediatamente por cinco testes de mísseis, e preparativos de novos lançamentos, presumivelmente em meados de Junho, talvez por ocasião do encontro previsto para o dia 16, em Washington, entre o Presidente Obama e o Presidente Lee Myung Bak, da Coreia do Sul.

Porque se empenha Kim Jong em desbaratar as possibilidades de iniciar um relacionamento normal com os EUA, com acções que retiram a Obama margem de manobra para desenvolver uma estratégia de diálogo que para vários sectores da política interna americana contestam (os republicanos em geral e particularmente Dick Cheney e John Bolton, entre outros). Existem várias tentativas de explicar esta postura mas, realmente, ninguém conhece ao certo as verdadeiras razões. Provavelmente, há um conjunto de razões e não apenas uma.

Para muitos observadores, Kim Jong está sobretudo a dar resposta a questões internas relacionadas com a designação do seu sucessor, em especial, nas negociações com os militares que esse processo certamente implica, tanto mais porque o filho designado (o terceiro, porque os dois mais velhos tiveram comportamentos errados) tem apenas 20 anos e vai haver, provavelmente, uma espécie de regente, Jang Song Thack, um cunhado de Kim Jong, recentemente nomeado para presidir ao Conselho Nacional de Segurança. Em Fevereiro passado houve uma remodelação da estrutura superior militar a que essa questão não é certamente alheia; é possível que a linha militar dos “falcões” tenha feito algumas exigências para consolidação do estatuto nuclear do país. Em qualquer caso, Kim Jong precisa de um clima de hostilidade internacional que justifique os gastos que faz na Defesa, à custa de manter os coreanos a viver com fome.

Há outras possíveis explicações de âmbito externo; Kim Jong pode estar a tentar ganhar uma posição que lhe permita fazer subir a parada das exigências para eventuais cedências futuras, numa espécie de preparação para uma nova ronda de negociações; ou pode, simplesmente, estar a querer trazer a sua agenda para o topo da agenda de Obama, talvez mais preocupado com o Irão, Afeganistão e Médio Oriente.

Não se sabendo ao certo o que pretende a Coreia do Norte, como será possível desenhar uma estratégia de contenção? Gorbachov e Kissinger avançaram recentemente com algumas ideias. Gorbachov quer que o Conselho de Segurança da ONU produza uma resolução que torne claro que o actual comportamento da Coreia do Norte não pode deixar de ter consequências mas acha que as possibilidades de uma solução diplomática ainda não estão esgotadas.

Kissinger não é muito mais inovativo mas adianta um aspecto importante quando diz que não é possível aos EUA seguirem duas estratégias paralelas que, vistas em conjunto, pecam por falta de coerência; não são estes os termos que usa mas é essa a ideia, na minha interpretação. Uma estratégia desenhada para lidar com as ameaças que a Coreia do Norte põe (o escudo de defesa anti-míssil, por exemplo) deixa implícita a ideia, como já tenho dito, de que não esperam ter sucesso com a estratégia de eliminação da ameaça.

Aparte isso, Kissinger alerta para o perigo de aceitar que o programa nuclear da Coreia do Norte já atingiu um ponto de não retorno e defende, como essencial, o envolvimento dos parceiros regionais na procura de uma solução que elimine o arsenal nuclear coreano, devendo esse ser o objectivo permanente. No geral, é essa a essência do que os EUA têm tentado.

Negociações é o que se fala sempre, mas tendo em conta como o regime associa a sua própria sobrevivência ao estatuto de potência nuclear, não se vê que essa via possa oferecer uma saída. Aliás, com base na experiência entretanto adquirida, nem sequer interessa discutir o seu formato, porque mal grado a Coreia do Norte rejeite voltar ao âmbito do Grupo dos Seis nada indica que ao nível bilateral, que acolhe favoravelmente, se mostrará mais flexível.

A boa notícia é que, finalmente, os EUA concluíram que não faz sentido continuar com as políticas anteriores de «recompensar as provocações», alimentando a política de extorsão de Kim Jong. Só fica em falta assumir em termos práticos que a avaliação da ameaça (assunto que procurarei tratar brevemente) dá a China como o país que mais será afectado pelo prolongamento desta situação. Ou seja, por outras palavras, que quanto menos os EUA se envolverem directamente mais a China terá que se comprometer na procura de uma solução, para defesa dos seus interesses; o que, para quem detém quase todas as chaves da solução não será certamente problema.
 
Jornal Defesa

 

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André

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« Responder #47 em: Junho 16, 2009, 12:05:11 am »
Porque quer a Coreia do Norte ser uma potência nuclear? Qual a dimensão da sua ameaça?
Alexandre Reis Rodrigues





Especula-se muito, mas quase nunca acertando, sobre as possíveis evoluções da postura internacional da Coreia do Norte. Por exemplo, quando se esperava que aproveitasse a disponibilidade da administração Obama para dialogar foi tomar precisamente o caminho que, pelo menos nos tempos próximos, mais a afasta dessa possibilidade e da hipótese de converter o actual armistício que pôs fim à Guerra da Coreia num Tratado de Paz. Estranhamente, não quis tirar partido da oportunidade, que poderia estar próxima, de negociar directamente e de igual para igual com os EUA - uma exigência que marcou todo o período das conversações no âmbito do Grupo dos Seis.

Por alguns anos, durante as administrações Clinton e Bush, considerou-se que o seu programa nuclear era, sobretudo, um instrumento de negociação, visando a obtenção das ajudas necessárias para evitar a entrada do regime em colapso. Agora, não obstante as carências se manterem, em vez das cedências que lhe dariam acesso a outras ajudas, opta por consolidar o estatuto de potência nuclear. É sob essa perspectiva que se encara o teste nuclear de 28 de Maio que parece querer tirar dúvidas aos que tinham considerado pouco credível o rebentamento de 2006, dada a  sua baixa potência.

É necessário perceber a lógica da insistência no desenvolvimento de um arsenal nuclear à custa de manter a população a passar fome, sob uma implacável ditadura e em regime de total isolamento com o exterior. Há algumas perguntas a que importa tentar responder. Por quanto tempo calcularão os principais responsáveis pelo regime coreano conseguir manter esta situação que só não é de colapso graças ao apoio da China, aos programas de ajuda alimentar das Nações Unidas e outras ajudas obtidas por manobras de extorsão? Que ambições político-militares espera a Coreia do Norte satisfazer ou que garantias de segurança vê na posse de um arsenal nuclear? O que pode levar a Coreia do Norte a seguir por um caminho que a China – o país de quem depende – não aprova, desautorizando e humilhando a sua condição de potência regional emergente?

Uma ameaça tem duas componentes; a capacidade militar que lhe está subjacente e a intenção política de a utilizar. A capacidade, geralmente, pode ser avaliada em termos razoavelmente objectivos; a intenção tem, habitualmente, que ser deduzida ou, quando possível, ponderada a partir das declarações dos principais responsáveis políticos.

Para avaliação da primeira vertente, no caso da ameaça nuclear da Coreia do Norte, temos, no passado recente, dois testes de rebentamento nuclear, dos quais o primeiro, embora geralmente considerado inconclusivo, foi mesmo assim aproveitado para o regime reclamar o estatuto de potência nuclear. Existem, porém, muitas dúvidas de que essa condição tenha sido atingida, por falta de capacidade de miniaturização de um engenho nuclear para tornar possível a sua instalação na cabeça de um míssil, o que é muito mais complexo do que fazer um rebentamento.

O  registo dos resultados com os testes de lançamento de mísseis revela também diversas vulnerabilidades, não obstante os progressos feitos. Os dois lançamento de um Taepodong 2, supostamente com um alcance entre quatro e seis mil quilómetros, em 1998 e no passado dia cinco de Abril, ao que consta destinados a colocar um satélite no espaço, não conseguiram o objectivo proposto; pior do que isso, o segundo andar do míssil lançado em Abril caiu a centenas de quilómetros da zona de perigo que o regime tinha alertado internacionalmente como área de possível impacto. A precisão, que a Coreia do Norte não tem tido forma de avaliar, é outra grande incógnita a afectar a credibilidade do sistema. EUA e USSR, enquanto não tinham garantias de precisão, apostavam na disponibilidade de um maior número de ogivas; a Coreia do Norte não pode seguir por esse caminho por apenas dispor de uma quantidade de material nuclear muito limitada.

A segunda vertente é mais difícil de julgar porque implica conhecer as razões de fundo - muitas vezes não são as declaradas - em que o regime fundamenta as suas ambições nucleares. Torna-se quase impossível descortinar qualquer resquício de racionalidade quando quase tudo está envolto em irracionalidade e em imprevisibilidade. Ninguém consegue colocar-se “nos sapatos” de Kim Jong e tentar adivinhar como reagirá. Ao contrário do Irão, que tem por detrás do seu programa um projecto de liderança regional, que a enorme disponibilidade de recursos energéticos facilita, a Coreia do Norte, sem recursos naturais e praticamente em falência económica e financeira, parece apostar no nuclear como forma de garantir que não é invadida nem que o regime será mudado por influência exterior.

É a lógica de afastar a guerra tornando-a o mais aterradora possível, o que constitui a essência da teoria da “dissuasão limitada”, materializada pela capacidade de infligir um dano inaceitável através de um ataque a um centro vital. Por outras palavras, a Coreia do Norte conta com o seu arsenal nuclear apenas para “funcionar” pela sua própria existência e não pela sua utilização, como instrumento de influência estratégica da defesa do seu regime, objectivo que se tornou particularmente importante depois de se tornar um dos últimos sobreviventes do desmoronamento do bloco comunista, de onde recebia protecção e ajuda. Para que o arsenal pudesse ter uma dimensão de dissuasão completa teria que dispor de “second strike capability”.

Vista a situação sob apenas esta perspectiva, dir-se-ia que as reacções internacionais à ameaça nuclear que a Coreia do Norte representa estão a sobrevalorizar os riscos. Porém, não é assim. Mais do que a maior ou menor capacidade da Coreia do Norte como potência nuclear, o que é especialmente relevante para a segurança mundial é o risco do caminho escolhido para a estabilidade regional e a contrariedade que representa para o combate à proliferação dos armamentos de destruição maciça, em especial num momento em que existe um melhor ambiente internacional para rever, de forma útil, no próximo ano, o Tratado de Não Proliferação.

Obviamente, um eventual sucesso na solução do problema coreano não garante um desfecho semelhante para o caso do Irão, mas um insucesso tornará muito mais difícil, senão impossível, resolver este último caso; pior, deixará instalar-se o pretexto (ou desculpa) para uma corrida regional aos armamentos, designadamente por parte do Japão que dificilmente se conformará em dispensar uma capacidade nuclear a partir do momento em que a Coreia do Norte a tiver de forma comprovada. A Coreia do Sul poderá, eventualmente, seguir o mesmo percurso. Aliás, ambos países dispõem de tecnologia avançada nessa área, em especial o Japão que faz enriquecimento de urânio.

Existe, em toda esta situação, um dilema que se põe directamente à China: se não força a Coreia do Norte a abandonar o programa nuclear, corre o risco de ter que enfrentar um risco de proliferação regional a que terá que responder num ambiente de maior instabilidade; se corta a ajuda que mantém o regime coreano, terá que lidar com  o problema social do seu colapso, incluindo um enorme fluxo de refugiados a repartir-se com a Coreia do Sul.

Por quanto tempo vai a China continuar a tentar um caminho intermédio, depende da cooperação que conseguir de Kim Jong e do impacto que possa resultar da aplicação da Resolução que o Conselho de Segurança das Nações Unidas acaba de adoptar unanimemente. É uma das mais exigentes de sempre; exige o abandono do programa nuclear de uma forma verificável pela comunidade internacional, impõe um embargo ao comércio de armamentos, que apenas exclui o armamento ligeiro, e permite inspecções de navios mercantes suspeitos de envolvimento no comércio ilegal de armamentos ou material nuclear, proveniente ou destinado à Coreia do Norte.

A Coreia do Norte talvez espere que os EUA continuarão a avaliar a ameaça do seu arsenal nuclear como não suficiente para justificar o risco de um novo conflito na península coreana mas devia também ter presente que não foi a posse de um arsenal nuclear, aliás muito mais importante que o seu, que evitou o colapso da URSS; foi precisamente a corrida aos armamentos em que se deixou envolver sem ter base de sustentação económica.
 
Jornal Defesa

 

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« Responder #48 em: Junho 16, 2009, 04:57:53 pm »
GEORGE BUSH tinha RAZAO!!! Coreia do NORTE e IRAO SAO O EIXO DO MAL!!
 

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Crypter

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« Responder #49 em: Julho 04, 2009, 12:37:03 pm »
Coreia do Norte: Sexto disparo de míssil - Exército sul-coreano

Citar
Seul, 04 Jul (Lusa) - A Coreia do Norte, recentemente condenada pela ONU por um ensaio nuclear, realizou hoje um disparo experimental de um sexto míssil de curto alcance, anunciou o estado-maior do exército sul-coreano.

Os seis engenhos balísticos, de um alcance avaliado por Seul entre 400 a 500 quilómetros, foram lançados no mar do Japão e em violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU, que proibem o regime norte-coreano de realizar qualquer ensaio nuclear ou disparo de míssil.

Estes novos disparos ocorrem dois dias depois de testes idêntidos, mas o alcance dos tiros de quinta-feira foi estimado em 120 quilómetros.


fonte: http://dn.sapo.pt/Inicio/interior.aspx? ... id=1294477
 

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André

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« Responder #50 em: Julho 13, 2009, 05:08:44 pm »
Cancro no pâncreas está a matar Kim Jong-Il



De acordo com os médicos, restam cinco anos de vida ao líder norte-coreano. Notícia surge semanas depois da realização do segundo teste nuclear que desafiou o mundo.

Kim Jong-Il tem menos de cinco anos de vida. O líder da Coreia do Norte foi diagnosticado um cancro no pâncreas que os médicos garantem estará a matá-lo lentamente.

A notícia foi dada esta manhã por um canal de televisão sul coreano. O ministro da Reunificação da Coreia do Sul reagiu dizendo que não sabia de nada sobre o assunto.

A saúde de Kim tem sido motivo de especulação e houve quem já o tenha dado como morto. Há alguns dias, a televisão da Coreia do Norte mostrou imagens em que o Querido Líder, de 67 anos, aparece muito magro.

Segundo a televisão YTN, que cita fontes dos serviços secretos em Seul e Washington, o cancro do pâncreas foi diagnosticado em Agosto do ano passado. Nessa altura corriam vários rumores de que Kim tinha sofrido um acidente vascular cerebral e estava em coma.

Médicos chineses garantiram que a confirmar-se o diagnóstico o querido líder não terá mais de cinco anos de vida. Os médicos apontam à forte taxa de mortalidade daquele tipo de cancro e a idade avançada do dirigente norte-coreano.

Os serviços secretos sul-coreanos não confirmaram a informação. Mas no final da semana passada, uma televisão japonesa também tinha vindo noticiar que Kim sofre de um grave problema no pâncreas e está em repouso numa casa no sudeste da Coreia do Norte a ser tratado por uma equipa de especialistas.

A saúde do líder comunista é seguida com atenção no resto do mundo e tem gerado enorme especulação acerca da sua sucessão. Ao que se sabe o próximo na dinastia Kim será o filho mais novo, Jong-Un, de 26 anos.

As relações entre Pyongyang e o resto do mundo – especialmente os EUA, o Japão e a Coreia do Sul - pioraram nos últimos meses depois do regime comunista asiático ter lançado mísseis de longo alcance e ter feito um segundo teste nuclear.

Lusa

 

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legionario

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« Responder #51 em: Julho 13, 2009, 08:44:38 pm »
Tadinho ! :):)
 

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Heraklion

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« Responder #52 em: Agosto 06, 2009, 03:15:39 pm »
http://www.youtube.com/watch?v=7rGvTGaJ ... re=channel

Entretando a Coreia do Norte continua com planos ambiciosos...
Nos liberi sumus;
Rex noster liber est;
Manus nostrae nos liberverunt
 

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Lusitano89

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Re: Coreia do Norte
« Responder #53 em: Dezembro 12, 2009, 05:32:40 pm »
Avião vindo de Pyongyang com armas retido em Banguecoque


As autoridades tailandesas retiveram hoje um avião cargueiro de um país da Europa do leste com armamento militar proveniente da Coreia do Norte num aeroporto de Banguecoque, informaram fontes oficiais.

O aparelho aterrou durante a noite passada no aeroporto de Dom Mueang, na capital da Tailândia, para se reabastecer de combustível.

Quando as autoridades tailandesas examinaram o avião encontraram um grande carregamento de armas e detiveram cinco pessoas que seguiam a bordo, indicou o porta-voz do governo, Panitan Wattanayakorn.

Um porta-voz da aviação militar e uma fonte da polícia especial indicaram tratar-se de um voo fretado e com proveniência de Pyongyang, capital da Coreia do Norte.

O general Thangai Prasajaksattru, chefe do comando central da polícia criminal, confirmou a detenção de cinco pessoas originárias da Europa do Leste, mas sem especificar as suas nacionalidades.

"Havia a bordo muitas armas, nomeadamente granadas anti-tanque RPG, mísseis e outras armas de guerra", indicou o oficial.

Várias estações de televisão tailandesas indicaram que quatro das cinco pessoas detidas são provenientes do Cazaquistão e que a quinta é da Bielorússia.

As autoridades tailandesas foram alertadas por responsáveis norte-americanos, mas um porta-voz da embaixada dos Estados Unidos em Banguecoque não confirma esta informação.

As armas foram transferidas para a base aérea militar de Takhli, na província de Nakhon Sawan (centro) e o aeroporto continua aberto ao tráfego aéreo.

Díário Digital
 

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Re: Coreia do Norte
« Responder #54 em: Dezembro 21, 2009, 11:43:30 pm »
Armas norte-coreanas destinadas ao Irão

As cerca de trinta de toneladas de armas de guerra norte-coreanas apreendidas na Tailândia na semana passada destinavam-se ao Irão, afirmou hoje o Wall Street Journal, citando documentos obtidos por peritos.

Segundo o diário económico, que se baseia no plano de voo, o avião devia fazer escala no Sri Lanca, Emiratos Árabes Unidos e na Ucrânia antes de descarregar a sua carga no Irão.

Esta informação provém de um projecto de relatório do TransArms, instituto de investigação com sede em Chicago, e do Internacional Peace Information Service (Ipis), outro instituto de investigação com sede em Antuérpia (Bélgica).

Lusa
 

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Re: Coreia do Norte
« Responder #55 em: Setembro 19, 2010, 04:26:29 pm »
Filho mais novo de Kim Jong-Il designado seu sucessor


O partido único no poder na Coreia do Norte designou o filho mais novo do ditador Kim Jong-Il como seu sucessor, segundo um documento oficial hoje citado pelo jornal japonês Tokyo Shimbun.

De acordo com fontes norte coreanas, citadas pelo jornal, o Partido dos Trabalhadores falou da sucessão do atual ditador em agosto último quando publicitou nas ruas de Pyongyang informações sobre uma convenção do partido para o início de setembro.

O país comunista prepara agora uma reunião extraordinária do Partido [Comunista] para preparar a sucessão do poder de Kim Jong-II, de 68 anos, ao seu terceiro filho Jong-Un, de 27 anos.

Este encontro, inicialmente marcado para a primeira quinzena de setembro, foi adiado devido às inundações que atingiram o país, de acordo com os media sul coreanos.

O documento citado pelo Tokyo Shimbun refere que Jong-Un recebeu dos seus familiares «uma educação revolucionária e de autoridade», «qualidades necessárias» para prosseguir com a revolução.

Kim Jong-Il fez o possível para dar ao seu filho «as qualidades de grande líder conquistador e de homem de Estado que supera, tanto as artes da escrita, como as da espada».

Lusa
 

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Re: Coreia do Norte
« Responder #56 em: Setembro 22, 2010, 09:37:16 pm »
Sucessão de Kim Jong-Il já tem data marcada


A 28, o partido comunista escolhe Kim Jong-un para suceder ao pai, Kim Jong-il, e talvez um regente transitório

A Coreia do Norte deverá formalizar a nova liderança do país no dia 28, na conferência do Partido dos Trabalhadores da Coreia. A data da reunião só ontem foi conhecida, mas o novo líder, que não assumirá de imediato o poder, já está escolhido: Kim Jong-un, que tem provavelmente 27 anos e que é filho mais novo do líder, Kim Jong-il, cuja saúde é débil.

Foi aliás o estado de saúde de Kim Jong-il que terá levado ao adiamento sucessivo da conferência do partido único, reunião muito rara, que se realizou em 1966 e, de forma menos formal, em 1980, para confirmar o poder de Kim.

A confirmar-se a nomeação de Kim Jong-un, a Coreia do Norte será a única dinastia comunista a entrar na terceira geração. A sucessão surge numa altura complexa, com discussões internacionais sobre as ambições nucleares norte-coreanas e os efeitos de inundações que atrasaram os trabalhos da reunião magna do partido.

A estrutura de poder norte-coreana é mal conhecida e os analistas referem que o cunhado de Kim Jong-il, Jang Song-thaek (tio de Kim Jong-un), acumulou enorme poder e pode funcionar como regente durante um período de transição. Jang foi nomeado em Junho vice-presidente da poderosa comissão de defesa nacional. Falta-lhe ser o número dois do partido. Com 64 anos e larga experiência na cúpula política do país, Jang é casado com uma irmã de Kim Jong-il e teve uma filha que se suicidou em Paris.

Kim Jong-un é o filho mais novo de Kim Jong-il e neto do fundador da Coreia do Norte, Kim Il-sung. Pouco se sabe sobre o jovem, excepto que estudou na Suíça e que está a ser treinado para o poder. Deverá ser nomeado membro do comité central do partido e tem já uma posição na comissão de Defesa.

DN
 

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Re: Coreia do Norte
« Responder #57 em: Setembro 29, 2010, 04:23:23 pm »
Kim Jong-un já é tema de estudo nas escolas norte-coreanas


Filho mais novo de Kim Jong-il foi ontem nomeado para altas funções no partido comunista que domina o país

Ainda nem começara a mais importante reunião do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte e já os professores se afadigavam a contar às crianças uma história sobre um "brilhante e jovem general" que espera para suceder a Kim Jong-il. Assim terá começado, revela o jornal Financial Times, a apresentação de Kim Jong-un ao país e todo o processo de construção da sua mitologia.Ontem, o filho mais novo de Kim Jong-il foi nomeado para um alto cargo no partido comunista, depois de na véspera ter subido a general.

O mais jovem e favorito filho do "querido líder" era, até agora, praticamente desconhecido do grande público. Excepto para os oficiais norte-coreanos que, em 2006, receberam crachás com o rosto de Kim Jong-un, uma "cópia fiel" do seu pai, tanto fisicamente como em maneira de ser. Este "génio", esta "pessoa brilhante", "faz tudo em grande" como o seu pai, conta Kenji Fujimoto, que foi cozinheiro de Kim Jong-il e, portanto, conheceu de perto o "jovem general".

Em 2007, Kim Jong-un estaria já a trabalhar num dos departamentos responsáveis pela supervisão dos membros do único partido que governa o país e dos militares. Recentemente, terá sido nomeado pelos militares como um dos seus candidatos à histórica reunião do partido, que não acontecia desde 1966. "A eleição de Kim Jong-un como delegado era amplamente conhecida pelos dirigentes do Exército norte-coreano", garantia um diário de Seul.

Kim Jong-un, que nasceu a 8 de Janeiro de 1984, é fruto da relação de Kim Jong-il com a sua terceira mulher, a bailarina Ko Yong-hui (ou Ko Young-hee). O seu nascimento, que se saiba, não terá sido assinalado por nenhum prodígio, ao contrário do que aconteceu com o do seu pai. Segundo a mitologia norte-coreana, a vinda ao mundo do "querido líder" foi assinalado por um duplo arco-íris que cobriu a casa onde ele se encontrava, ao mesmo tempo que uma nova estrela apareceu no céu e uma andorinha sobrevoou o local para anunciar que um grande general tinha nascido.

Órfão de mãe, que morreu em 2004 com cancro da mama, Kim Jong-un foi aluno até 1998 de uma escola em Berna, na Suíça, onde, com nome falso, estudou francês, alemão e inglês e de onde saiu sem terminar o curso. Os colegas recordam-no como alguém tímido, introvertido, que gostava de esqui e basquetebol, admirava Michael Jordan e gostava de ver os filmes de Jean-Claude Van Damme. Regressado a casa, estudou ciência militar na universidade que tem o nome do seu avô Kim Il-sung, o "grande líder".

DN
 

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Re: Coreia do Norte
« Responder #58 em: Novembro 22, 2010, 01:43:27 am »
Coreia do Norte tem novo centro de produção nuclear


Um cientista norte-americano visitou um centro de processamento de urânio na Coreia do Norte «surpreendentemente moderno» e até agora desconhecido da comunidade internacional
O cientista nuclear norte-americano Siegfried Hecker afirma que o centro é «surpreendentemente moderno» e composto por «mais de um milhar de centrifugadoras» capazes de processar urânio para fins atómicos.

O físico do Laboratório Nuclear de Los Alamos é um dos poucos norte-americanos que acompanha oficial e regularmente o projecto norte-coreano, no âmbito de inspecções internacionais.

Hecker afirma que a tecnologia vista na Coreia do Norte «está ao nível de qualquer instalação norte-americana», o que levanta suspeitas sobre possíveis actos de espionagem ou a eventual colaboração do regime de Kim Jong-il com um país estrangeiro.

O novo centro de Yongbyon terá sido construído no tempo recorde de um ano e meio. As autoridades afirmam que tem como fim a produção de energia, mas os norte-americanos suspeitam de objectivos militares dada a sua elevada capacidade de enriquecimento de urânio.

A revelação aumenta o receio em torno do programa nuclear norte-coreano numa altura em que os Estados Unidos vão enviar uma equipa de negociadores para a Coreia do Sul para conversações com Seul, Tóquio e Pequim sobre as actividades de Pyongyang.

SOL
 

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Re: Coreia do Norte
« Responder #59 em: Janeiro 24, 2011, 02:27:51 pm »
Coreia Norte tem centrífugadoras mais sofisticadas que o Irão


O especialista em armas nucleares norte-americano Siegfried Hecker, que em Novembro visitou instalações de enriquecimento de urânio norte-coreanas, constatou que o país tem centrífugadoras mais sofisticadas do que o Irão, segundo uma entrevista publicada nesta segunda-feira pela agência sul-coreana "Yonhap".

Na opinião de Hecker, professor da Universidade de Stanford, se a informação que recebeu estiver correcta, estes aparelhos, destinados a enriquecer urânio, são de segunda geração, enquanto «no Irão, de acordo com os inspectores internacionais, conseguiram fabricar apenas centrífugadoras P-1 (menos sofisticadas)».

Hecker visitou o complexo nuclear norte-coreano de Yongbyon em Novembro e foi testemunha de «modernas» instalações de enriquecimento de urânio, uma técnica que abriria uma nova via à Coreia do Norte para a obtenção de armas atómicas.

Apesar de as autoridades norte-coreanas terem assegurado que o seu programa nuclear é civil, o regime comunista já processa plutónio e acredita-se que obteve material para pelo menos oito bombas, além de ter realizado dois testes nucleares, em 2006 e 2009.

Segundo Hecker, as autoridades norte-americanas não se surpreenderam com descoberta das centrífugadoras, já que era algo esperado, mas pelo nível de sofisticação dos equipamentos.

A Coreia do Norte assegurou que tem cerca de 2 mil centrífugadoras a funcionar para uso civil, embora esses mesmos equipamentos possam contribuir para produzir urânio suficientemente enriquecido para uma bomba nuclear por ano, segundo os cálculos de Hecker.

Pyongyang argumenta que o urânio enriquecido servirá para abastecer um reactor experimental de água leve que está a construir em Yongbyon.

O regime norte-coreano desafiou a comunidade internacional com o seu programa nuclear, apesar de agora querer retomar as negociações de seis lados, suspensas desde o final de 2008, e nas quais participam as duas Coreias, China, Rússia, Estados Unidos e Japão.

Hecker advertiu na entrevista que existem riscos de segurança e preocupação com um possível acidente quando o reactor começar a operar, já que a Coreia do Norte realiza este projecto de maneira isolada.

Lusa