Substituição dos M113

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Kalil

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Re: Substituição dos M113
« Responder #90 em: Fevereiro 14, 2020, 12:48:55 pm »
Eu também não falei em substituir o m113 por um veículo de rodas, apenas, e é a minha simples opinião, que é necessário um veículo 4x4 ou até 6x6 para complementar os vamtac e pandur.
De resto, não estou a par da lista de prioridades do exército, aquilo que se pode constatar de fora, é que há vários equipamentos em falta.

Um pandur não consegue substituir um ifv a lagartas pela mobilidade. No Afeganistão os 8x8 presentes tem sentido bastantes dificuldades em alguns terrenos, quando os m113 passam tranquilamente.

A verdade é que não sei se algum batalhão mecanizado alguma vez foi destacado, e se alguma vez será. Não imagino portugal a enviar Leos para missões. E não havendo leos em operação, também não são necessários outros veículos a lagartas. Por isso um pandur versão IFV é o melhor com que o pessoal no terreno pode contar. O que já não é nada mau, são é poucos..

Cumprimentos
 

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dc

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Re: Substituição dos M113
« Responder #91 em: Fevereiro 14, 2020, 01:53:04 pm »
Pois, sem gastar dinheiro só há mesmo hipótese ao ficar com esse material US.

A questão é essa, os vamtac não transportam secções inteiras 😉
A ideia de um Infantry Mobility Vehicle é ser o "cavalo" de uma companhia. Podes transportar 150 soldados e respectivo equipamento em vamtacs, mas em 30.

Nem me parece que haja outra hipótese, já que não se pretende comprar nada novo neste sentido. Num Exército com falta de IFV, veículos AA, anti-carro, de reconhecimento, morteiro e artilharia AP, de engenharia, entre outros, ir gastar em mais APCs de rodas, parecer-me-ia imprudente. Nem sei até que ponto há ou não algum interesse em MRAPs vindos a custo zero do Afeganistão como os que os nossos militares têm usado.

Quanto ao uso de veículos de lagartas em missões internacionais, de nada adianta enviar Leos para um RCA por exemplo, e depois só terem a cobertura dos velhos M-113, ou de blindados de rodas que não os acompanham. Agora, caso as condições do terreno nesta missão fossem muito más, ao ponto da operação dos Pandur/ST5 ficar ainda mais dificultada, então não tenho dúvidas que, havendo um IFV de lagartas moderno, este seria enviado para lá. Não necessariamente com os Leos, mas somente os IFVs.

A falta de Pandur IFV e de Pandur Anti-carro já foi várias vezes solucionada aqui no fórum, havendo inclusive várias torres no mercado capazes de levar mísseis anti-tanque, mais o canhão. As mesmas torres também se poderiam aplicar a alguns M-113 modernizados.
 

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Kalil

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Re: Substituição dos M113
« Responder #92 em: Fevereiro 20, 2020, 10:44:09 pm »
The Pizarro infantry fighting vehicle

The Pizarro infantry fighting vehicle evolved from the ASCOD (Austrian-Spanish Cooperative Development) programme. The Pizarro was developed for the Spanish Army alongside Ulan IFV for the Austrian Army. These are broadly similar but has some differences, such as engines. Spanish Army ordered these vehicles in 1996. Vehicles entered service with Austrian and Spanish Armies in 2002. Spanish Army operates a total of 293 Pizarro IFVs, plus its variants optimized for different battlefield roles.
   The Pizarro IFV was designed to replace ageing light armored vehicles in service with Spanish Army, such as the M113 armored personnel carriers. Furthermore it is a flexible complement to the Leopard 2A4 main battle tanks.
   Unlike the Austrian Ulan, the Pizarro also features a limited amount of SABBLIR reactive armor, which significantly increases armor protection. Front armor of the Pizarro provides protection against 14.5 mm rounds, while all-round protection is against 7.62 mm rounds. NBC protection system is fitted as standard.
   The main armament is a fully-stabilized Mauser 30 mm Model F cannon and coaxial 7.62 mm machine gun.
   Vehicle has a crew of three and can carry eight fully equipped troops.
   Spanish IFV comes with the German MTU diesel engine, delivering 600 horsepower. Engine is mounted at the front. It is less powerful comparing with Austrian vehicle, but still offers good mobility and cross-country performance. The Pizarro is not amphibious.
 
Variants
 
   VCI/C infantry fighting vehicle. It is a baseline version, described above.
   VCPC command vehicle. Spanish Army operates 26 of these vehicles.
   VCOAV armored reconnaissance vehicles. Spanish Army operates 28 of these vehicles.
   VCREC armored recovery vehicle. Spanish Army operates 8 of these vehicles.
   VCZ engineering vehicle. Spanish Army operates only a single vehicle.


   Pizarro 2, it is the second phase production vehicle with a number of improvements. The Pizarro 2 IFVs are powered by the same MTU series 199 engine, developing 720 hp, as the Austrian Ulan IFV. The Phase 2 vehicle has a refined hull design and improved weapon stabilization system. It is currently in production for the Spanish Army. The Spanish Army ordered a total of 190 of the Phase 2 vehicles in 4 variants. Including 106 infantry fighting vehicles, 27 reconnaissance vehicles, 48 engineering vehicles and 9 recovery vehicles. All of these were planned to be delivered by 2016.
   VCZAP engineer combat vehicle. It can be equipped with a dozer blade, mine plough, mine rollers, obstacle marking systems, or other specialized equipment. This armored vehicle was first publicly revealed in 2019.

http://www.military-today.com/apc/pizarro_ifv.htm

Abraços

Aqui no fórum nunca se menciona o IFV italiano, o Dardo. É por alguma questão técnica ou apenas falta de fãs? Não tem um historial de exportação tão bem sucedido quanto os outros dois, mas não deixa de ser equiparável.
Peca na capacidade de transporte, de apenas 6 elementos mas, pelo que li, até possui melhor blindagem.



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dc

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Re: Substituição dos M113
« Responder #93 em: Fevereiro 21, 2020, 12:35:08 am »
Provavelmente é mesmo por não ter sido exportado. Isso e ter só um canhão de 25mm (munição que nós não usamos julgo eu), face aos concorrentes que usam sobretudo 30mm que já usamos nos Pandur. A questão do calibre afectaria também o Bradley. Mas mesmo esta questão dependeria se acharia necessário uniformizar os calibres médios ou se não fazia diferença em termos logísticos.

De resto, segundo a wikipedia, tem a opção de dois lançadores de Spike, o que é um ponto a favor.

Mas se conseguíssemos incluir num negócio uns 40 Dardo e uns 15 Centauro.... não me queixava!  ::)

Mas olhando para alternativas mais... exóticas... podemos ver o K-21 sul-coreano e o Type 89 japonês, sendo o primeiro inclusive anfíbio. Pena não serem o "padrão NATO".
 

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tenente

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Re: Substituição dos M113
« Responder #94 em: Fevereiro 21, 2020, 06:15:34 am »
Provavelmente é mesmo por não ter sido exportado. Isso e ter só um canhão de 25mm (munição que nós não usamos julgo eu), face aos concorrentes que usam sobretudo 30mm que já usamos nos Pandur. A questão do calibre afectaria também o Bradley. Mas mesmo esta questão dependeria se acharia necessário uniformizar os calibres médios ou se não fazia diferença em termos logísticos.

De resto, segundo a wikipedia, tem a opção de dois lançadores de Spike, o que é um ponto a favor.

Mas se conseguíssemos incluir num negócio uns 40 Dardo e uns 15 Centauro.... não me queixava!  ::)

Mas olhando para alternativas mais... exóticas... podemos ver o K-21 sul-coreano e o Type 89 japonês, sendo o primeiro inclusive anfíbio. Pena não serem o "padrão NATO".

O dardo pode ser equipado com torres hitfist a mesma que defendo para o pandur versão ACar, de 25mm, 30mm ou até 60mm. As torres possuem a opção de receber 2 lançadores  spike.

Abraço
« Última modificação: Fevereiro 21, 2020, 06:37:56 am por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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Kalil

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Re: Substituição dos M113
« Responder #95 em: Fevereiro 21, 2020, 05:17:53 pm »
Provavelmente é mesmo por não ter sido exportado. Isso e ter só um canhão de 25mm (munição que nós não usamos julgo eu), face aos concorrentes que usam sobretudo 30mm que já usamos nos Pandur. A questão do calibre afectaria também o Bradley. Mas mesmo esta questão dependeria se acharia necessário uniformizar os calibres médios ou se não fazia diferença em termos logísticos.

De resto, segundo a wikipedia, tem a opção de dois lançadores de Spike, o que é um ponto a favor.

Mas se conseguíssemos incluir num negócio uns 40 Dardo e uns 15 Centauro.... não me queixava!  ::)

Mas olhando para alternativas mais... exóticas... podemos ver o K-21 sul-coreano e o Type 89 japonês, sendo o primeiro inclusive anfíbio. Pena não serem o "padrão NATO".

Olha que o material coreano é capaz de ser padrão NATO, pelo menos os K-9 não tem tido problemas em ser exportados para a Europa.
Agora só me lembro do exército finlandês, mas acho que já há mais países a comprar aos coreanos.
Mas a Finlândia não é NATO..
E eles não são muito conservadores, tem equipamentos russos, polacos, suecos, coreanos, em primeira ou segunda mão. Desde que cumpra..

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Re: Substituição dos M113
« Responder #96 em: Fevereiro 22, 2020, 11:58:42 pm »
O dc estava a ser irónico, pois o "padrão NATO" é uma das desculpas habituais para não efectuar aquisições. Já agora, o K9 é também utilizado pela Noruega e os polacos e os turcos têm versões próprias.
Talent de ne rien faire
 

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dc

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Re: Substituição dos M113
« Responder #97 em: Fevereiro 23, 2020, 12:55:50 pm »
Exacto, por falar em material sul-coreano, os noruegueses também optaram pelo Maud que é um AOR sul-coreano que custa só metade do equivalente construído na Europa. Ou o LHD Dokdo que custa o mesmo que um LPD convencional estilo o que pretendemos construir.

Vários sistemas sul-coreanos parecem interessantes, e o seu IFV K21 é um deles, a AP K9 é outro.
 

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Re: Substituição dos M113
« Responder #98 em: Fevereiro 23, 2020, 04:38:24 pm »
Exacto, por falar em material sul-coreano, os noruegueses também optaram pelo Maud que é um AOR sul-coreano que custa só metade do equivalente construído na Europa. Ou o LHD Dokdo que custa o mesmo que um LPD convencional estilo o que pretendemos construir.

Vários sistemas sul-coreanos parecem interessantes, e o seu IFV K21 é um deles, a AP K9 é outro.


Nem fales DC. Se formos a ver a quantidade (e qualidade) de sistemas que há na Coreia do Sul graças ao vizinho do lado.
Bem saia de lá com um prejuizo. É de fragatas a destroyers a submarinos, misseis de cruzeiro, artilharia, MBT´s (o K2 para mim É o melhor tanque do mundo neste momento), etc....
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Kalil

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Re: Substituição dos M113
« Responder #99 em: Fevereiro 23, 2020, 05:36:00 pm »
Como pais periférico que somos, temos de arcar com todos as desvantagens que esse facto produz. Por outro lado, também não temos obrigatoriedade de prestar vassalagem a determinados blocos industriais.

Por isso não vejo qual o problema em adquirir material de guerra a países como a Coreia do Sul ou a África do Sul..
Turquia já não digo, pois será sempre um "aliado" complicado..

Em relação a este tópico, dos M113, se existir mesmo vontade de manter os BatMec, também não seria assim tão complicado quanto isso.

Só não compreendo bem qual a orientação do exército, porque tem mantido armas pesadas como os cc Leo2 e os M109, essenciais para uma heavy brigade, que no nosso caso será a BiMec. Mas, depois, falta o resto para ser mesmo uma brigada. Nem IFVs, nem proteção AA, etc..

Agora,  para formar dois Batalhões mecanizados, sera sempre necessário adquirir umas 100 viaturas deste género.

Mas os M113 podem ser aproveitados, os 30 ou 40 mais recentes pelo menos, para formar baterias de morteiro 120mm, plataforma para shorad, e vários veículos de engenharia.

Isto, se houver vontade em manter batalhoes mecanizados, coisa que eu não tenho como certa.

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PereiraMarques

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Re: Substituição dos M113
« Responder #100 em: Fevereiro 23, 2020, 07:37:10 pm »
A médio prazo, nomeadamente face à falta de efectivos, a BrigMec e a BrigInt, poderão ser fundidas numa Brigada Mecanizada Mista (mista, i.e., com rodas e lagartas).
 

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Re: Substituição dos M113
« Responder #101 em: Fevereiro 23, 2020, 07:49:14 pm »
A médio prazo, nomeadamente face à falta de efectivos, a BrigMec e a BrigInt, poderão ser fundidas numa Brigada Mecanizada Mista (mista, i.e., com rodas e lagartas).

Essa " Fundição " a ocorrer  :bang:, será a 2ª fase do Inicio do Fim do Exército Português e a sua transformação em FoDeTe!!!!!
Com o desinvestimento que está actualmente a acontecer nas FFAA e especialmente em meios humanos no Exército, num futuro muito próximo ficaremos reduzidos, em termos de UN manobra com efectivos completos a um BI Pandur um BI Vamtac, dois ECC, dois GAC, e ZERO de AAA !!!
Já me esquecia um BI Para e umas duas CCmds, + umas dezenas de OE's !!! :conf:

Abraços
« Última modificação: Fevereiro 23, 2020, 08:02:33 pm por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 
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Re: Substituição dos M113
« Responder #102 em: Fevereiro 23, 2020, 09:32:05 pm »
Não seria o fim do mundo ter apenas 2 brigadas, aliás, se fossem duas completas até nem seria assim tão mau em termos operacionais.
Não sei é onde iam enfiar tantos oficiais.. talvez criando 3 brigadas fantasma, Norte, Centro e Sul, só com uma companhia de oficiais cada..

Mas mesmo para isso, é necessário reforçar o inventário de viaturas. Há possibilidade de voltar a fabricar mais pandur? Senão terá de ser tudo à base de vamtac, o que já começa a ser mais complicado..
Outra hipótese será entrar uma nova viatura ao serviço, polivalente, que sirva de APC para os batalhões mecanizados e sirva também de base para as companhias de suporte, morteiros e artilharia rebocada, ambulância, etc..
Algo como o Griffon VBMR francês. Mas em modo baratinho, claro 😁

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Red Baron

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Re: Substituição dos M113
« Responder #103 em: Fevereiro 23, 2020, 09:36:54 pm »
A médio prazo, nomeadamente face à falta de efectivos, a BrigMec e a BrigInt, poderão ser fundidas numa Brigada Mecanizada Mista (mista, i.e., com rodas e lagartas).
Enquanto o CEME se mantiver isso não vai acontecer.
 

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Kalil

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Re: Substituição dos M113
« Responder #104 em: Fevereiro 23, 2020, 09:41:16 pm »
E para além dessa viatura, que juntamente com os pandur formaria uma base decente na brigada "mecanizada", uns 50 HMT da supacat, para equipar a brigada "ligeira" não ficavam nada mal.