Mas ainda não se deram conta que nas monárquias constitucionais europeias - que consideram exemplo a seguir por Portugal - o Chefe de Estado-Rei tem menos competências político-constitucionais e real intervenção sobre a vida político-partidária do que o Presidente da República Portuguesa.
Posto isto quais as reais possibilidades de um Rei poder ter uma "palavra" na formação e acção dum governo, no sistema de partidos e na acção legislativa? Nenhuma.
Acham que com um Rei não teriamos um "Bloco Central de Interesses", os mesmos PS ou PSD ou os seus sucedâneos? E agravado pelo facto de o Rei não poder mesmo "dizer", nem "fazer" nada?
Os desafios (políticos) de Portugal centram-se numa maior intervenção civíca dos cidadãos, na reformulação do sistema de partidos e, genericamente, por um nível cultural da população e das elites mais avançado e exigente, mais próximo, precisamente, da realidade das sociedades desenvolvidas da Europa Ocidental e do Norte.
Querem nos fazer convencer que, por exemplo, a Finlândia é radicamente diferente (para pior) da Suécia, por um ser uma Monárquia e outro uma República?
Deixem-se de "lirismos"