Ninguém se entende, e é este o problema. Querem tudo, mas não querem nada. Ora serve, ora não serve.
Antes de mais, um LST não transporta só tanques. É uma afirmação de pura ignorância. Depois dar o exemplo de Moçambique, meus caros, sai mais barato e é um processo bem mais rápido, evacuar cidadãos nacionais por via aérea, do que por via marítima. Um par de MRTT transporta mais gente que um LPD, em meia dúzia de voos. Se tiverem que evacuar 1000 cidadãos nacionais de lá, um LPD não chega, lá teremos de comprar um LHD ou pedir mais um LPD emprestado, ou continuar dependente de meios aéreos. Se for preciso evacuar 2000 pessoas, lá temos de arranjar um Nimitz. No fim de contas, nenhum meio será o ideal para essa situação, e estará sempre dependente de outros factores.
Quanto ao "Quem o abastece até ele lá chegar?" referente ao LST, o que acham que iria acontecer, se tivéssemos que enviar um LPD? Que o navio, com 500 civis a bordo, não ia precisar de ser reabastecido? Nem o navio de escolta? Ou ia o LPD sozinho, para águas onde há pirataria? Uma operação destas precisava no mínimo de 3 navios: AOR, LPD, escolta.
O LST 100 (ou o 120), não é a solução ideal, mas seria uma solução "stop gap", que dava alguma capacidade logística, capacidade de desembarque, capacidade de resposta a catástrofes e sem grandes encargos na sua manutenção, operação e guarnição reduzida.
Para mim a melhor solução, para a nossa Marinha, dada a situação de falta de efectivos e falta de dinheiro para a manutenção, seria algo na ordem dos Absalon ou Crossover 139, já que resolvem ambos os problemas.
Em alternativa, temos sempre a possibilidade de investir a sério na Marinha, comprando 2 ou 3 fragatas novas, com guarnições mais comportáveis e capacidades dignas de fragatas do século XXI. Aí sim, nem se colocaria a questão do LPD vir "roubar" uma fragata.