Clima mundial precisa de revolução energética, dizem EUA

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comanche

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Clima mundial precisa de revolução energética, dizem EUA
« em: Setembro 25, 2007, 02:52:56 pm »
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NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - A secretária norte-americana de Estado, Condoleezza Rice, disse na segunda-feira que para combater o aquecimento o mundo precisa de uma revolução energética que vá além do petróleo, do gás e do carvão.

"Afinal de contas, precisamos desenvolver e levar ao mercado novas tecnologias energéticas que transcendam o atual sistema de combustíveis fósseis, emissões de carbono e atividade econômica. Pondo de forma simples, o mundo precisa de uma revolução tecnológica", disse Rice a participantes de uma conferência especial da ONU sobre o tema.

O governo Bush em seu início minimizava a questão do aquecimento global e retirou o país do Protocolo de Kyoto, mas depois mudou de postura, especialmente diante de um recente relatório da ONU confirmando a ocorrência do aquecimento e atribuindo-o a atividades humanas, como a queima de combustíveis fósseis.

Nesta semana, Rice será a anfitriã de um encontro de dois dias entre os principais emissores mundiais de gases do efeito estufa.

O presidente George W. Bush é contra metas compulsórias para a redução das emissões, preferindo metas voluntárias, e critica o fato de o Protocolo de Kyoto só fazer exigências nesse sentido para os países ricos, isentando as nações em desenvolvimento.

Segundo Rice, combater o aquecimento exigirá uma resposta integrada, abrangendo preservação ambiental, segurança energética, crescimento econômico e desenvolvimento.

"Como forjamos esta resposta integrada é algo que tem grandes consequências, não só para o nosso futuro, mas também para o nosso presente, especialmente para milhões de homens, mulheres e crianças no mundo em desenvolvimento, cujos esforços para escapar da pobreza exigem um amplo e sustentado crescimento econômico e energia para alimentá-lo", disse a secretária.

Desde 2001, o governo dos EUA investiu quase 18 bilhões de dólares no desenvolvimento de fontes energéticas mais limpas, o que inclui tecnologias à base de hidrogênio, sepultamento permanente do dióxido de carbono emitido por usinas, avanços na energia nuclear e incentivos a combustíveis renováveis e à melhora na eficiência energética.

Enquanto o mundo busca um novo acordo contra as emissões para substituir o Protocolo de Kyoto, que expira em 2012, muitos países dizem que só limites compulsórios a tais emissões poderão fazer o setor privado restringir a poluição.

O secretário (ministro) britânico do Meio Ambiente, Hilary Benn, disse na segunda-feira que os EUA e outros grandes emissores precisam aceitar as metas compulsórias. "É inconcebível que a perigosa mudança climática possa ser evitada sem que isso aconteça", disse ele a jornalistas na ONU.

 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #1 em: Setembro 25, 2007, 05:31:10 pm »
É tudo muito bonito, mas a verdade é que ninguém tira aos americanos os SUV com 300 cv a gasolina. :roll:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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comanche

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« Responder #2 em: Setembro 25, 2007, 08:09:18 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
É tudo muito bonito, mas a verdade é que ninguém tira aos americanos os SUV com 300 cv a gasolina. :roll:


Enquanto não houver um governo americano que se comprometa realmente com o protocolo de Kioto, isso acontecerá, mas os Estados Unidos cada vez estão mais dependentes das importações de petróleo, parece que a breve prazo eles não têm outra escolha senão em traçar um novo rumo para o país.
 

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Luso

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« Responder #3 em: Setembro 25, 2007, 09:25:02 pm »
Não é o clima que precisa de revolução energética mas sim a nossa carteira e a nossa paz de espírito.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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comanche

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« Responder #4 em: Setembro 29, 2007, 02:26:16 pm »
Bush propõe fundo global para promover tecnologia limpa

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WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, pediu nesta sexta-feira uma forma "forte e transparente" para as nações medirem o progresso no combate às mudanças climáticas, mas afirmou que cada país deve estabelecer uma abordagem própria ao tratar da questão.

Em discurso na conferência dos principais países emissores do mundo, patrocinada pelos Estados Unidos, Bush também propôs a criação de um fundo global para promover tecnologia limpa.

Segundo Bush, é necessário uma meta de longo prazo para reduzir o aquecimento global, mas "cada nação vai planejar suas estratégias separadamente para obter avanços ao alcançar (esse objetivo)".

 

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André

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« Responder #5 em: Setembro 29, 2007, 05:39:49 pm »
Biocumbustíveis não vão aumentar a fome

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Os biocombustíveis não aumentarão a fome no mundo como sugerem os líderes cubano e venezuelano, reafirmou na sexta-feira o presidente do Brasil.

Ao visitar na sexta-feira as obras de construção da Universidade Federal do ABC (uma área de sete municípios da Região Metropolitana de São Paulo), em Santo André, Lula comentou que em África «não se planta um pé de cana [de açúcar] e ainda assim há fome».

«A fome não é por falta de alimento, mas sim por falta de dinheiro para comprar alimento», acrescentou Lula, numa resposta indirecta a Fidel Castro e Hugo Chávez, que têm contestado a produção de etanol através de cana-de-açúcar e milho, uma insistente proposta de George W. Bush.

A conferência episcopal brasileira também levantou fortes objecções a este projecto, indicando que a produção de biocombustíveis vai provocar a concentração de propriedade rural, aumentando o número dos sem-terra e referindo o regime desumano em matéria de baixo pagamento e enorme carga de trabalho na safra da cana.

Lula insistiu na necessidade de investimentos para que os países em vias de desenvolvimento possam produzir biocombustíveis, porque, «em vez de comprarem [petróleo] aos príncipes da Arábia», poderão fazê-lo «aos pobres de África e da América Latina».

O Brasil lidera a produção e exportação mundial de etanol extraído da cana-de-açúcar e Lula sublinhou os avanços na biotecnologia aplicados à produção de álcool carburante, que permitem uma colheita de cana por hectare 4,5 vezes maior do que em 1975.

O Presidente brasileiro comparou os biocombustíveis aos combustíveis fósseis e referiu que uma plataforma petrolífera custa 2.000 milhões de dólares (1.406 milhões de euros) para empregar 7.000 pessoas na construção e depois apenas gera dez por cento de postos de trabalho.

Lusa/SOL