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Economia => Portugal => Tópico iniciado por: TOMKAT em Novembro 19, 2005, 10:27:49 pm

Título: Cimeira Ibérica
Enviado por: TOMKAT em Novembro 19, 2005, 10:27:49 pm
Quase no final da Cimeira Ibérica (que estranhamente está a passar ao lado do fórum) que coelhos sairam da cartola:

- Prioridade ao traçado do TGV Lisboa-Madrid, cuja conclusão (anunciada) está prevista para 2013.

- Policiamento conjunto das águas territoriais fronteiriças para combate melhor eficácia no combate à emigração clandestina e ao narcotráfico.

- Criação de uma bolsa de emprego conjunta para jovens até aos 30 anos.

- Criação de um pólo tecnológico luso-espanhol em Braga (???).

À  margem da cimeira ressaltou a polémica que estalou em Espanha acerca da visita de Fujão Barroso,...quero dizer Durão Barrosa a convite de Zapatero, num jacto da força aérea espanhola, para um jantar secreto,
noticiado pela imprensa espanhola (conotada com o PP), na véspera da decisão de Bruxelas sobre a OPA da Gás Natural à Endesa (favorável aos interesses espanhóis diga-se de passagem), que vai criar o maior grupo no sector energético na Europa, essa mesma Europa que rejeitou a passagem do sector do gás natural para a EDP por considerar isso como a criação de um monopólio.
A contrapartida espanhola para essa cedência foi, segundo a mesma imprensa, a redução dos fundos comunitários detinados a Espanha
Título: Re: Cimeira Ibérica
Enviado por: Luso em Novembro 19, 2005, 10:42:45 pm
Citação de: "TOMKAT"
À  margem da cimeira ressaltou a polémica que estalou em Espanha acerca da visita de Fujão Barroso,...quero dizer Durão Barrosa a convite de Zapatero, num jacto da força aérea espanhola, para um jantar secreto,
noticiado pela imprensa espanhola (conotada com o PP), na véspera da decisão de Bruxelas sobre a OPA da Gás Natural à Endesa (favorável aos interesses espanhóis diga-se de passagem), que vai criar o maior grupo no sector energético na Europa, essa mesma Europa que rejeitou a passagem do sector do gás natural para a EDP por considerar isso como a criação de um monopólio.
A contrapartida espanhola para essa cedência foi, segundo a mesma imprensa, a redução dos fundos comunitários detinados a Espanha


Prioridades!
Um louvor à visão estratégica espanhola.
PT, olha esta...
Título: Re: Cimeira Ibérica
Enviado por: Leonidas em Novembro 20, 2005, 12:18:30 am
Saudações guereiras.

Citação de: "TOMKAT"
- Criação de um pólo tecnológico luso-espanhol em Braga (???).

Com a barraca que tá a ser o plano qualquer-coisa, ao menos assim terão, pelo menos, um argumento a favor do mesmo. Só digo para não pararem. A algum lado havemos de chegar.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: pedro em Novembro 20, 2005, 12:21:35 am
tambem digo o mesmo. :lol:
Título: Re: Cimeira Ibérica
Enviado por: manuel liste em Novembro 20, 2005, 05:59:55 pm
Citação de: "Leonidas"
Saudações guereiras.

Citação de: "TOMKAT"
- Criação de um pólo tecnológico luso-espanhol em Braga (???).
Com a barraca que tá a ser o plano qualquer-coisa, ao menos assim terão, pelo menos, um argumento a favor do mesmo. Só digo para não pararem. A algum lado havemos de chegar.

Cumprimentos


Según he leido en la prensa española, será un centro especializado en nanotecnologías y tecnologías de la información, con una inversión de unos 30 millones y una plantilla de 200 personas.

Hoy, es poco probable que la OPA de Gas Natural sobre Endesa triunfe, pese al apoyo político del gobierno español. El precio ofrecido es demasiado bajo. De todas maneras, todavían faltan meses para que finalice el proceso de oferta, y el resultado final puede deparar sorpresas.
Título:
Enviado por: papatango em Novembro 21, 2005, 12:44:28 am
Do meu ponto de vista, o problema grave no que respeita a esta cimeira, é a questão do TGV.

Mais uma vez, os espanhóis forçaram-nos a baixar as calças.

Toda a gente sabe que nossa principal linha de comunicação com a Europa é o eixo Aveiro-Vilar Formoso-Salamanca.

Para nos ligarmos à Europa, é um absurdo passar por Madrid. É como se fizessemos um TGV Lisboa-Porto que fizesse um desviozinho ali por Castelo Branco, que como toda a gente sabe, fica mesmo em caminho.

A Espanha, recusou-se sequer a pensar nessa possibilidade. Sócrates foi encostado à parede.

Nós pagamos uma linha (Lisboa-Badajoz) que não tem absolutamente mais nenhuma função que rentabilizar a linha Madrid-Badajoz, que nunca nem em mil anos poderia ser rentável.

Mas, Madrid-Lisboa, já tem possibilidades de ser rentável, ou de pelo menos não ser o buraco económico em que o TGV ameaça transformar-se.

Se não fosse a incrível carga de subsidios, o TGV seria total e absolutamente inviável. O TGV não consegue concorrer com o combóio, e só o faz, enquanto tiver subsidios.

Além do mais, os Espanhóis também querem o aeroporto na OTA, porque  SÓ com o aeroporto na OTA, a ligação aérea Lisboa-Madrid ficará mais lenta e complicada que a ligação por TGV. Assim, quem quer ir para Madrid, entre ir apanhar o avião em cafundós do Judas, e pegar o TGV, preferirá o TGV.

Os espanhóis não querem o aeroporto de Lisboa em Lisboa, porque isso pode complicar os planos para o TGV e as empresas portuguesas estão em vantagem sobre as espanholas em Lisboa.

A Portela tem que ser destruida. Essas são as ordens de Castela para José Socrates.

A Máfia, em toda a sua magnificência.
Título: Re: Cimeira Ibérica
Enviado por: Leonidas em Novembro 21, 2005, 02:20:04 am
Saudações guerreiras, Manuel Liste.

Citação de: "manuel liste"
Hoy, es poco probable que la OPA de Gas Natural sobre Endesa triunfe, pese al apoyo político del gobierno español. El precio ofrecido es demasiado bajo. De todas maneras, todavían faltan meses para que finalice el proceso de oferta, y el resultado final puede deparar sorpresas.


De certeza que, pelo que também veio a publico, não contava de ver o tal plano espanhol pois não? Espero que agora passe a acreditar mais que os portugueses, eu incluido - porque discordo totalmente das prioridades e atitudes do governo de Portugal em relação a Espanha - têm mais razões para desconfiar de tudo ou quase tudo que vem desse lado. Vocês só têm razões para festejar. Aquilo que eu queria é que nós as tivessemos também, por serem legitimas essas pretenções, mas parece que o "deus" Bruxelas não quer que seja assim. Vamos ver se haverá um precedente, nas leis "divinas", para Espanha. Para mim a batota já é visivel, mas isto sou eu que sou palhaço.

A questão não é essa Manuel. Nem sei como essa noticia veio a publico. Se calhar algum dia teria que se discutir esta OPA. Estamos no ínicio (?) e acho que o que sabemos ainda é controlado, para não se levantarem suspeitas, é que com a verdade também se engana. Aquilo que veio a publico é, talvez para já, aquilo que se queira saber, por isso falta contar o resto, se houver, claro. Quero dizer com isto que isto tudo, a meu ver serve só para desviar as atenções de algo que se quer incubrir ou que estará para vir mais tarde. Atanção que isto é uma opinião muito pessoal, ok?

Vocês (espanhóis) negociaram muito bem com o Durão Barroso. O resto é conversa fiada (ese és otro cantar). O essencial está feito e conseguiram-no genialmente. Apresentaram ao ministro português da ecónomia o facto consumado da OPA entre empresas espanholas, dado que, se fossemos pela ética, tal nem sequer deveria ser feito por Espanha, porque estamos a falar do mercado "livre" ibérico e não do mercado espanhol. Assim Espanha tem essas empresas na sua posse, sem interferência estrangeira, porque inteligentemente reconhecida como estratégico, para vocês tentarem o domínio do mercado ibérico onde Portugal se encontra agora mais fragilizado. Vocês podem cantar á vontade. Eu até deixo. Eu dou uma mãozinha (yo echo una mano).

Nós já há (hace) muito tempo que nos têm vindo a dizer que a concentração do mercado em Portugal por empresas portuguesas não é possível. Porque será, Manuel? Porque será? Acredita em bruxas?

Já agora, acredite que reconheço o esforço dos espanhóis para ficarem com aquilo que é vosso, por todos os meios possíveis e imaginários. Posso é não concordar com eles.

Nunca troquem a OPA por fundo comunitários, nunca façam isso. Reconhecerei que esse é exatamente aquilo que se espera fazer, tendo em vista o futuro do vosso desenvolvimento. A questão dos fundos comunitários a menos para Espanha é para desviar as atrenções. Concorda comigo? se calhar nem vocês estavam á espera da tal benesse "divina" do Barroso. Sabe porquê? Ele já é cidadão europeu, o resto é conversa.

Digo o mesmo, Manuel, vamos aguardar pelo final deste caso que já o classifiquei como "paranomal".

---------------------------

A questão do TGV é outra. Filicitaciones al gobierno de España. É de se lhe tirar o chapéu na maneira como quer contribuir para o desenvolvimento de Portugal. É assim preferivel, do que estar a dizer mal do governo português. É que com os espanhóis vamos a algum lado, nem que seja para a cama com eles. Aqueles 13 milhões de euros para os estudos vieram mesmo a calhar, é que realmente há, ainda, muita gente com bom coração neste mundo e como estamos mesmo a precisar do TGV, por isso, ora nem mais.

Cumprimentos/Saludos
Título:
Enviado por: emarques em Novembro 21, 2005, 03:35:55 am
Citação de: "papatango"
Toda a gente sabe que nossa principal linha de comunicação com a Europa é o eixo Aveiro-Vilar Formoso-Salamanca.
Hoje em dia, sem dúvida. Antes que os governos de Cavaco Silva construíssem o IP5 (acompanhado por estradas decentes do outro lado da fronteira)? Já não sei, mas acho que nem por isso. As "principais linhas de comunicação" ficam um pouco onde se quiser.

Citar
Para nos ligarmos à Europa, é um absurdo passar por Madrid. É como se fizessemos um TGV Lisboa-Porto que fizesse um desviozinho ali por Castelo Branco, que como toda a gente sabe, fica mesmo em caminho.

Penso que está a exagerar um bocado. Verificando a distância por estrada, a ligação mais rápida entre Lisboa e Irún é de 970 km (A1 -> IP6 -> IP2 -> IP5 -> Espanha) enquanto que passando por Madrid é de 1112km. A diferença é proporcionalmente bastante menor do que seria a passagem por Castelo Branco. Isto considerando que o trânsito se destina ao Norte da Europa e que Irún seria o melhor ponto de acesso a França. Numa ligação Lisboa-Marselha a diferença seria ainda menos pronunciada.
Título:
Enviado por: ferrol em Novembro 21, 2005, 09:20:50 am
Citação de: "papatango"
Nós pagamos uma linha (Lisboa-Badajoz) que não tem absolutamente mais nenhuma função que rentabilizar a linha Madrid-Badajoz, que nunca nem em mil anos poderia ser rentável.
¿Pagar?¿Pagar qué?¡Pero se o presidente portugués acaba de anunciar que non ten recursos para a liña e a retrasa deica o ano 2.013!
(http://www.forumdefesa.com/forum/viewtopic.php?p=29078#29078)

Así, efectivamenete, non vai ser rendible. 0 euros invertidos, 0 euros de beneficio.
Citação de: "pt"
Toda a gente sabe que nossa principal linha de comunicação com a Europa é o eixo Aveiro-Vilar Formoso-Salamanca.
Pois eso llo di ós alcaldes da eurorrexión Galicia-Norte de Portugal, que pretendían saca-la súa producción conxunta a través dos portos de Coruña, Vigo e Porto gracias ó AVE de mercadorías e agora van ter que agardar outra década...
http://www.lavozdegalicia.es/buscavoz/ver_resultado.jsp?TEXTO=4241602&lnk=ALTA,VELOCIDAD
Citar
el Gobierno portugués tiene que ser comprensivo con lo que es decisivo para el desarrollo de Galicia y del norte de Portugal. Una conexión ferroviaria decente es fundamental
(Rui Rio, Alcalde de Porto)

En fin, unha mágoa que teñamos que pagar moitos pola mala xestión duns poucos...
Título:
Enviado por: manuel liste em Novembro 21, 2005, 11:15:41 am
Citação de: "Leónidas"
Vocês só têm razões para festejar

¿Quienes somos "nosotros"?. Los accionistas de Endesa nada tienen que festejar, por el momento. A mí me parece que el Presidente del gobierno de España y el señor Barroso no tenían que haberse reunido para hablar sobre una OPA entre empresas privadas. Por cosas como esa yo no voté ni votaré al señor Zapatero.

Citar
Estamos no ínicio (?) e acho que o que sabemos ainda é controlado, para não se levantarem suspeitas

La última palabra la tendrán siempre los accionistas de Endesa. Sepa que la OPA es no deseada (hostíl), y los expertos consideran que el precio que se quiere pagar es bajo. Esos hechos no los cambiará el gobierno español ni nadie, excepto la compañía opante (Gas Natural).

De momento, Endesa está haciendo todo lo posible para que la OPA fracase.

Citar
se fossemos pela ética, tal nem sequer deveria ser feito por Espanha, porque estamos a falar do mercado "livre" ibérico e não do mercado espanhol. Assim Espanha tem essas empresas na sua posse, sem interferência estrangeira, porque inteligentemente reconhecida como estratégico, para vocês tentarem o domínio do mercado ibérico onde Portugal se encontra agora mais fragilizado.

Estoy de acuerdo. Tal vez la OPA debería haber sido analizada por la UE, porque el asunto tiene una innegable repercusión sobre otros paises.

Las compañías portuguesas seguirán siendo más pequeñas que las líderes españolas, hagan lo que hagan las compañías españolas, porque el mercado español es mucho mayor. Endesa ya es una gran compañía multinacional. La OPA no es estratégica para España, sino para una empresa sola.

Citar
Nós já há (hace) muito tempo que nos têm vindo a dizer que a concentração do mercado em Portugal por empresas portuguesas não é possível. Porque será, Manuel? Porque será? Acredita em bruxas?

No es porque sea la voluntad del gobierno español.

Citar
Nunca troquem a OPA por fundo comunitários, nunca façam isso


Esa supuesta pérdida de fondos comunitarios a cambio del visto bueno a la OPA no puede ser verídica. Son comentarios de cierta prensa, nada más.

Los fondos comunitarios se reducirán por otras razones, el PIB per capita español ha subido mucho respecto a la media europea.

Papatango: la red ferroviaria española no tiene porque adaptarse a las necesidades portuguesas. Una línea de TGV cuesta mucho dinero, y el gobierno español responde ante los votantes españoles. Lo mismo hace el gobierno portugués cuando aplaza la construcción del TGV.

Una línea de TGV Vilar Formoso-Salamanca-Irún respondería a las necesidades de Portugal, no a las de España. Bastante hace el gobierno español construyendo la línea Madrid-Badajoz que, como usted dice, no tendría ningún sentido sin su prolongación hasta Lisboa.

Creo que a los españoles les da exactamente igual lo que haga el gobierno portugués con el aeropuerto de Lisboa.
Título:
Enviado por: TOMKAT em Novembro 21, 2005, 10:12:49 pm
Outro resultado da Cimeira Ibérica...

A pedido do governo espanhol, 5, repito 5 elementos da GNR vão completar o contingente espanhol que vai patrulhar a fronteira entre Gaza e Rafa, na fronteira entre a faixa de Gaza e o Egipto no âmbito de uma missão da UE.

Segundo o Ministro António Costa correspondemos a um pedido do governo espanhol.
Compreensível a resposta positiva, mas 5, apenas 5??? :conf:
Será que os espanhóis estão assim tão mal que não conseguem arranjar mais 5 elementos das suas próprias forças de segurança?
Ainda por cima o ministro a dizê-lo com o ar mais feliz do mundo, como se fosse uma grande coisa.
...5???
Só se fôr para fazerem um torneio ibérico de sueca nas horas de lazer, e haver 2 equipas lusas (+1 supulente) para lhe chamarem Torneio Ibérico.
Título:
Enviado por: Leonidas em Novembro 22, 2005, 01:11:08 am
Saudações guereiras, M.Liste.

Citação de: "manuel liste"
Las compañías portuguesas seguirán siendo más pequeñas que las líderes españolas, hagan lo que hagan las compañías españolas, porque el mercado español es mucho mayor. Endesa ya es una gran compañía multinacional. La OPA no es estratégica para España, sino para una empresa sola.

Sem dúvida, Manuel, é perfeitamente normal que o tamanho de uma grande maioria de empresas espanholas em relação ás portuguesas sejam maiores, isso é obvio, porque o mercado espanhol foi sempre maior que o português. Porém (pero/sin embargo) há aqui uma coisa que há que ter en conta, se não estou em erro. As negocições para o mercado ibérico é de estado para estado e não exclusivamente entre empresas dos dois países e isso faz com que tenha forçosamente que haver um equilibrio e não uma jogada qualquer unilateral quer de ESpanha ou Portugal.

Citação de: "manuel liste"
Los fondos comunitarios se reducirán por otras razones, el PIB per capita español ha subido mucho respecto a la media europea.


Da maneira como interpretei essa notícia foi como sendo mais ou menos uma desculpa para atenuar o efeito da noticia em relação ao jantar entre o Durão e o Zapatero e as manobras das empresas de que estamos hablando.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: PereiraMarques em Novembro 22, 2005, 01:16:08 am
Citação de: "TOMKAT"
Outro resultado da Cimeira Ibérica...

A pedido do governo espanhol, 5, repito 5 elementos da GNR vão completar o contingente espanhol que vai patrulhar a fronteira entre Gaza e Rafa, na fronteira entre a faixa de Gaza e o Egipto no âmbito de uma missão da UE.

Segundo o Ministro António Costa correspondemos a um pedido do governo espanhol.
Compreensível a resposta positiva, mas 5, apenas 5??? :conf:
Será que os espanhóis estão assim tão mal que não conseguem arranjar mais 5 elementos das suas próprias forças de segurança?
Ainda por cima o ministro a dizê-lo com o ar mais feliz do mundo, como se fosse uma grande coisa.
...5???
Só se fôr para fazerem um torneio ibérico de sueca nas horas de lazer, e haver 2 equipas lusas (+1 supulente) para lhe chamarem Torneio Ibérico.

Segundo o "Público" o total de polícias/observadores da União Europeia será de 50/70. Logo a participação de 5 elementos da GNR, adequa-se à dimensão, nomeadamente demográfica, do nosso país.

Citar
Cinco militares da GNR vão integrar continente espanhol na Faixa de Gaza/Egipto
21.11.2005 - 17h35   Lusa
 
Cinco militares da Guarda Nacional Republicana (GNR) integrarão o contingente espanhol que vai patrulhar o posto fronteiriço de Rafah, entre a Faixa de Gaza e o Egipto, disse hoje o ministro da Administração Interna.

"Durante a cimeira lusa-espanhola, o Governo espanhol pediu a Portugal para disponibilizar cinco elementos da GNR para integrarem o contingente que se vai deslocar para Rafah, tendo o Governo português manifestado a disponibilidade", disse António Costa, à margem da celebração de um protocolo entre o seu ministério e as empresas Brisa e Galp para a prevenção da sinistralidade rodoviária.

"Neste momento decorrem contactos para formalizar a integração dos cinco elementos na força espanhola", acrescentou o ministro.

Entretanto, os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia decidiram hoje enviar uma missão de observadores para a fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egipto, para ajudar o processo de paz israelo-palestiniano.

Os primeiros 20 observadores da UE deverão estar já no terreno na sexta-feira, quando a fronteira reabrir.

No total a missão, que integra também elementos alemães, contará com 50 a 70 elementos e será chefiada pelo major-general italiano Piero Pistolese.

A reabertura do terminal de Rafah, ponto de passagem entre a Faixa de Gaza e o Egipto, põe termo ao isolamento de 1,3 milhões de palestinianos.


Fonte: http://www.publico.clix.pt/shownews.asp ... idCanal=18 (http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1239587&idCanal=18)

Cumprimentos
B. Pereira Marques
Título:
Enviado por: Leonidas em Novembro 22, 2005, 01:27:26 am
Saudações guerreiras.

Citação de: "papatango"
Para nos ligarmos à Europa, é um absurdo passar por Madrid. É como se fizessemos um TGV Lisboa-Porto que fizesse um desviozinho ali por Castelo Branco, que como toda a gente sabe, fica mesmo em caminho.


Eu até me atrevo a ir mais longe. Diria que até nem é necessário atravessar a Espanha para chegar ao resto da europa. Afinal para que é que servem os ferries?! Será que não é economicamente viável esta solução? Assim podiamos aceder a mercados mais longíncos. Quantos camiões não poderão serem transportados por um só navio? Centenas deles.

Ainda há outra coisa que joga a desfavor da implantação do TGV no caso de Portugal que, a meu ver, tem a ver diretamente com o transporte de mercadorias. O TGV não permite isso ou só se tornarem este meio de transporte adaptável a essa finalidade. Outra coisa que creio que está a escapar, dada a nossa posição geográfica, é a questão de haver alguma greve no espaço espanhol. Como vai circular um TGV partindo de Lisboa para Paris?

Só isso faz com que não seja viável. Vejam o que se passa quando há qualquer revindicação dos camionistas espanhois. Nem a guarda Civil tem hipótese de escoltar as colonas de frotas portuguesas. Nós que não temos nada a ver lá com os problemas deles acabamos sempre por levar por tabela. Vejam só se a solução não está pelo mar, "...penso eu de que."

Cumprimentos
Título:
Enviado por: emarques em Novembro 22, 2005, 03:43:18 am
Citar
Eu até me atrevo a ir mais longe. Diria que até nem é necessário atravessar a Espanha para chegar ao resto da europa. Afinal para que é que servem os ferries?! Será que não é economicamente viável esta solução? Assim podiamos aceder a mercados mais longíncos. Quantos camiões não poderão serem transportados por um só navio? Centenas deles.

Alhos/bugalhos.

Claro que o transporte fluvial e marítimo é muito mais económico. (Como exemplo há o estudo que dizia que transportar o vinho de Peso da Régua por barco até Liverpool era mais barato que transportá-lo de camião até ao Porto.) Só que em muitos casos a utilização dos portos não é viável, seja porque o transporte é urgente (um cargueiro não é exactamente rápido) ou por qualquer outra razão.

Claro que é importante construir acessos aos portos de mar, e muito provavelmente a opção naval (tal como a opção ferroviária) é pouco aproveitada pelos exportadores portugueses. Só que nem todo o tráfego numa via de comunicação é carga para se colocar em porta-contentores.

Dito isto, eu continuo a achar que a nossa infraestrutura ferroviária é tão "merdosa" que o CAV (Comboio de Alta Velocidade, já agora, usemos uma sigla portuguesa ;)) não vai resolver nada. O comboio está agonizante neste país (muito por culpa da "política do betão") e seria preciso um esforço muito grande para o reavivar. O CAV é uma medida avulsa e que de certeza não vai ter grande seguimento na política de transportes, e para isso mais vale não fazer nada.
Título:
Enviado por: Leonidas em Novembro 22, 2005, 07:37:58 am
Saudações guerreiras, Emarques.

Citação de: "emarques"
Alhos/bugalhos.
Claro que o transporte fluvial e marítimo é muito mais económico. (Como exemplo há o estudo que dizia que transportar o vinho de Peso da Régua por barco até Liverpool era mais barato que transportá-lo de camião até ao Porto.) Só que em muitos casos a utilização dos portos não é viável, seja porque o transporte é urgente (um cargueiro não é exactamente rápido) ou por qualquer outra razão.
Atenção que as mercadorias também têm que ser transportadas até ao seu destino e isso pode não ficar mesmo ao lado dos portos marítimos. Por isso a minha sugestão vai para o transporte de camiões com respetivas cargas, para atenuar o impacto negativo de uma redução de postos de trabalho nas empresas terrestres de mercadorias.
E para que no destino não haja a necessidade de contratar terceiros para fazer aquilo que os próprios portugueses podem fazer.

Outra questão que, a meu ver, faz todo o sentido e que também poderá mais que comprovar a viabilidade destas medidas, é o próprio processo de produção de aviões Airbus. Quantas fábricas não existem espalhadas pela Europa? Onde é que se situa a montagem final? Não é em Toulouse? Toulouse que fica bem no interior da França, será que por causa disso os preços dos aviões ficaram mais caros? Claro que não. Segundo os peritos estes métodos de produção são mais baratos e eficientes por comparação com a Boing.  

Citação de: "emarques"
Claro que é importante construir acessos aos portos de mar, e muito provavelmente a opção naval (tal como a opção ferroviária) é pouco aproveitada pelos exportadores portugueses. Só que nem todo o tráfego numa via de comunicação é carga para se colocar em porta-contentores.
Neste momento a opção naval é a mais indicada para os nossos interesses. A opção ferroviária, tal como as coisas estão programadas, não só na Europa, mas também entre Portugal e Espanha, não nos é favorável. Temos sempre que negociar e mesmo assim estamos sempre dependentes deles, mesmo que assinemos acordos. E para quê? Para que mais tarde não venham a ser cumpridos??? Onde é que já vimos isso?? Negociar, quando há outras possibilidades mais que aceitáveis sem serem exploradas, é uma autêntica burrice. Negociar implica sempre que tenhamos que fazer cedências, e  para quê, se temos outras alternativas sem ceder um milímetro naquilo que nos pertence???

Existem outras questões que tornam as coisas não fáceis como horários específicos, pessoal qualificado, tráfego, etc, que não abonam nada a nosso favor, também.

Cada vez mais desconfio que há uma crescente pressão por parte de Espanha nesta questão, pura e simplesmente por causa dos sues interesses, seguramente, e nada mais. O resto é conversa.
Se os espanhóis querem que tenhamos o CAV ou outra coisa qualquer, então que o paguem na totalidade. Assim penso que é mais justo, sem bem que não concorde na mesma, porque de resto é estarmos a investir num elefante branco num curto espaço de tempo. Se calhar isto tudo tem a ver com o medo de não queremos perder o comboio da Europa, por isso temos que andar á mesma velocidade. Mesmo que nunca venham a atingir velocidades na ordem dos 300 Km/h, ou mais, teremos sempre o orgulho de ter um TGV, ou seja, andamos tão depressa como os outros da Europa, tão desenvolvida como a “nossa”, mesmo que virtualmente. Isto lembra-me uma anedota.

“Nós” cada vez mais gostamos de ser “enganados” e parece que não há solução á vista. Tanta sabedoria produzida neste país, mas que muito pouca é aplicada inteligentemente, mesmo pelo estado.

Só cerca de 12% das mercadorias na Eurapo são transportades via comboio por causa das mais diversas imcompatibilidades. Nos EUA pela mesma via circulam só 4 vezes mais mercadorias. Mais uma razão para apostarmos numa frota naval para investirmos também na nossa indústria de construção naval.

Citação de: "emarques"
Dito isto, eu continuo a achar que a nossa infraestrutura ferroviária é tão "merdosa" que o CAV (Comboio de Alta Velocidade, já agora, usemos uma sigla portuguesa ;)) não vai resolver nada. O comboio está agonizante neste país (muito por culpa da "política do betão") e seria preciso um esforço muito grande para o reavivar. O CAV é uma medida avulsa e que de certeza não vai ter grande seguimento na política de transportes, e para isso mais vale não fazer nada.

Culpas para o Dom “Acabado” Silva. Foi ele quem começou por causa da política do asfalto. Entretanto não se ficou só por aí. Mandou encerrar uma não sei quantas linhas ditas de não rentáveis. Só para lembrar(-me) que algumas estações nas linhas secundárias com bitola diferente estavam em muito mau estado de conservação no norte, relativamente perto do Porto, não me lembro dos nomes -  sei que foram umas poucas e isto já lá vai uns bons anos. Estruturas essas que são antiquíssimas e algumas delas aposto que tem um elevado valor patrimonial devido à sua traça arquitectónica única culpa para os outros que continuaram a mesma ou nenhuma política, em relação a estes assuntos. Culpas para que lhe seguio, porque também não fez a ponta de um corno par tornar as coisas mais úteis (aproveitamento turistico). AS Scuts são bem melhores.

A linha que liga Guarda à Covilhã. Fiz esse itenerário diversas vezes só para conhecer. Paisagens maravilhosas e espetaculares relevos, durante o precursso. A linha era ou ainda é um autêntico nojo, para não falar do próprio comboio que conseguia ser mais velho que o meu avô.

Como somos todos ricos e não sabemos o que fazer ao dinheiro, porque gostamos de gastá-lo na gasolina, nem que seja para andar 500 metros, mesmo que ela esteja a 2 euros o litro, nunca fará diferença este tipo de prioridades/opções.

O que interessa é encher o olho e continuarmos com ilusões quanto ao nosso modelo de desenvolvimento supostamente (e dito) sustentando. Acho que só estamos a ser coerentes connosco próprios, afinal nascemos ou não na cepa torta? Se não nascemos, temos muito essa predisposição, muita inclinação para ela. Deve ser para treinar a vénia a um par de jarras que eu cá sei.

Reparemos que nem sequer temos uma ligação ferroviária de e para Sines, á rede nacional, sabendo nós o que isso que representa no final e os prejuízos de não ter tal via estruturante.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: manuel liste em Novembro 22, 2005, 10:30:00 am
Citação de: "Leonidas"
Sem dúvida, Manuel, é perfeitamente normal que o tamanho de uma grande maioria de empresas espanholas em relação ás portuguesas sejam maiores, isso é obvio, porque o mercado espanhol foi sempre maior que o português. Porém (pero/sin embargo) há aqui uma coisa que há que ter en conta, se não estou em erro. As negocições para o mercado ibérico é de estado para estado e não exclusivamente entre empresas dos dois países e isso faz com que tenha forçosamente que haver um equilibrio e não uma jogada qualquer unilateral quer de ESpanha ou Portugal.

Se não lhes agrada o mercado único, saiam-se dele. Por esse mercado único, e não por outra coisa, a EDP é dona da espanhola Hidrocantábrico.

Repito: a OPA é entre empresas privadas, e decidirão investidores privados, não o governo espanhol.

Citar
Eu até me atrevo a ir mais longe. Diria que até nem é necessário atravessar a Espanha para chegar ao resto da europa. Afinal para que é que servem os ferries?! Será que não é economicamente viável esta solução? Assim podiamos aceder a mercados mais longíncos. Quantos camiões não poderão serem transportados por um só navio? Centenas deles.


Um comentário interessante. Há uma política européia que tem esse objetivo de transladar caminhões em navios por rotas chamadas "auto-estradas do mar", com a finalidade de reduzir o tráfico pesado.

Não está pensado para o tráfico de pessoas, só para mercadorias.

Há vários portos atlânticos interessados em ter escalas dessas "auto-estradas". Creio que Leixoes competirá com Vigo, Gijón e Bilbao nessa carreira.

Há ferries entre Grã-Bretanha e os portos espanhóis de Bilbao e Santander, mas o tráfico que poupam é pouco. Os ferries têm lógica para ir a ilhas, a outros destinos não compensa por sua lentidão.

PS: O transporte ferroviário está a ganhar usuários em Espanha. O metro e as linhas de cercanias são as que têm mais tráfico, mas as que mais aumentam clientes são... as linhas TGV.
Título:
Enviado por: Leonidas em Novembro 22, 2005, 10:10:59 pm
Saudações guerreiras.

Citação de: "M.Liste"
Se não lhes agrada o mercado único, saiam-se dele. Por esse mercado único, e não por outra coisa, a EDP é dona da espanhola Hidrocantábrico.

Repito: a OPA é entre empresas privadas, e decidirão investidores privados, não o governo espanhol.


M. Liste, a mim tanto me agrada (me gusta) vocês em Portugal como nós (nosotros) em Espanha. Mais fácil é assim o clima para se resolverem todos os problemas entre os dois países. Eu não tenho problemas em relação ao MIBEL, desde que, Espanha (empresas e o governo) cumpram os acordos que venham (vengam) a assinar (firmar) com Portugal (empresas e o governo).

Peace, love and rock & roll.

Cumprimentos/saludos
Título:
Enviado por: ferrol em Novembro 23, 2005, 08:07:06 am
Citação de: "Leonidas"
M. Liste, a mim tanto me agrada (me gusta) vocês em Portugal como nós (nosotros) em Espanha.
Pois a min, mentres teñan boa relación calidade/prezo e respeten o medio ambiente, dame igual se son portuguesas ou mozambiqueñas.
Título:
Enviado por: TOMKAT em Novembro 23, 2005, 11:06:03 pm
Um bocado off-tópic, mas tudo o que mexe com Espanha, mexe muito muito com Portugal, aqui vai um artigo interessante pelo conteúdo do correspondente em Espanha do Expresso publicado no caderno "Actual" de sábado passado...
Citar
Um totem derrubado?

Um dos pactos não-escritos mais respeitados pela classe política espanhola que protagonizou a transição, e que de imediato foi assumido sem alterações pelos diferentes Governos que regeram os destinos desta nação nos últimos trinta anos, está a romper-se perigosamente.
A figura do Rei Juan Carlos, tema tabu até há bem pouco tempo, está a começar a ser objecto de ataques directos e públicos a partir de instâncias associadas ao espectro político da direita nacional.

Neste país de contrastes, é a esquerda, históricamente republicana, quem de modo mais activa está a defender o Rei e a denunciar os excessos dos seus críticos.
As teses dos adversários são as de que Juan Carlos, em particular, naõ está a intervir num conflito que, na opinião desses sectores da direita política, coloca em perigo a própria existência de Espanha: a reforma dos estatutos de autonomia de algumas comunidades (Catalunha e País Basco, essencialmente) que aspiram a maiores quotas de auto-governo.
E que, em geral, oRei tem mantido melhores relações com os grupos políticos de esquerda do que com os de direita.
Os ataques vêm de alguns programas da cadeia radiofónica COPE (propriedede da Conferência Episcopal espanhola) e do diário «El mundo»,
dirigido por Pedro J. Ramirez, onde se critica asperamente a suposta passividade do Rei, ignorando a propósito que a Constituição de 1978, elaborada com um grau de consenso entre as esquerdas e as direitas como nunca tinha acontecido em Espanha, consagra explicitamente o papel meramente arbitral do Rei. O Rei reina, mas não governa, segundo a carta magna.

Em virtude deste «totem» derrubado, o monarca começa a receber afrontas jornalisticas sobre a qualidade dos seus amigos, os seus gostos em matéria de amores, os seus negócios...Parece que estão a apresentar a factura pela sua suposta traição à memória de Franco, pela sua recusa em patrocionar uma corte como aquela que em boa medida propiciou a queda de vários dos seus antecessores, por se permitir o luxo de manter relações cordiais com todos os partidos, incuindo os de esquerda.
Com á lógico, Nem o Rei nem os que o rodeiam proferiram qualquer palavra, tomaram qualquer atitude ou esboçaram o mínimo gesto perante esta campanha.

                                                         
Angel Luis de La Calle


"Nem tudo vai bem no reino de Matusalém" :roll:
Título:
Enviado por: Leonidas em Novembro 24, 2005, 12:18:14 am
Saudações guerreiras, Ferrol.

Estou de acordo consigo.

Cumprimentos/Saludos.