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Geopolítica-Geoestratégia-Política de Defesa => Portugal => Tópico iniciado por: typhonman em Janeiro 29, 2022, 12:18:02 am

Título: Revisão LPM 2022
Enviado por: typhonman em Janeiro 29, 2022, 12:18:02 am
Votação Revisão LPM
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: HSMW em Janeiro 29, 2022, 12:31:59 am
Atualização das tabelas salariais de modo a conseguir ter efetivo para guarnecer esses meios.
Sem palhaços não há circo.
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: Lightning em Janeiro 29, 2022, 09:20:27 am
Todos são importantes de um modo geral, mas especificamente à ameaça a leste, acho muito importante adquirir capacidade A/C moderna.
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: tenente em Janeiro 29, 2022, 10:01:37 am
Todos são importantes de um modo geral, mas especificamente à ameaça a leste, acho muito importante adquirir capacidade A/C moderna.

E capacidades AAA !!

Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: nelson38899 em Janeiro 29, 2022, 10:15:33 am
Neste momento o mais importante é impedir que a armada russa do norte vá em apoio às forças terrestres, logo umas fragatas bem equipadas e mais um sub fariam toda a diferença.
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: typhonman em Janeiro 29, 2022, 11:26:19 am
Atualização das tabelas salariais de modo a conseguir ter efetivo para guarnecer esses meios.
Sem palhaços não há circo.

Sim já faltava essa...
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: Charlie Jaguar em Janeiro 29, 2022, 01:10:57 pm
Eu respondi todos, agora só falta o cheque de pelo menos 20 mil milhões de euros. :mrgreen:
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: dc em Janeiro 29, 2022, 01:31:35 pm
Todos são importantes de um modo geral, mas especificamente à ameaça a leste, acho muito importante adquirir capacidade A/C moderna.

Esse é o problema mais fácil de resolver, pois é também o mais barato de todos os listados, e pode ser feito gradualmente (batches de 50 mísseis por exemplo). Só não se faz porque não se quer. Os outros, é que são mais dispendiosos e demorados.

No entanto, com as tensões a Leste, não devíamos ser obrigados a escolher um, era de esperar que o Conselho Superior de Defesa Nacional chegasse à conclusão que tem que se resolver a maioria destes problemas o mais rápido possível.

-Novas fragatas é prioridade para começar quanto antes, apesar deste programa apresentar resultados passado 3 ou 4 anos, mas já se sabe que as VdG não dão conta do recado. Quanto mais tarde se começar, pior.
-Os F-35 não são prioridade, já que o seu custo seria equivalente a quase todos os outros programas listados, somados. Podemos muito bem esperar até 2030 por eles.
-O upgrade V valia a pena pelo radar AESA, e dada a urgência da situação, fazia algum sentido. Mas não sustinha a minha respiração por isso.
-Sistemas AA (no seu todo, curto, médio e longo alcance) estão facilmente no top 3 das prioridades. No mínimo curto e médio alcance. Reforço do stock de MANPADS.
-Reforço da BrigInt, com a instalação de RWS com mísseis AT, e um sistema AA à parte. Ou, em alternativa, o M-SHORAD (AT, AA e IFV numa só torre).
-Um par de MRTT anulava de certa forma a necessidade dos A-400, sendo que a NATO parece necessitar mais de aeronaves para AAR.
-O 3º Tridente era excelente, mas também não sustenho a respiração por isso.
-A questão dos KC parece-me irrelevante para as tensões com a Rússia. É apenas mais burocracias para atrasar outros processos urgentes.
-Sistemas AT, portáteis e em veículos. Urgente e de fácil execução, opções não faltam.
-Hélis de evacuação, 12 é irrealista, mas 6 a 8, já devia estar em curso tal aquisição.
-M-346 seria despesa "desnecessária", comprava PC-21, e deixava o treino de conversão para os F-16 bilugar.
-Actualização das tabelas salariais é óbvio, e é daquelas coisas rápidas de se fazer, com ou sem tensões a Leste.

Acrescentava IFV para a BrigMec, porque caso sejam enviados os Leo, convém serem acompanhados por algo mais que M-113. AOR, outro problema que já devia ter sido resolvido. Armamento individual dos Fuzos, se esta força é uma das que tem que estar em prontidão de 30 dias, convinha não irem com G-3 e Milan, mas sim com SCAR, novo míssil AT e alguns Stinger. Para não falar das viaturas tácticas.
E ainda o armamento para os F-16, que devia ser logo a primeira coisa a fazer que as tensões a Leste aumentaram. (Incluindo a certificação para lançar Harpoon)
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: tenente em Janeiro 29, 2022, 01:37:17 pm
Eu respondi todos, agora só falta o cheque de pelo menos 20 mil milhões de euros. :mrgreen:

É tal o estado das FFAA que praticamente todos os SA abordados fazem falta !!
Para mim que também votei em todos apesar de alguns poderem entram em segundas núpcias, os primordiais seriam os meios Navais, engraçado que o AOR não entra nesta lista e deveria a par das fragatas e do terceiro, e para mim quarto SSK, estar no TOPO das necessidades a serem colmatadas bem como Helis para a Marinha !

Os meios Navais são de primordial importância para Portugal seguidos de muito perto das várias actualizações dos meios aéreos.
Lembram-se de eu ter colocado uns posts acerca do investimento errado dos 827 milhões em cinco cargueiros tácticos e um simulador, quando o que a FAP precisava e precisa, é de renovar pelo menos seis Esquadras e essas melhorias poderiam e deveriam ser efectuadas antes da compra dos novos cargueiros tácticos pois se entretanto os C's estão a ser sujeitos a melhorias por que raio não se atrasou mais uns três quatro anos a decisão de termos um novo modelo de cargueiro táctico na FAP ?

Agora é tarde ao invês de na FAP se estarem a melhorar os F's, os P3, os 101, os 295, e a adquirir os famosos EvaKuativos, tudo isto era viável com os 827 milhões a FAP possui essas Esquadras como vieram ao Mundo e não tem um que seja 390 para reforçar o incansável 03 na sua labuta diária !!

Grande escolha meus senhores grande escolha e com resultados bem á vista uma Nação praticamente desarmada que faz parte da NATO, do melhor !!

Abraços
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: typhonman em Janeiro 30, 2022, 11:05:45 pm
O próximo ministro da Defesa, vai deixar tudo como está...
Ou então será a maneira de virem os F-35... :mrgreen:
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: HSMW em Janeiro 30, 2022, 11:10:17 pm
Um vai ser uma fartura de novos meios vai...

Mais 4 anos de corrupção e aumento da subsidio-dependência.
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: nelson38899 em Janeiro 31, 2022, 09:20:43 am
Bem, mais vale pôr o fórum em standbye, pois não almejo nada de bom para esta parte do erário publico.
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: tenente em Janeiro 31, 2022, 09:40:59 am
O próximo ministro da Defesa, vai deixar tudo como está...
Ou então será a maneira de virem os F-35... :mrgreen:

será sem dúvida a primeira opção, portanto a médio prazo a situação actual das FFAA vai continuar a degradar-se.
O dinheiro que se pode desviar, faz falta aos amigalhaços do peito !!!

Abraços
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: Lightning em Janeiro 31, 2022, 07:46:31 pm
Ainda vamos comprar a patente do KC390 e produzi-lo totalmente cá, é o meio militar preferido do Costa :mrgreen:.
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: typhonman em Fevereiro 09, 2022, 10:13:55 pm
Acrescentar aí capacidades acrescidas de cyberdefesa e guerra eletrónica.
Sr Ministro da Defesa, há que investir....
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: typhonman em Fevereiro 28, 2022, 02:21:12 pm
Arriscando a tornar-se um monólogo, mas aqui vai:
Antes da revisão da LPM, o que acham que já amanhã deveria ser adquirido (em 2º mão), para aumentar um pouco as nossas capacidades?
Eu diria:


-Adquirir 10 F-16MLU, da Holanda ou Bélgica, de modo a termos 40 células.
-Aquisição urgente de, AIM-9X, quantidades decentes de AIM-120D, munições stand-off, como sejam JSOW e JASSM.
-Melhorar a prontidão da frota P-3C, tentando trazer pelo menos 4, para operação.
-Aquisição de 12 a 18 UH-60 BlackHawk, ex-USA.
-Aceleração do MLU aos C-130H e aumento da sua capacidade de auto-defesa;
-Aquisição de veículos IFV, M-2 Bradley aos USA;
-Aquisição de artilharia 155 mm (M-777 ou M-198 excedentários);
-Aquisição de sistemas  A/C Javelin e Stinger adicionais dos USA;
-Aquisição de NVG;

Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: nelson38899 em Fevereiro 28, 2022, 03:14:12 pm
Tendo em conta que a UE vai obrigar a aumentar as despesas militares aqui ficam os projectos que em principio devem ser aprovados. 
Arriscando a tornar-se um monólogo, mas aqui vai:
Antes da revisão da LPM, o que acham que já amanhã deveria ser adquirido (em 2º mão), para aumentar um pouco as nossas capacidades?
Eu diria:

-Aquisição urgente de, AIM-9X, quantidades decentes de AIM-120D, munições stand-off, como sejam JSOW e JASSM.
-Melhorar a prontidão da frota P-3C, tentando trazer pelo menos 4, para operação.
-Aceleração do MLU aos C-130H e aumento da sua capacidade de auto-defesa;
-Aquisição de sistemas Stinger adicionais dos USA;
-Aquisição de NVG;
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: asalves em Fevereiro 28, 2022, 03:19:45 pm
** Aquisição de novas fragatas, multi-propósito? (3)
** Modernizar 1 ESQ F-16 para "V" e preparar a adesão para 2030/5 ao programa F-35?
** Sistemas de Defesa Aérea a Média e Alta Altitude, e sistemas CI3/4?
*Novos blindados para a Brig Int (com sistemas A/C, SAM etc)?
**Compra de 1 SSG adicional?
*Denúncia do contrato de KC-390 e adquirir C-130J ex-RAF, ou tentar antecipar a entrega de alguns KC
Aquisição de sistemas A/C modernos, SPIKE?
Aquisição de 12 helis médios ? Black-Hawk? Operacionalizar/actualizar completamente os EH-101

Reforçar reservas de Guerra, completar todos os equipamentos que estão "For but not with"

Todos os pontos * e ** apenas estão disponíveis a médio/longo prazo onde provavelmente não chegarão a tempo da crise actual.
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: Lightning em Fevereiro 28, 2022, 03:42:38 pm
Espero pelo menos que acabem com as brincadeiras administrativas das Forças Armadas pagar aluguer.
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: dc em Fevereiro 28, 2022, 03:54:25 pm
Caso (e só mesmo caso) se lembrem de finalmente aumentar o orçamento da Defesa devido aos acontecimentos recentes, podemos não ter tanto a necessidade de nos limitarmos a coisas em segunda-mão (bem feito vai exigir um equilíbrio entre novo e usado).

-concordo em absoluto com o aumento do nº de caças, e aí até temos opções: 40 F-16MLU, modernizados para V, ou modernizar os F-16 do PA I (são 19?) mais 1 bilugar dos mais recentes, perfazendo 20, e adquirir 20 F-35A novos, ou 20 F-16V + 20 F-15EX, consoante a missão que se pretende dar prioridade (os números servem de exemplo, podia ser 24 + 16 ou outra combinação qualquer, importa é o número de 40 caças).
-armamento novo para os caças em geral, incluía só mísseis anti-navio para os F-16 e também SDB/SDB-II
-com ou sem aumento do orçamento actual, a prontidão dos P-3 é essencial, tal como das restantes frotas da FAP
-a questão dos helicópteros, é que se deveria avaliar bem, pois se fosse possível aumentar o orçamento, já seria viável comprar novos
-o MLU dos C-130 também deve ser acelerado independentemente do aumento do orçamento ou não, tal como o dos Lynx e das BD
-digo o mesmo que para os helicópteros, havendo margem orçamental, mais vale comprar novo e moderno, e assim ficamos despachados por muitos e bons anos (e por falar em novo, estendia também à substituição dos M-113)
-artilharia, era comprar M-777 para a BRR (complemento dos L-119) e Caesar para a BrigInt. Eventualmente modernizar os M-109.
-armamento AT, Carl Gustaf M4, míssil guiado leve e barato (NLAW, Spike SR, etc), e míssil anti-tanque de médio/longo alcance (MMP, Javelin, Spike ER/LR).
-armamento AA em geral, Stinger, SHORAD em veículos, sistemas de médio alcance e canhões rebocados (Oerlikon GDF)
-continuação do reequipamento individual do soldado no seu todo

Depois existem mais coisas a considerar, umas mais essenciais que outras:
-actualização das tabelas salariais
-assinatura de contratos de manutenção para meios existentes
-estação de radar nos Açores
-UAV/UCAV
-novas fragatas
-AOR usado e JdW (este último dependente directamente da encomenda de novas fragatas)
-despachar de uma vez o contrato dos NPOs
-A330 MRTT
-inclusão na Strategic Airlift Capability
-compra de mais 2 submarinos
-aeronaves AEW
-modernização e expansão do Alfeite

E para tudo isto não ser apenas despesa, tentar incluir/desenvolver a indústria nacional sempre que possível.

Certamente que haverá mais coisas que me esqueci, mas isto já deve dar uma ideia.
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: NVF em Fevereiro 28, 2022, 10:53:55 pm
Adquirir F-16 MLU dos anos 80, em final de vida, só mesmo por desespero. O que é essencial é assegurar financiamento para manter, pelo menos, 20 células (das actuais 28) operacionais em permanência — uma taxa de disponibilidade de cerca de 70 %. Depois efectuar upgrade para Viper a todas as células — já que é expectável que durem até 2043-2046 — e adquirir uma esquadra de 20 F-35A.

E munições, muitas munições! Uma nota em relação ao AIM-120D: os States não vendem esta versão a muita gente. Salvo erro e até agora, somente o RU, Austrália e Canadá (apesar do radar dos CF-18 ter pernas muito curtas) foram autorizados a adquirir está versão do AMRAAM.
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: Red Baron em Fevereiro 28, 2022, 11:56:38 pm
Não serve de nada estar a adquirir mais F-16 e depois não ter pilotos.

O mais importante é pelo menos em todos os ramos conseguir meter o que já temos como toda a sua capacidade operacional.
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: dc em Março 01, 2022, 12:15:06 am
Não serve de nada estar a adquirir mais F-16 e depois não ter pilotos.

O mais importante é pelo menos em todos os ramos conseguir meter o que já temos como toda a sua capacidade operacional.

Sim, convém ter pilotos. Mas também convém ter mais aeronaves que pilotos. As paragens das aeronaves são mais longas que as dos pilotos. No mínimo, devíamos ter pilotos equivalentes ao número de aeronaves disponíveis a voar. Se em 40 caças, tiveres taxa de disponibilidade de 60%, tens 24 caças operacionais num dado momento, então devíamos ter 24 pilotos no mínimo. Caso a taxa fosse 70%, ou seja 28 aeronaves, logo 28 pilotos. Também não há mal nenhum ter aeronaves excedentárias, pois em conflito, podem sempre sofrer danos ou até ser abatidas. Recuperando o piloto, e não tendo este ferimentos, este pode voltar a pilotar outra aeronave.

Manter o que temos é importante, mas claramente não chega. Não serve de nada conseguir manter os Chaparral e os bitubos operacionais, quando estes de pouco ou nada servem. O mesmo se aplica às Meko.
Há que definir muito bem o que precisa de ser mantido e melhorar a sua disponibilidade, e aquilo que simplesmente precisa de ser substituído.
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: PTWolf em Março 01, 2022, 11:03:53 am
Acrescentaria a aquisição de drones como os tb2 baykar
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: typhonman em Março 01, 2022, 11:07:57 am
Não serve de nada estar a adquirir mais F-16 e depois não ter pilotos.

O mais importante é pelo menos em todos os ramos conseguir meter o que já temos como toda a sua capacidade operacional.

Sim, convém ter pilotos. Mas também convém ter mais aeronaves que pilotos. As paragens das aeronaves são mais longas que as dos pilotos. No mínimo, devíamos ter pilotos equivalentes ao número de aeronaves disponíveis a voar. Se em 40 caças, tiveres taxa de disponibilidade de 60%, tens 24 caças operacionais num dado momento, então devíamos ter 24 pilotos no mínimo. Caso a taxa fosse 70%, ou seja 28 aeronaves, logo 28 pilotos. Também não há mal nenhum ter aeronaves excedentárias, pois em conflito, podem sempre sofrer danos ou até ser abatidas. Recuperando o piloto, e não tendo este ferimentos, este pode voltar a pilotar outra aeronave.

Manter o que temos é importante, mas claramente não chega. Não serve de nada conseguir manter os Chaparral e os bitubos operacionais, quando estes de pouco ou nada servem. O mesmo se aplica às Meko.
Há que definir muito bem o que precisa de ser mantido e melhorar a sua disponibilidade, e aquilo que simplesmente precisa de ser substituído.

Boa análise, mas aqui na Tuga, tem de ser tudo pelo mínimo, a justa, porque o dinheiro não pode faltar para o KC-390 por exemplo.
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: Red Baron em Março 01, 2022, 12:44:51 pm
Acrescentaria a aquisição de drones como os tb2 baykar

Os TB2 são off-the-shelf.
Dava para fazer cá.
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: typhonman em Março 01, 2022, 12:46:51 pm
Acrescentaria a aquisição de drones como os tb2 baykar

Os TB2 são off-the-shelf.
Dava para fazer cá.
Acham mesmo?
Aqui só da Ogassa....
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: LM em Março 01, 2022, 01:39:49 pm
Não foi o responsável da Tekever, em uma apresentação com um dos ramos das FA, que disse serem apenas para vigilância e nunca para serem armados...? Vi o vídeo algures.
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: Red Baron em Março 01, 2022, 02:45:01 pm
Não foi o responsável da Tekever, em uma apresentação com um dos ramos das FA, que disse serem apenas para vigilância e nunca para serem armados...? Vi o vídeo algures.

Aquele que fugiu com 1 milhão da empresa?
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: dc em Março 01, 2022, 02:54:50 pm
Não foi o responsável da Tekever, em uma apresentação com um dos ramos das FA, que disse serem apenas para vigilância e nunca para serem armados...? Vi o vídeo algures.

O grande problema do AR5, é ter um MTOW quase 4 vezes inferior ao do Bayraktar TB2. O que desde logo limita muito o que pode ser instalado na aeronave. Portanto teria que ser desenvolvido algo novo. E aí a questão é, desenvolver algo novo, para se adquirir quantidades reduzidas como estamos habituados, compensa? É que sem haver um parceiro no desenvolvimento, é complicado.

E isto deixa-nos com 3 opções de UCAV:
-UCAV relativamente low cost, como o Bayraktar TB2 (maiores quantidades)
-UCAV maior, mais capaz e também mais caro, como o MQ-9 Reaper ou idealmente algum modelo mais furtivo como o MQ-20 Avenger (menores quantidades)
-Loitering munitions, que não sendo UCAVs, complementam-nos, como o IAI Harop

Idealmente teríamos dos três tipos, pois no fundo complementam-se. E o Harop tem a grande vantagem de nem sequer precisar de pista, pode ser lançado de qualquer lado.
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: LM em Março 01, 2022, 02:59:13 pm
Não foi o responsável da Tekever, em uma apresentação com um dos ramos das FA, que disse serem apenas para vigilância e nunca para serem armados...? Vi o vídeo algures.

Aquele que fugiu com 1 milhão da empresa?

Julgo que não, parece-me que o vídeo era recente...

Antes de drones de combate há muitas outras falhas, digo eu; e, assim, aguardamos pelo novo projecto europeu.  :mrgreen:
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: Red Baron em Março 01, 2022, 03:32:59 pm
Não foi o responsável da Tekever, em uma apresentação com um dos ramos das FA, que disse serem apenas para vigilância e nunca para serem armados...? Vi o vídeo algures.

O grande problema do AR5, é ter um MTOW quase 4 vezes inferior ao do Bayraktar TB2. O que desde logo limita muito o que pode ser instalado na aeronave. Portanto teria que ser desenvolvido algo novo. E aí a questão é, desenvolver algo novo, para se adquirir quantidades reduzidas como estamos habituados, compensa? É que sem haver um parceiro no desenvolvimento, é complicado.

E isto deixa-nos com 3 opções de UCAV:
-UCAV relativamente low cost, como o Bayraktar TB2 (maiores quantidades)
-UCAV maior, mais capaz e também mais caro, como o MQ-9 Reaper ou idealmente algum modelo mais furtivo como o MQ-20 Avenger (menores quantidades)
-Loitering munitions, que não sendo UCAVs, complementam-nos, como o IAI Harop

Idealmente teríamos dos três tipos, pois no fundo complementam-se. E o Harop tem a grande vantagem de nem sequer precisar de pista, pode ser lançado de qualquer lado.

AR5 nunca seria solução. Mas a parceria CEIIA+TEKEVER que estava a preparar um UAV para o concurso do combate aos incêndios podia fazer algo engraçado.

Aderir ao MALE RPAS da Airbus também era importante. Mas para isso o projecto espacial Português precisa primeiro arrancar.
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: typhonman em Março 01, 2022, 03:34:43 pm
Não foi o responsável da Tekever, em uma apresentação com um dos ramos das FA, que disse serem apenas para vigilância e nunca para serem armados...? Vi o vídeo algures.

O grande problema do AR5, é ter um MTOW quase 4 vezes inferior ao do Bayraktar TB2. O que desde logo limita muito o que pode ser instalado na aeronave. Portanto teria que ser desenvolvido algo novo. E aí a questão é, desenvolver algo novo, para se adquirir quantidades reduzidas como estamos habituados, compensa? É que sem haver um parceiro no desenvolvimento, é complicado.

E isto deixa-nos com 3 opções de UCAV:
-UCAV relativamente low cost, como o Bayraktar TB2 (maiores quantidades)
-UCAV maior, mais capaz e também mais caro, como o MQ-9 Reaper ou idealmente algum modelo mais furtivo como o MQ-20 Avenger (menores quantidades)
-Loitering munitions, que não sendo UCAVs, complementam-nos, como o IAI Harop

Idealmente teríamos dos três tipos, pois no fundo complementam-se. E o Harop tem a grande vantagem de nem sequer precisar de pista, pode ser lançado de qualquer lado.

AR5 nunca seria solução. Mas a parceria CEIIA+TEKEVER que estava a preparar um UAV para o concurso do combate aos incêndios podia fazer algo engraçado.

Aderir ao MALE RPAS da Airbus também era importante. Mas para isso o projecto espacial Português precisa primeiro arrancar.

Vocês é que sonham....
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: dc em Março 01, 2022, 04:03:43 pm
Antes de drones de combate há muitas outras falhas, digo eu; e, assim, aguardamos pelo novo projecto europeu.  :mrgreen:

Claro! Existem inúmeros programas por resolver, mas caso realmente houvesse vontade de cumprir com os 2% anuais, era possível avançar para inúmeros programas, sem que se seja obrigado a escolher entre A, B ou C. Também é possível iniciar programas diversos no mesmo dia, e a resolução dos programas ser completamente diferentes, seja na entrega dos equipamentos, seja no pagamento.

Mas eu quero é ver o que as chefias militares dizem perante esta "oportunidade". A começar por ver se dão finalmente a entender as reais limitações que temos.
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: legionario em Março 01, 2022, 08:10:14 pm
Está na altura de Portugal se prevenir. Há cenários que são pouco prováveis, (tal como era improvável esta guerra) mas que podem acontecer.
Um submarino russo (ou de um dos seus aliados) desembarca um pelotão de Spestnaz na ilha do Corvo e domina em minutos os 3 ou 4 GNR que lá se encontram, sequestrando ao mesmo tempo a população ; fazemos o quê ?

Temos tendência a pensar que Portugal, pelo facto de se encontrar no extremo ocidental da Europa, será o ultimo dos alvos. Eu penso que,  em caso de conflito generalizado, será um dos primeiros . Somos uma das portas de entrada para os reforços ocidentais intervirem na Europa. Os nossos arquipélagos poderão encontrar-se na linha de frente ; algumas das nossas ilhas desprovidas de qualquer força credível de segurança serão rapidamente ocupadas a fim de servir de plataforma de operações ou para condicionar o trafego marítimo no Atlântico Norte.

Um plano de defesa das ilhas demora tempo a ser implementado, por agora temos esse tempo, é necessário aproveitá-lo.
O Putine é imprevisível, segue uma logica que talvez só ele compreende, é um tipo ousado capaz de iniciativas inesperadas, temos que nos precaver.
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: typhonman em Março 01, 2022, 09:49:52 pm
Está na altura de Portugal se prevenir. Há cenários que são pouco prováveis, (tal como era improvável esta guerra) mas que podem acontecer.
Um submarino russo (ou de um dos seus aliados) desembarca um pelotão de Spestnaz na ilha do Corvo e domina em minutos os 3 ou 4 GNR que lá se encontram, sequestrando ao mesmo tempo a população ; fazemos o quê ?

Temos tendência a pensar que Portugal, pelo facto de se encontrar no extremo ocidental da Europa, será o ultimo dos alvos. Eu penso que,  em caso de conflito generalizado, será um dos primeiros . Somos uma das portas de entrada para os reforços ocidentais intervirem na Europa. Os nossos arquipélagos poderão encontrar-se na linha de frente ; algumas das nossas ilhas desprovidas de qualquer força credível de segurança serão rapidamente ocupadas a fim de servir de plataforma de operações ou para condicionar o trafego marítimo no Atlântico Norte.

Um plano de defesa das ilhas demora tempo a ser implementado, por agora temos esse tempo, é necessário aproveitá-lo.
O Putine é imprevisível, segue uma logica que talvez só ele compreende, é um tipo ousado capaz de iniciativas inesperadas, temos que nos precaver.

Exatamente, já durante a Guerra Fria, (na primeira), Portugal seria dos primeiros alvos a atacar, para prevenir o "Europe reinforcement".
Precisamos de reforçar os RG dos arquipélagos, com sistemas A/C portáteis, sistemas AA (baixa, média altitude), estação de radar nos Açores, e 1 ou 2 baterias móveis, de Harpoon.
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: typhonman em Março 01, 2022, 10:50:58 pm
https://www.jornaldenegocios.pt/opiniao/colunistas/camilo-lourenco/detalhe/canhoes-vs-manteiga

Começaram os arautos da desgraça....
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: legionario em Março 01, 2022, 11:28:42 pm
https://www.jornaldenegocios.pt/opiniao/colunistas/camilo-lourenco/detalhe/canhoes-vs-manteiga

Começaram os arautos da desgraça....

O dia em que estes nádegas burguesas e bem pensantes serão obrigados a mudar de opinião está próximo. Nesse dia, serão dos primeiros a criticar quem, no seu devido tempo, não tomou as medidas que se impunham em matéria de defesa. Ainda há quem pague a estes tipos para escrever...chiça !
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: dc em Março 02, 2022, 01:31:52 am
Está na altura de Portugal se prevenir. Há cenários que são pouco prováveis, (tal como era improvável esta guerra) mas que podem acontecer.
Um submarino russo (ou de um dos seus aliados) desembarca um pelotão de Spestnaz na ilha do Corvo e domina em minutos os 3 ou 4 GNR que lá se encontram, sequestrando ao mesmo tempo a população ; fazemos o quê ?

Temos tendência a pensar que Portugal, pelo facto de se encontrar no extremo ocidental da Europa, será o ultimo dos alvos. Eu penso que,  em caso de conflito generalizado, será um dos primeiros . Somos uma das portas de entrada para os reforços ocidentais intervirem na Europa. Os nossos arquipélagos poderão encontrar-se na linha de frente ; algumas das nossas ilhas desprovidas de qualquer força credível de segurança serão rapidamente ocupadas a fim de servir de plataforma de operações ou para condicionar o trafego marítimo no Atlântico Norte.

Um plano de defesa das ilhas demora tempo a ser implementado, por agora temos esse tempo, é necessário aproveitá-lo.
O Putine é imprevisível, segue uma logica que talvez só ele compreende, é um tipo ousado capaz de iniciativas inesperadas, temos que nos precaver.

Exatamente, já durante a Guerra Fria, (na primeira), Portugal seria dos primeiros alvos a atacar, para prevenir o "Europe reinforcement".
Precisamos de reforçar os RG dos arquipélagos, com sistemas A/C portáteis, sistemas AA (baixa, média altitude), estação de radar nos Açores, e 1 ou 2 baterias móveis, de Harpoon.

As principais melhorias, seriam a nível defensivo, e de mobilidade aérea entre ilhas.
Também não fazia mal nenhum ter um navio de desembarque (tipo LST, 1 em cada arquipélago) que pudesse fazer transporte de material mais pesado entre ilhas caso fosse necessário (também serve para o caso de haver alguma catástrofe).
É preciso viaturas tácticas, inclusive blindadas, novas.

Também é preciso melhorar as infraestruturas, como portos e bases aéreas/aeroportos e até os quartéis. O Aeroporto de Porto Santo, tem alguma margem de expansão, tendo um pequeno deserto mesmo ali ao lado, permitia a criação de mais placas para dispersar aeronaves, e ainda a colocação de baterias AA (nomeadamente os lançadores). Seria necessário colocar protecção AA para a estação de radar da Madeira. Nos Açores, é necessário uma estação de radar (no grupo central), como a que existe na Madeira, mas dada a dispersão das ilhas, é necessário que tanto o grupo ocidental e o grupo oriental recebam os seus próprios radares, mesmo que estes viessem a ser móveis, estilo Giraffe AMB. Depois é claro, reforçar a capacidade AA (curto e médio alcance), nomeadamente nas Lajes.

A capacidade anti-superfície, podíamos de facto adquirir baterias de Harpoon ou NSM terrestres, ou podíamos optar por Missile Boats, que não só podem operar para lá da costa, como em tempo de paz, podem fazer as normais missões de patrulha. 2 por arquipélago.

Para a mobilidade aérea, ora era pegar nos Merlin, que já sabemos que está sempre no mínimo 1 em permanência em cada arquipélago, e modernizar para um padrão "militarizado".
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: Srgdoido em Março 03, 2022, 12:30:11 pm
Esteve agora a pouco um coronel na cnn a dizer que no papel está pensada uma força de reforço do exército para os Açores, referiu também que Portugal em caso de conflito passará da retaguarda para a frente de batalha por causa da força naval russa, na TV foi a primeira vez que ouvi falar desestes assuntos
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: Lightning em Março 03, 2022, 12:46:27 pm
Mas qual força naval russa? Só se forem submarinos.

As forças de superfície deles estão presas nos mares Negro e Báltico. Só a frota do norte é que tem mais liberdade, apesar de ter que passar forçosamente pela Islândia para entrar no Atlântico (onde até andam F-16 portugueses neste momento).
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: Srgdoido em Março 03, 2022, 12:56:01 pm
Também fiquei a pensar nisso
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: dc em Março 03, 2022, 01:05:53 pm
Termos forças na linha da frente, seria expectável. Mas eu partiria do princípio que seriam unidades pesadas do Exército no centro da Europa, para reforçar os exércitos dos países centrais.

No mar não temos muito que oferecer, só se for uma fragata (obsoleta) para fazer número num Battle Group da NATO. Enviar um submarino (de apenas 2 que temos) para espaço altamente contestado (Mediterrâneo ou Báltico) e possivelmente sobre-lotado de outros navios e submarinos inimigos e aliados, era "desnecessário" e ainda um risco para fogo amigo. Sendo os nossos subs muito melhor aproveitados na defesa do Atlântico (nomeadamente face à ameaça de submarinos russos).

No ar, P-3 ou F-16. Se os F-16 faz sentido serem usados na linha da frente, ou pelo menos numa segunda linha (desde que devidamente armados, com mísseis de cruzeiro ou JSOW ou SDBs), ou para funções de escolta, os P-3 seriam mais úteis por cá, novamente na caça de submarinos russos no Atlântico.

Entretanto, levanto uma questão que, até à bem pouco tempo, seria motivo de risos: BMD. Se calhar a substituição das VdG, devia incluir navios com esta capacidade, mesmo que não seja ao nível de uns Arleigh Burke, era importante. Na NATO poucos navios têm esta capacidade, e os que têm, em caso de conflito, estariam a executar outras funções, ou a defender outras área. Não nos fazia mal nenhum ter fragatas AAW, com esta capacidade. No mínimo, fragatas AAW que permitam defender pontos estratégicos de ataques com mísseis de cruzeiro.
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: PTWolf em Março 03, 2022, 01:13:53 pm
Mas qual força naval russa? Só se forem submarinos.

As forças de superfície deles estão presas nos mares Negro e Báltico. Só a frota do norte é que tem mais liberdade, apesar de ter que passar forçosamente pela Islândia para entrar no Atlântico (onde até andam F-16 portugueses neste momento).

Basicamente explicou que os russos tem uma grande força naval estacionada na península de kola que poderiam trazer para o atlântico (o que ate faria sentido do ponto de vista estratégico).

Disse que em caso de ataque que Portugal tem estudado que deverão os Açores ser reforçados com uma brigada de intervenção ligeira. Mas reforçou que isto dos estudos é muito giro mas que depois é preciso ter tropa, porque é a tropa que combate, mas que leva muito tempo para construir e reforçar. Disse tambem que isto não é so um problema nacional mas europeu, pois as sociedades são assentes em 2 pilares: Bem-estar e Segurança. O problema é que nos europeus após a guerra fria desleixamos o pilar da segurança e que agora a mesa da sociedade virou. Disse tambem que ou isso muda ou a europa deixa de ter relevo no panorama internacional.

No geral gostei da ponderação e forma de falar do senhor, claramente de outra geração mas com um discurso muito instrutivo e pouco julgatorio ou parcial como tenho ouvido da maioria dos militares que tem comentado.
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: dc em Março 03, 2022, 01:25:43 pm
Mas qual força naval russa? Só se forem submarinos.

As forças de superfície deles estão presas nos mares Negro e Báltico. Só a frota do norte é que tem mais liberdade, apesar de ter que passar forçosamente pela Islândia para entrar no Atlântico (onde até andam F-16 portugueses neste momento).

Exacto, essas forças navais nesses dois mares (julgo que havia navios no Mediterrâneo, mas se calhar foram todos para o Mar Negro), dificilmente aguentavam muito tempo, tendo inimigos de todos os lados. O verdadeiro problema seriam submarinos, a entrar pelo e ficarem ao alcance de destruir alvos estratégicos em terra, e afundar navios aliados no mar.
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: typhonman em Março 03, 2022, 02:04:32 pm
Termos forças na linha da frente, seria expectável. Mas eu partiria do princípio que seriam unidades pesadas do Exército no centro da Europa, para reforçar os exércitos dos países centrais.

No mar não temos muito que oferecer, só se for uma fragata (obsoleta) para fazer número num Battle Group da NATO. Enviar um submarino (de apenas 2 que temos) para espaço altamente contestado (Mediterrâneo ou Báltico) e possivelmente sobre-lotado de outros navios e submarinos inimigos e aliados, era "desnecessário" e ainda um risco para fogo amigo. Sendo os nossos subs muito melhor aproveitados na defesa do Atlântico (nomeadamente face à ameaça de submarinos russos).

No ar, P-3 ou F-16. Se os F-16 faz sentido serem usados na linha da frente, ou pelo menos numa segunda linha (desde que devidamente armados, com mísseis de cruzeiro ou JSOW ou SDBs), ou para funções de escolta, os P-3 seriam mais úteis por cá, novamente na caça de submarinos russos no Atlântico.

Entretanto, levanto uma questão que, até à bem pouco tempo, seria motivo de risos: BMD. Se calhar a substituição das VdG, devia incluir navios com esta capacidade, mesmo que não seja ao nível de uns Arleigh Burke, era importante. Na NATO poucos navios têm esta capacidade, e os que têm, em caso de conflito, estariam a executar outras funções, ou a defender outras área. Não nos fazia mal nenhum ter fragatas AAW, com esta capacidade. No mínimo, fragatas AAW que permitam defender pontos estratégicos de ataques com mísseis de cruzeiro.

Como disse aqui o Subsea7, pelos vistos era um objetivo da Marinha, se depois disto não é....
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: PereiraMarques em Março 03, 2022, 03:16:41 pm

Disse que em caso de ataque que Portugal tem estudado que deveram os Açores ser reforçados com uma brigada de intervenção ligeira

O Sr. Coronel já deve estar na reserva/reforma há 15 anos ou mais. Além da Brigada já não se chamar Brigada Ligeira de Intervenção (BLI), desde 2006 que é apenas Brigada de Intervenção (BrigInt), as Forças Armadas não têm capacidade de projetar para os arquipélagos, nem metade do material da BrigInt, nomeadamente as viaturas Pandur II, em tempo minimamente útil, ou seja, uma semana...
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: dc em Março 03, 2022, 04:04:30 pm
Faria sentido enviar para os Açores, Pandur? Uns ST5 e outras viaturas tácticas não chegavam?
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: nelson38899 em Março 03, 2022, 04:33:00 pm
Faria sentido enviar para os Açores, Pandur? Uns ST5 e outras viaturas tácticas não chegavam?

Tantos nos açores como na madeira a única coisa que nos valia apenas enviar é um sistema AA decente e submarinos, o resto pode ficar.
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: PereiraMarques em Março 03, 2022, 06:51:57 pm
Queria apenas destacar que o Sr. Coronel ainda raciocinou em função da estrutura do Exército que esteve em vigor entre 1994 e 2006, em que a BAI e a BMI tinham essencialmente funções atribuídas à NATO e em que a a BLI era a única brigada operacional/levantada (havia ainda teoricamente uma Brigada de Defesa Territorial por cada região militar)  com funções exclusivas de Defesa Territorial, entre as quais o reforço da defesa dos arquipélagos.
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: Lightning em Março 03, 2022, 09:31:37 pm
Não acho que devemos ter grande receio de desembarques anfibios russos nos Acores (antes dos Açores ocupam é a Islândia).

Acho que a ameaça russa actual é mais os seus misseis, sendo o jogo deles actual  o "se sinto fraqueza avanço, se sinto força paro e aviso que se alguém me atacar uso armas nucleares, assim nunca dão passos atrás".

Como grande plano a NATO/EUA/UE, tem que melhorar o escudo anti-missil, seja também apostando em mísseis hipersónicos, seja armas de energia (laser), ou outra coisa qualquer, a segurança do continente está dependente disto, ou então do regime em Moscovo mudar para um menos agressivo.

Portugal em particular sendo um país maritimo, temos que impedir as plataformas de dispará-los, seja os submarinos, seja algum bombardeiro de longo alcance (menos provável que chegue perto), por isso de volta ao básico, marinha e FAP tem que melhorar a capacidade ASW, marinha também ter capacidade BMD, pois acho que o escudo anti-missil não sei se cobre os arquipélagos.

O exercito visto não termos ameaças próximas continua a fazer o que tem feito, projecção de forças, talvez mais vocacionado para a frente sul, isto é, contribuir para a estabilidade de África, e talvez se necessário forças mecanizadas para a frente leste, os restantes ramos militares também contribuem para a frente sul e leste com os meios que melhor se adequem à missão.
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: Red Baron em Março 04, 2022, 02:56:46 am
Faria sentido enviar para os Açores, Pandur? Uns ST5 e outras viaturas tácticas não chegavam?
Não não faz.
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: dc em Março 04, 2022, 01:56:51 pm
Não acho que devemos ter grande receio de desembarques anfibios russos nos Acores (antes dos Açores ocupam é a Islândia).

Acho que a ameaça russa actual é mais os seus misseis, sendo o jogo deles actual  o "se sinto fraqueza avanço, se sinto força paro e aviso que se alguém me atacar uso armas nucleares, assim nunca dão passos atrás".

Como grande plano a NATO/EUA/UE, tem que melhorar o escudo anti-missil, seja também apostando em mísseis hipersónicos, seja armas de energia (laser), ou outra coisa qualquer, a segurança do continente está dependente disto, ou então do regime em Moscovo mudar para um menos agressivo.

Portugal em particular sendo um país maritimo, temos que impedir as plataformas de dispará-los, seja os submarinos, seja algum bombardeiro de longo alcance (menos provável que chegue perto), por isso de volta ao básico, marinha e FAP tem que melhorar a capacidade ASW, marinha também ter capacidade BMD, pois acho que o escudo anti-missil não sei se cobre os arquipélagos.

O exercito visto não termos ameaças próximas continua a fazer o que tem feito, projecção de forças, talvez mais vocacionado para a frente sul, isto é, contribuir para a estabilidade de África, e talvez se necessário forças mecanizadas para a frente leste, os restantes ramos militares também contribuem para a frente sul e leste com os meios que melhor se adequem à missão.

Sim, no máximo forças especiais lançadas de submarinos, mas nada mais que isso. A ameaça aos arquipélagos seria sobretudo de mísseis.

Para o Exército a necessidade de investir era menor, mas ainda existente.É preciso:
-Atingir o efectivo necessário, modernizar o equipamento individual do soldado, reforço dos MANPADS (Stinger), reforço do armamento anti-tanque portátil (Spike SR, Spike ER, Carl Gustaf M4).
-Prosseguir com as melhorias na frota Pandur, além da versão PM, também AT (substituir os lançadores TOW por RWS capaz de lançar Spike, e incluir mais alguns da versão APC com esta RWS+ATGM) e AA (preferência pelo M-SHORAD).
-Adquirir mais ST5, sobretudo nas versões PM, AA e AT (estas duas recorrendo à RWS Protector RS6), e também equipar alguns com o radar Giraffe 1X. Em alternativa à versão AA, comprar Avenger em segunda-mão.*
-Modernizar ou substituir os M-113, e no que respeita às versões AT e AA, tal e qual os Pandur mencionados acima.
-Adquirir 18 Leopard, totalizando 55, modernizar para o padrão A7, preferencialmente com um APS como o Trophy. Adquirir IFVs, CV-90 por exemplo.
-Substituir de vez os V150, seja por Centauro II ou por Jaguar EBRC.
-Substituir os M-114.
-Renovação da frota de viaturas tácticas e logísticas.
-Reforço da capacidade AA (é essencial, e seria partilhada pelos 3 ramos), com sistemas de médio alcance (NASAMS, com os lançadores convencionais e lançadores HML, incluir além dos AMRAAM, também AIM-9X e AMRAAM-ER. Em alternativa algo como o Spyder MR/LR). Também adquirir sistemas de canhões, como o Oerlikon Skyguard, para conferir uma camada extra de defesa anti-míssil em locais estratégicos. Adquirir também radares de longo-alcance, como o Giraffe AMB, para complementar (e substituir em caso de destruição) as estações de radar existentes.

*Convidava a darem uma olhadela a algo chamado "MADIS MK2". É um sistema C-UAS, montado num único veículo, com uma RWS com uma Minigun, radar, sensor EO e sistema EW para interferir com os drones. O MADIS MK-1 e MK-2 poderiam ser a alternativa para sistemas SHORAD em veículos ligeiros.

A Marinha e FAP, receberiam o maior investimento.
Marinha:
-abrir de imediato concurso para novas fragatas, AAW, com capacidade BMD (AH140 ou Meko A300 as possíveis favoritas)
-comprar um AOR, Wave Knight ou Wave Ruler
-negociar o JdW
-encomendar mais 2 submarinos "U-214 Mk2"
-entrar no programa das ASWF, F110, Type 26 ou Constellation, para substituir as BD em 2035
-modernizar o Corpo de Fuzileiros, à imagem das melhorias da BRR (equipamento individual, MANPADS, AT portáteis, ST5 nas mesmas versões). Caso viesse a haver LPD, incluir novos veículos anfíbios
-armar decentemente os NPOs desarmados do batch 2. Radar militar e Marlin WS, quiçá com Mistral incluídos nas Marlin. Construir de uma vez os Batch 3.
-UAVs VTOL, militares, embarcados (Camcopter S100 ou Airbus VSR700)
-lanchas CB-90
-conceptualizar o que virá a substituir os Tejo, de preferência com capacidade de guerra de minas

FAP:
-modernizar os F-16 do PA I (+1 bilugar para totalizar 20) e encomendar 20 F-35, com entregas em meados de 2027/28
-adquirir armamento moderno para os caças (JASSM, JASSM-ER, AIM-120C7/C8/D, AIM-9X Block 2, JSOW, SDB, SDB-2, Harpoon incluindo certificação para os F-16, ou em alternativa JSM ou LRASM, pod Legion)
-2 A330 MRTT
-helicópteros médios (UH-60 ou AW-139)
-substituição dos Alpha Jet (se for turboprop, que substituam também os Epsilon, adquirindo um maior número)
-UAVs (Tekever AR5 e MQ-9B Sea Guardian)
-UCAVs (MQ-20 Avenger ou MQ-9 Reaper, alternativa low cost e também mais limitada em alcance, Bayraktar TB2)
-equacionar seriamente a compra de pelo menos 2 aeronaves AEW, extremamente úteis no controlo do espaço aéreo, e na detecção de mísseis de forma antecipada (C-295 AEW, num programa conjunto com os espanhóis? Em alternativa, uma solução da Embraer, ou E2 Hawkeye usados)
-modernização das frotas Merlin e C-295 (aquisição de mais uns exemplares deste último)
-modernização dos P-3, e eventualmente compra de 4 ou 5 P-8 Poseidon, para entrarem em serviço em meados de 2030.

A lista é longa, mas obviamente que não seria para se resolver em 2 ou 3 anos, mas sim a 12/15 anos.
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: tenente em Março 04, 2022, 02:56:17 pm
Não acho que devemos ter grande receio de desembarques anfibios russos nos Acores (antes dos Açores ocupam é a Islândia).

Acho que a ameaça russa actual é mais os seus misseis, sendo o jogo deles actual  o "se sinto fraqueza avanço, se sinto força paro e aviso que se alguém me atacar uso armas nucleares, assim nunca dão passos atrás".

Como grande plano a NATO/EUA/UE, tem que melhorar o escudo anti-missil, seja também apostando em mísseis hipersónicos, seja armas de energia (laser), ou outra coisa qualquer, a segurança do continente está dependente disto, ou então do regime em Moscovo mudar para um menos agressivo.

Portugal em particular sendo um país maritimo, temos que impedir as plataformas de dispará-los, seja os submarinos, seja algum bombardeiro de longo alcance (menos provável que chegue perto), por isso de volta ao básico, marinha e FAP tem que melhorar a capacidade ASW, marinha também ter capacidade BMD, pois acho que o escudo anti-missil não sei se cobre os arquipélagos.

O exercito visto não termos ameaças próximas continua a fazer o que tem feito, projecção de forças, talvez mais vocacionado para a frente sul, isto é, contribuir para a estabilidade de África, e talvez se necessário forças mecanizadas para a frente leste, os restantes ramos militares também contribuem para a frente sul e leste com os meios que melhor se adequem à missão.

Sim, no máximo forças especiais lançadas de submarinos, mas nada mais que isso. A ameaça aos arquipélagos seria sobretudo de mísseis.

Para o Exército a necessidade de investir era menor, mas ainda existente.É preciso:
-Atingir o efectivo necessário, modernizar o equipamento individual do soldado, reforço dos MANPADS (Stinger), reforço do armamento anti-tanque portátil (Spike SR, Spike ER, Carl Gustaf M4).
-Prosseguir com as melhorias na frota Pandur, além da versão PM, também AT (substituir os lançadores TOW por RWS capaz de lançar Spike, e incluir mais alguns da versão APC com esta RWS+ATGM) e AA (preferência pelo M-SHORAD).
-Adquirir mais ST5, sobretudo nas versões PM, AA e AT (estas duas recorrendo à RWS Protector RS6), e também equipar alguns com o radar Giraffe 1X. Em alternativa à versão AA, comprar Avenger em segunda-mão.*
-Modernizar ou substituir os M-113, e no que respeita às versões AT e AA, tal e qual os Pandur mencionados acima.
-Adquirir 18 Leopard, totalizando 55, modernizar para o padrão A7, preferencialmente com um APS como o Trophy. Adquirir IFVs, CV-90 por exemplo.
-Substituir de vez os V150, seja por Centauro II ou por Jaguar EBRC.
-Substituir os M-114.
-Renovação da frota de viaturas tácticas e logísticas.
-Reforço da capacidade AA (é essencial, e seria partilhada pelos 3 ramos), com sistemas de médio alcance (NASAMS, com os lançadores convencionais e lançadores HML, incluir além dos AMRAAM, também AIM-9X e AMRAAM-ER. Em alternativa algo como o Spyder MR/LR). Também adquirir sistemas de canhões, como o Oerlikon Skyguard, para conferir uma camada extra de defesa anti-míssil em locais estratégicos. Adquirir também radares de longo-alcance, como o Giraffe AMB, para complementar (e substituir em caso de destruição) as estações de radar existentes.

*Convidava a darem uma olhadela a algo chamado "MADIS MK2". É um sistema C-UAS, montado num único veículo, com uma RWS com uma Minigun, radar, sensor EO e sistema EW para interferir com os drones. O MADIS MK-1 e MK-2 poderiam ser a alternativa para sistemas SHORAD em veículos ligeiros.

A Marinha e FAP, receberiam o maior investimento.
Marinha:
-abrir de imediato concurso para novas fragatas, AAW, com capacidade BMD (AH140 ou Meko A300 as possíveis favoritas)
-comprar um AOR, Wave Knight ou Wave Ruler
-negociar o JdW
-encomendar mais 2 submarinos "U-214 Mk2"
-entrar no programa das ASWF, F110, Type 26 ou Constellation, para substituir as BD em 2035
-modernizar o Corpo de Fuzileiros, à imagem das melhorias da BRR (equipamento individual, MANPADS, AT portáteis, ST5 nas mesmas versões). Caso viesse a haver LPD, incluir novos veículos anfíbios
-armar decentemente os NPOs desarmados do batch 2. Radar militar e Marlin WS, quiçá com Mistral incluídos nas Marlin. Construir de uma vez os Batch 3.
-UAVs VTOL, militares, embarcados (Camcopter S100 ou Airbus VSR700)
-lanchas CB-90
-conceptualizar o que virá a substituir os Tejo, de preferência com capacidade de guerra de minas

FAP:
-modernizar os F-16 do PA I (+1 bilugar para totalizar 20) e encomendar 20 F-35, com entregas em meados de 2027/28
-adquirir armamento moderno para os caças (JASSM, JASSM-ER, AIM-120C7/C8/D, AIM-9X Block 2, JSOW, SDB, SDB-2, Harpoon incluindo certificação para os F-16, ou em alternativa JSM ou LRASM, pod Legion)
-2 A330 MRTT
-helicópteros médios (UH-60 ou AW-139)
-substituição dos Alpha Jet (se for turboprop, que substituam também os Epsilon, adquirindo um maior número)
-UAVs (Tekever AR5 e MQ-9B Sea Guardian)
-UCAVs (MQ-20 Avenger ou MQ-9 Reaper, alternativa low cost e também mais limitada em alcance, Bayraktar TB2)
-equacionar seriamente a compra de pelo menos 2 aeronaves AEW, extremamente úteis no controlo do espaço aéreo, e na detecção de mísseis de forma antecipada (C-295 AEW, num programa conjunto com os espanhóis? Em alternativa, uma solução da Embraer, ou E2 Hawkeye usados)
-modernização das frotas Merlin e C-295 (aquisição de mais uns exemplares deste último)
-modernização dos P-3, e eventualmente compra de 4 ou 5 P-8 Poseidon, para entrarem em serviço em meados de 2030.

A lista é longa, mas obviamente que não seria para se resolver em 2 ou 3 anos, mas sim a 12/15 anos.

Bem podes esquecer essa lista, só para a FAP tinhas que investir uns 8/9MM€, quase o mesmo para a Marinha, só em cinco fragatas e dois 214, com os SA e munições adequadas não gastas menos de 5/6MM€, se todas essas aquisições fossem aprovadas rondariam os 25/30MM€, mesmo com os 2% do PIB para a Defesa nem daqui a vinte/vinte e cinco anos anos tinhas todo esse equipamento/Armamento !!!

Abraços
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: nelson38899 em Março 04, 2022, 03:30:39 pm
Em vez de equipar com biliões de euros, dever-se-ia começar por despedir os generais todos, cada vez que oiço um deles, na televisão só me apetece mudar de canal, de tão fracos que são.
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: Lightning em Março 04, 2022, 03:32:48 pm
Pode ser que a Alemanha, com aquele PIB enorme, compre material para os outros países europeus  :mrgreen:.
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: dc em Março 04, 2022, 03:34:59 pm
Não tive a fazer uma "orçamentação" (que por cá vale o que vale, porque entre cativações ou luvas, o orçamento nunca se cumpre). Mas serve de "blueprint" para o que se poderia fazer, existindo claro prioridades. Aliás, perante um hipotético aumento dos gastos com a Defesa, que tem de ser feito, a questão passa mesmo a ser o que seria visto como prioridade.
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: raphael em Março 04, 2022, 04:35:49 pm
Em vez de equipar com biliões de euros, dever-se-ia começar por despedir os generais todos, cada vez que oiço um deles, na televisão só me apetece mudar de canal, de tão fracos que são.

Não desgostei da análise do MGEN Agostinho Costa na SIC Noticiais, aqueles dois jornalistas é que interrompiam as linhas de pensamento todas do homem!
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: JohnM em Março 14, 2022, 05:37:28 pm
Para percebermos o que poderá eventualmente ser possível conseguir até 2035, é preciso vermos que cada 0.1% do PIB de aumento do orçamento para a Defesa equivale a cerca de 210 milhões, a valores de 2021. Dando de barato que contabilidade criativa haverá sempre e assumindo como ponto de partida os tais 1.68% em 2024, passarmos para 2% representa um aumento anual de cerca de 650 milhões, ou seja, cerca de 8000 milhões a mais até 2035. Portanto, e no caso mais otimista, teremos cerca de 8000 milhões para gastar em renovação do equipamento até 2035… agora é ver o que é prioritário.
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: Duarte em Março 14, 2022, 07:46:29 pm

Não acho que devemos ter grande receio de desembarques anfibios russos nos Acores (antes dos Açores ocupam é a Islândia).

Acho que a ameaça russa actual é mais os seus misseis, sendo o jogo deles actual  o "se sinto fraqueza avanço, se sinto força paro e aviso que se alguém me atacar uso armas nucleares, assim nunca dão passos atrás".

Como grande plano a NATO/EUA/UE, tem que melhorar o escudo anti-missil, seja também apostando em mísseis hipersónicos, seja armas de energia (laser), ou outra coisa qualquer, a segurança do continente está dependente disto, ou então do regime em Moscovo mudar para um menos agressivo.

Portugal em particular sendo um país maritimo, temos que impedir as plataformas de dispará-los, seja os submarinos, seja algum bombardeiro de longo alcance (menos provável que chegue perto), por isso de volta ao básico, marinha e FAP tem que melhorar a capacidade ASW, marinha também ter capacidade BMD, pois acho que o escudo anti-missil não sei se cobre os arquipélagos.

O exercito visto não termos ameaças próximas continua a fazer o que tem feito, projecção de forças, talvez mais vocacionado para a frente sul, isto é, contribuir para a estabilidade de África, e talvez se necessário forças mecanizadas para a frente leste, os restantes ramos militares também contribuem para a frente sul e leste com os meios que melhor se adequem à missão.

Os Ivãs nem conseguem invadir e conquistar um país vizinho, que conhecem intimamente.. quanto mais fazer um desembarque nos Açores.  :mrgreen:
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: Charlie Jaguar em Fevereiro 10, 2023, 10:59:52 am
Semanário Expresso de hoje, 10/2/23.

(https://i.postimg.cc/CxVDKqB5/329204073-732864538211106-3609032258141651123-n.jpg)
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: JohnM em Fevereiro 10, 2023, 12:42:10 pm
Semanário Expresso de hoje, 10/2/23.

(https://i.postimg.cc/CxVDKqB5/329204073-732864538211106-3609032258141651123-n.jpg)
Nada que já não se soubesse mas, a meu ver,  são de realçar três  coisas: i) Cinco Crossovers, ou seja acaba alguma aspiração a termos navios high-end na Marinha. Ainda gostava de saber quais as recomendações do famoso GT… ii) Esqueçam F-35, isto vai ser F-16 até morrer e iii) Depois do Hidrográfico, temos mais um yes man a CEMGFA.

Em 2035 as FA portuguesas vão oficialmente ser incapazes de operar em situações de alta intensidade. Bem-vindos à Irlanda…
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: P44 em Fevereiro 10, 2023, 12:58:05 pm
Como dizia o outro

"Esse equipamento todo, só se fôr na PlayStation"
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: Charlie Jaguar em Fevereiro 21, 2023, 01:09:10 pm
Citação de: Expresso
(...) Apesar de as Finanças, ao que sabe o Expresso, terem aplacado algumas ambições dos chefes dos ramos... (...)

Contaram-me na semana passada que uma das supostas "ambições dos chefes dos ramos" que foi "aplacada" terá sido a exigência da aquisição de pelo menos uma bateria de NASAMS 3. Segundo a mesma fonte, um dos CEM terá dito em tom sério que se tratava de um passo lógico face ao facto do nosso país ir dispor em breve do AIM-9X Block II/II+, podendo assim ser empregue também no sistema de mísseis terra-ar.

Mas será possível não saberem que apenas foram comprados 18 Sidewinder, que serão de uso exclusivo da frota F-16, que só começarão a chegar na melhor das hipóteses no final de 2026, e que a 110M€ por bateria seria altamente provável que tal pedido fosse chumbado?  :mrgreen: ::)
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: Red Baron em Fevereiro 21, 2023, 02:41:10 pm
Citação de: Expresso
(...) Apesar de as Finanças, ao que sabe o Expresso, terem aplacado algumas ambições dos chefes dos ramos... (...)

Contaram-me na semana passada que uma das supostas "ambições dos chefes dos ramos" que foi "aplacada" terá sido a exigência da aquisição de pelo menos uma bateria de NASAMS 3. Segundo a mesma fonte, um dos CEM terá dito em tom sério que se tratava de um passo lógico face ao facto do nosso país ir dispor em breve do AIM-9X Block II/II+, podendo assim ser empregue também no sistema de mísseis terra-ar.

Mas será possível não saberem que apenas foram comprados 18 Sidewinder, que serão de uso exclusivo da frota F-16, que só começarão a chegar na melhor das hipóteses no final de 2026, e que a 110M€ por bateria seria altamente provável que tal pedido fosse chumbado?  :mrgreen: ::)

O que interessa é por la os € inscritos na lei.
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: PTWolf em Fevereiro 21, 2023, 04:18:05 pm
Citação de: Expresso
(...) Apesar de as Finanças, ao que sabe o Expresso, terem aplacado algumas ambições dos chefes dos ramos... (...)

Contaram-me na semana passada que uma das supostas "ambições dos chefes dos ramos" que foi "aplacada" terá sido a exigência da aquisição de pelo menos uma bateria de NASAMS 3. Segundo a mesma fonte, um dos CEM terá dito em tom sério que se tratava de um passo lógico face ao facto do nosso país ir dispor em breve do AIM-9X Block II/II+, podendo assim ser empregue também no sistema de mísseis terra-ar.

Mas será possível não saberem que apenas foram comprados 18 Sidewinder, que serão de uso exclusivo da frota F-16, que só começarão a chegar na melhor das hipóteses no final de 2026, e que a 110M€ por bateria seria altamente provável que tal pedido fosse chumbado?  :mrgreen: ::)

Fazendo aqui de advogado do diabo, parece-me que é uma "exigência" justa. É certo que há outras necessidades basicas para as FA, mas a defesa AA é claramente uma lacuna grave
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: P44 em Fevereiro 21, 2023, 06:00:04 pm
O arguido devia era começar a preocupar-se em ir a julgamento

Só mesmo neste país é que um suspeito de corrupção, informador dos russos, controla o dinheiro a ser gasto pela defesa

Se não fosse trágico até dava vontade de rir
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: Subsea7 em Fevereiro 21, 2023, 07:08:45 pm
O arguido devia era começar a preocupar-se em ir a julgamento

Só mesmo neste país é que um suspeito de corrupção, informador dos russos, controla o dinheiro a ser gasto pela defesa

Se não fosse trágico até dava vontade de rir

Anda por aí um artigo, do Expresso...Basicamente diz que os espiões Russos, Chineses e Iranianos andam por todo o lado, incluindo ministérios....
Cps,
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: Charlie Jaguar em Fevereiro 21, 2023, 09:04:15 pm
Fazendo aqui de advogado do diabo, parece-me que é uma "exigência" justa. É certo que há outras necessidades basicas para as FA, mas a defesa AA é claramente uma lacuna grave

Nem eu estou a questionar a validade da exigência, não se trata aqui disso; uma das áreas que claramente necessita de avanço urgente, entrada no séc. XXI e deixar de ser constantemente negligenciada é a defesa anti-aérea, até pelas lições que se estão a retirar continuamente do conflito na Ucrânia.

O que estou a pôr em causa é aquela que parece ser a clara falta de noção desse Chefe do Estado-Maior, sabendo perfeitamente de antemão que o poder político, mesmo com guerra na Europa, não tem tido a mínima vontade de investir demasiado nas capacidades de defesa do país. Apenas uma bateria de NASAMS 3 custa algo em torno dos 110/115M€, sensivelmente o mesmo valor da Bimby Naval, e para esta última se poder vir a concretizar a Marinha necessitou de verbas do PRR para avançar com o projecto.

Dito isto, alguém está de facto a ver a aquisição destes sistemas de mísseis terra-ar a ter luz verde? Eu certamente que não, pelo que de certa forma o chumbo é compreensível dado o contexto político actual. E atenção que isto se trata apenas de um rumor, um de vários que circula por aí sobre pedidos dos ramos que foram negados pelo Ministério das Finanças. Aguarda-se com expectativa a divulgação pública do teor da revisão da LPM.
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: dc em Fevereiro 21, 2023, 09:10:53 pm
Citação de: Expresso
(...) Apesar de as Finanças, ao que sabe o Expresso, terem aplacado algumas ambições dos chefes dos ramos... (...)

Contaram-me na semana passada que uma das supostas "ambições dos chefes dos ramos" que foi "aplacada" terá sido a exigência da aquisição de pelo menos uma bateria de NASAMS 3. Segundo a mesma fonte, um dos CEM terá dito em tom sério que se tratava de um passo lógico face ao facto do nosso país ir dispor em breve do AIM-9X Block II/II+, podendo assim ser empregue também no sistema de mísseis terra-ar.

Mas será possível não saberem que apenas foram comprados 18 Sidewinder, que serão de uso exclusivo da frota F-16, que só começarão a chegar na melhor das hipóteses no final de 2026, e que a 110M€ por bateria seria altamente provável que tal pedido fosse chumbado?  :mrgreen: ::)

Fazendo aqui de advogado do diabo, parece-me que é uma "exigência" justa. É certo que há outras necessidades basicas para as FA, mas a defesa AA é claramente uma lacuna grave

Os sistemas AA são essenciais. Não podem é ir debater na LPM que "temos" mísseis X para determinado sistema AA, como se fosse só comprar o sistema base, e não as munições.

Realisticamente falando, e do ponto de vista das facilidades logísticas, o NASAMS é de facto o melhor sistema com base nos mísseis que já temos/planeamos adquirir, AMRAAM, AIM-9X e ESSM Block II (este último que dá o "corpo" ao AMRAAM-ER que poderá ser usado pelos NASAMS).

110 milhões uma bateria, 220 milhões duas (dependendo da configuração das baterias), já era um bom investimento, e não seria assim tão dispendioso. Capacidade esta que poderia ser expandida no futuro. Mas claro que mais depressa compram o 6º KC (que coincidentemente também custa mais ou menos o mesmo que 1 bateria NASAMS).

Aguarda-se com expectativa a divulgação pública do teor da revisão da LPM.

Também estou curioso para ver isso. Depois de tanta análise e debate sobre o assunto, e depois de certamente tanta intenção chumbada pelo Governo, estou para ver o que sai dali.

Existe alguma data em que se espera que seja tornada pública a revisão?
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: tenente em Fevereiro 22, 2023, 07:29:44 am
Citação de: Expresso
(...) Apesar de as Finanças, ao que sabe o Expresso, terem aplacado algumas ambições dos chefes dos ramos... (...)

Contaram-me na semana passada que uma das supostas "ambições dos chefes dos ramos" que foi "aplacada" terá sido a exigência da aquisição de pelo menos uma bateria de NASAMS 3. Segundo a mesma fonte, um dos CEM terá dito em tom sério que se tratava de um passo lógico face ao facto do nosso país ir dispor em breve do AIM-9X Block II/II+, podendo assim ser empregue também no sistema de mísseis terra-ar.

Mas será possível não saberem que apenas foram comprados 18 Sidewinder, que serão de uso exclusivo da frota F-16, que só começarão a chegar na melhor das hipóteses no final de 2026, e que a 110M€ por bateria seria altamente provável que tal pedido fosse chumbado?  :mrgreen: ::)

Claro que essa proposta iria, vai ser chumbada, o que é triste é um dos CEM, alegar o que alegou acerca dos Sidewinder, será que não sabia mesmo que são o numero que são ou que terá tentado a sorte de usar esse pretexto para tentar convencer os marmanjos politicos ??

Eu só tenho pena é que os 827 milhões dados aos amigos de além mar por uma aquisição de cinco cagueiros tácticos, totalmente desnecessários não tivessem sofrido o mesmo destino !
Tivesse havido bonsenso e ter-se-ia comprado apenas um duo, ou até um trio dos fabulásticos 390, e o remanescente daria para um par de batarias de NASAM3, que ainda assim, seriam insuficientes, mas ficariamos muito melhor do que o que presentemente possuímos, que é ZERO !!!

Continua esta gentalha politica, na senda do desarmamento e na desmilitarização das FFAA, confiando que, em caso de conflito, outros virão, a custo zero, defender-nos !

Abraços
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: Charlie Jaguar em Fevereiro 22, 2023, 09:21:25 am
Por acaso os valores que a minha fonte adiantou até estão errados, se tomarmos em conta o seguinte exemplo:

- a Lituânia recebeu em 2020 as duas baterias de NASAMS 3 que havia encomendado inicialmente em 2017, ficando o total orçado em 128M USD (120M€). Ou seja, 2 baterias de NASAMS 3 equivalem a uma Bimby Naval ou um KáCê, sensivelmente. Este valor aparentemente não contabiliza o armamento.

Citar
(...) According to Shephard Defence Insight, each battery for Lithuania comprises  four launchers mounted on Mercedes-Benz 8x8 trucks, two Raytheon MPQ-64F1 Sentinel 3D radars and several other components mounted on 4x4 Mercedes-Benz Unimog trucks. (...)

(https://defbrief.com/wp-content/uploads/2020/11/Lithuania-takes-delivery-of-NASAMS-air-defense-system-from-Kongsberg.jpg)

https://www.shephardmedia.com/news/landwarfareintl/nasams-iii-lands-lithuania/

Fica aqui a correção.
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: PTWolf em Fevereiro 22, 2023, 01:48:19 pm
Fazendo aqui de advogado do diabo, parece-me que é uma "exigência" justa. É certo que há outras necessidades basicas para as FA, mas a defesa AA é claramente uma lacuna grave

Nem eu estou a questionar a validade da exigência, não se trata aqui disso; uma das áreas que claramente necessita de avanço urgente, entrada no séc. XXI e deixar de ser constantemente negligenciada é a defesa anti-aérea, até pelas lições que se estão a retirar continuamente do conflito na Ucrânia.

O que estou a pôr em causa é aquela que parece ser a clara falta de noção desse Chefe do Estado-Maior, sabendo perfeitamente de antemão que o poder político, mesmo com guerra na Europa, não tem tido a mínima vontade de investir demasiado nas capacidades de defesa do país. Apenas uma bateria de NASAMS 3 custa algo em torno dos 110/115M€, sensivelmente o mesmo valor da Bimby Naval, e para esta última se poder vir a concretizar a Marinha necessitou de verbas do PRR para avançar com o projecto.

Dito isto, alguém está de facto a ver a aquisição destes sistemas de mísseis terra-ar a ter luz verde? Eu certamente que não, pelo que de certa forma o chumbo é compreensível dado o contexto político actual. E atenção que isto se trata apenas de um rumor, um de vários que circula por aí sobre pedidos dos ramos que foram negados pelo Ministério das Finanças. Aguarda-se com expectativa a divulgação pública do teor da revisão da LPM.

Não tinha entendido assim. Ficou claro e partilho da mesma opinião.

Continuo a achar que não estamos a falar de um valor estupidamente alto e que não possamos adquirir.
Olhando o custo/beneficio é comparar o que foi/vai ser gasto em KC e quanto custaria NASAMS.

Estes artigos de 2022 falam em 23M$ por cada bateria NASAMS mais 1,2M por missel.
https://mezha.media/en/2022/08/25/2-9-billion-for-weapons/ (https://mezha.media/en/2022/08/25/2-9-billion-for-weapons/)
https://www.thenationalnews.com/world/europe/2022/10/12/explained-the-iris-t-slm-and-nasams-air-defence-systems-ukraine-needs/ (https://www.thenationalnews.com/world/europe/2022/10/12/explained-the-iris-t-slm-and-nasams-air-defence-systems-ukraine-needs/)

Em 2020 a Litunia adquiriu 2 baterias por 128M$ que considero o valor mais correto que o mencionado acima.
https://www.shephardmedia.com/news/landwarfareintl/nasams-iii-lands-lithuania/ (https://www.shephardmedia.com/news/landwarfareintl/nasams-iii-lands-lithuania/)

Ainda assim feitas as contas a custo-benefício continuo a preferir a AA a um KC ou a um bimby naval.
E consigo perceber o argumento dado. Se temos já um tipo de missel que pode ser empregue neste sistema, então é uma mais valia. Logisticamente acho que faz sentido.
Até do ponto de vista económico, uma vez que permitirá adquirir em maiores quantidades (fazendo um encomenda conjunta para os f-16 e NASAMS) e portanto a preços mais competitivos. -

Parece-me obvio (porque seria mau demais), que a ideia não seria utilizar o stock dos F-16 nas baterias NASAMS.

O ponto aqui irá sempre dar ao mesmo, falta de vontade politica para aquisições militares.
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: Visitante123 em Fevereiro 22, 2023, 09:26:40 pm
A única curiosidade da LPM que tenho neste momento é a curiosidade mórbida de saber onde vai ser cativado o dinheiro.
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: Charlie Jaguar em Fevereiro 22, 2023, 09:54:08 pm
Não tinha entendido assim. Ficou claro e partilho da mesma opinião.

Continuo a achar que não estamos a falar de um valor estupidamente alto e que não possamos adquirir.
Olhando o custo/beneficio é comparar o que foi/vai ser gasto em KC e quanto custaria NASAMS.

Estes artigos de 2022 falam em 23M$ por cada bateria NASAMS mais 1,2M por missel.
https://mezha.media/en/2022/08/25/2-9-billion-for-weapons/ (https://mezha.media/en/2022/08/25/2-9-billion-for-weapons/)
https://www.thenationalnews.com/world/europe/2022/10/12/explained-the-iris-t-slm-and-nasams-air-defence-systems-ukraine-needs/ (https://www.thenationalnews.com/world/europe/2022/10/12/explained-the-iris-t-slm-and-nasams-air-defence-systems-ukraine-needs/)

Em 2020 a Litunia adquiriu 2 baterias por 128M$ que considero o valor mais correto que o mencionado acima.
https://www.shephardmedia.com/news/landwarfareintl/nasams-iii-lands-lithuania/ (https://www.shephardmedia.com/news/landwarfareintl/nasams-iii-lands-lithuania/)

Ainda assim feitas as contas a custo-benefício continuo a preferir a AA a um KC ou a um bimby naval.
E consigo perceber o argumento dado. Se temos já um tipo de missel que pode ser empregue neste sistema, então é uma mais valia. Logisticamente acho que faz sentido.
Até do ponto de vista económico, uma vez que permitirá adquirir em maiores quantidades (fazendo um encomenda conjunta para os f-16 e NASAMS) e portanto a preços mais competitivos. -

Parece-me obvio (porque seria mau demais), que a ideia não seria utilizar o stock dos F-16 nas baterias NASAMS.

O ponto aqui irá sempre dar ao mesmo, falta de vontade politica para aquisições militares.

Estamos perfeita e totalmente de acordo.  :)

Em relação à discrepância de valores do NASAMS 3, mais acima fiz um post a corrigir a informação que havia deixado aqui anteriormente. ;)

Por acaso os valores que a minha fonte adiantou até estão errados, se tomarmos em conta o seguinte exemplo:

- a Lituânia recebeu em 2020 as duas baterias de NASAMS 3 que havia encomendado inicialmente em 2017, ficando o total orçado em 128M USD (120M€). Ou seja, 2 baterias de NASAMS 3 equivalem a uma Bimby Naval ou um KáCê, sensivelmente. Este valor aparentemente não contabiliza o armamento.

Citar
(...) According to Shephard Defence Insight, each battery for Lithuania comprises  four launchers mounted on Mercedes-Benz 8x8 trucks, two Raytheon MPQ-64F1 Sentinel 3D radars and several other components mounted on 4x4 Mercedes-Benz Unimog trucks. (...)

(https://defbrief.com/wp-content/uploads/2020/11/Lithuania-takes-delivery-of-NASAMS-air-defense-system-from-Kongsberg.jpg)

https://www.shephardmedia.com/news/landwarfareintl/nasams-iii-lands-lithuania/

Fica aqui a correção.
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: Charlie Jaguar em Março 03, 2023, 10:42:13 am
A arte de responder sem responder.  :mrgreen:

Em caso de dúvida, ou da pergunta ser inconveniente "é confidencial" ou "uma questão sensível para a defesa nacional".  ::)

Para ela está tudo bem, não há problemas de espécie alguma e, pasme-se, a LPM até teve no ano passado uma execução superior a 70%, que loucura! ::)

https://observador.pt/2023/02/28/lei-de-programacao-militar-executada-em-mais-de-70-em-2022/


Citar
(...) No que toca à LPM, “se a lei de 2019 era então apresentada como centrada num “mundo mais perigoso, mais instável e mais imprevisível”, a proposta que o Governo apresentará a esta Assembleia exige um nível de responsabilidade superior em virtude do atual contexto”.

Exige que colmatemos as lacunas do passado, que asseguremos as necessidades do presente e que projetemos os interesses do país para o futuro. Exige também que recuperemos as nossas reservas de guerra para níveis compatíveis com as necessidades atuais, que reforcemos e aceleremos a sustentação, a manutenção e a modernização dos nossos recursos, e que continuemos a edificar e a adquirir os meios e equipamentos adequados”, afirmou. (...)

https://observador.pt/2023/02/28/lei-de-programacao-militar-executada-em-mais-de-70-em-2022/

E ainda são especialistas em comédia. :mrgreen:
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: dc em Março 03, 2023, 01:48:01 pm
Pior do que estar a falar de uma taxa de execução de 70% como se fosse quase 100%, é que estamos a falar de 70% de uma verba que, mesmo que fosse aplicada na sua totalidade, já era pouca. Portanto 70% de pouco, é muito pouco.

E tanto ruído em torno da tal revisão da LPM, e do aumento dos gastos com a Defesa para 1.66% (que mesmo considerando o gastos da GNR, representa um incremento de 460 milhões/ano, face ao que se "gastava" até agora), o que é que realmente muda.

Até agora só se ouve falar de cortes/reduções nos números, as Finanças a darem nega a programas que seriam essenciais (defesas AA tipo NASAMS por exemplo), continuam no plano ideias completamente desfasadas da realidade (upgrade/manutenção às VdG). Portanto, com 460 milhões a mais para 2023, o que vai ser realmente feito?
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: NVF em Março 03, 2023, 11:24:26 pm
Sempre são mais 460 milhões para cativar.
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: Visitante123 em Março 04, 2023, 11:31:26 am
Sempre são mais 460 milhões para cativar.


NRP Cativo???
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: Red Baron em Março 04, 2023, 01:04:12 pm
Quanto de esses 30% são dos NPO?
Título: Re: Revisão LPM 2022
Enviado por: dc em Março 04, 2023, 02:36:32 pm
Bom, era suposto gastar-se 355 milhões com a Defesa (com base na LPM de 2019) no ano de 2022. 30% desse valor, são "apenas" 106.5 milhões de euros.

Não me admirava que isto fosse fruto de adiamentos/atrasos de uma mão cheia de programas, desde os NPOs, ao "MLU" das VdG, aos helicópteros de evacuação, SHORAD e mais algum que agora não me ocorra (substituição dos M114 talvez). Não sei a dotação orçamental para estes programas para cada ano, mas sabemos que todos eles sofreram algum tipo de atraso.

106.5 milhões em falta num só ano, é fazer as contas a 10 anos, se continuarem com uma taxa de "sucesso" de 70%.  ::)

https://files.dre.pt/1s/2019/06/11400/0298202985.pdf (https://files.dre.pt/1s/2019/06/11400/0298202985.pdf)