Substituição dos Allouette III

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Re: Substituição dos Allouette III
« Responder #525 em: Abril 27, 2018, 02:16:42 am »
A tua pergunta contém a resposta. As três turbinas para redundância e endurance; o tamanho que lhe permite fazer evacuação de múltiplas vitimas a longas distâncias e até instalar depósitos de combustível adicionais (internos).



« Última modificação: Abril 27, 2018, 02:32:56 am por NVF »
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Re: Substituição dos Allouette III
« Responder #526 em: Abril 27, 2018, 07:08:44 am »
Se posso dar os meus 5 tostões. Acho que a compra dos EH101 apenas para SAR foi um exagero, de certeza não seria necessário um helicóptero pesado com três motores para missões de busca e salvamento quando o AW139 seria uma escolha muita mais adequada e económica tanto em aquisição como em manutenção. Para alem de ser um helicóptero mais rápido e com mais alcance de acção.





 :G-sig:

Não compares as capacidades destas duas aeronaves jogam em campeonatos completamente diferentes !!

O 101 foi a melhor compra que um pais como o nosso, com a extensão marítima que possui, poderia ter adquirido, com raio de acção, e payload em muito superiores ao AW139, um excelente helicoptero diga-se de passagem, mas muito inferior ao 101.

Abraços
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 
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Re: Substituição dos Allouette III
« Responder #527 em: Abril 27, 2018, 12:58:03 pm »
O Merlin só faz exclusivamente SAR, cá e salvo erro na Noruega. De resto, da Dinamarca ao Reino unido, faz uma serie de missões (que possivelmente estariam no horizonte da FAP, mas a começar pela não assinatura dos contratos de manutenção, "e tudo o vento levou"). Até porque 4 vêm na versão CSAR... ;)





Cumprimentos

"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

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Re: Substituição dos Allouette III
« Responder #528 em: Abril 27, 2018, 01:30:54 pm »
O Merlin só faz exclusivamente SAR, cá e salvo erro na Noruega.

E também faz transporte táctico de tropa e missões de assalto. Veja-se o que acontece no Hot Blade, por exemplo.

Como alguém ainda mencionava há uns tempos atrás, é por isso que as aeronaves vieram camufladas tal como acontecia com os Puma, e não naquele SAR de alta visibilidade presente nos aparelhos canadianos e noruegueses. Por muito que o utilizemos em Portugal maioritariamente na busca e salvamento, o Merlin é um helicóptero de emprego táctico, senão vejamos as missões entregues à Esq. 751:

Citar
Missão

Executar operações de apoio tático e de busca e salvamento.


Elementos de Missão

Mobilidade e assalto;

Transporte tático e geral;

Reconhecimento e apoio;

Operações de busca e salvamento e de evacuação sanitária;

Operações de vigilância e fiscalização marítima;

Extração de combatente em âmbito CSAR (busca e salvamento em combate).

http://www.emfa.pt/www/esquadra-46
« Última modificação: Abril 27, 2018, 02:48:38 pm por Charlie Jaguar »
Saudações Aeronáuticas,
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"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
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Re: Substituição dos Allouette III
« Responder #529 em: Abril 27, 2018, 02:30:47 pm »
O Merlin só faz exclusivamente SAR, cá e salvo erro na Noruega.

E também faz transporte táctico de tropa missões de assalto. Veja-se o que acontece no Hot Blade, por exemplo.

Como alguém ainda mencionava há uns tempos atrás, é por isso que as aeronaves vieram camufladas tal como acontecia com os Puma, e não naquele SAR de alta visibilidade presente nos aparelhos canadianos e noruegueses. Por muito que o utilizemos em Portugal maioritariamente na busca e salvamento, o Merlin é um helicóptero de emprego táctico, senão vejamos as missões entregues à Esq. 751:

Citar
Missão

Executar operações de apoio tático e de busca e salvamento.


Elementos de Missão

Mobilidade e assalto;

Transporte tático e geral;

Reconhecimento e apoio;

Operações de busca e salvamento e de evacuação sanitária;

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http://www.emfa.pt/www/esquadra-46

Ora aí está. No Hot Blade para "ingles ver" e resto do ano... SAR (e  medivac, sificap...) .   ;D :jok:





http://www.emfa.pt/www/po/esquadra/link-751-019.002-eh-101-quot-merlin-quot

Cumprimentos  :) ;)
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Re: Substituição dos Allouette III
« Responder #530 em: Abril 27, 2018, 03:14:12 pm »
Ok meus senhores, já percebi o porquê dos EH101, mas mesmo assim ninguém me convence de que para uso em Portugal continental o AW139 não seria melhor e mais económico.
Desculpem mas só nós e a Noruega é que usamos aparelhos deste tamanho para SAR. A Noruega não tem problemas com o dinheiro para isso e nós é para ser diferentes como de costume...
Colocar EH101 destacados na Madeira e nos Açores, devida ás distancias envolvidas e ás condições que enfrentam pode ser aceitável, agora em Portugal continental onde em cada caso de "caca" se tira do hangar uma monstruosidade para fazer missões de curto alcance acho que simplesmente se está a dar desgaste prematuro aos aparelhos.
Quanto ás restantes missões, tudo bem que é um helicóptero de transporte polivalente, mas 95% do que faz é SAR!!!

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Re: Substituição dos Allouette III
« Responder #531 em: Abril 27, 2018, 03:17:52 pm »
O Merlin só faz exclusivamente SAR, cá e salvo erro na Noruega.

Canadá e salvo erro, Argélia (penso que a versão deles não é militarizada)





É verdade que na prática o uso real dos nossos helicópteros é igual ao dos helis dedicados a SAR, mas os nossos aparelhos tem capacidade de efectuar operações tácticas (falta-lhes algumas coisas como armamento) e eles vão aparecendo em alguns exercícios como o Hot Blade e Real Thaw e vão praticando. Mas pela existência de poucos aparelhos, poucas tripulações, pouco dinheiro para o gasto das horas de voo, prevejo que qualquer uso destes aparelhos em operações tácticas reais só em casos de extrema necessidade, e numa FND ainda mais dificil é, mas se um dia for preciso, basta o governo abrir os cordões à bolsa.

 
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Re: Substituição dos Allouette III
« Responder #532 em: Abril 27, 2018, 03:25:15 pm »
Colocar EH101 destacados na Madeira e nos Açores, devida ás distancias envolvidas e ás condições que enfrentam pode ser aceitável, agora em Portugal continental onde em cada caso de "caca" se tira do hangar uma monstruosidade para fazer missões de curto alcance acho que simplesmente se está a dar desgaste prematuro aos aparelhos.
Quanto ás restantes missões, tudo bem que é um helicóptero de transporte polivalente, mas 95% do que faz é SAR!!!

Eu também concordo com o que diz, também me parece um exagero o uso do EH101 para resgates em ravinas, mas se é usado é porque não existe outra solução. É que temos que ver que a falta de tripulações faz com que não seja possível ter mais tripulações de alerta por dia, o governo até podia comprar mais helis ligeiros para a FAP ter por exemplo um no norte, um no centro e um no sul, para fazer estes resgates junto à costa, mas as tripulações são essenciais, e se só podemos ter um aparelho de alerta, então que seja o melhor e mais abrangente possível.

No continente a nivel das evacuações médicas também não andamos de EH101, o INEM tem helis ligeiros para isso.


Mas em casos excepcionais como aqui, a grande capacidade e autonomia ajudam.
https://www.noticiasaominuto.com/pais/938008/os-helicopteros-da-forca-aerea-que-sairam-para-ajudar-em-tondela


« Última modificação: Abril 27, 2018, 03:55:56 pm por Lightning »
 
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Re: Substituição dos Allouette III
« Responder #533 em: Abril 27, 2018, 09:14:01 pm »
Brincadeiras e ironias à parte, na minha opinião a aquisição dos Merlim foi das melhores da FAP e do país. Pena ter sido feita à portuguesa, com 12 unidades adquiridas sem os devidos contratos de manutenção e na parvónia que é ter helicópteros "topo de gama", com serviços mínimos em termos de tripulações e logística, numa nação em que o orçamento de defesa constantemente baixa. E já agora, upgrades à frota, alguém ouviu falar?





https://strikehold.wordpress.com/2009/10/01/raf-merlins-get-ready-for-afghanistan/

Mas porque se fala de Koalas, a versão que deveria vir é a armada, com pelo menos o sensor Flir. Já agora a configuração SAR e MEDEVAC (no mínimo estes helicópteros deveriam ser 12, mas isto já é sonhar demasiado nesta republica das bananas, onde só o Parlamento recebe 106 milhões de euros anuais https://www.dinheirovivo.pt/economia/assembleia-da-republica-vai-gastar-1682-milhoes-em-2017/

http://www.defesaaereanaval.com.br/aw119kx-koala-da-instrucao-ao-multiemprego/





Cumprimentos

P.S. Até os falidos dos Argentinos...  :-\ :-\ https://www.taringa.net/posts/imagenes/17452130/Helicopteros-de-las-las-Fuerzas-armadas-argentinas.html







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Re: Substituição dos Allouette III
« Responder #534 em: Abril 28, 2018, 12:12:49 am »
...dizem que os Merlin são muito bons...
...mas também vou lendo aqui que metade to tempo estão parados...
...e que há sempre Merlins avariados!...
...como é que é que são bons se dão muitos problemas?...
...nunca percebi porque é que diziam tão bem destes helicópteros!...
...ainda para mais quando custaram um horror de dinheiro!...
...não era suposto não dar problemas pelo preço que pagámos?...
 

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Re: Substituição dos Allouette III
« Responder #535 em: Abril 28, 2018, 12:17:01 am »
Até acrescentaria que praticamente todas as aquisições efectuadas no início do século foram excelentes: Merlin, C-295, U214, mais as M e os P-3C de ocasião. Acrescentaria também o MLU aos F-16, apesar de não ser material novo. Os percalços só se deram quando se optou por sistemas ainda em desenvolvimento e em que a falta o guito e de coragem política levou ao cancelamento parcial dos respetivos programas (Pandur, NPO), ou mesmo ao cancelamento total como foi o caso dos H135, NH90, A400M e LFC.
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Re: Substituição dos Allouette III
« Responder #536 em: Abril 28, 2018, 12:22:24 am »
...dizem que os Merlin são muito bons...
...mas também vou lendo aqui que metade to tempo estão parados...
...e que há sempre Merlins avariados!...
...como é que é que são bons se dão muitos problemas?...
...nunca percebi porque é que diziam tão bem destes helicópteros!...
...ainda para mais quando custaram um horror de dinheiro!...
...não era suposto não dar problemas pelo preço que pagámos?...

O mafets explicou tudo no post anterior ao teu (falta de sobresselentes devido à ausência de contrato de manutenção e a falta crónica de pilotos na FAP). Aliás a falta de pilotos na FAP não se limita aos Merlin — afecta todas as esquadras!
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Re: Substituição dos Allouette III
« Responder #537 em: Abril 28, 2018, 11:10:47 am »
...dizem que os Merlin são muito bons...
...mas também vou lendo aqui que metade to tempo estão parados...
...e que há sempre Merlins avariados!...
...como é que é que são bons se dão muitos problemas?...
...nunca percebi porque é que diziam tão bem destes helicópteros!...
...ainda para mais quando custaram um horror de dinheiro!...
...não era suposto não dar problemas pelo preço que pagámos?...

A disponibilidade FAP situa-se nos 60% (dados de 2016). Isso quer dizer que voa essencialmente um pouco mais de metade da frota, entre o material armazenado, em manutenção, inabilitado, etc. A maioria das forças aéreas por esse mundo fora, tirando raras excepções, tem os modelos mais recentes nessa média e uma disponibilidade total nessa ordem ( http://www.emfa.pt/www/conteudos/informacaofap/relatorio_gestao2016.pdf) . Fazendo o paralelismo com os EUA,  os aparelhos mais disponíveis são os mais velhos, com caças como o F22 e F35, com uma disponibilidade entre os 46 e 56% (os campeões de disponibilidade são os A10 e B52). Depois existem as tripulações, manutenção, etc (se conseguir um pneu para um C130 é um pincel, quanto mais...  ;) ).



No que diz respeito aos Eh101, na página 21, gráfico 6, apresentou em 2016 uma disponibilidade de metade da frota (em 12 uma disponibilidade de 6,04).



Tendo em conta outros modelos semelhantes em termos de modernidade, como o C295, temos uma disponibilidade de 8,4 em também 12 aparelhos.



Portanto, parece-se uma situação geral,  tendo em conta valores de manutenção, pessoal especializado e obviamente logística. A titulo de curiosidade os Al III tinham em 2016 uma disponibilidade de 5,9 em 6 unidades. ;)



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Re: Substituição dos Allouette III
« Responder #538 em: Abril 28, 2018, 06:53:01 pm »
O problema aqui é de escala. Os americas até podem ter disponibilidades ao mesmo nível que nós nalgumas plataformas, mas têm centenas de unidades, enquanto nós ficamo-nos pela dúzia ou pela meia-dúzia de unidades reduzidas a 50, 60 ou 70%.
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Re: Substituição dos Allouette III
« Responder #539 em: Abril 28, 2018, 08:13:53 pm »
O problema aqui é de escala. Os americas até podem ter disponibilidades ao mesmo nível que nós nalgumas plataformas, mas têm centenas de unidades, enquanto nós ficamo-nos pela dúzia ou pela meia-dúzia de unidades reduzidas a 50, 60 ou 70%.
Depende dos casos. No caso americano sem dúvida, mas por exemplo no caso alemão mesmo tendo em conta o número total de unidades muito superior ao Português a situação é semelhante ou pior. Em 2015 tinham 8 Typhoon disponíveis de um total de 109 fabricados (se estou a ver bem o gráfico,de 30 F16 tinhamos 13 em 2016).
http://nationalinterest.org/blog/the-buzz/why-germanys-air-force-dying-14549

Citar
But it’s worse than that—and even these numbers are misleading. Germany’s ministry of defense does not “distinguish between ‘full’ or ‘conditional’ operational capability,” Der Spiegel noted last year. When only counting the fully operational Typhoons, the number drops . . . to eight.



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