Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #1755 em: Junho 19, 2021, 01:18:40 pm »
O ideal seria sempre 5 (+1) da mesma classe, GP, mas uma solução variante de 3 GP +3 AAW por exemplo não seria de descurar, mas é mais difícil...
Os Noruegueses com as suas F-310 por exemplo, (1 classe), estando limitada no espectro AAW a ESSM.
Cps,

Só por curiosidade, em que é que consistiam essas fragatas GP todas de uma só classe? Pode inclusive dar um exemplo de uma classe de outra Marinha, para servir de termo de comparação.

É que tenho a sensação que os níveis de GP em causa, diferem muito entre aquilo que cada um diz.

As F-310 Noruega, as Iver da Dinamarca etc.
 

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dc

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #1756 em: Junho 19, 2021, 01:42:57 pm »
As Nansen e as Iver estão em patamares completamente distintos.
 

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Red Baron

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #1757 em: Junho 19, 2021, 02:18:24 pm »
Um GP geralmente é uma versão downgrade de uma fragata.

Mas é algo desatualizado, hoje em dia com mastros plug-in-play (I-MAST, KRONOS), VLS e os famosos "Fitted For But Not With", é possível fazer uma fragata ao nível da missão e sobretudo da carteira. Com a vantagem de mais tarde proceder ao upgrade.

É bem possível virmos a ter 2+2+2, onde as primeiras são o mais barato possível e as ultimas as full.
 

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JohnM

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #1758 em: Junho 19, 2021, 02:23:43 pm »
E os Arleigh Burke, não são GP para a US Navy?  ::)

Além de que o outro colega do Fórum, fala na intenção da Marinha possuir 5 fragatas GP, com capacidade de ataque a alvos em terra e eventualmente BMD. Agora como é possível ter isto tudo em fragatas GP low cost e com 8 VLS? Não é.

Mesmo o mix hi-low só faz sentido em marinhas de dimensão considerável. Não numa Marinha com apenas 5 ou 6 fragatas. Se na RN as missões ASW e AAW, no espectro "high", estão entregues a 2 classes distintas para as respectivas missões, sendo entretanto complementadas pelas GP, como é que seria por cá? Tinhas as 3 "low", bastante limitadas em tudo, e as 2 "high" que tinham de compensar as limitações das anteriores, tornando-se efectivamente GP, sendo estas últimas pau para toda a obra e as primeiras pau para obra nenhuma? Ou tinhas 3 GP-low, e as 2 high ASW, com óbvias limitações em AAW (ou o inverso)?

Não fazia mais sentido ter fragatas ligeiras/médias como ASW (low) e as high AAW? Sendo que um modelo AAW tende a ser mais caro que um modelo ASW, e obriga a um navio de maiores dimensões para acomodar radares mais poderosos e mais VLS?

Voltando às FREMM italianas, a diferença de valores entre as duas será mínimo, já que a GP leva um canhão de 127mm com munição VULCANO no lugar do 76mm presente nas ASW. O resto dos valores, facilmente consoante os mísseis que as GP transportem. Os franceses por outro lado optaram por dividir em ASW e AAW as suas FREMM. Regra geral as diversas marinhas optam pelo binómio AAW/ASW. Mas o tuga lá será outra vez pioneiro, com duas classes de navios GP.

Já as Tamandaré, como disse, são bons navios, mas não se adequam a substituir as VdG, a não ser que a ideia fosse aumentar o número de meios de combate de superfície. O problema é que o termo de comparação é sempre "melhor do aquilo que temos", o que não é difícil, já que temos fragatas com 30 anos que nunca foram modernizadas. Se se tivesse realizado o MLU devido às VdG há 5/10 anos atrás, com VLS para ESSM, Harpoon Block 2, novo sonar, SMART-S Mk-2, OM 76mm, novo CMS, em que é que as Tamandaré seriam superiores, sem ser no design? Eu digo já onde seriam inferiores, seriam navios mais lentos que as VdG e com metade dos Harpoon!
O termo de comparação para substituir as VdG, deveria ser sempre as VdG com o MLU originalmente planeado, e procurar a partir daí navios que tenham esse como padrão mínimo, e acrescentar-lhes algo que as superiorize, por exemplo, CAPTAS 4.
Os AB, além de custarem $2000M cada, que é o preço de fazer tudo bem, são um caso  muito especial de uma Marinha que era mais poderosa que todas as restantes do planeta juntas nos anos 90 e 2000 e que, não tendo inimigos ao mesmo nível, resolveu desfazer-se de todos os navios que não fossem de topo, como os Spruance e as OHP… agora estão aflitos, porque há a China e eles foram apanhados de calças em baixo, sem fragatas e só com aquela coisa horrível dos LCS, que são tão maus que estão  a ser retirados com 5 (!!!) anos de serviço. E alguns sem terem nunca feito uma missão prolongada…

A minha preferência não vai por um conjunto high/low, que fique bem entendido, apenas acho que dado o país em que vivemos e as elites políticas e militares que temos, ter 5 ou 6 fragatas high é algo nunca se realizará… será sempre uma escolha entre números e capacidade… infelizmente…
« Última modificação: Junho 19, 2021, 02:26:03 pm por JohnM »
 
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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #1759 em: Junho 19, 2021, 03:24:25 pm »
E os Arleigh Burke, não são GP para a US Navy?  ::)

Além de que o outro colega do Fórum, fala na intenção da Marinha possuir 5 fragatas GP, com capacidade de ataque a alvos em terra e eventualmente BMD. Agora como é possível ter isto tudo em fragatas GP low cost e com 8 VLS? Não é.

Mesmo o mix hi-low só faz sentido em marinhas de dimensão considerável. Não numa Marinha com apenas 5 ou 6 fragatas. Se na RN as missões ASW e AAW, no espectro "high", estão entregues a 2 classes distintas para as respectivas missões, sendo entretanto complementadas pelas GP, como é que seria por cá? Tinhas as 3 "low", bastante limitadas em tudo, e as 2 "high" que tinham de compensar as limitações das anteriores, tornando-se efectivamente GP, sendo estas últimas pau para toda a obra e as primeiras pau para obra nenhuma? Ou tinhas 3 GP-low, e as 2 high ASW, com óbvias limitações em AAW (ou o inverso)?

Não fazia mais sentido ter fragatas ligeiras/médias como ASW (low) e as high AAW? Sendo que um modelo AAW tende a ser mais caro que um modelo ASW, e obriga a um navio de maiores dimensões para acomodar radares mais poderosos e mais VLS?

Voltando às FREMM italianas, a diferença de valores entre as duas será mínimo, já que a GP leva um canhão de 127mm com munição VULCANO no lugar do 76mm presente nas ASW. O resto dos valores, facilmente consoante os mísseis que as GP transportem. Os franceses por outro lado optaram por dividir em ASW e AAW as suas FREMM. Regra geral as diversas marinhas optam pelo binómio AAW/ASW. Mas o tuga lá será outra vez pioneiro, com duas classes de navios GP.

Já as Tamandaré, como disse, são bons navios, mas não se adequam a substituir as VdG, a não ser que a ideia fosse aumentar o número de meios de combate de superfície. O problema é que o termo de comparação é sempre "melhor do aquilo que temos", o que não é difícil, já que temos fragatas com 30 anos que nunca foram modernizadas. Se se tivesse realizado o MLU devido às VdG há 5/10 anos atrás, com VLS para ESSM, Harpoon Block 2, novo sonar, SMART-S Mk-2, OM 76mm, novo CMS, em que é que as Tamandaré seriam superiores, sem ser no design? Eu digo já onde seriam inferiores, seriam navios mais lentos que as VdG e com metade dos Harpoon!
O termo de comparação para substituir as VdG, deveria ser sempre as VdG com o MLU originalmente planeado, e procurar a partir daí navios que tenham esse como padrão mínimo, e acrescentar-lhes algo que as superiorize, por exemplo, CAPTAS 4.
Os AB, além de custarem $2000M cada, que é o preço de fazer tudo bem, são um caso  muito especial de uma Marinha que era mais poderosa que todas as restantes do planeta juntas nos anos 90 e 2000 e que, não tendo inimigos ao mesmo nível, resolveu desfazer-se de todos os navios que não fossem de topo, como os Spruance e as OHP… agora estão aflitos, porque há a China e eles foram apanhados de calças em baixo, sem fragatas e só com aquela coisa horrível dos LCS, que são tão maus que estão  a ser retirados com 5 (!!!) anos de serviço. E alguns sem terem nunca feito uma missão prolongada…

A minha preferência não vai por um conjunto high/low, que fique bem entendido, apenas acho que dado o país em que vivemos e as elites políticas e militares que temos, ter 5 ou 6 fragatas high é algo nunca se realizará… será sempre uma escolha entre números e capacidade… infelizmente…
Uma GP, poderá ser:
-1 peça 76 mm ou 127 mm
- 8 células MK41 (32 ESSM Block II) ou 8 SM-2+ 3 células opcionais
-8 Mísseis Kronesberg ou Harpoon Block II
-Torpedos MK54, CAPTAS, SPY1F, e heli médio
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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #1760 em: Junho 19, 2021, 04:54:34 pm »
Resumindo uma fragata GP é, para a Marinha Portuguesa, uma fragata com praticamente o mesmo equipamento que uma BD (que hoje já é uma fragata de segunda-linha), apenas com um radar e sonar mais modernos, mas que, ao contrário das BD, terá de aguentar até 2060/70. Usar as Nansen, que são fragatas primariamente ASW, e são algo limitadas para AAW (tendo apenas capacidade de defesa de ponto, e nem CIWS têm), como um exemplo de fragata GP, é muito mau. Depois usar as Iver, que têm foco em AAW, com uns meros 56 VLS (comparado com os 8 das Nansen), e com capacidade ASW básica, como outro exemplo de um navio GP. No fim, ninguém se entende.

Dá sim para perceber que a intenção é ter 5 fragatas minimalistas, com capacidade ofensiva e defensiva muito reduzida. Se este tipo de navio fazia sentido para complementar fragatas de topo dentro da mesma marinha, essa marinha não é a nossa, pois não existem fragatas de topo por cá. Mesmo que houvessem, o número é tão reduzido, que fazia mais sentido que as fragatas "low", fossem ASW, ao invés de GP, complementado na perfeição as "high" que seriam AAW.

Pondo em perspectiva, esta conversa das fragatas GP, é o mesmo que um caça Multirole sem capacidade BVR, com radar básico ao invés de um AESA moderno e que não pode lançar bombas guiadas nem mísseis ar-solo além do Maverick.

Quanto à US Navy, convém relembrar que os Spruance eram tão ou mais caros de operar que os AB, e a guarnição era igualmente grande. A US Navy ficou portanto a ganhar. Já as OHP, faziam número, mas a capacidade era algo limitada, no entanto, vão construir as Constellation, colmatando as lacunas ASW e ao mesmo tempo aumentando o número de navios de combate. E mesmo sendo ASW, não descuram da capacidade ASuW (tendo 16 mísseis anti-navio) e AAW, tendo 32 VLS para ESSM e SM-6. Agora comparar com as fragatas GP que se falam.
 

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RABN

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #1761 em: Junho 19, 2021, 04:58:29 pm »
E os Arleigh Burke, não são GP para a US Navy?  ::)

Além de que o outro colega do Fórum, fala na intenção da Marinha possuir 5 fragatas GP, com capacidade de ataque a alvos em terra e eventualmente BMD. Agora como é possível ter isto tudo em fragatas GP low cost e com 8 VLS? Não é.

Mesmo o mix hi-low só faz sentido em marinhas de dimensão considerável. Não numa Marinha com apenas 5 ou 6 fragatas. Se na RN as missões ASW e AAW, no espectro "high", estão entregues a 2 classes distintas para as respectivas missões, sendo entretanto complementadas pelas GP, como é que seria por cá? Tinhas as 3 "low", bastante limitadas em tudo, e as 2 "high" que tinham de compensar as limitações das anteriores, tornando-se efectivamente GP, sendo estas últimas pau para toda a obra e as primeiras pau para obra nenhuma? Ou tinhas 3 GP-low, e as 2 high ASW, com óbvias limitações em AAW (ou o inverso)?

Não fazia mais sentido ter fragatas ligeiras/médias como ASW (low) e as high AAW? Sendo que um modelo AAW tende a ser mais caro que um modelo ASW, e obriga a um navio de maiores dimensões para acomodar radares mais poderosos e mais VLS?

Voltando às FREMM italianas, a diferença de valores entre as duas será mínimo, já que a GP leva um canhão de 127mm com munição VULCANO no lugar do 76mm presente nas ASW. O resto dos valores, facilmente consoante os mísseis que as GP transportem. Os franceses por outro lado optaram por dividir em ASW e AAW as suas FREMM. Regra geral as diversas marinhas optam pelo binómio AAW/ASW. Mas o tuga lá será outra vez pioneiro, com duas classes de navios GP.

Já as Tamandaré, como disse, são bons navios, mas não se adequam a substituir as VdG, a não ser que a ideia fosse aumentar o número de meios de combate de superfície. O problema é que o termo de comparação é sempre "melhor do aquilo que temos", o que não é difícil, já que temos fragatas com 30 anos que nunca foram modernizadas. Se se tivesse realizado o MLU devido às VdG há 5/10 anos atrás, com VLS para ESSM, Harpoon Block 2, novo sonar, SMART-S Mk-2, OM 76mm, novo CMS, em que é que as Tamandaré seriam superiores, sem ser no design? Eu digo já onde seriam inferiores, seriam navios mais lentos que as VdG e com metade dos Harpoon!
O termo de comparação para substituir as VdG, deveria ser sempre as VdG com o MLU originalmente planeado, e procurar a partir daí navios que tenham esse como padrão mínimo, e acrescentar-lhes algo que as superiorize, por exemplo, CAPTAS 4.
Os AB, além de custarem $2000M cada, que é o preço de fazer tudo bem, são um caso  muito especial de uma Marinha que era mais poderosa que todas as restantes do planeta juntas nos anos 90 e 2000 e que, não tendo inimigos ao mesmo nível, resolveu desfazer-se de todos os navios que não fossem de topo, como os Spruance e as OHP… agora estão aflitos, porque há a China e eles foram apanhados de calças em baixo, sem fragatas e só com aquela coisa horrível dos LCS, que são tão maus que estão  a ser retirados com 5 (!!!) anos de serviço. E alguns sem terem nunca feito uma missão prolongada…

A minha preferência não vai por um conjunto high/low, que fique bem entendido, apenas acho que dado o país em que vivemos e as elites políticas e militares que temos, ter 5 ou 6 fragatas high é algo nunca se realizará… será sempre uma escolha entre números e capacidade… infelizmente…
Uma GP, poderá ser:
-1 peça 76 mm ou 127 mm
- 8 células MK41 (32 ESSM Block II) ou 8 SM-2+ 3 células opcionais
-8 Mísseis Kronesberg ou Harpoon Block II
-Torpedos MK54, CAPTAS, SPY1F, e heli médio


8 VLS? Isso era um absurdo, 16 seria o minimo aceitavel, sendo que o que fazia sentido eram 32.
As proximas fragatas, exsitindo versoes AAW dedicadas ou não, deveriam ser todas equipadas com ESSM e SM-2. Não faz sentido deixar a defesa aérea apenas para os ESSM em novas fragatas.
 

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Subsea7

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #1762 em: Junho 19, 2021, 05:47:30 pm »
E os Arleigh Burke, não são GP para a US Navy?  ::)

Além de que o outro colega do Fórum, fala na intenção da Marinha possuir 5 fragatas GP, com capacidade de ataque a alvos em terra e eventualmente BMD. Agora como é possível ter isto tudo em fragatas GP low cost e com 8 VLS? Não é.

Mesmo o mix hi-low só faz sentido em marinhas de dimensão considerável. Não numa Marinha com apenas 5 ou 6 fragatas. Se na RN as missões ASW e AAW, no espectro "high", estão entregues a 2 classes distintas para as respectivas missões, sendo entretanto complementadas pelas GP, como é que seria por cá? Tinhas as 3 "low", bastante limitadas em tudo, e as 2 "high" que tinham de compensar as limitações das anteriores, tornando-se efectivamente GP, sendo estas últimas pau para toda a obra e as primeiras pau para obra nenhuma? Ou tinhas 3 GP-low, e as 2 high ASW, com óbvias limitações em AAW (ou o inverso)?

Não fazia mais sentido ter fragatas ligeiras/médias como ASW (low) e as high AAW? Sendo que um modelo AAW tende a ser mais caro que um modelo ASW, e obriga a um navio de maiores dimensões para acomodar radares mais poderosos e mais VLS?

Voltando às FREMM italianas, a diferença de valores entre as duas será mínimo, já que a GP leva um canhão de 127mm com munição VULCANO no lugar do 76mm presente nas ASW. O resto dos valores, facilmente consoante os mísseis que as GP transportem. Os franceses por outro lado optaram por dividir em ASW e AAW as suas FREMM. Regra geral as diversas marinhas optam pelo binómio AAW/ASW. Mas o tuga lá será outra vez pioneiro, com duas classes de navios GP.

Já as Tamandaré, como disse, são bons navios, mas não se adequam a substituir as VdG, a não ser que a ideia fosse aumentar o número de meios de combate de superfície. O problema é que o termo de comparação é sempre "melhor do aquilo que temos", o que não é difícil, já que temos fragatas com 30 anos que nunca foram modernizadas. Se se tivesse realizado o MLU devido às VdG há 5/10 anos atrás, com VLS para ESSM, Harpoon Block 2, novo sonar, SMART-S Mk-2, OM 76mm, novo CMS, em que é que as Tamandaré seriam superiores, sem ser no design? Eu digo já onde seriam inferiores, seriam navios mais lentos que as VdG e com metade dos Harpoon!
O termo de comparação para substituir as VdG, deveria ser sempre as VdG com o MLU originalmente planeado, e procurar a partir daí navios que tenham esse como padrão mínimo, e acrescentar-lhes algo que as superiorize, por exemplo, CAPTAS 4.
Os AB, além de custarem $2000M cada, que é o preço de fazer tudo bem, são um caso  muito especial de uma Marinha que era mais poderosa que todas as restantes do planeta juntas nos anos 90 e 2000 e que, não tendo inimigos ao mesmo nível, resolveu desfazer-se de todos os navios que não fossem de topo, como os Spruance e as OHP… agora estão aflitos, porque há a China e eles foram apanhados de calças em baixo, sem fragatas e só com aquela coisa horrível dos LCS, que são tão maus que estão  a ser retirados com 5 (!!!) anos de serviço. E alguns sem terem nunca feito uma missão prolongada…

A minha preferência não vai por um conjunto high/low, que fique bem entendido, apenas acho que dado o país em que vivemos e as elites políticas e militares que temos, ter 5 ou 6 fragatas high é algo nunca se realizará… será sempre uma escolha entre números e capacidade… infelizmente…
Uma GP, poderá ser:
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8 VLS? Isso era um absurdo, 16 seria o minimo aceitavel, sendo que o que fazia sentido eram 32.
As proximas fragatas, exsitindo versoes AAW dedicadas ou não, deveriam ser todas equipadas com ESSM e SM-2. Não faz sentido deixar a defesa aérea apenas para os ESSM em novas fragatas.

Um absurdo ?
Não penso que assim seja, sobretudo se com as 3 células adicionais, ter-se-ia (13x4)=52 ESSM Block II (defesa aérea a média altitude), o que não me parece "absurdo", de todo, ou com um mix com SM-2/3.
https://navalpost.com/belgium-to-decrease-the-number-of-mk-41-vls-cells-of-the-future-asw-frigates/
https://www.lockheedmartin.com/content/dam/lockheed-martin/rms/documents/naval-launchers-and-munitions/MK41-VLS-product-card.pdf
 

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Stalker79

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #1763 em: Junho 19, 2021, 06:35:56 pm »
16 VLS permitiria um bom mix (minimo) de ESSM e SM-2/3/6 etc. Bastava trocar os misseis de longo alcance conforme a missão.
Não me acredito é que alguma vez necessitariamos de algo para além do SM-2, mas como aparentemente alguem sonha com defesa BMD....
 :-P
 

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NVF

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #1764 em: Junho 19, 2021, 06:55:22 pm »
Só têm dinheiro para comprar 16 ESSM e ainda vêm acenar com SM-3, que custa mais de 20 milhões de USD a unidade.  As Nansen já algum tempo que são o conceito favorecido pela marinheca — era o tipo de navio preferido num desses trabalhos “académicos” postados por aqui.
Talent de ne rien faire
 
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Lightning

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #1765 em: Junho 19, 2021, 09:01:23 pm »
Penso que o high-low para nós não é necessariamente o mesmo dos outros países, basta ver os navios low italianos.

Para nós os navios high serão os navios que poderão participar nas missões NATO, no mínimo ter mísseis ESSM, era bom se tivessem SM-2 ou algo assim de maior alcance, mas há navios de outros países NATO que só possuem ESSM por isso o mesmo também nos pode acontecer.

Pela nossa geografia, penso que seria prudente terem a melhor capacidade ASW possível, mas também há outros navios NATO com menos capacidades neste capítulo, se bem que acho que a Marinha vai defender a capacidade ASW, a capacidade anti-aerea será a que for possível comprar.

Os navios low na pior das hipóteses pode ser uns NPO grandes com hangar, algo género classe Holland ou Absalon, ou talvez o mesmo tipo de navio das high mas sem armamento, FFBNW.
« Última modificação: Junho 19, 2021, 09:02:09 pm por Lightning »
 

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #1766 em: Junho 19, 2021, 10:19:43 pm »
Ter os navios low desarmados ou baseados nos NPOs... onde é que isto já vai, mais vale desistir de ter Marinha.  :N-icon-Axe:

É preciso começar a decidir se queremos uma Marinha a sério, ou uma de brincar.
É que nem faz sentido ir esbanjar 400 ou 500 milhões por navio, para ter apenas os mínimos, neste caso, 8 VLS e apenas ESSM. É que se é para isso, consegue-se uma qualquer fragata leve, que custa 2/3 disso, e tem a mesma capacidade.

O mais interessante é que o mesmo país que quer F-35, LPDs e KCs novinhos em folha, não quer fragatas com mais de 8 VLS e com mísseis de médio/longo alcance (mas quer essas mesmas fragatas com capacidade BMD, mas sem um radar adequado a isso).

A realidade portuguesa obriga a 2 fragatas AAW e 3 ASW. Sejam elas da mesma classe, sejam as AAW de uma classe de maiores dimensões e deslocamento, e as ASW mais ligeiras.
 
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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #1767 em: Junho 19, 2021, 10:39:01 pm »
Ter os navios low desarmados ou baseados nos NPOs... onde é que isto já vai, mais vale desistir de ter Marinha.  :N-icon-Axe:

É preciso começar a decidir se queremos uma Marinha a sério, ou uma de brincar.
É que nem faz sentido ir esbanjar 400 ou 500 milhões por navio, para ter apenas os mínimos, neste caso, 8 VLS e apenas ESSM. É que se é para isso, consegue-se uma qualquer fragata leve, que custa 2/3 disso, e tem a mesma capacidade.

O mais interessante é que o mesmo país que quer F-35, LPDs e KCs novinhos em folha, não quer fragatas com mais de 8 VLS e com mísseis de médio/longo alcance (mas quer essas mesmas fragatas com capacidade BMD, mas sem um radar adequado a isso).

A realidade portuguesa obriga a 2 fragatas AAW e 3 ASW. Sejam elas da mesma classe, sejam as AAW de uma classe de maiores dimensões e deslocamento, e as ASW mais ligeiras.

Outra opção seria por exemplo 3 a 4 F-310 focadas no ASW, e 2  F-110 AAW, no entanto é pouco provável que isto aconteça.
Cada F-310 equipada anda entre os 450 e 480 milhões de EUR, já as F-110 devem andar pelos 600 milhões cada, se em 2025 a Marinha avançar com o programa, (3x450)=1350 milhões EUR e em 2035 mais 1200 milhões para as F-110.
Cps,
« Última modificação: Junho 19, 2021, 10:48:14 pm por Subsea7 »
 

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LM

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #1768 em: Junho 19, 2021, 10:48:46 pm »

É que nem faz sentido ir esbanjar 400 ou 500 milhões por navio, para ter apenas os mínimos, neste caso, 8 VLS e apenas ESSM. É que se é para isso, consegue-se uma qualquer fragata leve, que custa 2/3 disso, e tem a mesma capacidade.
(...)
A realidade portuguesa obriga a 2 fragatas AAW e 3 ASW. Sejam elas da mesma classe, sejam as AAW de uma classe de maiores dimensões e deslocamento, e as ASW mais ligeiras.

A dificuldade começa por classificar o que é uma "fragata ligeira", atualmente ou já projectado... as da Classe “Tamandaré”, as SIGMA 11515, as t31 (apesar desta ter uma tonelagem nada ligeira)? Por oposição a fragatas FREEM, FDI, as ASWF, as F110? Porque há muitas "nuances" entre elas, pouco é "preto ou branco" - sem falar que uma AAW (que quase obriga a SM2 ou ASTER30 e a um sistema radar diferenciado).

Não estou a ver capacidade (vontade!) de termos uma classe AAW, salvo algo tipo DZP usadas... e seriam 2+2 no total, desconfio.
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 

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redkukulkane

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #1769 em: Junho 20, 2021, 12:11:49 am »
Outra opção seria por exemplo 3 a 4 F-310 focadas no ASW, e 2  F-110 AAW, no entanto é pouco provável que isto aconteça.
Cada F-310 equipada anda entre os 450 e 480 milhões de EUR, já as F-110 devem andar pelos 600 milhões cada, se em 2025 a Marinha avançar com o programa, (3x450)=1350 milhões EUR e em 2035 mais 1200 milhões para as F-110.
Cps,
« Última modificação: Hoje às 10:48:14 pm por Subsea7 »



caro subsea  cada f-110 esta estimado que custe 834 milhoes euros . c56x1
quanto as fridtjof nansen o preço e 2003 por isso esta destualizado, ja preço unitario de 2010 era de 640 milhoes de dolars.

https://old.weaponsystems.net/weaponsystem/GG04%20-%20Fridtjof%20Nansen%20class.html






 
« Última modificação: Junho 20, 2021, 12:14:25 am por redkukulkane »