BA11 - Base Aérea Beja

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luis simoes

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Re: BA11 - Base Aérea Beja
« Responder #45 em: Junho 17, 2020, 07:27:23 pm »
Em relação à base logística demasiado a sul, já era em Beja que tem aterrado os Antonov para carregar material militar para as missões internacionais, ou na Portela, nunca foi no Montijo.

Neste ponto a dúvida com que fico é como fica o AT1, pois supostamente ia ficar só com as funções VIP e embarque de pessoal passava para o Montijo, como será agora? Continua tudo como estava no AT1? Mudam para o Montijo, mudam para Beja?
Hum acho que ficarao  por sintra......digo eu.....
« Última modificação: Junho 17, 2020, 08:46:39 pm por luis simoes »
Abriste os olhos,,,agradece a deus por isso.
 

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Charlie Jaguar

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Re: BA11 - Base Aérea Beja
« Responder #46 em: Junho 17, 2020, 09:39:51 pm »
Em relação à base logística demasiado a sul, já era em Beja que tem aterrado os Antonov para carregar material militar para as missões internacionais, ou na Portela, nunca foi no Montijo.

Neste ponto a dúvida com que fico é como fica o AT1, pois supostamente ia ficar só com as funções VIP e embarque de pessoal passava para o Montijo, como será agora? Continua tudo como estava no AT1? Mudam para o Montijo, mudam para Beja?
Hum acho que ficarao  por sintra......digo eu.....

Como se a pista da BA1 desse para isso... ::)
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Re: BA11 - Base Aérea Beja
« Responder #47 em: Junho 17, 2020, 09:59:16 pm »
Em relação à base logística demasiado a sul, já era em Beja que tem aterrado os Antonov para carregar material militar para as missões internacionais, ou na Portela, nunca foi no Montijo.

Neste ponto a dúvida com que fico é como fica o AT1, pois supostamente ia ficar só com as funções VIP e embarque de pessoal passava para o Montijo, como será agora? Continua tudo como estava no AT1? Mudam para o Montijo, mudam para Beja?
Hum acho que ficarao  por sintra......digo eu.....

Como se a pista da BA1 desse para isso... ::)

Tal qual a pista do Montijo para a TAP, muito bom isto é só especialistas e dos bons, dos altamente qualificados e iluminados.

Botam faladura sobre tudo, e mandam uns bitaites muito fixes, mesmo do que desconhecem mas está-se bem.

Abraços
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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typhonman

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Re: BA11 - Base Aérea Beja
« Responder #48 em: Junho 17, 2020, 10:28:16 pm »
Rentabilizar o Investimento em iinfraestrutura aeroportuária realizada em Beja ???? para o novo aeroporto foram investidos trinta e três milhoes de euros, uma verdadeira fortuna.

Quando alguem fala em invetimentos na BA11/Aeroporto, deveria prineiro tentar saber qual o valor antes de fazer conjecturas deslocadas da realidade para não dizer mesmo ridiculas.

Abraxo

33 milhões para um aeroporto as moscas, se fossem somados aos 53 já davam 86 para os helis de evacuacao, bem melhor investidos.
 

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Lightning

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Re: BA11 - Base Aérea Beja
« Responder #49 em: Junho 17, 2020, 11:38:22 pm »
Rentabilizar o Investimento em iinfraestrutura aeroportuária realizada em Beja ???? para o novo aeroporto foram investidos trinta e três milhoes de euros, uma verdadeira fortuna.

Quando alguem fala em invetimentos na BA11/Aeroporto, deveria prineiro tentar saber qual o valor antes de fazer conjecturas deslocadas da realidade para não dizer mesmo ridiculas.

Abraxo

33 milhões para um aeroporto as moscas, se fossem somados aos 53 já davam 86 para os helis de evacuacao, bem melhor investidos.

Mas os 33 milhões não saíram da Defesa/LPM, foi de outro saco, nunca iriam para os helis, se era dinheiro para obras, seria gasto em obras.
 

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typhonman

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Re: BA11 - Base Aérea Beja
« Responder #50 em: Junho 18, 2020, 12:50:14 am »
Rentabilizar o Investimento em iinfraestrutura aeroportuária realizada em Beja ???? para o novo aeroporto foram investidos trinta e três milhoes de euros, uma verdadeira fortuna.

Quando alguem fala em invetimentos na BA11/Aeroporto, deveria prineiro tentar saber qual o valor antes de fazer conjecturas deslocadas da realidade para não dizer mesmo ridiculas.

Abraxo

33 milhões para um aeroporto as moscas, se fossem somados aos 53 já davam 86 para os helis de evacuacao, bem melhor investidos.

Mas os 33 milhões não saíram da Defesa/LPM, foi de outro saco, nunca iriam para os helis, se era dinheiro para obras, seria gasto em obras.

Eu sei disso, queria fazer entender que seriam melhor gastos nos helis de evakuacao.

abraxo
 

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dc

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Re: BA11 - Base Aérea Beja
« Responder #51 em: Junho 18, 2020, 12:55:46 am »
Beja vai ficar a rebentar pelas costuras, e a deslocalização não é só de aviões, é também de pessoal e das suas famílias e toda a logística associada às aeronaves.

Ter uma base logística numa extremidade do país também não é favorável.

Dc, desculpa mas a BA11consegue ate suportar/manter toda a actual frota da FAP que é inferior a 90 aeronaves.

Isto é uma ideia para poupar custos, juntavam lá todas as aeronaves menos as destacadas para o SAR, e ficavam com varios problemas definitivamente solucionados.

Olha Beja desenvolvia-se imenso, e quem visitasse a Base dizia porra a FAP tem muitos aviões.  :mrgreen:

Abraxo

Mesmo assim tenho grandes dúvidas que Beja tenha espaço para tanta aeronave e infra-estruturas associadas. Haveria hangares para tanta variedade de aeronaves, especialmente para a manutenção destas? E que ficariam todas expostas ao ambiente 24/7? Ou iam criar shelters para todas elas como fizeram em Monte Real?

Para não falar que seria uma péssima decisão estratégica.
 

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tenente

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Re: BA11 - Base Aérea Beja
« Responder #52 em: Junho 18, 2020, 08:33:33 am »
Rentabilizar o Investimento em iinfraestrutura aeroportuária realizada em Beja ???? para o novo aeroporto foram investidos trinta e três milhoes de euros, uma verdadeira fortuna.

Quando alguem fala em invetimentos na BA11/Aeroporto, deveria prineiro tentar saber qual o valor antes de fazer conjecturas deslocadas da realidade para não dizer mesmo ridiculas.

Abraxo

33 milhões para um aeroporto as moscas, se fossem somados aos 53 já davam 86 para os helis de evacuacao, bem melhor investidos.

Eu explico porque mencionei os 33 milhões, o tal investimento que deveria ser rentabilizado, se calhar por ser tao parecido com o investimento dos 390...

A ANA ao investir apenas 33 milhões  na aerogare a afins enviou uma pequena msg para quem minimamente estivesse por dentro da questão Beja/aeroporto,:
não sei o que vai acontecer neste aeroporto, daí faço uma melhoriazinhas no terminal de pax e bags,  nomeio um director, que nem ficará por cá, coloco aqui um ou no máximo dois FM, e espero que com a ajuda do Senhor, venham alguns voos.

Para os media/povo a msg recebida foi:
A ANA preocupa-se com o interior Alentejano. O novo aeroporto recebeu grandes melhorias e aumentou a capacidade de receber voos e pax. Agora Beja já possui O Aeroporto que pode receber ate a maior aeronave de pax do Mundo.

Só mesmo para rir pois ainda há gente, e, por este forum, que acredita nesta trafulhice.
Esse alguém tem noção de quantos voos operaram em Beja depois do tal investimento? :N-icon-Axe:
Ridiculo.

Quanto ao reforço da verba para os evak, através destes 33 milhões de investimento privado, achas mesmo isso possivel ? Quando o estado nao investe o necessario nos vários programas seriam os privados a investir ?
São coisas completamente distintas.

Abraxo
« Última modificação: Junho 18, 2020, 12:51:44 pm por tenente »
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Re: BA11 - Base Aérea Beja
« Responder #53 em: Fevereiro 22, 2021, 11:58:13 am »
Citar
Força Aérea
Recuperação de hangar em Beja para os novos aviões custa 4,5 milhões
Teixeira Correia
21/02/2021

A Força Aérea lançou um concurso público para a beneficiação do hangar 131-264 da Base Aérea 11, em Beja, destinado a receber as novas aeronaves KC-390 que vão substituir os C-130H, ao serviço desde 1977. O investimento na infraestrutura da Base Aérea 11 (BA11) tem um valor de 4,5 milhões de euros e implica a total renovação do edifício que durante muitos anos foi a casa dos Alpha-Jet, da Esquadra 103 "Caracóis", extinta em 2018, com o fim de vida das aeronaves que a Força Aérea Portuguesa recebeu da Alemanha, depois de os militares alemães terem deixado Portugal. Além do hangar, também os acessos rodoviários ao mesmo vão ser beneficiados.

De acordo com a resolução do Conselho de Ministros de 11 de julho de 2019, que autorizou a realização da aquisição de cinco aeronaves KC-390 e de um simulador de voo ao consórcio Embraer, SA e Embraer Portugal, SA, a primeira aeronave deverá chegar a Beja em 2023. A vinda para a unidade militar de Beja da Esquadra 501-"Bisontes" prende-se com a deslocação das esquadras de transporte da BA6 do Montijo, com vista à requalificação desta base, enquanto aeroporto complementar da Portela, em Lisboa.

https://www.jn.pt/local/noticias/beja/beja/recuperacao-de-hangar-em-beja-para-os-novos-avioes-custa-45-milhoes-13375674.html

E continuam a insistir na opção Montijo, apesar da pandemia ter atirado os números do tráfego aéreo de passageiros para máximos do século passado, sem quererem aproveitar a oportunidade de se poder idealizar e construir um novo grande aeroporto internacional de raíz.  ::)
Saudações Aeronáuticas,
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dc

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Re: BA11 - Base Aérea Beja
« Responder #54 em: Fevereiro 22, 2021, 12:26:33 pm »
A própria possibilidade do Montijo tem sido barrada de forma sucessiva por questões de segurança (e não só). Continuar a bater na mesma tecla nada mais é que burrice pura. Mas se calhar é porque construir um aeroporto de raiz saía caro, e esse dinheiro tem de ir para o TGV para  ligar Lisboa-Porto.  ::)
 

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Re: BA11 - Base Aérea Beja
« Responder #55 em: Fevereiro 22, 2021, 02:52:31 pm »
A própria possibilidade do Montijo tem sido barrada de forma sucessiva por questões de segurança (e não só). Continuar a bater na mesma tecla nada mais é que burrice pura. Mas se calhar é porque construir um aeroporto de raiz saía caro, e esse dinheiro tem de ir para o TGV para  ligar Lisboa-Porto.  ::)

Essa afirmação sobre os custos só mesmo para rir !!!
Como ê que se podem comparar os custos de um remendo numa pista com 2400m com a construção de duas pistas com mais de 3000m ?
E já  nem falo nos custos dos terminais pax e bags entre o apeadeiro com uma capacidade máxima de 15 milhoes, só para rir, 15 milhões  :bang:, que quando pronto já acapacidade está esgotada, sendo necessário gastar mais uns 2/3000 milhoes num terceiro apeadeiro, e um Aeroporto de raiz com uma capacidade de 69/70 milhoes e que custará uns 3000/4000 milhoes.
Em quinze anos é necessário construir um novo apeadeiro e todas essas construções, partido do principio que há espaço, serão viaveis em twrmos de custos às companhias de prestadores de servicos e ao gestor aeroportuário ?
NÃO  !!!

A contra informação é fodida, mas só  acredita quem não percebe nada do que é a INFRAESTRUTURA aeroportuária e do que esses crânios, que NÃO percebem peva, afirmam.
Já me fizeste rir .

Abraços
« Última modificação: Fevereiro 22, 2021, 02:58:16 pm por tenente »
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dc

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Re: BA11 - Base Aérea Beja
« Responder #56 em: Fevereiro 22, 2021, 04:16:48 pm »
Agora não percebi. Eu sou a favor de um aeroporto novo, porque de remendos e "MLUzinhos" já basta nas FAs. A longo prazo fica mais barato investir já num aeroporto novo, cujo tempo do seu planeamento e construção coincidiria com a recuperação da aviação comercial. Quem nos governa é que vai dizer que não há dinheiro para essas coisas, mas depois para o TGV já há.

O Montijo já devia ter sido descartado há muito.
 

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asalves

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Re: BA11 - Base Aérea Beja
« Responder #57 em: Março 11, 2021, 06:59:11 pm »
A própria possibilidade do Montijo tem sido barrada de forma sucessiva por questões de segurança (e não só). Continuar a bater na mesma tecla nada mais é que burrice pura. Mas se calhar é porque construir um aeroporto de raiz saía caro, e esse dinheiro tem de ir para o TGV para  ligar Lisboa-Porto.  ::)

O projeto que existe para o montijo implica que não se aproveite nada, a pista vai ter que ser refeita (arrancar tudo e fazer de novos), os edifícios também serão todos novos, os acessos também terão que ser todos feitos,...

Quem defende Alcochete (eu sou um deles) acha que a infraestrutura que se devia fazer no montijo fazia-se semelhante em Alcochete (custos semelhantes ou mais baratos pois não é preciso deitar nada a baixo). Ficando a mesma a solução atual Portela + 1 (mas em Alcochete), mas a ideia seria o projeto permitir logo capacidade de ampliação, isto para conforme fosse necessário aumentar Alcochete para este passar a ser Aeroporto internacional nº1 do País e desativar Portela (isto quando houve guito).
O projeto final que existe para Alcochete permite até 10 pistas, e está planeado para que seja faseado começando por uma infraestrutura pequena até algo que provavelmente nunca vamos precisar.
 
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Daniel

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Re: BA11 - Base Aérea Beja
« Responder #58 em: Abril 12, 2021, 11:54:23 am »
Da “satisfação” do 1.º voo do aeroporto de Beja à “frustração”, 10 anos depois
https://eco.sapo.pt/2021/04/12/da-satisfacao-do-1-o-voo-do-aeroporto-de-beja-a-frustracao-10-anos-depois/
Citar
primeiro voo civil a partir do aeroporto alentejano saiu às 18h25 de 13 de abril de 2011. O “B.Leza”, um Boeing 757-200 da companhia Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV), rumou à ilha do Fogo. Entre participantes no primeiro voo civil a partir do aeroporto de Beja, em abril de 2011, há quem recorde um dia de “grande satisfação”, mas, 10 anos depois, a falta de aproveitamento da infraestrutura gera “frustração”.

O primeiro voo civil a partir do aeroporto alentejano saiu às 18h25 de 13 de abril de 2011 rumo à ilha do Fogo, em Cabo Verde, com 70 viajantes a bordo do “B.Leza”, um avião Boeing 757-200 da companhia Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV).

A viagem foi organizada em parceria pela Câmara de Ferreira do Alentejo e pela ESDIME – Agência para o Desenvolvimento Local no Alentejo Sudoeste, com sede em Messejana, no concelho de Aljustrel, e incluiu uma missão empresarial ao município cabo-verdiano de São Filipe.
“Foi um momento de grande alegria e satisfação. O aeroporto era algo que vinha sendo reivindicado há bastantes anos e, naturalmente, naquela altura, sentimos que estávamos a fazer história”, recorda à agência Lusa Aníbal Reis Costa, na altura presidente da Câmara de Ferreira do Alentejo.

O antigo autarca não esconde que esse foi um dia “muito gratificante em termos pessoais”, mas também “para a região”.

“Anos antes, tínhamos tido a inauguração da Barragem do Alqueva, o Porto de Sines avançava com grande dinâmica, a autoestrada [até Beja] estava projetada e a inauguração do aeroporto era assim uma espécie de ‘cereja no topo do bolo’”, diz o atual vice-presidente da Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Alentejo.

David Marques, agora vice-presidente da Câmara de Castro Verde, liderava, então, a ESDIME e esteve igualmente ligado à organização do voo, embarcando para a ilha do Fogo.
Recordo esse dia com muita satisfação”, conta à Lusa, considerando que o voo inaugural do aeroporto foi, naquela época, “uma prova evidente de que aquela infraestrutura tinha todas as condições para cumprir o seu papel”.

“Ter participado naquele momento, em conjunto com muita gente da região, foi uma sensação de grande satisfação e orgulho, numa experiência muita positiva e da qual guardo muito boa memória”, acrescenta.

O aeroporto de Beja, que resulta do aproveitamento civil da Base Aérea n.º 11, representou um investimento público de 33 milhões de euros e, no dia da partida do voo da TACV para a ilha do Fogo, foram centenas as pessoas a passar pela infraestrutura, entre as quais o então ministro das Obras Públicas, António Mendonça.

O corrupio de convidados, trabalhadores, agentes de segurança, tripulantes, viajantes e jornalistas era evidente e não sai da memória de Jorge Lopes, outro dos passageiros da viagem.

“Foi um dia muito bonito. O espírito da partida no aeroporto e da receção em Cabo Verde foi espetacular e senti que havia ali futuro. Senti que o aeroporto de Beja podia ter futuro e ser uma mais-valia muito maior para o Alentejo”, lembra este empresário, natural de Aljustrel.

Desde o dia 13 de abril de 2011, passaram-se 10 anos, que deixam uma sensação de “frustração” a muitos dos que participaram neste primeiro voo civil da infraestrutura.

“É uma tristeza ter-se feito o investimento que se fez e ter-se metido o aeroporto de lado”, observa Jorge Lopes, lembrando “que os aeroportos em Londres, por exemplo, chegam a estar mais distantes da cidade do que Beja está de Lisboa”.

Em Beja “gastou-se o dinheiro, fez-se o investimento e agora joga-se fora? Não pode! Acho que o aeroporto de Beja podia ser uma mais-valia, não apenas para os alentejanos, pois tem muito potencial e era uma coisa que não ficava tão cara quanto isso. Há é falta de vontade política”, frisa.

David Marques tem uma opinião muito semelhante e não esconde que a atual situação do aeroporto lhe causa “desilusão”.

“A sensação com que ficamos é que há, infelizmente, falta de vontade de instituições e de pessoas dentro das instituições para concretizar projetos que, muitas vezes, precisam apenas de um pequeno ‘passo’ ou de uma pequena decisão”, aponta.

Ainda assim, assinala que “há sinais positivos que demonstram que, se calhar, vai tardar, mas vai acontecer uma utilização mais efetiva do aeroporto ao serviço não só da região, mas também do país”.

O mais otimista de todos é Aníbal Reis Costa, para quem o aproveitamento da infraestrutura é “inevitável, mais cedo ou mais tarde”.

“Penso que se afirmará naturalmente. Iremos estar mais ou menos tempo à espera, mas o país não se pode dar ao luxo de desperdiçar uma infraestrutura destas. É uma questão de tempo, quase uma inevitabilidade”, conclui.
 

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Re: BA11 - Base Aérea Beja
« Responder #59 em: Abril 13, 2021, 10:34:17 pm »
Da “satisfação” do 1.º voo do aeroporto de Beja à “frustração”, 10 anos depois
https://eco.sapo.pt/2021/04/12/da-satisfacao-do-1-o-voo-do-aeroporto-de-beja-a-frustracao-10-anos-depois/
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primeiro voo civil a partir do aeroporto alentejano saiu às 18h25 de 13 de abril de 2011. O “B.Leza”, um Boeing 757-200 da companhia Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV), rumou à ilha do Fogo. Entre participantes no primeiro voo civil a partir do aeroporto de Beja, em abril de 2011, há quem recorde um dia de “grande satisfação”, mas, 10 anos depois, a falta de aproveitamento da infraestrutura gera “frustração”.

O primeiro voo civil a partir do aeroporto alentejano saiu às 18h25 de 13 de abril de 2011 rumo à ilha do Fogo, em Cabo Verde, com 70 viajantes a bordo do “B.Leza”, um avião Boeing 757-200 da companhia Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV).

A viagem foi organizada em parceria pela Câmara de Ferreira do Alentejo e pela ESDIME – Agência para o Desenvolvimento Local no Alentejo Sudoeste, com sede em Messejana, no concelho de Aljustrel, e incluiu uma missão empresarial ao município cabo-verdiano de São Filipe.
“Foi um momento de grande alegria e satisfação. O aeroporto era algo que vinha sendo reivindicado há bastantes anos e, naturalmente, naquela altura, sentimos que estávamos a fazer história”, recorda à agência Lusa Aníbal Reis Costa, na altura presidente da Câmara de Ferreira do Alentejo.

O antigo autarca não esconde que esse foi um dia “muito gratificante em termos pessoais”, mas também “para a região”.

“Anos antes, tínhamos tido a inauguração da Barragem do Alqueva, o Porto de Sines avançava com grande dinâmica, a autoestrada [até Beja] estava projetada e a inauguração do aeroporto era assim uma espécie de ‘cereja no topo do bolo’”, diz o atual vice-presidente da Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Alentejo.

David Marques, agora vice-presidente da Câmara de Castro Verde, liderava, então, a ESDIME e esteve igualmente ligado à organização do voo, embarcando para a ilha do Fogo.
Recordo esse dia com muita satisfação”, conta à Lusa, considerando que o voo inaugural do aeroporto foi, naquela época, “uma prova evidente de que aquela infraestrutura tinha todas as condições para cumprir o seu papel”.

“Ter participado naquele momento, em conjunto com muita gente da região, foi uma sensação de grande satisfação e orgulho, numa experiência muita positiva e da qual guardo muito boa memória”, acrescenta.

O aeroporto de Beja, que resulta do aproveitamento civil da Base Aérea n.º 11, representou um investimento público de 33 milhões de euros e, no dia da partida do voo da TACV para a ilha do Fogo, foram centenas as pessoas a passar pela infraestrutura, entre as quais o então ministro das Obras Públicas, António Mendonça.

O corrupio de convidados, trabalhadores, agentes de segurança, tripulantes, viajantes e jornalistas era evidente e não sai da memória de Jorge Lopes, outro dos passageiros da viagem.

“Foi um dia muito bonito. O espírito da partida no aeroporto e da receção em Cabo Verde foi espetacular e senti que havia ali futuro. Senti que o aeroporto de Beja podia ter futuro e ser uma mais-valia muito maior para o Alentejo”, lembra este empresário, natural de Aljustrel.

Desde o dia 13 de abril de 2011, passaram-se 10 anos, que deixam uma sensação de “frustração” a muitos dos que participaram neste primeiro voo civil da infraestrutura.

“É uma tristeza ter-se feito o investimento que se fez e ter-se metido o aeroporto de lado”, observa Jorge Lopes, lembrando “que os aeroportos em Londres, por exemplo, chegam a estar mais distantes da cidade do que Beja está de Lisboa”.

Em Beja “gastou-se o dinheiro, fez-se o investimento e agora joga-se fora? Não pode! Acho que o aeroporto de Beja podia ser uma mais-valia, não apenas para os alentejanos, pois tem muito potencial e era uma coisa que não ficava tão cara quanto isso. Há é falta de vontade política”, frisa.

David Marques tem uma opinião muito semelhante e não esconde que a atual situação do aeroporto lhe causa “desilusão”.

“A sensação com que ficamos é que há, infelizmente, falta de vontade de instituições e de pessoas dentro das instituições para concretizar projetos que, muitas vezes, precisam apenas de um pequeno ‘passo’ ou de uma pequena decisão”, aponta.

Ainda assim, assinala que “há sinais positivos que demonstram que, se calhar, vai tardar, mas vai acontecer uma utilização mais efetiva do aeroporto ao serviço não só da região, mas também do país”.

O mais otimista de todos é Aníbal Reis Costa, para quem o aproveitamento da infraestrutura é “inevitável, mais cedo ou mais tarde”.

“Penso que se afirmará naturalmente. Iremos estar mais ou menos tempo à espera, mas o país não se pode dar ao luxo de desperdiçar uma infraestrutura destas. É uma questão de tempo, quase uma inevitabilidade”, conclui.

33 milhões.... Este país......